quarta-feira, 30 de abril de 2025

Quem se lembra de Cândido Costa, miúdo no meio de jogadores com 30 anos, no Salgueiros?

Cândido Costa com o presidente salgueirista José António Linhares
Após ter despontado nas camadas jovens da Sanjoanense, Cândido Costa prosseguiu a formação no Benfica, mas quando ainda lhe faltava cumprir um ano de júnior surgiu a hipótese de se mudar para a equipa principal do Salgueiros, através de Jorge Mendes, que lhe acenou com uma posterior transferência para o clube do coração, o FC Porto. “’Há a possibilidade de ires para onde sempre quiseste ir’. Passados dois ou três dias, ligou-me o presidente do FC Porto. ‘Se o FC Porto quisesse que viesses, tu vinhas?’. ‘Amanhã já presidente, é o meu maior sonho’. ‘Então continua a trabalhar’. Só assim. Fiquei com as pernas a tremer. E no dia seguinte fui para o Salgueiros. No próprio Salgueiros dão-me indicações de que eu ia para o FC Porto”, recordou à Tribuna Expresso em março de 2018.

Quem se lembra de Cândido Costa (oxigenado ou não) em “duas épocas boas no Sp. Braga”?

Cândido Costa jogou no Sp. Braga entre 2004 e 2006
Houve um momento em que Cândido Costa percebeu que já não era uma promessa e que estava destinado a ser “apenas um bom jogador da I Divisão”. Esse momento foi quando rescindiu com o FC Porto e assinou pelo Sp. Braga durante o verão de 2004.
 
Depois de ter estado emprestado ao Vitória de Setúbal no primeiro semestre de 2003 e ao Derby County da II Liga inglesa durante toda a temporada 2003-04, já não encontrou José Mourinho no regresso ao Dragão e recebeu guia de marcha. “Eu venho de Inglaterra a achar que ia ficar no FC Porto. Honestamente. Só que o problema é que o Mourinho sai. Ele ganha a Liga dos Campeões, sai, e vem o [Luigi] Delneri, que não conhecia o Cândido de lado nenhum. Quando lhe foi apresentado o dossiê Cândido e o possível regresso ele disse que não lhe interessava. O que é normal. Não fiquei”, recordou à Tribuna Expresso em março de 2018.

terça-feira, 29 de abril de 2025

Recorde aqui grandes jogos da Premier League

O troféu da Premier League
Vitórias inesperadas, triunfos inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que não estavam no programa, duelos renhidos entre titãs e muito mais. Tem sido essa a toada da apaixonante Premier League.
 
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.
 

Vitória na URSS, mão de Vata e erro de Aldair. Quando o Benfica esteve pela última vez perto de voltar ao trono europeu

Benfica foi derrotado pelo AC Milan na final de Viena
Depois de se ter sagrado bicampeão europeu (1960-61 e 1961-62) e de ter perdido três finais da Taça dos Campeões na década de 1960, o Benfica esteve perto de voltar a conquistar o cetro continental em 1988, quando a equipa então orientada por Toni foi derrotada pelo PSV no desempate por penáltis em Estugarda.
 
Um ano após essa final perdida, os encarnados recontrataram Sven-Göran Eriksson, que já havia orientado a equipa entre 1982 e 1984. “Talvez os dirigentes do clube tenham pensado que alguma coisa mudaria comigo como treinador. A razão pela qual me foram buscar foi a de tentar ganhar a Taça dos Campeões. Toni tinha conduzido o Benfica a uma final da Taça dos Campeões, mais de vinte anos após a última, e ganhara facilmente o campeonato. Mas não chegava. Cabia-me a mim faze o Benfica campeão da Europa”, recordou o sueco no livro autobiográfico Sven – A Minha História, publicado em 2013.

Foi há 17 anos que um tiro de Scholes resolveu a primeira eliminatória entre Ronaldo e Messi. Quem se lembra?

Cristiano Ronaldo e Xavi em rara discussão pela posse de bola
Falar das minhas primeiras memórias de jogos entre Manchester United e Barcelona é o mesmo do que falar das primeiras vezes em que Cristiano Ronaldo e Lionel Messi partilharam um relvado. Já eram, a par de Kaká, os melhores do mundo, mas ainda não se imaginava que se tornassem em lendas do futebol mundial, ao nível dos melhores de todos os tempos.

Foi há 13 anos que a União de Leiria se apresentou num jogo da I Liga com apenas oito jogadores. Quem se lembra?

