Com formação dividida entre os
dois principais emblemas do Rio Grande do Sul, este veloz e possante ponta de
lança (1,86 m e 83 kg) deixou o Internacional
para ingressar no Estoril
Praia quando tinha apenas 18 anos, no início de 1994, tendo atuado em 13
jogos (oito a titular) e marcado três golos até ao final de uma época marcada
pela despromoção à II
Liga.
Um ano depois surgiu no Estrela
da Amadora para atuar em sete encontros (todos como titular) nas
derradeiras jornadas da temporada 1994-95, ajudando os tricolores
a assegurar a permanência apesar de não ter vencido qualquer dos jogos que
disputou. Seguiu-se a época mais produtiva
em Portugal, com a camisola do Farense,
tendo somado uma dezena de golos – seis deles na Taça
de Portugal – em 37 partidas oficiais (16 como titular) em 1995-96, tendo
participado na eliminatória
da Taça UEFA diante do Lyon e ajudado os algarvios
a escapar à despromoção. “Ele vinha do Estoril
e do Estrela,
onde era suplente, tinha muitos problemas físicos. Mesmo no Farense
ficava quase sempre no banco, mas tinha moral. Tantas vezes o ouvi dizer:
‘Vocês vão ver, daqui a um ano só me podem ver na Eurosport’. E nós
ríamo-nos. ‘Oh Cristian, tu nem aqui jogas, pá’. E não é que o gajo voltou ao
Brasil, explodiu no Internacional
e ainda jogou três anos no PSG?
Até na seleção
do Brasil o vi jogar”, recordou o companheiro de equipa Idalécio
ao Maisfutebol
em maio de 2020. Christian voltou ao Brasil e ao Internacional
no final de 1996 para se afirmar como goleador, tendo contribuído para a
conquista do campeonato gaúcho em 1997. No mesmo ano foi o segundo melhor
marcador do Brasileirão, com 24 golos, tendo sido apenas superado pelo vascaíno
Edmundo (29); e foi pela primeira vez convocado para jogos da seleção
brasileira, tendo feito a estreia numa vitória sobre o Equador
(4-2) num particular disputado em Salvador.
Após cerca de 80 golos em dois
anos e meio ao serviço do colorado
voltou ao futebol europeu no verão de 1999 para representar o Paris
Saint-Germain, logo após ter vencido a Copa América e atingido a final da
Taça das Confederações. Com a camisola dos parisienses
amealhou 28 remates certeiros em 71 encontros ao longo de duas temporadas, sagrando-se
vice-campeão francês e finalista vencido da Taça da Liga em 1999-00. Na época
seguinte estreou-se na Liga
dos Campeões, tendo apontado cinco golos na competição.
Seguiram-se passagens por Bordéus,
Palmeiras
e Galatasaray antes de dois anos produtivos no Grêmio,
em 2003 e 2004. No primeiro ano ajudou o tricolor
gaúcho a evitar a despromoção à Série B, mas no segundo não teve a
mesma sorte.
Depois foi para o Japão
representar o Omiya Ardija, mas ainda em 2005 mudou-se para o São
Paulo, a tempo de se ter sagrado vencedor do Mundial de Clubes apesar de
não ter saído do banco nos dois jogos – nas meias-finais diante dos sauditas do
Al-Ittihad e na final frente ao Liverpool. Numa fase descendente em que
trocava recorrentemente de clube, venceu um campeonato carioca pelo Botafogo
em 2006 e uma Recopa Sul-Americana pelo Internacional
em 2007, tendo ainda passado por Corinthians,
Portuguesa,
Pachuca (México), Monte Azul e São
Caetano antes de encerrar a carreira no final de 2010, aos 35 anos, numa
altura em que já estava muito limitado por problemas nos joelhos.
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