A bola bateu no poste a nove clubes que tentaram chegar à elite |
Estiveram a escassos pontos ou
até de poucos golos (no caso de igualdade pontual) de atingir a I
Divisão, mas nunca o conseguiram. A história é escrita pelos vencedores e
diz-nos que apenas 72 equipas participaram no primeiro
escalão do futebol português, mas foram meros detalhes a impedir que essa
lista crescesse.
Peniche (1964, 1968, 1972 e 1984)
Presença assídua na II Divisão
desde a década de 1940 até reformulação dos quadros competitivos em 1990, o
Peniche foi sempre uma equipa a ter em conta na luta pela promoção, mas morreu
sempre na praia.
Em 1963-64, os penichenses concluíram
o campeonato da zona sul em segundo lugar, com os mesmos 38 pontos do campeão Torreense,
mas foram tramados pelos critérios de desempate, apesar de ter estado várias
jornadas na liderança.
Quatro épocas depois, o Peniche
voltou a estar na luta pela primeira posição, mas ficou a dois pontos do Atlético,
que viria a ficar com o primeiro lugar.
Em 1971-72, o segundo lugar na II
Divisão – Zona Sul (atrás do Montijo),
valeu a participação num playoff de
promoção com Leixões,
Beira-Mar e Riopele,
mas as formações de Matosinhos
e Aveiro acabaram por revelar-se mais fortes.
Por fim, em 1983-84 o Peniche terminou
a II Divisão – Zona Centro na segunda posição, o que lhe valeu nova presença no
playoff de promoção, etapa em que foi
superada pelo Penafiel,
por escassos dois pontos.
Já longe dos tempos áureos, a
formação da região
Oeste compete no Campeonato de Portugal.
Sesimbra (1970)
O futebol
no distrito de Setúbal viveu o seu período áureo até ao início da década de
1980, tendo sido representado na I
Divisão por Vitória
de Setúbal, CUF,
Barreirense,
Seixal, Montijo
e Amora.
No entanto, outros emblemas
apresentaram-se a bom nível na II Divisão e o Sesimbra
foi um deles. Depois de honrosas classificações nas duas primeiras épocas na
zona sul do segundo escalão, os pexitos
concluíram a sua série em segundo lugar em 1969-70, a apenas um ponto do
campeão Farense,
que curiosamente garantiu aí a sua primeira presença entre
a elite.
Atualmente, o Sesimbra
encontra-se a disputar a I
Distrital da AF Setúbal.
Marinhense (1971, 1972 e 1973)
Umas vezes incluído na Zona Norte
da II Divisão, outras na Zona Sul, o Marinhense esteve perto de subir ao primeiro
escalão no início da década de 1970, mas bateu sempre com o nariz na porta.
Em 1970-71 lutou com o Beira-Mar
pelo primeiro lugar da Zona Norte, mas ficou a um ponto dos aveirenses. O
Marinhense ainda disputou um playoff de
promoção com União
de Tomar, Leixões
e Varzim nessa época, mas também não foi feliz.
Na temporada seguinte, a formação
da Marinha Grande deu luta à União de Coimbra (e ao Riopele),
mas deixou escapar o primeiro lugar por dois pontos e o segundo por um, não
conseguindo voltar a marcar presença no playoff.
Em 1972-73, o Marinhense foi
colocado na Zona Sul, mas o resultado foi idêntico: quarto lugar a apenas três
pontos do campeão Olhanense,
apesar de ter liderado o campeonato entre a 8.ª e a 17.ª de 30 jornadas.
A partir daí os alvinegros foram
perdendo fôlego, estando presentemente a disputar o Campeonato
de Portugal.
Estrela de Portalegre (1977)
Quase sempre sem incluir clubes
das áreas metropolitanas de Lisboa
e Porto,
a II Divisão – Zona Centro foi terreno fértil para que alguns emblemas
sonhassem com a promoção ao primeiro
escalão. Basta recordar que foi através desta via que Académico Viseu
(1978), União
de Leiria (1979), Ginásio
de Alcobaça (1982) e Recreio
de Águeda (1983) chegaram pela primeira vez à elite
por essa via.
O Estrela de Portalegre também
esteve muito perto de o conseguir em 1977, quando concluiu o campeonato em
segundo lugar com os mesmos 43 pontos do campeão Feirense. A formação alentejana
até tinha vantagem na diferença entre golos marcados e sofridos, mas perdeu
para os fogaceiros no confronto direto, o primeiro critério de desempate.
Nessa época os portalegrenses
ainda disputaram uma fase de promoção com Sp. Espinho e CUF,
mas ficaram atrás dos tigres da Costa Verde.
Presentemente, o Estrela compete
nos campeonatos distritais da AF Portalegre.
Juventude de Évora (1978, 1979 e 1981)
Évora foi representada na I
Divisão pelo Lusitano
nos anos 1950 e 1960, mas nas décadas seguintes foi o Juventude que esteve
perto de devolver a cidade alentejana
à elite
do futebol português.
