quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Os 10 jogos mais marcantes de sempre no Estádio do Dragão

Estádio do Dragão foi inaugurado a 16 de novembro de 2003
Inaugurado a 16 de novembro de 2003, o Estádio do Dragão sucedeu ao Estádio das Antas, estreado em 1952, como casa do FC Porto.
 
Situado na freguesia portuense de Campanhã, o palco dos azuis e brancos está homologado com uma capacidade total de 50 033 espetadores, mas recebeu no jogo de inauguração cerca de 52 mil espetadores, um recorde de assistência no recinto.
 
Arquitetado por Manuel Salgado, teve um custo de construção de 125 milhões de euros e, além dos jogos em casa do FC Porto, também já acolheu 14 encontros da seleção nacional, cinco jogos do Euro 2004 (incluindo o de abertura e uma meia-final), a final da Liga das Nações em 2019 e a da Liga dos Campeões em 2020-21, tendo também recebido concertos de bandas como The Rolling Stones (2006), Coldplay (2012), Muse (2013) e One Direction (2014).
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogos mais marcantes de sempre do Estádio do Dragão.
 
16 de novembro de 2003 – Jogo de inauguração do Estádio do Dragão
Antes mesmo do encontro, teve lugar um espetáculo do ilusionista Luís de Matos, que desceu de helicóptero no relvado e fez aparecer os jogadores do FC Porto que estavam escondidos debaixo de um palco, e o hino do clube cantado a capella por Isabel Silvestre.
E, numa altura em que os campeonatos estavam parados devido aos compromissos das seleções nacionais – Costinha e Deco estavam ao serviço de Portugal e falharam a cerimónia –, os dragões receberam o Barcelona de Frank Rijkaard, que também estava privado dos jogadores internacionais.
Derlei, na conversão de uma grande penalidade aos 55 minutos, e Hugo Almeida, aos 68’, apontaram os golos da vitória azul e branca. Mas depois disso teve lugar um momento histórico, ainda que na altura ninguém soubesse: a estreia de Lionel Messi, então com 16 anos, pela equipa principal do Barcelona, ao minuto 74.
 
 
 
25 de fevereiro de 2004 – 1.ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões
Quando se fala desta eliminatória, o que normalmente é referido são as incidências do encontro da segunda-mão, em Old Trafford: o golo de Costinha ao cair do pano e a correria desenfreada de José Mourinho pela linha lateral durante os festejos.
No entanto, a vantagem que o FC Porto levou para Inglaterra foi construída na primeira-mão, no primeiro jogo internacional do Estádio do Dragão. Depois de o sul-africano Fortune ter dado vantagem aos red devils aos 14 minutos, o compatriota Benni McCarthy bisou para os azuis e brancos (29’ e 78’).
Pouco antes do apito final, Roy Keane viu o cartão vermelho devido a um pisão em Vítor Baía (87’).
 
 
 
12 de junho de 2004 – Euro 2004 (1.ª jornada da fase de grupos)
O jogo inaugural do Campeonato da Europa realizado em Portugal e também a primeira de duas derrotas chocantes ante a Grécia durante o Euro 2004.
Depois de uma cerimónia de abertura com pompa e circunstância, que contou com Nelly Furtado a cantar “Força”, o hino do torneio, a seleção portuguesa então orientada por Luiz Felipe Scolari entrou praticamente a perder, graças a um golo de fora da área de Georgios Karagounis logo aos sete minutos.
Após uma primeira parte muito negativa, praticamente sem causar situações de perigo, o selecionador nacional trocou por Rui Costa e Simão Sabrosa por Deco e Cristiano Ronaldo ao intervalo, mas as alterações começaram por… correr mal, pois Ronaldo, então um jovem com 19 anos, cometeu uma grande penalidade sobre Seitaridis logo no arranque do segundo tempo. Basinas converteu o penálti (46’).
O melhor que Portugal conseguiu até ao apito final foi reduzir a desvantagem, por Cristiano Ronaldo, que se elevou mais alto do que toda a gente na área helénica para marcar de cabeça ao cair do pano, na sequência de um canto de Figo (90’).
 
 
 
7 de novembro de 2010 – I Liga (10.ª jornada)
Numa fase de enorme crispação entre os rivais, o Benfica apresentava-se como campeão em título, mas o FC Porto tinha possibilidades de se sagrar campeão em casa do rival, um ano depois de ter sido privado durante vários meses de um dos seus principais craques, Hulk, devido ao famoso caso do túnel da Luz. As trocas de provocações e acusações eram diárias e os duelos entre dragões e águias bastante quentinhos.
Numa fase em que os azuis e brancos de André Villas-Boas estavam a jogar um futebol de grande qualidade, humilharam os encarnados no Dragão com cinco golos sem resposta. Varela começou a construir a goleada aos 12 minutos, após grande trabalho de Hulk sobre David Luiz. Radamel Falcao fez o 2-0 de forma acrobática aos 25’ e chegou ao bis aos 29’. Já na reta final do segundo tempo Hulk fez dois golos, o primeiro de grande penalidade (81’) e o segundo através de um grande remate de fora da área (90+2’).
 