Oblak entre os oito jogadores leirienses que defrontaram o Feirense
A 29 de abril de 2012 o futebol português viveu um episódio surreal. A União de Leiria apresentou-se num jogo da I Liga em casa emprestada, na Marinha Grande, com apenas oito jogadores em campo frente ao Feirense, numa partida entre as duas equipas que na altura ocupavam a zona de despromoção.
 
Os leirienses nem sequer fizeram aquecimento, o médio nigeriano John Ogu chegou ao estádio de táxi poucos minutos antes do encontro e o treinador José Dominguez teve de recorrer a um sistema tático improvisado e que provavelmente nunca pensou utilizar (4x3x0).

sábado, 26 de abril de 2025

O herói da Académica no Jamor em 2012. Quem se lembra de Marinho?

Marinho somou 30 golos em 246 jogos pela Académica entre 2011 e 2019
Extremo de baixa estatura (1,66 m) nascido na freguesia lisboeta de Chelas e formado maioritariamente no Sporting ao lado de Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo, entre outros, ainda chegou a disputar um jogo pela equipa B dos leões em 2001-02, mas foi dispensado quando transitou de júnior para sénior.
 
Obrigado a ganhar rodagem nas divisões secundárias do futebol português, ingressou no União de Santiago do Cacém em 2002-03 e correspondeu com dez golos na antiga III Divisão Nacional.
 
No início da temporada seguinte, foi convidado por Rui Vitória para ingressar no Vilafranquense, um patamar acima, na II Divisão B. “Eu costumo dizer, a brincar, mas muito a sério, que o Rui Vitória foi um anjo que me foi caindo nos momentos certos da minha carreira. Esse foi o primeiro, em que me puxa para o Vilafranquense. Não faço ideia como ele se lembrou de mim, a carreira dele foi ali, e lembrar-se de alguém que fez a formação no Sporting e estava desterrado a jogar na terceira divisão, em Santiago do Cacém… Foi difícil, mas ele lá se lembrou, o telefone tocou e eu aceitei, longe de saber a carreira de sucesso que ele ia ter”, recordou ao Flashscore em fevereiro de 2025.

Recorde aqui grandes jogos da Taça do Rei de Espanha

O troféu da Taça do Rei de Espanha
Vitórias inesperadas, triunfos inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que não estavam no programa, duelos renhidos entre titãs e muito mais. Tem sido essa a toada da apaixonante Taça do Rei de Espanha.
 
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.

O brasileiro que marcou golos por Benfica, Sp. Braga e os dois Vitórias. Quem se lembra de Chiquinho Carlos?

Chiquinho Carlos somou 68 golos em 269 jogos na I Divisão
Avançado brasileiro proveniente do Flamengo após despontar no Botafogo de Ribeirão Preto, chegou ao Benfica no verão de 1986 envolto em grande expetativa, e começou por justificar a aposta. Logo na estreia, num clássico diante do FC Porto disputado em Braga por interdição do Estádio das Antas, foi lançado por John Mortimore já na reta final da partida e foi a tempo de apontar o 2-2 que fechou as contas.
 
“Eu nem queria acreditar! Primeiro jogo pelo Benfica e consegui marcar ao FC Porto. Tive sorte no golo. Há um lançamento lateral, um colega meu desvia e eu recebo de pé direito. Rodo e remato de pé esquerdo, a bola desvia num defesa e trai o Mlynarczyk”, recordou ao Maisfutebol em janeiro de 2019.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

O lateral do Sporting que atirou pelo ar a medalha de finalista da Taça da Liga. Quem se lembra de Pedro Silva?

Pedro Silva representou o Sporting entre 2007 e 2010
Foi um lateral útil, capaz de jogar à direita e à esquerda, para o Sporting de Paulo Bento, mas ficou para a história como o injustiçado que atirou pelo ar a medalha de finalista vencido da Taça da Liga de 2008-09 após um penálti assinalado por uma suposta falta por mão na bola que não cometeu.
 
Defesa com passagens por clubes importantes do Brasil, como Atlético Mineiro (formação), Palmeiras e Internacional de Porto Alegre, e que havia conquistado um campeonato baiano pelo Vitória (2004) e um campeonato gaúcho pelo colorado (2005), entrou pela primeira vez no futebol português pela porta da Académica em 2005-06. Após uma primeira metade de época intermitente, conquistou definitivamente um lugar no onze de Nelo Vingada a partir de fevereiro, fechando a temporada com 25 jogos (16 a titular) e um golo (maradoniano, ao Rio Ave) em todas as competições.

