sábado, 26 de abril de 2025

O herói da Académica no Jamor em 2012. Quem se lembra de Marinho?

Marinho somou 30 golos em 246 jogos pela Académica entre 2011 e 2019
Extremo de baixa estatura (1,66 m) nascido na freguesia lisboeta de Chelas e formado maioritariamente no Sporting ao lado de Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo, entre outros, ainda chegou a disputar um jogo pela equipa B dos leões em 2001-02, mas foi dispensado quando transitou de júnior para sénior.
 
Obrigado a ganhar rodagem nas divisões secundárias do futebol português, ingressou no União de Santiago do Cacém em 2002-03 e correspondeu com dez golos na antiga III Divisão Nacional.
 
No início da temporada seguinte, foi convidado por Rui Vitória para ingressar no Vilafranquense, um patamar acima, na II Divisão B. “Eu costumo dizer, a brincar, mas muito a sério, que o Rui Vitória foi um anjo que me foi caindo nos momentos certos da minha carreira. Esse foi o primeiro, em que me puxa para o Vilafranquense. Não faço ideia como ele se lembrou de mim, a carreira dele foi ali, e lembrar-se de alguém que fez a formação no Sporting e estava desterrado a jogar na terceira divisão, em Santiago do Cacém… Foi difícil, mas ele lá se lembrou, o telefone tocou e eu aceitei, longe de saber a carreira de sucesso que ele ia ter”, recordou ao Flashscore em fevereiro de 2025.
 
Numa altura em que estava “muito bem”, teve de cumprir o serviço militar obrigatório em Elvas a meio da época. “Nesse ano, com muita dificuldade, eu chego a novembro e começo a treinar à sexta-feira ao final do dia e sábado com a equipa e ele nunca me deixou cair. É verdade que o rendimento que ia tendo ajuda a isso, mas era o mais fácil deixar cair alguém que não treina com a equipa para segurar o grupo”, prosseguiu o extremo, que em janeiro de 2004 falhou uma eliminatória da Taça de Portugal diante do FC Porto nas Antas precisamente por não conseguir dispensa do serviço militar.
 
Entre 2004 e 2006 integrou a equipa dos “galácticos” do Olivais e Moscavide, um conjunto da II Divisão B, mas com muitos jogadores com experiência na I Liga, como Beke, Rui Guerreiro, Poejo e Verona. Em 2005-06, ao lado de Miguel Veloso, Carlos Saleiro e Mawete Júnior, entre outros, ajudou a equipa da zona oriental de Lisboa a sagrar-se campeã da II Divisão B e a alcançar a promoção à II Liga.
 
Embora tivesse a possibilidade de se estrear numa liga profissional, decidiu continuar na II Divisão B ao serviço do Fátima de… Rui Vitória, alcançando nova subida à II Liga.
 
Às ordens de um treinador que o conhecia bem, Marinho deu nas vistas na II Liga e na Taça da Liga no segundo semestre de 2007 e acabou por dar o salto para a Naval, então na I Liga, em janeiro de 2008.
 
 
Sempre bastante utilizado, somou 114 jogos e 15 golos pelo emblema da Figueira da Foz ao longo de três anos e meio, despedindo-se com a despromoção à II Liga em 2011. Em 2008-09 viveu a época mais produtiva a nível individual, com dez remates certeiros, mas foi na temporada seguinte que saboreou mais sucesso coletivo, com o 8.º lugar no campeonato e a caminhada até às meias-finais da Taça de Portugal.
 
 
Após a descida de divisão manteve-se na região Centro, mas com a camisola da Académica. Logo na primeira época em Coimbra viveu um momento que anos antes parecia inimaginável, ao marcar o golo ao Sporting que valeu a conquista da Taça de Portugal no Jamor, um troféu que escapava ao clube há 73 anos.
 
 
Na temporada seguinte jogou pela primeira e única vez na carreira uma prova europeia, no caso a Liga Europa.
 
Nas épocas que se seguiram sofreu várias lesões graves e não conseguiu impedir a descida de divisão em 2016, mas manteve-se na briosa até 2019, quando encerrou a carreira, aos 36 anos, despedindo-se da Académica com 246 jogos e 30 golos em todas as competições.
 
 
Após pendurar as botas continuou ligado à estrutura dos estudantes mais dois anos, como diretor de relações institucionais.
 
Presentemente é comentador da DAZN.
 





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