Mostrar mensagens com a etiqueta Portugal (Lendas). Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Portugal (Lendas). Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Hoje faz anos o avançado móvel que o Vitória de Guimarães catapultou para a seleção. Quem se lembra de Romeu?

Romeu somou duas internacionalizações pela seleção nacional A
Não era um goleador e apenas superou a fasquia da dezena de golos numa época, em 2002-03, mas fez render a melhor fase da carreira: ajudou o Vitória de Guimarães então orientado por Augusto Inácio a alcançar o quarto lugar no campeonato, uma das melhores classificações dos minhotos neste século, e convenceu o interino Agostinho Oliveira a convoca-lo para a seleção nacional A.
 
Nascido a 8 de outubro de 1974 em Santa Maria da Feira, emigrou em tenra idade para a Suíça, onde jogou nas camadas jovens do Neuchâtel Xamax. Voltou a Portugal já no último ano de júnior, a tempo de integrar a equipa do FC Porto campeã nacional da categoria em 1992-93.
 
Sem espaço na equipa principal dos dragões, iniciou o percurso como sénior no Infesta, que na altura militava na II Divisão B e era comandado pelo eterno Augusto Mata, que esteve no cargo ininterruptamente entre 1983 e 2003, depois de uma primeira passagem entre 1973 e 1982.

terça-feira, 30 de setembro de 2025

O extremo à moda antiga que chegou a ser treinador interino do Sporting. Quem se lembra de Marinho?

Marinho somou 86 golos em 323 jogos pelo Sporting entre 1967 e 1977
Com a velocidade como principal arma, era um extremo à moda antiga, mas a elevada capacidade de finalização fez também dele um jogador capaz de atuar muitas vezes como uma espécie de falso ponta de lança.
 
Produto da formação do Atlético, ascendeu à equipa principal em 1962-63, época em que se estreou na I Divisão. Nas três temporadas que se seguiram jogou na II Divisão, sempre ao lado do já veterano Matateu, e brilhou de tal forma que despertou a cobiça dos principais emblemas nacionais, acabado por ser o Sporting a contratá-lo no verão de 1967.
 
Em Alvalade ganhou imediatamente um lugar no onze de Fernando Caiado, mas nem sempre foi um titular indiscutível durante os dez anos que passou de leão ao peito. Foi campeão nacional em 1969-70 e 1973-74, numa altura em que os verde e brancos teimavam em vencer o campeonato em ano de Mundial, e conquistou a Taça de Portugal em 1970-71, 1972-73 e 1973-74.

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

“Vai buscar Tibi!”. Quem se lembra do bebé do Mar que viveu os melhores anos no FC Porto?

Tibi esteve ligado ao FC Porto entre 1972 e 1983
“Vai buscar Tibi!”. A frase ficou na memória de uma geração, que se ouvia recorrentemente em peladas entre amigos nas ruas e descampados de Portugal no final da década de 1970. A culpa foi de Gomes Amaro, locutor de rádio luso-brasileiro que narrava os jogos do FC Porto no Quadrante Norte, dos Emissores Reunidos, que reproduzia a frase a cada golo na baliza portista, somando-a a outra expressão icónica: “agora não adianta chorar.”
 
Talvez a paródia em torno do seu nome não tenha feito justiça ao bom guardião que António José de Oliveira Meireles (seu nome verdadeiro) foi. Era elástico, ainda que por vezes inconstante, o típico guarda-redes de engate.
 

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

José Sério, guarda-redes campeão pelo Belenenses e o primeiro a sofrer um golo no Santiago Bernabéu

José Sério defendeu a baliza do Belenenses entre 1944 e 1954
Um dos guarda-redes mais marcantes da história do Belenenses, que fez parte da histórica equipa campeã nacional em 1945-46, embora o habitual titular fosse Manuel Capela.
 
Nascido em Santa Maria de Belém, concelho de Lisboa, a 5 de março de 1922, entrou para os juniores do Belenenses em 1938, mas na categoria sénior começou por representar o Paço de Arcos (1942 a 1944). Contudo, ainda numa fase inicial da carreira regressou ao emblema da Cruz de Cristo, tendo defendido a baliza dos azuis ao longo de uma década.
 

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Fez-se internacional A no Vitória de Guimarães e jogou pelos três grandes. Quem se lembra de Romeu?

