O médio convertido num dos melhores laterais de sempre do Sp. Braga. Quem se lembra de Salino?
Salino somou 106 jogos e quatro golos pelo Sp. Braga entre 2010 e 2013
Médio de origem formado no Cruzeiro,
começou a jogar profissionalmente no rival América Mineiro, mas foi obrigado a mudar-se para o Ipatinga para ganhar rodagem,
tendo feito parte da equipa que, de forma surpreendente, venceu o campeonato
mineiro em 2005.
Após essa conquista foi
contratado pelo Nacional,
mas rapidamente acabou emprestado ao Camacha,
da II Divisão B. Regressaria ao Brasil em 2006
para voltar ao Ipatinga, de onde saiu juntamente com o treinador Ney Franco e
outros jogadores para o Flamengo,
mas foi pouco feliz no mengão,
apesar da conquista do campeonato carioca em 2007, tendo regressado ao modesto
emblema mineiro para se afirmar como um exímio
recuperador de bolas no Brasileirão. Em janeiro de 2009 foi
recontratado pelo Nacional,
afirmando-se como um importante jogador para a equipa
insular durante ano e meio, período no qual atuou em 53 jogos e apontou um
golo, tendo contribuído para a obtenção do quarto lugar no campeonato e para o
apuramento para a fase de grupos da Liga
Europa em 2009.
Valorizado pelas boas atuações e
por uma polivalência que lhe permitia desempenhar várias funções no meio-campo
e desenrascar de vez em quando como lateral, foi recrutado pelo Sp.
Braga no verão de 2010. Na primeira época no Minho, às
ordens de Domingos
Paciência, começou como titular no meio-campo, ao lado de Vandinho e Luis
Aguiar ou Andrés
Madrid, contribuindo ativamente para as eliminações de Celtic
e Sevilha
que valeram o apuramento para a fase de grupos da Liga
dos Campeões. No entanto, Hugo Viana e Custódio
chegaram com a temporada já a decorrer e acabaram por relega-lo para um papel
secundário, ao ponto de não ter sido utilizado na final
da Liga Europa. Ainda assim, foi titular em jogos importantes da caminhada até
Dublin
como os duplos confrontos com Liverpool
nos oitavos de final (1-0 em casa e 0-0 em Anfield)
e Dínamo Kiev nos quartos de final (1-1 na Ucrânia e 0-0 em casa) e a derrota
com o Benfica
na Luz
na primeira-mão das meias-finais (1-2).
Em 2011-12, Leonardo Jardim chegou
ao comando técnico e apostou num meio-campo com Custódio
e Hugo Viana no duplo pivot (com Djamal como principal alternativa), atrás
de Mossoró. Porém, encontrou um novo espaço para apostar em Leandro Salino, a
posição de lateral direito, que estava órfã desde a saída de Miguel
Garcia e tinha em Baiano o principal candidato a ocupá-la.
Salino correspondeu e afirmou-se
de tal forma que é, ainda hoje, considerado um dos melhores laterais direitos
de sempre da história do Sp.
Braga, tendo contribuído para a obtenção do terceiro lugar no campeonato em
2011-12 e para a conquista da Taça
da Liga na época seguinte. A sua afirmação só foi travada por uma grave
lesão sofrida em março de 2012, uma fratura no perónio esquerdo, nada que o
impedisse de regressar em grande. Com a cotação em alta,
transferiu-se no verão de 2013 para o Olympiacos,
clube ao serviço do qual venceu três campeonatos gregos (2013-14, 2014-15 e
2015-16) e uma Taça da Grécia (2014-15).
Teve a possibilidade voltar ao Sp.
Braga no verão de 2016, mas acabou por regressar ao Brasil, numa altura em
que já tinha 30 anos, para ajudar o Vitória
a conquistar o campeonato baiano de 2017. Seguiram-se passagens por emblemas
mais modestos até encerrar a carreira em 2022.
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