quarta-feira, 23 de abril de 2025

O flop de Estoril, Estrela da Amadora e Farense que virou craque do PSG. Quem se lembra de Christian?

Christian passou discreto em Portugal antes de brilhar no PSG
Um estranho caso de um jogador que passou despercebido onde parecia ser mais fácil sobressair e que acabou por atingir um patamar inimaginável. Não deixou saudades aos adeptos de Estoril, Estrela da Amadora e Farense, mas esteve em duas fases finais ao serviço da seleção brasileira e brilhou em clubes como Paris Saint-Germain, Internacional de Porto Alegre ou Grêmio.
 
Com formação dividida entre os dois principais emblemas do Rio Grande do Sul, este veloz e possante ponta de lança (1,86 m e 83 kg) deixou o Internacional para ingressar no Estoril Praia quando tinha apenas 18 anos, no início de 1994, tendo atuado em 13 jogos (oito a titular) e marcado três golos até ao final de uma época marcada pela despromoção à II Liga.
 
 
Um ano depois surgiu no Estrela da Amadora para atuar em sete encontros (todos como titular) nas derradeiras jornadas da temporada 1994-95, ajudando os tricolores a assegurar a permanência apesar de não ter vencido qualquer dos jogos que disputou.
 
Seguiu-se a época mais produtiva em Portugal, com a camisola do Farense, tendo somado uma dezena de golos – seis deles na Taça de Portugal – em 37 partidas oficiais (16 como titular) em 1995-96, tendo participado na eliminatória da Taça UEFA diante do Lyon e ajudado os algarvios a escapar à despromoção. “Ele vinha do Estoril e do Estrela, onde era suplente, tinha muitos problemas físicos. Mesmo no Farense ficava quase sempre no banco, mas tinha moral. Tantas vezes o ouvi dizer: ‘Vocês vão ver, daqui a um ano só me podem ver na Eurosport’. E nós ríamo-nos. ‘Oh Cristian, tu nem aqui jogas, pá’. E não é que o gajo voltou ao Brasil, explodiu no Internacional e ainda jogou três anos no PSG? Até na seleção do Brasil o vi jogar”, recordou o companheiro de equipa Idalécio ao Maisfutebol em maio de 2020.
 
Christian voltou ao Brasil e ao Internacional no final de 1996 para se afirmar como goleador, tendo contribuído para a conquista do campeonato gaúcho em 1997. No mesmo ano foi o segundo melhor marcador do Brasileirão, com 24 golos, tendo sido apenas superado pelo vascaíno Edmundo (29); e foi pela primeira vez convocado para jogos da seleção brasileira, tendo feito a estreia numa vitória sobre o Equador (4-2) num particular disputado em Salvador.
 
 
Após cerca de 80 golos em dois anos e meio ao serviço do colorado voltou ao futebol europeu no verão de 1999 para representar o Paris Saint-Germain, logo após ter vencido a Copa América e atingido a final da Taça das Confederações.
 
Com a camisola dos parisienses amealhou 28 remates certeiros em 71 encontros ao longo de duas temporadas, sagrando-se vice-campeão francês e finalista vencido da Taça da Liga em 1999-00. Na época seguinte estreou-se na Liga dos Campeões, tendo apontado cinco golos na competição.
 
 
Seguiram-se passagens por Bordéus, Palmeiras e Galatasaray antes de dois anos produtivos no Grêmio, em 2003 e 2004. No primeiro ano ajudou o tricolor gaúcho a evitar a despromoção à Série B, mas no segundo não teve a mesma sorte.
 
 
 
Depois foi para o Japão representar o Omiya Ardija, mas ainda em 2005 mudou-se para o São Paulo, a tempo de se ter sagrado vencedor do Mundial de Clubes apesar de não ter saído do banco nos dois jogos – nas meias-finais diante dos sauditas do Al-Ittihad e na final frente ao Liverpool.
 
Numa fase descendente em que trocava recorrentemente de clube, venceu um campeonato carioca pelo Botafogo em 2006 e uma Recopa Sul-Americana pelo Internacional em 2007, tendo ainda passado por Corinthians, Portuguesa, Pachuca (México), Monte Azul e São Caetano antes de encerrar a carreira no final de 2010, aos 35 anos, numa altura em que já estava muito limitado por problemas nos joelhos.
 






 
  

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