Romeu somou onze internacionalizações pela seleção nacional A
Um dos raros casos de jogadores que representaram os chamados três grandes do futebol português, Benfica, FC Porto e Sporting, mas que curiosamente somou a primeira de onze internacionalizações pela seleção nacional A quando ainda representava o clube que o projetou, o Vitória de Guimarães, em abril de 1974, pela mão de José Maria Pedroto.
 
No ano seguinte, este médio ofensivo que nasceu em Vila Praia de Âncora a 4 de março de 1954 e cresceu em Moçambique transferiu-se para o Benfica, mas não se afirmou, apesar da conquista de dois campeonatos (1975-76 e 1976-77). Na segunda de duas épocas na Luz, o treinador inglês John Mortimore colocou-o a lateral esquerdo numa visita ao Belenenses no Restelo (3-2) e nunca mais contou com ele na sua posição natural no meio-campo. Como o “cenoura” – alcunha motivada pelo cabelo ruivo – não falava inglês nem Mortimore português, o impasse arrastou-se até ao final da temporada, quando os encarnados o devolveram ao Vitória de Guimarães ao fim de apenas 16 jogos.

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

O capitão que ergueu a única Taça de Portugal do Leixões. Quem viu jogar Raul Machado?

Raul Machado levantou a Taça de Portugal nas Antas em 1960-61
O Leixões tem nas suas vitrinas uma Taça de Portugal. E quem a ergueu, em pleno Estádio das Antas após triunfo sobre o FC Porto, foi o central Raul Machado, que na altura tinha apenas 23 anos. Depois desse feito foi para o Benfica conquistar seis campeonatos e duas Taças de Portugal.
 
Nascido em Matosinhos a 22 de setembro de 1937, entrou para a equipa principal dos bebés do Mar em 1958-59, época marcada pela promoção à I Divisão. Nas temporadas que se seguiram reforçou o estatuto, com destaque para a conquista da prova rainha em 1960-61 e para a caminhada até aos quartos de final da Taça das Taças em 1961-62.

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Magriço e único jogador português (de gema) campeão no Brasil. Quem se lembra de Peres?

Fernando Peres somou 27 jogos e quatro golos pela seleção nacional A
Várias dezenas de jogadores portugueses passaram pelo Brasil, mas apenas um se sagrou campeão brasileiro. Conseguiu-o ao serviço do Vasco da Gama em 1974, naquele que foi o primeiro de quatro nacionais dos cariocas. Mas Fernando Peres foi muito mais do que um pioneiro no estrangeiro. Foi também um futebolista muito importante em Portugal.
 
Nascido a 8 de janeiro de 1942 em Algés e dotado de um pé esquerdo formidável, foi formado no Belenenses e jogou pela equipa principal dos azuis do Restelo entre 1960 e 1965, período no qual se tornou internacional sub-18, B e A, estreando-se pela seleção principal com um golo num empate diante de Inglaterra em São Paulo (1-1) a 4 de junho de 1964.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Fez-se internacional no Portimonense, foi diretor do Sporting e treinou em seis países. Quem se lembra de Norton de Matos?

Norton de Matos brilhou no Portimonense entre 1981 e 1984
Já fez de tudo no futebol: jogou, treinou, dirigiu, formou e até comentou. Apesar da versatilidade, nunca terá atingido noutra função o nível que alcançou enquanto futebolista, uma vez que chegou a ser internacional A e foi um dos primeiros portugueses a ter sucesso no estrangeiro.
 
Sobrinho-neto do general José Norton de Matos, nasceu a 14 de dezembro de 1953 em Lisboa e começou a jogar futebol nas camadas jovens do Estoril, mas foi no Benfica que concluiu a formação e se tornou internacional jovem por Portugal.
 
Quando transitou para sénior, inicialmente integrou a equipa de reservas dos encarnados, mas em 1973-74 foi emprestado à Académica, tendo aproveitado para frequentar o curso de Direito na Universidade de Coimbra, seguindo assim uma tradição familiar. Contudo, o reitor era salazarista e não guardava boas recordações do tio-avô de Luís Norton de Matos, um dos principais opositores de António de Oliveira Salazar, o que obrigou o então reforço da Briosa a adiar os planos académicos. Curiosamente, foi precisamente durante essa temporada que aconteceu a Revolução dos Cravos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

O bicampeão europeu pelo Benfica enquanto gozava uma licença sem vencimento na CUF. Quem se lembra de Mário João?