Fernando Jorge da Silva dos Santos, o mais famoso "emplastro" de Portugal

"Emplastro" é sócio do FC Porto e do Boavista
Chama-se Fernando Jorge da Silva dos Santos, mas todos o conhecem por “Emplastro”. Nasceu em Vila Nova de Gaia a 25 de Abril de 1971 e tem casa na Madalena, no concelho de onde é natural, mas prefere dormir em aeroportos.
 
Perdeu os pais cedo e sofre de problemas mentais, tendo sido acompanhado pela CERCI de Vila Nova de Gaia desde os oito anos. Chegou a trabalhar na Panificadora Coelho, em Vilar do Paraíso, durante quinze anos, mas deixou o trabalho, alegando invalidez, para se dedicar ao futebol.
 
É sócio de FC Porto e Boavista e há décadas que se cola aos diretos das televisões um pouco por todo o lado. Inicialmente era só à porta de estádios, mas já se mostrou atrás dos repórteres em igrejas, tribunais, manifestações, discotecas e até no Santuário de Fátima.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

PPV Review - WWE WrestleMania 41


Data: 19 e 20 de abril de 2025
Arena: Allegiant Stadium
Localidade: Las Vegas, Nevada
 

O canhoto portuense que tem três títulos europeus no currículo. Quem se lembra de Mário Silva?

Mário Silva ganhou tudo pelo FC Porto após ter despontado no Boavista
Foi futebolista profissional durante 14 anos e dez deles foram passados na cidade do Porto, onde nasceu, tendo até alcançado a única internacionalização A que tem no currículo em pleno Estádio do Bessa.
 
Mário Silva nasceu na maternidade Júlio Dinis, em Massarelos, a 24 de abril de 1977. A mãe Norberta era empregada de escritório e o pai Artur serralheiro mecânico nos STCP, ambos igualmente portuenses. Começou por viver na zona da Circunvalação, mas desde os cinco anos que cresceu perto do Bairro do Bom Pastor, onde conheceu um futuro companheiro de equipa e até de seleção nacional, Petit.
 
Portista desde tenra idade e fã de outro esquerdino, Paulo Futre, começou por jogar nas camadas jovens do Núcleo Desportivo do Bairro Bom Pastor, de onde saiu para o Boavista ainda com idade de infantil, em 1988, na companhia de… Petit.

Faz hoje 18 anos que houve chuva de estrelas em Old Trafford num emocionante Man United-AC Milan. Quem se lembra?

Kaká tenta encontrar espaço entre os defesas ingleses
Ponto prévio: ainda que estejam há muito afastados dos principais títulos e mesmo que estejam a atravessar uma fase de menor fulgor, AC Milan e Manchester United continuarão sempre a ser dois colossos do futebol europeu e dois clubes com uma história ímpar.
 
Tenho uma vaga memória de se terem defrontado nos oitavos de final da Liga dos Campeões em 2004-05, com dupla vitória milanesa por 1-0, e sou capaz de jurar que me lembro de um pontapé de campo horrivelmente marcado por Paul Scholes em San Siro em que a bola saiu de campo assim que tocada pelo médio inglês – bem tentei arranjar o vídeo, mas nada encontrei no YouTube.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Um dos melhores voleibolistas portugueses de sempre. Quem se lembra de Miguel Maia?

Miguel Maia esteve 36 anos no ativo, entre 1987 e 2023
Um dos melhores voleibolistas portugueses de sempre. E não é preciso ser um grande seguidor ou apreciador de voleibol para reconhecer o seu nome e a importância que teve para a modalidade.
 
Começou a jogar com apenas seis anos, por influência do pai, que estava ligado à modalidade na Académica de Espinho, iniciou a carreira verdadeiramente dita aos 16 e só a encerrou aos 52, tendo estado em atividade na alta competição entre 1987 e 2023.
 
Ao longo desse percurso destacou-se sobretudo pelos dois quartos lugares em Jogos Olímpicos ao lado de João Brenha na vertente de voleibol de praia, em Atlanta (1996) e Sydney (2000), mas também por um extenso palmarés no pavilhão.

Foi há 22 anos um dos melhores jogos de sempre da Champions: Manchester United 4-3 Real Madrid. Quem se lembra?

Ronaldo apontou hat trick no jogo de Old Trafford
No que concerne a provas europeias, Real Madrid e Manchester United só se defrontaram em eliminatórias e na Supertaça continental em 2017, sendo que protagonizaram dois duplos confrontos em meias-finais e outros tantos nos quartos de final, sempre na Taça/Liga dos Campeões.
 
