domingo, 18 de outubro de 2020

Os 10 jogadores com mais jogos pela U. Santiago na II Divisão B

Equipa da União de Santiago que ficou em 3.º lugar em 1991-92
Fundada a 18 de outubro de 1938, a União Sport Club de Santiago do Cacém viveu o período de maior fulgor da sua história entre o final da década de 1980 e o início da de 1990, quando participou por três vezes na II Divisão e quatro na II Divisão B.

Após uma longa travessia nos campeonatos distritais da Associação de Futebol de Setúbal, o emblema do Litoral Alentejano chegou à III Divisão Nacional em 1974 e à II Divisão em 1986.

Após a reformulação dos quatros competitivos em Portugal em 1990, os santiaguenses foram inseridos na II Divisão B, tendo obtido um terceiro lugar em 1991-92 – foi o mais perto que o clube esteve de chegar às ligas profissionais.


Desde 2005 remetidos nos distritais setubalenses, os unionistas contabilizam três títulos de campeão da AF Setúbal (1973-74, 1983-84 e 2001-02) e 27 presenças na Taça de Portugal, tendo defrontado o FC Porto nas Antas em 1975 (0-6).

Vale por isso a pena recordar os dez futebolistas com mais jogos pela União de Santiago na II Divisão B.


10. Nelinho (40 jogos)

Nelinho
Extremo natural de Almada, formado no Sporting ao lado de Rui Correia, Fernando Mendes e Cadete e sete vezes internacional pelas seleções jovens de Portugal, jogou na II Divisão ao serviço de Trofense e Gil Vicente antes de se mudar no verão de 1988 para a União de Santiago, que na altura atuava no mesmo escalão.
Na primeira temporada no Miróbriga desceu à III Divisão, mas subiu logo a seguir à II B, patamar em que disputou 13 jogos (dois a titular) e marcou dois golos, frente a Olhanense e União de Almeirim, em 1990-91.
Entretanto passou dois anos no Quarteirense e um no Vasco da Gama de Sines antes de regressar a Santiago do Cacém, tendo atuado em 27 partidas (23 a titular) e apontado dois golos, diante de Oriental e União de Montemor, em 1994-95, não evitando a descida à III Divisão.
Haveria de se manter no clube até 1998, quando a União caiu nos distritais. Depois mudou-se para o Alcacerense.


9. Briguel (47 jogos)

Briguel
Médio defensivo cabo-verdiano, chegou a Santiago do Cacém em 1989 proveniente do Desportivo da Praia, do seu país, e logo na primeira temporada ajudou os santiaguenses a ascender à II Divisão B.
Seguiram-se mais duas temporadas no Miróbriga, ambas na II B. Em 1990-91 atuou em 15 encontros (onze a titular) e na época seguinte participou em 32 (todos a titular), tendo marcado um golo ao Sacavenense e ajudado os unionistas a obter um bastante honroso 3.º lugar.
Depois rumou a O Elvas, tendo posteriormente chegado às ligas profissionais, representando Estoril e Imortal na II Liga.


8. Nélson Raimundo (57 jogos)

Nélson Raimundo
Jogador polivalente, capaz de atuar como lateral direito e fazer várias posições do meio-campo, foi campeão nacional de juniores no Benfica ao lado de José Carlos e transitou diretamente da formação das águias para os seniores do União de Santiago no verão de 1986.
Após três anos a jogar na II Divisão e outro na III, participou em oito jogos pelos santiaguenses na II B em 1990-91. Na temporada seguinte foi mais influente, tendo participado em 25 encontros (23 a titular) e marcado um golo ao Lusitano Évora, ajudando a formação do Litoral Alentejano a alcançar um fantástico terceiro lugar.
Depois rumou a O Elvas tal como Briguel e passou pelo Vasco da Gama de Sines, tendo regressado ao Miróbriga em 1994-95 para atuar em 24 partidas, não evitando a descida à III Divisão.
Muito penalizado por uma lesão grave no joelho direito, haveria de se manter no clube até 1997.