Mário João só jogou por CUF e Benfica em 14 anos de carreira
Em 1957 pediu uma licença sem vencimento à CUF para jogar no Benfica, quando Otto Glória implementou o profissionalismo, e cinco anos depois a empresa escreveu-lhe uma carta a ameaçar despedi-lo se não voltasse para a fábrica para trabalhar a tempo inteiro, o que o fez regressar à casa-mãe. Pelo meio venceu duas Taças dos Campeões Europeus (1960-61 e 1961-62), dois campeonatos (1959-60 e 1960-61) e duas Taças de Portugal (1958-59 e 1961-62).
 
Nascido no Barreiro a 6 de junho de 1935, cresceu ao lado do campo da CUF e desenvolveu imediatamente intimidade com a bola. Aos 15 anos, inscreveu-se no clube-empresa e sagrou-se vice-campeão nacional de juniores logo na primeira época.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Um dos heróis da única Taça do Leixões e sete vezes campeão pelo Benfica. Quem se lembra de Jacinto?

Jacinto triunfou no Leixões antes de dar o salto para o Benfica em 1962
Defesa matosinhense e formado no Leixões, numa altura em que era comum muitos produtos da formação ascenderem à equipa principal do clube, os chamados “bebés do Mar”, foi lançado às feras ainda com 19 anos, em 1960-61, e logo nessa época contribuiu para a conquista da Taça de Portugal, a única do emblema alvirrubro.
 
Versátil, podendo alinhar como lateral ou central com igual eficácia, começou como defesa esquerdo, mas foi no eixo defensivo que jogou (ao lado de Raul Machado), devido a problemas de saúde do histórico Raúl Oliveira, na final ganha ao FC Porto (2-0) em pleno… Estádio das Antas, a 9 de julho de 1961.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

O ala do Boavista que vestiu a camisola 10 no Benfica. Quem se lembra de Nelo?

Nelo fez grande parte da carreira no Bessa e foi internacional A
Lateral/médio esquerdo portuense, foi uma das grandes figuras do Boavistão entre 1988 e 1997, período no qual somou 202 jogos, nove golos e três troféus com a camisola axadrezada. Chegou a internacional A (11 jogos) e foi levado para o Benfica no tempo da revolução no plantel operada pelo presidente Manuel Damásio e o treinador Artur Jorge, mas não conseguiu replicar na Luz o êxito que teve no Bessa.
 
Formado no Boavista, teve muito que penar até se fixar no plantel principal, tendo passado por empréstimos a Felgueiras e Farense antes de se afirmar verdadeiramente na casa-mãe a partir da temporada 1990-91. Contudo, quando o conseguiu agarrou de tal forma o lugar que logo em outubro de 1990 foi convocado para a seleção nacional A, estreando-se num triunfo sobre a campeã europeia Holanda no Estádio das Antas (1-0).

domingo, 24 de agosto de 2025

O canhoto açoriano do Sporting que bisou nos 7-1 ao Benfica. Quem se lembra de Mário Jorge?

Mário Jorge somou 261 jogos e 21 golos pelo Sporting entre 1979 e 1991
Um dos melhores jogadores açorianos de sempre, um pódio que certamente dividirá com o goleador Pauleta e o comendador Eliseu. Natural de Ponta Delgada, fez toda a formação do Sporting, afirmando-se cedo como um promissor futebolista graças a características como qualidade técnica, visão de jogo e velocidade de execução.
 
Canhoto capaz de fazer todo o flanco esquerdo, dividiu a carreira entre as posições de lateral e de médio ala, com semelhante nível de desempenho.
 
Foi lançado na equipa principal dos leões por Rodrigues Dias a 12 de setembro de 1979, nos minutos finais de uma vitória caseira sobre o Estoril (2-0), numa altura em que tinha 18 anos praticamente acabadinhos de fazer, o que no final dessa época lhe valeu o estatuto de campeão nacional.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

O canhoto de Castro Daire que fez mais de 50 jogos pelo Benfica. Quem se lembra de Luís Carlos?

