quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

9 clubes que estiveram perto mas nunca conseguiram subir à I Divisão

A bola bateu no poste a nove clubes que tentaram chegar à elite
Estiveram a escassos pontos ou até de poucos golos (no caso de igualdade pontual) de atingir a I Divisão, mas nunca o conseguiram. A história é escrita pelos vencedores e diz-nos que apenas 72 equipas participaram no primeiro escalão do futebol português, mas foram meros detalhes a impedir que essa lista crescesse.
 
De norte a sul, escolhemos nove clubes que bateram à porta da I Divisão, estiveram quase a entrar até por várias vezes, mas bateram com o nariz na porta. 

Peniche (1964, 1968, 1972 e 1984)

Presença assídua na II Divisão desde a década de 1940 até reformulação dos quadros competitivos em 1990, o Peniche foi sempre uma equipa a ter em conta na luta pela promoção, mas morreu sempre na praia.
Em 1963-64, os penichenses concluíram o campeonato da zona sul em segundo lugar, com os mesmos 38 pontos do campeão Torreense, mas foram tramados pelos critérios de desempate, apesar de ter estado várias jornadas na liderança.
Quatro épocas depois, o Peniche voltou a estar na luta pela primeira posição, mas ficou a dois pontos do Atlético, que viria a ficar com o primeiro lugar.
Em 1971-72, o segundo lugar na II Divisão – Zona Sul (atrás do Montijo), valeu a participação num playoff de promoção com Leixões, Beira-Mar e Riopele, mas as formações de Matosinhos e Aveiro acabaram por revelar-se mais fortes.
Por fim, em 1983-84 o Peniche terminou a II Divisão – Zona Centro na segunda posição, o que lhe valeu nova presença no playoff de promoção, etapa em que foi superada pelo Penafiel, por escassos dois pontos.
Já longe dos tempos áureos, a formação da região Oeste compete no Campeonato de Portugal.
 
 

Sesimbra (1970)

O futebol no distrito de Setúbal viveu o seu período áureo até ao início da década de 1980, tendo sido representado na I Divisão por Vitória de Setúbal, CUF, Barreirense, Seixal, Montijo e Amora.
No entanto, outros emblemas apresentaram-se a bom nível na II Divisão e o Sesimbra foi um deles. Depois de honrosas classificações nas duas primeiras épocas na zona sul do segundo escalão, os pexitos concluíram a sua série em segundo lugar em 1969-70, a apenas um ponto do campeão Farense, que curiosamente garantiu aí a sua primeira presença entre a elite.
Atualmente, o Sesimbra encontra-se a disputar a I Distrital da AF Setúbal.
 
 

Marinhense (1971, 1972 e 1973)

Umas vezes incluído na Zona Norte da II Divisão, outras na Zona Sul, o Marinhense esteve perto de subir ao primeiro escalão no início da década de 1970, mas bateu sempre com o nariz na porta.
Em 1970-71 lutou com o Beira-Mar pelo primeiro lugar da Zona Norte, mas ficou a um ponto dos aveirenses. O Marinhense ainda disputou um playoff de promoção com União de Tomar, Leixões e Varzim nessa época, mas também não foi feliz.
Na temporada seguinte, a formação da Marinha Grande deu luta à União de Coimbra (e ao Riopele), mas deixou escapar o primeiro lugar por dois pontos e o segundo por um, não conseguindo voltar a marcar presença no playoff.
Em 1972-73, o Marinhense foi colocado na Zona Sul, mas o resultado foi idêntico: quarto lugar a apenas três pontos do campeão Olhanense, apesar de ter liderado o campeonato entre a 8.ª e a 17.ª de 30 jornadas.
A partir daí os alvinegros foram perdendo fôlego, estando presentemente a disputar o Campeonato de Portugal.
 
 

Estrela de Portalegre (1977)

Quase sempre sem incluir clubes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, a II Divisão – Zona Centro foi terreno fértil para que alguns emblemas sonhassem com a promoção ao primeiro escalão. Basta recordar que foi através desta via que Académico Viseu (1978), União de Leiria (1979), Ginásio de Alcobaça (1982) e Recreio de Águeda (1983) chegaram pela primeira vez à elite por essa via.
O Estrela de Portalegre também esteve muito perto de o conseguir em 1977, quando concluiu o campeonato em segundo lugar com os mesmos 43 pontos do campeão Feirense. A formação alentejana até tinha vantagem na diferença entre golos marcados e sofridos, mas perdeu para os fogaceiros no confronto direto, o primeiro critério de desempate.
Nessa época os portalegrenses ainda disputaram uma fase de promoção com Sp. Espinho e CUF, mas ficaram atrás dos tigres da Costa Verde.
Presentemente, o Estrela compete nos campeonatos distritais da AF Portalegre.
 