Os primeiros que testemunhei foram em abril de 2003, nos quartos. Entre os galácticos de Vicente del Bosque estavam Luís Figo, Iker Casillas, Fernando Hierro, Roberto Carlos, Claude Makélélé, Zinédine Zidane, Raúl e Ronaldo. Já nos red devils de Alex Ferguson atuavam Fabien Barthez, Rio Ferdinand, Roy Keane, Paul Scholes, Ryan Giggs, David Beckham e Ruud van Nistelrooy, entre outros. Era uma constelação de estrelas, um duelo de titãs entre as equipas que nessa época viriam a sagrar-se campeãs de Espanha e Inglaterra.

O flop de Estoril, Estrela da Amadora e Farense que virou craque do PSG. Quem se lembra de Christian?

Christian passou discreto em Portugal antes de brilhar no PSG
Um estranho caso de um jogador que passou despercebido onde parecia ser mais fácil sobressair e que acabou por atingir um patamar inimaginável. Não deixou saudades aos adeptos de Estoril, Estrela da Amadora e Farense, mas esteve em duas fases finais ao serviço da seleção brasileira e brilhou em clubes como Paris Saint-Germain, Internacional de Porto Alegre ou Grêmio.
 
Com formação dividida entre os dois principais emblemas do Rio Grande do Sul, este veloz e possante ponta de lança (1,86 m e 83 kg) deixou o Internacional para ingressar no Estoril Praia quando tinha apenas 18 anos, no início de 1994, tendo atuado em 13 jogos (oito a titular) e marcado três golos até ao final de uma época marcada pela despromoção à II Liga.

terça-feira, 22 de abril de 2025

O médio convertido num dos melhores laterais de sempre do Sp. Braga. Quem se lembra de Salino?

Salino somou 106 jogos e quatro golos pelo Sp. Braga entre 2010 e 2013
Médio de origem formado no Cruzeiro, começou a jogar profissionalmente no rival América Mineiro, mas foi obrigado a mudar-se para o Ipatinga para ganhar rodagem, tendo feito parte da equipa que, de forma surpreendente, venceu o campeonato mineiro em 2005.
 
Após essa conquista foi contratado pelo Nacional, mas rapidamente acabou emprestado ao Camacha, da II Divisão B.
 
Regressaria ao Brasil em 2006 para voltar ao Ipatinga, de onde saiu juntamente com o treinador Ney Franco e outros jogadores para o Flamengo, mas foi pouco feliz no mengão, apesar da conquista do campeonato carioca em 2007, tendo regressado ao modesto emblema mineiro para se afirmar como um exímio recuperador de bolas no Brasileirão.

O checo que ajudou a levar Jardel para Alvalade e foi multado por uma saudação nazi. Quem se lembra de Horváth?

Horváth disputou 29 jogos pelo Sporting entre 2000 e 2001
Médio checo capaz de desempenhar várias funções no meio-campo, que tanto podia ser trinco como atuar nas costas do ponta de lança ou mais descaído para uma das alas (sobretudo a esquerda), nasceu em Praga em 22 de abril de 1975, ainda no tempo da Checoslováquia, e fez quase toda a formação no Sparta local.
 
No entanto, quando transitou para sénior (1993) teve poucas oportunidades na equipa principal, o que o fez procurar a sorte noutras paragens, nomeadamente no mais modesto FK Jablonec (1994 a 1996).

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Morreu o histórico guarda-redes argentino Hugo Gatti. Quem se lembra dele?

Hugo Gatti venceu uma Intercontinental e duas Libertadores pelo Boca
Hugo Orlando Gatti, histórico guarda-redes argentino do Boca Juniors nos anos 70 e 80 do século passado, morreu este domingo com 80 anos de idade num hospital de Buenos Aires.
 
Gatti, que conquistou duas Taças Libertadores (1977 e 1978), uma Intercontinental (1977) e três campeonatos argentinos (dois em 1976 e um em 1981), todos pelo Boca Juniors, ficou conhecido por El Loco, devido à sua forma de jogar, em que saia muitas vezes da sua própria área, atuando muito à frente da baliza.
 
O antigo guardião acabou a carreira só aos 44 anos e detém o recorde de mais jogos na Liga argentina, com 765 entre 1962 e 1988.

Foi há 40 anos que Ayrton Senna venceu pela primeira vez, no Estoril, um grande prémio de Fórmula 1

Ayrton Senna festejou no Estoril a 21 de abril de 1985
O malogrado piloto brasileiro Ayrton Senna conseguiu a sua primeira vitória na Fórmula 1 no Grande Prémio de Portugal, a 21 de abril de 1985, numa corrida marcada pela chuva no Estoril e que só foi concluída por nove pilotos.