 
 
28 de abril de 2011 – 1.ª mão das meias-finais da Liga Europa
A fazer uma época fantástica, o FC Porto de André Villas-Boas chegou ao final de abril já com o título nacional no bolso e a presença na final da Taça de Portugal assegurada. Na Liga Europa também estava a ter um percurso imaculado, tendo vencido o grupo com 16 pontos em 18 possíveis, eliminado o Sevilha com uma vitória na Andaluzia, afastado o CSKA Moscovo com vitórias no Porto e na Rússia e despachado o Spartak Moscovo com um agregado de 10-3 na eliminatória.
Nas meias-finais, o adversário foi o Villarreal de Juan Carlos Garrido, uma das melhores equipas espanholas na altura, com jogadores como Diego López, Carlos Marchena, Mario Gaspar, Bruno Soriano, Santi Cazorla, Borja Valero, Joan Capdevila, Nilmar e Giuseppe Rossi.
O submarino amarillo até começou melhor, com Cani a abrir o ativo à beira do intervalo (45 minutos). Porém, a segunda parte foi um vendaval ofensivo do FC Porto, com quatro golos de Radamel Falcao (50’ g.p., 69’, 75’ e 90’) e um de Fredy Guarín (62’), curiosamente dois jogadores colombianos – a assistência para o 5-1 saiu precisamente dos pés de outro cafetero, James Rodríguez.
A vantagem gorda permitiu ao FC Porto encarar o jogo da segunda-mão, no El Madrigal, com grande tranquilidade, tendo bastado uma derrota por 2-3 para garantir o apuramento para a final de Dublin.
 
 
 
11 de maio de 2013 – I Liga (29.ª jornada)
Numa das lutas pelo título mais apaixonantes da história, Benfica e FC Porto entraram para a penúltima jornada ainda sem derrotas e separados por apenas dois pontos, com vantagem para os encarnados. As águias festejariam o título no Dragão em caso de vitória e ficaram em posição privilegiada mesmo se empatassem, mas seriam ultrapassadas se perdessem. Tudo começou a correr bem para a equipa de Jorge Jesus, que inaugurou o marcador por Lima, aos 19 minutos. Pouco depois, um autogolo de Maxi Pereira deixou o resultado empatado. A igualdade haveria de permanecer até aos 92 minutos, quando Kelvin tentou a sorte à entrada da área e bateu Artur Moraes, colocando o Dragão em delírio e... Jesus de joelhos.
 
 
 
25 de julho de 2014 – Jogo de homenagem a Deco
Não era um jogo oficial e grande parte dos seus intervenientes eram futebolistas já retirados, alguns dos quais muito fora de forma, mas o Estádio do Dragão encheu para prestar a homenagem de final de carreira a Deco, que reuniu os companheiros com quem partilhou as conquistas da Liga dos Campeões com FC Porto (2004) e Barcelona (2006).
"Foi uma honra ter-me despedido dos relvados no estádio do FC Porto, num jogo que vai marcar o resto da minha vida", afirmou o antigo internacional português, que jogou a primeira parte com a camisola azul e branca do FC Porto e a segunda com a azul grená do Barça, mas que no final do jogo voltou a trocar de camisola.
Derlei (3 minutos), McCarthy (14’), Jankauskas (62’) e Deco marcaram para os dragões e Eto’o (55’ e 68’), Deco (58’) e Lionel Messi (80’) para os catalães.
 
 
 
4 de março de 2017 – I Liga (24.ª jornada)
A maior goleada que o Estádio do Dragão já vivenciou.
Na altura, o FC Porto de Nuno Espírito Santo estava a protagonizar uma luta acérrima pelo primeiro lugar com o Benfica de Rui Vitória, que entrou nessa jornada com um ponto de avanço.
Os dragões aproveitaram a ocasião para cilindrar o penúltimo classificado Nacional e colocar pressão sobre o rival, goleando por 7-0. Óliver Torres (31 minutos), Brahimi (45’), André Silva (51’ e 89’), Soares (55’ e 71’) e Miguel Layún (63’) foram os autores dos golos.
 
 
 
9 de junho de 2019 – Final da Liga das Nações
Pela primeira vez na história, o Dragão recebeu a final de uma competição, a da edição inaugural da Liga das Nações, tendo também acolhido a meia-final entre Portugal e Suíça.
Numa altura em que jogadores como Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva e Bruno Fernandes atravessavam um grande momento de forma, a seleção portuguesa, comandada por Fernando Santos, levou a melhor sobre os neerlandeses orientados por Ronald Koeman e com futebolistas como Virgil van Dijk, Matthijs de Ligt, Daley Blind, Denzel Dumfries, Gini Wijnaldum, Frenkie de Jong e Memphis Depay.
Um golo solitário de Gonçalo Guedes à passagem da hora de jogo, a passe de Bernardo Silva, decidiu o encontro e deu a Portugal o segundo título da sua história.
 
 
 
29 de maio de 2021 – Final da Liga dos Campeões
Inicialmente, a final da Liga dos Campeões de 2019-20 era para ser disputada em Istambul e a da época seguinte em São Petersburgo, mas a pandemia de covid-19 acabou por obrigar ao adiamento e à recolocação do jogo decisivo de 2019-20 para Lisboa, passando Istambul a receber a de 2020-21. Contudo, a duas semanas da final a pandemia estava a disseminar-se tão intensamente na Turquia que o jogo foi recolocado no Estádio do Dragão – o Aston Villa ainda ofereceu o Villa Park, em Birmingham, e chegou a ponderar-se a hipótese Wembley, mas o governo britânico não quis que a final se realizasse em Inglaterra, país dos dois finalistas, para evitar um agravamento da crise pandémica.
Perante 14 110 espetadores, o Chelsea surpreendeu o favorito Manchester City, que tinha Rúben Dias e Bernardo Silva no onze, e venceu por 1-0, graças a um golo de Kai Havertz aos 42 minutos.
 







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