Luís Carlos conseguiu uma internacionalização pela seleção A
Extremo canhoto com alguma qualidade técnica, subiu a pulso na carreira: estreou-se como sénior no Oriental em 1991-92, na antiga III Divisão Nacional, entrou na I Liga pela porta do Salgueiros no verão de 1997, reforçou o Benfica em dezembro desse ano e somou a única internacionalização A que tem no currículo em agosto de 1998.
 
Nascido em Vila Nova, concelho de Castro Daire, em 21 de agosto de 1972, cresceu na freguesia lisboeta de Marvila e fez toda a formação no Oriental, clube no qual também fez a transição para sénior, tendo sido companheiro de equipa de Costinha, dois anos mais novo.
 
Após cinco temporadas no emblema grená, mudou-se para o Nacional da Madeira no verão de 1996, reencontrando o treinador José Moniz, e no final da época, já sob a orientação do brasileiro Jair Picerni, festejou a subida à II Liga.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Defesa goleador do Sporting e primeiro brasileiro a jogar por Portugal. Quem viu jogar Lúcio?

Lúcio representou o Sporting entre 1959 e 1964
Muito antes de Deco, Pepe, Liedson, Dyego Sousa, Otávio e Matheus Nunes (e de Celso, já agora…) houve Lúcio, o primeiro futebolista nascido no Brasil a jogar pela seleção portuguesa e também um defesa central especialista na execução de livres diretos.
 
Nascido em Manhuaçu, no estado de Minas Gerais, mas filho de pai fafense e mãe portuense, jogava no América do Rio de Janeiro quando, durante digressão europeia do clube carioca, acabou contratado pelo Sporting em dezembro de 1959.
 

terça-feira, 12 de agosto de 2025

O craque do FC Porto que morreu em campo. Quem viu jogar Pavão?

Pavão atuou 229 vezes pelo FC Porto entre 1965 e 1973
Quis o destino que tivesse sido no minuto 13 da jornada 13, num dia de jogo nas Antas, um dos momentos de maior azar da história do FC Porto: um dos seus principais craques caiu fulminado no relvado, naquela que viria a ser a primeira morte súbita nos estádios portugueses. A notícia foi anunciada depois de um triunfo, sobre o Vitória de Setúbal (2-0), que ficou por comemorar.
 
Maestro do meio-campo azul e branco ao longo de oito anos (1965 a 1973), começou a jogar à bola nas ruas de Chaves, cidade onde nasceu a 12 de agosto de 1946, e percorreu as camadas jovens do Desportivo de Chaves, mas chegou aos dragões ainda júnior, em 1964, após ter sido descoberto pelo ilustre portista António Feliciano e perante a insistência do então coordenador de formação Artur Baeta. José Maria Pedroto poliu-o entre 1966 e 1969, catapultando-o para a seleção nacional A, e quis o destino que fosse ele o técnico dos sadinos naquele fatídico encontro de 16 de dezembro de 1973.

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Jorge Vieira, primeiro árbitro internacional português e... jogador emblemático do Sporting

Jorge Vieira jogou pelo Sporting entre 1914 e 1932
Uma das maiores figuras das primeiras décadas do futebol em Portugal, um período em que a informalidade dava para quase tudo, até para que um jogador emblemático do Sporting, que atuou de leão ao peito durante 18 anos (1914 a 1932), fosse ao mesmo tempo árbitro, neste caso específico o primeiro árbitro internacional português.
 
Nascido em Lisboa a 23 de fevereiro de 1898, ainda no século XIX, vivia no Dafundo e tinha apenas nove anos, mas foi a pé de casa até Carcavelos para assistir ao primeiro Sporting-Benfica da história, em dezembro de 1907. Fê-lo por amor ao Sporting, o clube da sua vida. Em 1910 foi admitido como sócio e no ano seguinte fez-se jogador na terceira categoria do clube, como defesa esquerdo, posição em que viria a notabilizar-se.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

A coqueluche do Benfica que saiu para o Real Madrid e fez carreira em Espanha. Quem se lembra de Edgar?

Edgar despontou no Benfica e passou oito anos e meio no Málaga
Foi, em tempos, o menino bonito do Benfica, a coqueluche da Luz. No verão de 1998 deu o salto para o Real Madrid e a estreou-se pela seleção nacional A, mas acabou por fazer uma carreira aquém das expetativas, até porque não chegou a jogar pelos merengues nem a somar mais encontros pela principal equipa das quinas.
 