Falecido a 1 de maio de 1994, no GP de San Marino, Senna começou a sua carreira na Fórmula 1 em 1984, com a Toleman. Mas a primeira das 41 vitórias que haveria de conquistar ao longo da sua carreira aconteceu no Autódromo do Estoril, no ano seguinte.

O GP de Portugal de 1985 seria a segunda de 16 corridas desse ano, sucedendo ao GP do Brasil. O campeão seria Alain Prost, em McLaren, tornando-se o primeiro francês campeão de Fórmula 1, enquanto Senna fecharia a temporada na quarta posição, com duas vitórias.

Neste dia em 2009, que Liverpool e Arsenal empataram a quatro em Anfield com póquer de Arshavin. Quem se lembra?

Quando se defrontam, Liverpool e Arsenal não só protagonizam um clássico do futebol inglês como reeditam duelos espetaculares, marcados por resultados à hóquei em patins. Creio que nunca me terei sentado à frente de um televisor para assistir de fio a pavio a um jogo entre estes dois colossos britânicos, mas esse não é um sinal da falta de interesse das partidas, mas sim de que sou um pecador.

A 22 de abril de 2009, fui surpreendido quando colegas de escola falavam entusiasticamente de que Liverpool e Arsenal tinham empatado na véspera a quatro golos. E tenho uma vaga ideia de à hora de almoço ter assistido à síntese do jogo no Jornal da Tarde num canal generalista.

O médio sem espaço no Sporting que Mourinho quis no FC Porto. Quem se lembra de Ricardo Fernandes?

Ricardo Fernandes representou Sporting e FC Porto
Médio de características ofensivas, com qualidade técnica, e bom executante de bolas paradas, nasceu em Moreira de Cónegos e cresceu futebolisticamente nas camadas jovens do Desportivo das Aves, mas quando transitou para sénior mudou-se para o Moreirense, então na II Liga.
 
Entre 1997 e 2000 contribuiu para uma ascensão meteórica do Freamunde na pirâmide do futebol português, da III Divisão Nacional ao meio da tabela da II Liga, explodindo em 1999-00 com nove golos em 31 jogos no segundo escalão.
 
No início dessa época assinou um contrato válido com o Sporting a partir da temporada seguinte, tendo chegado a fazer a pré-época às ordens de Augusto Inácio e participado em vários encontros particulares no verão de 2000, mas na hora da verdade foi emprestado ao Santa Clara, tendo ajudado os açorianos a sagrarem-se campeões da II Liga.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

O internacional brasileiro que venceu uma Taça pelo Belenenses. Quem se lembra de Baidek?

Jorge Baidek represento o Belenenses entre 1987 e 1990
No século XXI tornou-se um importante empresário de jogadores, que levou muitos jogadores brasileiros como Portugal, entre os quais Derlei, Diego e Luís Fabiano, e que esteve envolvido, por exemplo, na ida de José Mourinho para a União de Leiria. Mas antes disso foi também um conceituado defesa central, que ficou conhecido como “lenhador” e chegou a jogar uma vez pela seleção brasileira.
 
Natural de Barão de Cotegipe, do estado do Rio Grande do Sul, destacou-se ao serviço do Grêmio entre 1977 e 1987, tendo vencido a Libertadores e a Taça Intercontinental em 1983, assim como um campeonato brasileiro (1981) e cinco campeonatos gaúchos (1979, 1980, 198, 1986 e 1987). Durante essa década, atuou pela canarinha num particular diante do Uruguai em Curitiba, em junho de 1984 (1-0).

O (quase) eterno guarda-redes suplente do Sporting. Quem se lembra de Tiago?

Tiago esteve vinculado ao Sporting entre 1995 e 2012
Um daqueles casos cada vez mais comuns de guarda-redes suplentes que se vão eternizando nos clubes e que passam a fazer parte da mobília, ainda que neste caso Tiago tenha conseguido fintar esse destino que parecia estar-lhe traçado durante alguns dos 17 anos que passou vinculado ao Sporting.
 
Guardião natural de A-dos-Cunhados, concelho de Torres Vedras, defendia a baliza do Lourinhanense na II Divisão B, em 1995, quando foi indicado pelo treinador do emblema da região oeste, o antigo guarda-redes sportinguista Ferenc Mészáros, ao presidente leonino de então, Sousa Cintra.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

O marroquino comparado a Cristiano Ronaldo que falhou no Boavista. Quem se lembra de Zairi?