7. Fernando (74 jogos)

Fernando
Não podia faltar um guarda-redes nesta lista. Nascido em Angola tal como Nélson Raimundo, começou a carreira na região Centro, tendo passado por Gouveia, Académica e Seia até se transferir no verão 1990 para a União de Santiago.
Na temporada de estreia atuou em 24 partidas e sofreu 25 golos, ajudando os santiaguenses a assegurar a permanência.
Em 1991-92 participou em 22 encontros e foi buscar a bola ao fundo das redes 24 vezes, contribuindo para a obtenção do terceiro lugar, a melhor classificação do clube na II Divisão B.
Na época seguinte defendeu a baliza do Peniche, mas logo no verão de 1993 voltou ao Miróbriga para ajudar o conjunto do Litoral Alentejano a subir à II Divisão B, patamar em que disputou 28 jogos e sofreu 48 golos, não evitando a despromoção.
Após a descida à II Divisão mudou-se para o Vasco da Gama de Sines. Em 1998 voltou a Santiago do Cacém para jogar nos distritais da AF Setúbal durante duas épocas. Depois regressou a Sines.


6. Chico Fernandes (75 jogos)

Chico Fernandes
Defesa central natural da localidade de Cabeça Gorda, concelho de Beja, foi internacional sub-20 e começou a carreira no Desportivo de Beja, tendo ainda jogado na II Divisão ao serviço dos bejenses, do Vasco da Gama de Sines, do União da Madeira, do Nacional e do Olhanense antes de se mudar para a União de Santiago no verão de 1990, quando já tinha 30 anos.
Titularíssimo no eixo defensivo, logo na primeira época participou em 30 jogos na II Divisão B, ajudando a assegurar a permanência. Na temporada seguinte foi utilizado em 28 encontros e contribuiu para a obtenção de um fantástico terceiro lugar. Porém, 1992-93 foi impotente para evitar a despromoção, tendo apenas atuado em 17 partidas (16 a titular), além de ter dirigido a equipa enquanto treinador em oito desafios, não indo além de uma vitória e um empate.
Ainda continuou mais um ano no clube, na III Divisão, e depois rumou a sul para representar o Odemirense.
Entretanto terminou a carreira de jogador e iniciou a de treinador, tendo alcançado vários títulos e promoções em emblemas como Odemirense, Vasco da Gama de Sines, Moura, Ferreirense, Mineiro Aljustrelense e Castrense.


5. Sérgio (84 jogos)

Sérgio
Lateral direito formado no Vitória de Setúbal ao lado de Hélio, não encontrou espaço na equipa principal dos sadinos e por isso prosseguiu a carreira em clubes como Juventude de Évora, Moura e Peniche.
No verão de 1990 mudou-se para Santiago do Cacém e logo na primeira época teve impacto imediato na equipa, tendo disputado 35 jogos no campeonato da II Divisão B – Zona Sul, todos na condição de titular, ajudando a União a alcançar a permanência.
Em 1991-92 atuou em 16 partidas (14 a titular) e contribuiu para a obtenção do fantástico terceiro lugar.
Na temporada seguinte recuperou influência, tendo participado em 33 encontros, mas não evitou a despromoção.
Depois fez um ano de pausa na carreira e após essa interrupção voltou a Setúbal para representar o Comércio e Indústria na III Divisão.


4. Carlos Augusto (85 jogos)

Carlos Augusto
Defesa central/esquerdo natural de Grândola, trocou O Grandolense pela União de Santiago durante a transição de juvenil para júnior, em 1989.
Em 1991-92 estreou-se pela equipa principal, aos 18 anos, e logo nessa época participou em 27 jogos (26 a titular) no campeonato e marcou um golo numa goleada no terreno do Silves (4-0), contribuindo para a obtenção do honroso terceiro lugar.
Na temporada seguinte manteve o estatuto de titular, condições em que disputou 28 encontros no campeonato, mas não evitou a despromoção.
Manteve-se no clube apesar da descida à III Divisão e ajudou os santiaguenses a conseguir o bilhete de regresso à II B, patamar em que amealhou mais 30 partidas em 1994-95.
Após nova despromoção manteve-se no clube por mais um ano, rumando depois ao Vasco da Gama de Sines. Voltaria a vestir a camisola da União entre 2002 e 2004, na III Divisão, e entre 2005 e 2009, nos distritais da AF Setúbal.
Entretanto tornou-se treinador e chegou a assumir o comando técnico dos unionistas em 2017-18.


