quarta-feira, 30 de abril de 2025

Quem se lembra de Cândido Costa (oxigenado ou não) em “duas épocas boas no Sp. Braga”?

Cândido Costa jogou no Sp. Braga entre 2004 e 2006
Houve um momento em que Cândido Costa percebeu que já não era uma promessa e que estava destinado a ser “apenas um bom jogador da I Divisão”. Esse momento foi quando rescindiu com o FC Porto e assinou pelo Sp. Braga durante o verão de 2004.
 
Depois de ter estado emprestado ao Vitória de Setúbal no primeiro semestre de 2003 e ao Derby County da II Liga inglesa durante toda a temporada 2003-04, já não encontrou José Mourinho no regresso ao Dragão e recebeu guia de marcha. “Eu venho de Inglaterra a achar que ia ficar no FC Porto. Honestamente. Só que o problema é que o Mourinho sai. Ele ganha a Liga dos Campeões, sai, e vem o [Luigi] Delneri, que não conhecia o Cândido de lado nenhum. Quando lhe foi apresentado o dossiê Cândido e o possível regresso ele disse que não lhe interessava. O que é normal. Não fiquei”, recordou à Tribuna Expresso em março de 2018.
 
A ida para Sp. Braga acabou por ser encarada como um mal menor. “Fiquei [triste]. Aí mexeu comigo. (…) O Sp. Braga era um bom clube, mas eu senti que já estava destinado a ser esse jogador. O estrelato maior eu tinha perdido, tinha perdido a minha oportunidade. E, erradamente, enraizei isso em mim. Dificilmente o telefone da grandeza vai tocar outra vez. Eu tive o meu tiro e o meu tiro foi aquilo que consegui. Foi isto. Agora eu era apenas um bom jogador da I Divisão, a minha realidade ia ser aquela. Deixei de acreditar que era mesmo muito bom. E quando deixei de acreditar que era mesmo muito bom, eu deixei de ser muito bom. Passei só a ser um bom jogador. Foi o melhor elogio que recebi depois. Deixei de ser extraordinário. E quando deixas de acreditar, tudo em ti muda. Acomodei-me. Para mim era muito bom estar no Belenenses, como era muito bom estar no Sp. Braga. E era”, prosseguiu o antigo extremo, que chegou ao Minho com apenas 23 anos.
 
Cândido Costa ficou dois anos na cidade dos Arcebispos. Nunca foi titular indiscutível. Foi até mais vezes suplente utilizado (20) do que titular (14) nos apenas 34 jogos que disputou pelos arsenalistas nesse período, às ordens de Jesualdo Ferreira. “Já o conhecia das seleções. O Sp. Braga já era o Sp. Braga. Ficámos duas épocas em quarto ou em quinto. Já era um Sp. Braga muito forte, que pagava bons salários, um clube já muito organizado. O Jesualdo fez duas grandes épocas, tínhamos uma equipa muito forte. Apesar de ter sido no Belenenses que mais tarde relancei a minha carreira e deixei a minha marca, fiz duas épocas boas no Sp. Braga, honestas, e gostei muito da vida de Braga. Vivi em Braga com família e gostei muito das pessoas. Agreguei-me muito ao clube, até porque não me faltava com nada. Senti-me parte integrante de um clube com alto pensamento e para mim foi interessante manter essa fasquia alta”, lembrou o antigo internacional sub-21 português.
 
 
Embora tivesse mais um ano de contrato pelo Sp. Braga, rescindiu no verão de 2006, aquando da saída de Jesualdo Ferreira e chegada de Rogério Gonçalves para o comando técnico, que lhe deu via verde para abandonar o plantel e assinar pelo Belenenses



 

  




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