Vice-campeão africano em 2004 passou sem sucesso pelo Bessa em 2006
Era suposto ser uma bomba de mercado para o Boavista no verão de 2006, mas revelou-se uma enorme desilusão. Currículo e fama não faltava a Jaouad Zairi. Afinal, era na altura um extremo marroquino de apenas 24 anos que contabilizava já 87 jogos no campeonato francês, 10 nas competições europeias e quase 30 internacionalizações pela seleção de Marrocos, na qual havia sido lançado por Humberto Coelho em setembro de 2000 e pela qual se havia sagrado vice-campeão africano em 2004.
 
Jogador com alguma importância para o Sochaux entre 2001 e 2006, dava na vista pelo vasto reportório de fintas que apresentava, o que na altura lhe valia constantes comparações a Cristiano Ronaldo. “Fico muito contente quando me comparam com ele, mas sei que tenho de trabalhar muito para um dia poder chegar ao nível dele. Ainda sou pequeno, comparado com toda a qualidade do Cristiano Ronaldo”, afirmou aquando da sua apresentação enquanto novo jogador do Boavista.

O extremo transmontano que esteve 12 anos no FC Porto sem ser campeão. Quem viu jogar Nóbrega?

Nóbrega representou o FC Porto entre 1962 e 1974
Um dos primeiros grandes jogadores transmontanos e um raro exemplo de um jogador que esteve mais de uma década ao serviço do FC Porto sem conquistar qualquer título nacional, por ter estado no clube durante o maior período de jejum dos dragões, entre 1959 e 1978.
 
Extremo esquerdino, rápido e tecnicista natural de Vila Real, foi viver ainda tenra idade para a Invicta, onde fez a formação futebolística, tendo iniciado o percurso como sénior no Tirsense em 1961-62, por empréstimo dos azuis e brancos, no âmbito do negócio que levou Alberto Festa para as Antas.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

O campeão pelo Sporting que se tornou Pai de Santo. Quem se lembra de Afonso Martins?

Afonso Martins representou Portugal nos Jogos Olímpicos de Atlanta
Médio ofensivo canhoto dotado de qualidade técnica e visão de jogo, nasceu na Póvoa de Varzim, mas emigrou para França com a família ainda em criança, tendo crescido futebolisticamente nas camadas jovens do Nancy.
 
Em 1991-92 estreou-se na Ligue 1, quando tinha apenas 18 anos, embora não tivesse conseguido impedir a descida de divisão. No entanto, continuou a dar nas vistas no segundo escalão gaulês, o que fez com que em abril de 1995 começasse a ser chamado às seleções jovens nacionais, no caso a de sub-21.
 
No mesmo ano assinou um contrato de sete anos com o Sporting, com o aval de Carlos Queiroz, e começou por justificar a aposta, tendo totalizado 87 jogos e sete golos nas primeiras épocas de leão ao peito, tendo vencido a Supertaça Cândido de Oliveira referente ao ano de 1995, mas já conquistada no último dia de abril de 1996, com vitória sobre o FC Porto em Paris (3-0). Uma semana antes, havia marcado o golo que valeu o triunfo sobre os dragões nas meias-finais da Taça de Portugal.

Luso, histórico do Barreiro com quatro presenças no Campeonato de Portugal e 27 na II Divisão

Luso jogou no Campo da Quinta Pequena entre 1926 e 2017
Fundado a 11 de abril de 1920, precisamente onze anos depois do vizinho Barreirense, o Luso Futebol Clube foi durante várias décadas uma presença habitual nas competições nacionais, tendo somado quatro presenças no antigo Campeonato de Portugal, 27 na II Divisão Nacional, 16 na III Divisão e ainda 17 na Taça de Portugal.
 
Fundado por Augusto Ferreira, Joaquim Paleta, Aníbal Praça, Manuel Preto, Paulo Maria Fernandes, Joaquim Figueiredo, João Pireza, António Ricardo, António José Lopes, António José da Costa, Manuel Salvador Preto, António Anin, Augusto da Silva, Joaquim Capela e Augusto Ferreira, o terceiro clube do Barreiro nasceu pobre, sem sede, pelo que as reuniões de direção tinham lugar na Taberna do Borges, na rua Conselheiro Joaquim António D'Aguiar (Rua Aguiar), bem perto da artéria que os barreirenses apelidam de Avenida da Praia.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Morreu o treinador neerlandês Leo Beenhakker. Quem se lembra dele?