 

Juventude de Évora (1978, 1979 e 1981)

Évora foi representada na I Divisão pelo Lusitano nos anos 1950 e 1960, mas nas décadas seguintes foi o Juventude que esteve perto de devolver a cidade alentejana à elite do futebol português.
Após ter concluído a Zona Sul da II Divisão em quarto lugar a cinco pontos do campeão Marítimo em 1976-77, o Juventude foi por três vezes segundo classificado nas quatro épocas que se seguiram: em 1977-78 ficou a quatro pontos do Barreirense, em 1978-79 liderou o campeonato durante largas jornadas mas terminou a três pontos do Portimonense e em 1980-81 poderia ter ultrapassado o Estoril na penúltima jornada mas chegou ao fim a quatro pontos dos canarinhos.
Presentemente, o Juventude de Évora disputa o Campeonato de Portugal.
 
 

União de Lamas (1979)

Equipa do União de Lamas em 1978-79
Clube modesto de Santa Maria de Lamas, esteve perto de se juntar ao Feirense como representantes do concelho de Santa Maria da Feira no patamar maior do futebol português.
Em 1978-79 o União de Lamas bem batalhou com a União de Leiria pelo primeiro lugar da II Divisão – Zona Centro e ocupou a liderança durante grande parte do campeonato, mas uma derrota em Tomar na antepenúltima jornada relegou a equipa para a segunda posição.
Na época seguinte os unionistas voltaram à corrida pela promoção, mas concluíram o campeonato da II Divisão – Zona Norte na quarta posição, a cinco pontos do campeão Penafiel.
Entretanto, com a implementação da II Liga, os lamacenses participaram por nove vezes no reformulado segundo escalão, mas caíram a pique e só pararam nos distritais da AF Aveiro.
 
 

Louletano (1989)

Equipa do Louletano em 1988-89
O Louletano passou esmagadora parte da sua existência abaixo do segundo escalão, mas no final da década de 1980 surgiu forte na II Divisão – Zonal Sul e quase que se tornava no quinto clube algarvio a jogar entre os grandes, depois de Olhanense, Lusitano VRSA, Farense e Portimonense.
Depois de ter terminado o campeonato na terceira posição em 1987-88, na época seguinte a formação de Loulé foi vice-campeão da sua série, a dois pontos do primeiro classificado União da Madeira, que viria a subir à I Divisão. Nessa temporada, em que Manuel Oliveira, Joaquim Meirim e Manuel Balela passaram pelo comando técnico, os alvirrubros assumiram a liderança entre a 24.ª e a 27.ª jornada.
Atualmente, o Louletano milita no Campeonato de Portugal.
 
 

Benfica Castelo Branco (1991)

Castelo Branco dá nome a um distrito que só esteve representado na I Divisão pelo Sp. Covilhã.
Porém, o Benfica albicastrense, que teve largas décadas sem grande protagonismo nas divisões secundárias esteve quase a chegar à elite em 1991, na edição inaugural da II Liga. Comandadas por Bernardino Pedroto, as águias beirãs concluíram o campeonato do segundo escalão em quinto lugar, mas a apenas um ponto do terceiro classificado, o Torreense, que acabou por subir.
Nessa temporada de 1990-91, o Benfica Castelo Branco ocupou os lugares de promoção durante cerca de 20 jornadas, mas três derrotas consecutivas já na reta da meta deitaram tudo a perder.
Nas épocas que se seguiram os beirões perderam gás e desde 2013 que militam no Campeonato de Portugal.
 
 

Maia (2001)

Apenas um golpe de teatro evitou que o Maia disputasse a I Liga em 2001-02. Orientados por Mário Reis, os maiatos entraram para a última jornada com os mesmos 61 pontos que o segundo classificado Varzim e o terceiro Vitória de Setúbal.
Aos 23 minutos, tudo parecia encaminhado, quando o Maia vencia em Espinho, o Varzim perdia em casa com a Ovarense e o Vitória ainda estava empatado a zero com a Naval. Entretanto, o Varzim deu a volta, mas a promoção do Maia parecia no bom caminho quando a Naval se adiantou no Bonfim.
Os poveiros mantiveram a vantagem até ao apito final, mas Maia e Vitória entraram nos últimos minutos dos seus jogos com empates. Praticamente ao mesmo tempo, o Maia marcou o golo da vitória sobre o Sp. Espinho e o Vitória deu a volta ao resultado. Mal sabiam os adeptos maiatos, ao festejar efusivamente o golo da vitória, que de pouco ou nada lhe iria servir.
Apesar da igualdade pontual, a desvantagem no confronto direto com Varzim e Vitória de Setúbal tramou os nortenhos, que nos anos que se seguiram caíram a pique e tiveram de ser refundados como Maia Lidador.









1 comentário:

  1. nao sabia disto grande trabalho mais uma vez de voces e nao sabia mesmo do sesimbra e tenho la uma costela e sobre o estrela de portalegre nao sei se o meu primo que eu nao sabia tambem que jogou a bola viveu estes tempos aureos de futebol no alentejo . saudaçoes e boas festas a equipa e vou levar este texto (artigo) .

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