Após ter concluído a Zona Sul da
II Divisão em quarto lugar a cinco pontos do campeão Marítimo em 1976-77, o
Juventude foi por três vezes segundo classificado nas quatro épocas que se
seguiram: em 1977-78 ficou a quatro pontos do Barreirense,
em 1978-79 liderou o campeonato durante largas jornadas mas terminou a três
pontos do Portimonense
e em 1980-81 poderia ter ultrapassado o Estoril
na penúltima jornada mas chegou ao fim a quatro pontos dos canarinhos.
Presentemente, o Juventude de Évora disputa o Campeonato
de Portugal.
União de Lamas (1979)
Equipa do União de Lamas em 1978-79 |
Clube modesto de Santa Maria de
Lamas, esteve perto de se juntar ao Feirense como representantes do concelho de
Santa Maria da Feira no patamar
maior do futebol português.
Em 1978-79 o União de Lamas bem
batalhou com a União
de Leiria pelo primeiro lugar da II Divisão – Zona Centro e ocupou a
liderança durante grande parte do campeonato, mas uma derrota em Tomar na
antepenúltima jornada relegou a equipa para a segunda posição.
Na época seguinte os unionistas
voltaram à corrida pela promoção, mas concluíram o campeonato da II Divisão –
Zona Norte na quarta posição, a cinco pontos do campeão Penafiel.
Entretanto, com a implementação
da II
Liga, os lamacenses participaram por nove vezes no reformulado segundo
escalão, mas caíram a pique e só pararam nos distritais da AF Aveiro.
Louletano (1989)
Equipa do Louletano em 1988-89 |
O Louletano
passou esmagadora parte da sua existência abaixo do segundo escalão, mas no
final da década de 1980 surgiu forte na II Divisão – Zonal Sul e quase que se
tornava no quinto clube algarvio a jogar entre os grandes, depois de Olhanense,
Lusitano
VRSA, Farense
e Portimonense.
Depois de ter terminado o
campeonato na terceira posição em 1987-88, na época seguinte a formação
de Loulé foi vice-campeão da sua série, a dois pontos do primeiro
classificado União da Madeira, que viria a subir à I
Divisão. Nessa temporada, em que Manuel Oliveira, Joaquim Meirim e Manuel
Balela passaram pelo comando técnico, os alvirrubros
assumiram a liderança entre a 24.ª e a 27.ª jornada.
Atualmente, o Louletano
milita no Campeonato
de Portugal.
Benfica Castelo Branco (1991)
Castelo Branco dá nome a um
distrito que só esteve representado na I
Divisão pelo Sp. Covilhã.
Porém, o Benfica albicastrense,
que teve largas décadas sem grande protagonismo nas divisões secundárias esteve
quase a chegar à elite
em 1991, na edição inaugural da II
Liga. Comandadas por Bernardino Pedroto, as águias beirãs concluíram o
campeonato do segundo escalão em quinto lugar, mas a apenas um ponto do
terceiro classificado, o Torreense, que acabou por subir.
Nessa temporada de 1990-91, o
Benfica Castelo Branco ocupou os lugares de promoção durante cerca de 20
jornadas, mas três derrotas consecutivas já na reta da meta deitaram tudo a
perder.
Nas épocas que se seguiram os
beirões perderam gás e desde 2013 que militam no Campeonato
de Portugal.
Maia (2001)
Apenas um golpe de teatro evitou
que o Maia disputasse a I
Liga em 2001-02. Orientados por Mário Reis, os maiatos entraram para a
última jornada com os mesmos 61 pontos que o segundo classificado Varzim e o
terceiro Vitória
de Setúbal.
Aos 23 minutos, tudo parecia encaminhado,
quando o Maia vencia em Espinho, o Varzim perdia em casa com a Ovarense e o Vitória
ainda estava empatado a zero com a Naval. Entretanto, o Varzim deu a volta, mas
a promoção do Maia parecia no bom caminho quando a Naval se adiantou no Bonfim.
Os poveiros mantiveram a vantagem
até ao apito final, mas Maia e Vitória
entraram nos últimos minutos dos seus jogos com empates. Praticamente ao mesmo
tempo, o Maia marcou o golo da vitória sobre o Sp. Espinho e o Vitória
deu a volta ao resultado. Mal sabiam os adeptos maiatos, ao festejar efusivamente
o golo da vitória, que de pouco ou nada lhe iria servir.
Apesar da igualdade pontual, a
desvantagem no confronto direto com Varzim e Vitória
de Setúbal tramou os nortenhos, que nos anos que se seguiram caíram a pique
e tiveram de ser refundados como Maia Lidador.
nao sabia disto grande trabalho mais uma vez de voces e nao sabia mesmo do sesimbra e tenho la uma costela e sobre o estrela de portalegre nao sei se o meu primo que eu nao sabia tambem que jogou a bola viveu estes tempos aureos de futebol no alentejo . saudaçoes e boas festas a equipa e vou levar este texto (artigo) .
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