Leo Beenhakker trabalhou como treinador entre 1972 e 2009
O antigo treinador neerlandês Leo Beenhakker, que conduziu o Real Madrid à conquista de um tricampeonato de futebol na década de 1980, morreu esta quinta-feira, aos 82 anos.
 
Em quase quatro décadas como treinador, entre 1972 e 2009, com um interregno pelo meio para ser coordenador técnico do Ajax, Beenhakker treinou 13 clubes e ainda quatro seleções, uma das quais a neerlandesa, que comandou no Mundial 1990, em Itália - caiu nos oitavos de final, aos pés da Alemanha, que viria a erguer o troféu.
 
Além de ter treinado Ajax e Feyenoord, com os quais se sagrou campeão neerlandês – pelo emblema de Amesterdão venceu também a Taça UEFA de 1991-92 –, destacou-se sobretudo no Real Madrid, conquistando um tricampeonato em Espanha (1986-87, 1987-88 e 1988-89), além de duas Supertaças espanholas e uma Taça do Rei.

Wynder foi o quarto americano a jogar pelo Benfica. Recorde os três primeiros e o que não chegou a estrear-se

Os primeiros quatro americanos a pertencer ao plantel do Benfica
Lançado esta quarta-feira por Bruno Lage a quinze minutos do fim na goleada do Benfica sobre o Tirsense em Barcelos (5-0), na primeira-mão das meias-finais da Taça de Portugal, o defesa central Joshua Wynder tornou-se no quarto jogador norte-americano a atuar pela equipa principal das águias.
 
Nascido a 2 de maio de 2005 em Louisville, no estado do Kentucky, ingressou nos quadros dos encarnados no verão de 2023, proveniente do Louisville City, equipa pela qual havia competido no USL Championship, competição paralela (mas menos conceituada) à Major League Soccer (MLS).
 
Internacional pelas seleções jovens dos Estados Unidos, marcou presença no Campeonato do Mundo de sub-20 em 2023, precisamente antes de se mudar para Portugal, e vai tentar ser o primeiro jogador nativo dos States a vingar na Luz.
 
Recorde os três primeiros jogadores americanos a jogar pelo Benfica e ainda um que não chegou a estrear-se.

“Guerra é guerra”. A epopeia do Benfica nas Antas em 1991 contada por Eriksson

César Brito decidiu clássico que encaminhou título de 1990-91
Treinador cada vez mais conceituado depois cinco anos em Itália ao leme de AS Roma (1984 a 1987) e Fiorentina (1987 a 1989), Sven-Göran Eriksson não hesitou quando recebeu um convite para voltar ao Benfica. “É possível avançar dando um passo atrás? Foi a questão que me coloquei quando o Benfica me contactou, na primavera de 1989, propondo-me o regresso a Portugal”, começou por contar o técnico sueco no livro autobiográfico Sven – A Minha História, publicado em 2013.
 
“Não queria deixar Itália, mas senti que se continuasse na Fiorentina não ia andar nem para trás, nem para a frente. Ficaria exatamente onde estava, no meio. A Fiorentina era uma equipa do meio da tabela [7.ª classificada em 1988-89 na Serie A] e sem grandes investimentos, lá ficaria. Tinha maiores ambições do que as de lutar por lugares na Taça UEFA. Já tinha ganho a Taça UEFA [pelo Gotemburgo, em 1981-82]. Já tinha sido campeão de Portugal por duas vezes [1982-83 e 1983-84]. Mas o Benfica ia jogar na Taça dos Campeões [Europeus]. Eu queria o cargo”, prosseguiu.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Pesada derrota na Luz e um táxi misterioso. Como Eriksson trocou o Benfica pela AS Roma

Sven-Göran Eriksson esteve na AS Roma entre 1984 e 1987
Depois de uma primeira época de grande sucesso no Benfica em 1982-83, com a conquista do campeonato e a caminhada até à final da Taça UEFA, Sven-Göran Eriksson iniciou a segunda também em grande, com a vitória na final da Taça de Portugal referente à temporada anterior sobre o FC Porto nas Antas (1-0) e um grande arranque na I Divisão.
 
