Quem se lembra de Cândido Costa (oxigenado ou não) em “duas épocas boas no Sp. Braga”?
Cândido Costa jogou no Sp. Braga entre 2004 e 2006
Houve um momento em que Cândido
Costa percebeu que já não era uma promessa e que estava destinado a ser “apenas
um bom jogador da I
Divisão”. Esse momento foi quando rescindiu com o FC
Porto e assinou pelo Sp.
Braga durante o verão de 2004.
Depois de ter estado emprestado
ao Vitória de Setúbal no primeiro semestre de 2003 e ao Derby County da II
Liga inglesa durante toda a temporada 2003-04, já não encontrou José
Mourinho no regresso ao Dragão
e recebeu guia de marcha. “Eu venho de Inglaterra a achar que ia ficar no FC
Porto. Honestamente. Só que o problema é que o Mourinho
sai. Ele ganha a Liga
dos Campeões, sai, e vem o [Luigi] Delneri, que não conhecia o Cândido
de lado nenhum. Quando lhe foi apresentado o dossiê Cândido
e o possível regresso ele disse que não lhe interessava. O que é normal. Não
fiquei”, recordou à Tribuna
Expresso em março de 2018. A ida para Sp.
Braga acabou por ser encarada como um mal menor. “Fiquei [triste]. Aí mexeu
comigo. (…) O Sp.
Braga era um bom clube, mas eu senti que já estava destinado a ser esse
jogador. O estrelato maior eu tinha perdido, tinha perdido a minha
oportunidade. E, erradamente, enraizei isso em mim. Dificilmente o telefone da
grandeza vai tocar outra vez. Eu tive o meu tiro e o meu tiro foi aquilo que
consegui. Foi isto. Agora eu era apenas um bom jogador da I
Divisão, a minha realidade ia ser aquela. Deixei de acreditar que era mesmo
muito bom. E quando deixei de acreditar que era mesmo muito bom, eu deixei de
ser muito bom. Passei só a ser um bom jogador. Foi o melhor elogio que recebi
depois. Deixei de ser extraordinário. E quando deixas de acreditar, tudo em ti
muda. Acomodei-me. Para mim era muito bom estar no Belenenses,
como era muito bom estar no Sp.
Braga. E era”, prosseguiu o antigo extremo, que chegou ao Minho com apenas
23 anos. Cândido
Costa ficou dois anos na cidade dos Arcebispos. Nunca foi titular
indiscutível. Foi até mais vezes suplente utilizado (20) do que titular (14)
nos apenas 34 jogos que disputou pelos arsenalistas
nesse período, às ordens de Jesualdo Ferreira. “Já o conhecia das seleções. O Sp.
Braga já era o Sp.
Braga. Ficámos duas épocas em quarto ou em quinto. Já era um Sp.
Braga muito forte, que pagava bons salários, um clube já muito organizado.
O Jesualdo fez duas grandes épocas, tínhamos uma equipa muito forte. Apesar de
ter sido no Belenenses
que mais tarde relancei a minha carreira e deixei a minha marca, fiz duas
épocas boas no Sp.
Braga, honestas, e gostei muito da vida de Braga. Vivi em Braga com família
e gostei muito das pessoas. Agreguei-me muito ao clube, até porque não me
faltava com nada. Senti-me parte integrante de um clube com alto pensamento e
para mim foi interessante manter essa fasquia alta”, lembrou o antigo
internacional sub-21 português.
Embora tivesse mais um ano de
contrato pelo Sp.
Braga, rescindiu no verão de 2006, aquando da saída de Jesualdo Ferreira e
chegada de Rogério Gonçalves para o comando técnico, que lhe deu via verde para
abandonar o plantel e assinar pelo Belenenses.
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