Nascido em Luanda, saiu de Angola com o país em guerra e veio para Portugal em tenra idade, tendo integrado as camadas jovens do Benfica em 1990-91. A transição para a equipa principal aconteceu em 1994-95, com a estreia a acontecer aos 17 anos e 10 meses, pela mão de Artur Jorge, na finalíssima da Supertaça Cândido de Oliveira em Paris, onde as águias foram derrotadas pelo FC Porto (0-1) a 20 de junho de 1995.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

O leão de Sines que marcou o primeiro golo da história da Taça dos Campeões Europeus. Quem viu jogar João Martins?

João Martins representou o Sporting entre 1946 e 1959
Avançado nascido em Sines, no litoral alentejano, está na história como o autor do primeiro golo da história das competições europeias, poucos meses depois de ter sido o desmancha prazeres que tirou ao Belenenses aquele que seria o seu segundo título nacional.
 
Com uma infância difícil, trabalhou como corticeiro, mas foi através do seu talento para marcar golos, patenteado ao serviço do Sport Lisboa e Sines em torneios populares e jogos amigáveis (porque o clube não estava filiado na Associação de Futebol de Setúbal e por isso não era federado), que conseguiu uma vida melhor.
 
Em 1946 foi para Lisboa pela mão do amigo Alfredo Trindade, que o quis levar para o Sporting. Mas consciente de que pouco jogaria na equipa dos cinco violinos, decidiu antes tentar a sorte da CUF, até para pedir um emprego em troca. Treinou e agradou, mas recusou-se a assinar contrato enquanto o emprego não aparecia, continuando apenas a treinar.

domingo, 3 de agosto de 2025

A eterna promessa do Benfica que secou Papin numa meia-final da Champions. Quem se lembra de Samuel?

Samuel esteve na equipa principal do Benfica entre 1983 e 1993
Defesa central nascido na Guiné-Bissau, começou por jogar no Benfica de Bissau, de onde saltou para o Benfica lisboeta por intermédio do antigo jogador benfiquista Cavungi.
 
Desenvolvido nas camadas jovens do clube da Luz, conseguiu captar a atenção do treinador dos encarnados daquela altura, Sven-Göran Eriksson. Pela mão do sueco, estreou-se na equipa principal a 31 de dezembro de 1983, entrando para o lugar do lesionado António Bastos Lopes numa receção vitoriosa ao Desportivo de Chaves (4-0), para a Taça de Portugal. "Era um Benfica diferente", recordou ao Diário de Notícias em setembro de 2017. "Os jogadores lutavam pela camisola. Quando cheguei à equipa principal, havia um balneário para os mais novos e outro para os mais velhos. Havia muito respeito pelos mais velhos, que até me pediam para ir comprar tabaco", acrescentou.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Alberto Augusto, o “Batatinha” que marcou o primeiro golo da seleção nacional

Alberto Augusto representou o Benfica entre 1917 e 1924
O autor do primeiro golo de sempre da seleção nacional, naquele que também foi o primeiro jogo oficial de Portugal, uma derrota às mãos de Espanha em Madrid (1-3) a 18 de dezembro de 1921. Depois de um penálti sofrido pelo irmão mais novo, Artur Augusto, que jogava no FC Porto, o avançado benfiquista Alberto Augusto chegou-se à frente para enfrentar e bater o mítico Zamora, que ainda hoje dá nome ao troféu de melhor guarda-redes da Liga espanhola.
 
Conhecido como o “Batatinha”, integrou a equipa das quinas que disputou os Jogos Olímpicos de Amesterdão (1928), venceu um Campeonato de Lisboa pelo Benfica (1919-20) e jogou nos dois maiores emblemas minhotos, Sp. Braga e Vitória de Guimarães. "Não há em Portugal jogador algum mais popular, mais admirado e mais característico que Alberto Augusto. Poucos ou quase nenhuns dos nossos foot-ballers reúnem tanta simpatia como o popular jogador, simpatia que ele merece como recompensa ao seu esforço, à sua dedicação e aos seus grandes conhecimentos técnicos aliados à simplicidade e modéstia do seu jogo. Possui todas as qualidades de um jogador perfeito até mesmo no dificílimo desempenho de guarda-redes", descreveu Armando Moreira Rato em 1923 numa biografia em jeito de almanaque de bolso, que pode ser consultada no Museu do Desporto.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...