“Não perdemos nenhum jogo para o campeonato até à primavera [primeira derrota foi nas Antas, na 21.ª jornada, após 18 vitórias e dois empates]. Com o título praticamente ganho, focámo-nos na Taça dos Campeões [Europeus]. Atingimos os quartos de final depois de afastarmos os pequenos irlandeses do Linfield e os gregos do Olympiakos. Mas agora estávamos frente a frente com um duro opositor – Liverpool, campeão de Inglaterra e vencedor de três Taças dos Campeões nos últimos sete anos. Como muitos suecos, eu tinha sido um adepto do Liverpool na minha juventude. Agora ia ter a hipótese de liderar uma equipa no lendário Anfield”, contextualizou o treinador nórdico no livro autobiográfico Sven – A Minha História, publicado em 2013.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Patrão e não só. Os cinco mais jovens a marcar pelo Sp. Braga na I Divisão

Formação do Sp. Braga tem dado frutos na última década
Afonso Patrão é o homem – ou o menino… – de quem se fala. O jovem ponta de lança de 18 anos gelou esta segunda-feira o Estádio José Alvalade ao apontar o golo que deu o empate ao Sp. Braga e tirou ao Sporting a possibilidade de permanecer na liderança da I Liga.
 
O atacante braguista, que ainda tem idade de júnior e ainda esta época atuou pelos sub-19 e pelos bês arsenalistas, estreou-se a marcar pela equipa principal e entrou diretamente para o top 5 de jogadores mais jovens a marcar pelo conjunto minhoto na I Liga.
 
Saiba aqui quais são os cinco jogadores mais jovens a marcar pelo Sp. Braga no primeiro escalão.

Palmelense, um dos fundadores da AF Setúbal e o clube que devolveu autoestima a Palmela

Palmelense foi fundado oficialmente a 8 de abril de 1924
Um clube histórico do distrito de Setúbal, que soma 16 presenças na Taça de Portugal, duas na II Divisão Nacional e 14 na III Divisão, assim como dois títulos de campeão distrital, conquistados em 1986-87 e 1991-92.
 
Fundado oficialmente a 8 de abril de 1924 fruto do sonho e da carolice de um grupo de palmelões que pretendia devolver o sentimento de pertença e autoestima à população numa altura em que Palmela permanecia ainda integrada no concelho de Setúbal, o Palmelense Futebol Clube foi um dos 13 clubes que a 5 de maio de 1927 fundaram a Associação de Futebol de Setúbal – os outros foram: Luso Futebol Clube, União Futebol Comércio e Indústria, Vitória Futebol Clube, Bonfim Futebol Clube, Estrela Sporting Clube, Grupo Desportivo dos Empregados do Comércio, Grupo Desportivo Setubalense “Os Treze”, Racing Clube Setubalense, Sporting Clube de Setúbal “Os Miúdos”, Sporting Clube Setubalense “Os Frades”, São Domingos Futebol Clube e União Futebol Avenida.

Morreu Aurélio Pereira, o caça-talentos do Sporting que descobriu Futre, Figo e Cristiano Ronaldo

Aurélio Pereira entrou pela primeira vez para o Sporting em 1963
Aurélio Pereira foi tudo no Sporting, o seu clube do coração, e deu-lhe quase tudo, ao descobrir os melhores talentos futebolísticos, alguns à escala mundial, como Cristiano Ronaldo, Luís Figo e Paulo Futre.
 
Morreu esta terça-feira, aos 77 anos, mais uma vez e como sempre, longe da ribalta, mas com muitas estrelas, por si identificadas, a eternizarem o seu legado na formação do clube leonino.
 
Nasceu a 1 de outubro de 1947, em Alfama, e viveu no Beco dos Paus, em Lisboa, até a família se mudar para o vizinho concelho da Amadora e para a Venda Nova.
 
Apesar de ter estado sempre presente na sua vida, a relação com o Sporting oficializou-se em agosto de 1963, quando ficou nas captações do clube, graças à sua elevada estatura – que contrariou ao implementar a máxima de que “o talento não tem tamanho”.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

"Se dissesse aos jogadores que o sol era verde, eles acreditariam". Como Eriksson guiou o Benfica à final da Taça UEFA em 1982-83

Benfica não conseguiu bater Anderlecht no Estádio da Luz
Para Sven-Göran Eriksson não houve ano zero no Benfica. Não houve frases feitas como “confiar no processo”. Não houve desculpas. Foi chegar, ver e vencer. As águias começaram o campeonato com onze vitórias nas primeiras onze jornadas e desde cedo que encaminharam a conquista do título nacional, ao mesmo tempo que superavam eliminatórias na Taça de Portugal e na Taça UEFA.
 
A caminhada prova internacional iniciou-se em setembro de 1982 com um duplo confronto ibérico diante do Betis, que contava com algumas das maiores figuras da sua história, como José Ramón Esnaola, Rafael Gordillo e Julio Cardeñosa. Nada que intimidasse as águias, que aplicaram um duplo 2-1.
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