3. Silvério (105 jogos)

Silvério
Um filho da terra e um produto da formação da União de Santiago, que ascendeu à equipa principal em 1978-79, então na III Divisão. Em 1981 mudou-se para o vizinho e rival Vasco da Gama de Sines, mas voltou ao Miróbriga dois anos depois para contribuir para duas promoções, à III Divisão em 1984 e à II em 1986.
Os bons desempenhos deste médio captaram a atenção do Belenenses, que lhe deu a possibilidade de se tornar profissional e jogar na I Divisão em 1986-87, tendo até sido alvo de uma utilização bastante razoável.
Porém, no final dessa temporada regressou a Santiago do Cacém e, após descer à III Divisão em 1989, ascendeu à recém-criada II B no ano seguinte. Nesse patamar jogou quatro anos ao serviço da União, numa fase em que já era trintão.
Em 1990-91 participou em 30 jogos (23 a titular) e marcou dois golos, diante de Silves e Montijo, ajudando os santiaguenses a assegurar a permanência.
Na época seguinte foi utilizado em 26 partidas (16 a titular) e contribuiu para a obtenção de um fantástico terceiro lugar, atrás de Amora e Quarteirense.
Em 1992-93 disputou 23 encontros (20 a titular) e somou três remates certeiros, frente a Lusitano Évora, Esperança de Lagos e Montijo, insuficientes para evitar a despromoção.
Continuou no clube na III Divisão e em 1994 alcançou nova subida à II B, escalão em que cumpriu 26 jogos (18 a titular) e marcou um golo a O Elvas na derradeira temporada da carreira, 1994-95, não evitando nova descida de divisão.


2. Ferreirinha (107 jogos)

Ferreirinha
Extremo natural de Ermidas do Sado, no concelho de Santiago do Cacém, começou a jogar futebol em pequenos clubes da sua área de residência, como Vitória Ermidense, Alvaladense e Lousalense.
Em 1983 mudou-se para a União e por lá se manteve até 1997, tornando-se capitão e figura importante na história do emblema santiaguense, além de ter subido de divisão por quatro vezes e descido em três ocasiões. Após representar o clube nos distritais da AF Setúbal, na III Divisão e na II Divisão, em 1990 estreou-se na recém-criada II Divisão B.
Titularíssimo, disputou 35 jogos (34 a titular) e marcou três golos no campeonato em 1990-91, diante de Seixal, Olhanense e União de Almeirim, ajudando a assegurar a permanência.
Na temporada seguinte atuou em 30 partidas (28 a titular) e faturou por quatro vezes, frente a Atlético, Sacavenense, Silves e Lusitano Évora, contribuindo para a obtenção do terceiro lugar.
Em 1992-93 foi utilizado em 26 encontros (25 a titular) e somou uma mão cheia de remates certeiros, apontados a Fanhões (dois), Sintrense, Lusitano Évora e Lusitano VRSA, não evitando a despromoção.
Depois ajudou o clube a subir novamente à II B, patamar em que amealhou mais 16 jogos (15 a titular) e quatro golos, marcados a Odivelas, Juventude Évora, Olhanense e Olivais e Moscavide, não evitando nova despromoção.
Seguiram-se mais dois anos no Miróbriga a jogar na III Divisão.


1. Flávio (121 jogos)

Flávio
Médio nascido na Guiné-Bissau, fez praticamente toda a carreira no Litoral Alentejano. Após ter concluído a formação e iniciado o trajeto no futebol sénior ao serviço do Vasco da Gama de Sines, passou pela primeira vez pela União de Santiago em 1985-86.
Na temporada seguinte representou o Juventude Évora, mas logo a seguir voltou ao Miróbriga, tendo estado na descida à II Divisão em 1989 e na ascensão à II B em 1990.
Na então recém-criada II Divisão B disputou 33 jogos (32 a titular) e apontou oito golos em 1990-91, tendo faturado diante de Alverca, Loures, União de Almeirim, Santa Clara (dois), Seixal, Montijo e Amora, ajudando os santiaguenses a assegurar a permanência.
Na temporada que se seguiu atuou em 27 partidas (23 a titular) e marcou quatro golos, frente a Esperança de Lagos, Lusitano VRSA, Quarteirense e Lusitano Évora, contribuindo para a obtenção do histórico terceiro lugar.
Em 1992-93 participou em 30 encontros (27 a titular) e somou uma mão cheia de remates certeiros, diante de Lusitano VRSA, Olhanense, Portimonense (dois) e Olivais e Moscavide, mas não evitou a despromoção.
Porém, Flávio continuou no clube após a descida à III Divisão e ajudou-o a voltar à II B, patamar em que se despediu de Santiago do Cacém em 1994-95, época em que cumpriu 31 jogos (30 a titular) e marcou três golos, frente a Alverca, Atlético e Praiense, não evitando nova despromoção.
Depois mudou-se para o Alcacerense na companhia de Manuel.
























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