quarta-feira, 3 de junho de 2020

Os 10 futebolistas com mais jogos na I Divisão

Dez jogadores que ficaram na história do campeonato português
Implementada em 1934-35, a I Divisão – hoje mais conhecida por I Liga – trouxe um sistema de liga ao futebol português, que na altura apurava o seu campeão através de uma prova a eliminar, o Campeonato de Portugal.

Inicialmente organizado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), mas desde 1995-96 sob a égide da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, o primeiro escalão do futebol português terá em 2020-21 a sua 88.ª edição.


Ao longo de quase nove décadas, a competição foi disputada por 9747 jogadores que atuaram por um total de 72 clubes. Porém, apenas cinco emblemas foram campeões (Benfica, FC Porto, Sporting, Belenenses e Boavista), sendo que mais três foram vice-campeões (Vitória de Setúbal, Sp. Braga e Académica). No total, 1016 futebolistas conquistaram o título.

Numa altura em que o campeonato está de volta, vale a pena recordar os dez jogadores com mais jogos na I Divisão.


10. Vítor Baía (406 jogos)

Vítor Baía
Considerado por muitos como o melhor guarda-redes de sempre do futebol português, estreou-se pela equipa principal do FC Porto pela mão de Quinito a 11 de setembro de 1988, num empate no terreno do Vitória de Guimarães (1-1).
Começou aí a história de uma lenda que na I Divisão portuguesa disputou 406 jogos (404 a titular), sofreu 230 golos e conquistou dez títulos (1989-90, 1991-92, 1992-93, 1994-95, 1995-96, 1998-99, 2002-03, 2003-04, 2005-06 e 2006-07), sempre de dragão ao peito, entre 1988 e 2007. Ao longo desses 19 anos apenas não esteve nos azuis e brancos durante duas épocas e meia, quando representou o Barcelona.
Paralelamente conquistou cinco Taças de Portugal, nove Supertaças, uma Taça UEFA e uma Liga dos Campeões pelo FC Porto e somou 80 internacionalizações pela seleção nacional, tendo marcado presença nos Europeus de 1996 e 2000 e no Mundial 2002.



9. João Pinto (408 jogos)

João Pinto
Se Vítor Baía não é o jogador com mais jogos pelo FC Porto na I Divisão o culpado é João Pinto, eterno capitão de equipa e camisola 2 dos azuis e brancos. A estreia no primeiro escalão aconteceu a 6 de dezembro de 1981, numa vitória sobre o Estoril nas Antas (1-0).
Seguiram-se 16 anos interruptos no lado direito da defesa portista, período no qual disputou 406 jogos (404 a titular) e marcou 17 golos no campeonato, tendo conquistado nove títulos (1984-85, 1985-86, 1987-88, 1989-90, 1991-92, 1992-93, 1994-95, 1995-96 e 1996-97).
Também fez parte da tripla conquista internacional de 1987 – Taça dos Campeões europeus, Supertaça Europeia e Taça Intercontinental – e venceu quatro Taças de Portugal e oito Supertaças.
Paralelamente, foi 70 vezes internacional português (e marcou um golo) e marcou presença no Euro 1984 e no Mundial 1986.



8. Damas (416 jogos)

Vítor Damas
Outro dos melhores guarda-redes de sempre do futebol português, mas com uma longevidade incrível, uma vez que se estreou pela equipa principal do Sporting aos 19 anos, num empate a dois golos com o FC Porto em Alvalade a 12 de fevereiro de 1967, e despediu-se a 27 de novembro de 1988, também numa igualdade a dois golos, mas no terreno do Académico Viseu, aos 41.
Porém, Vítor Damas não defendeu a baliza leonina durante todo esse tempo. Depois de ter somado 229 jogos, 180 golos sofridos no campeonato e dois títulos nacionais (1969-70 e 1973-74) e três Taças de Portugal entre 1966-67 e 1975-76, transferiu-se para o Racing Santander, tendo passado quatro anos no clube espanhol.
Em 1980-81 voltou a Portugal pela porta do Vitória de Guimarães, tendo disputado 33 encontros e sofrido 31 golos na I Divisão em duas temporadas. Seguiram-se dois anos no Portimonense, nos quais participou em 51 partidas no campeonato e foi buscar a bola ao fundo das redes por 52 vezes.
Regressaria ao Sporting em 1984 para mais cinco temporadas. Nesse período participou em 103 jogos e sofreu 85 golos no campeonato e conquistou uma Supertaça.
Paralelamente somou 28 internacionalizações pela seleção portuguesa, tendo marcado presença no Euro 1984 e no Mundial 1986.
Viria a falecer a 13 de setembro de 2003, aos 55 anos.



7. Nené (422 jogos)

Nenê
O homem que não sujava os calções. Um avançado móvel, elegante e goleador. Curiosamente, mais uma figura benfiquista que nasceu a norte, mais precisamente em Leça da Palmeira. Porém, cedo rumou a Moçambique com os pais e foi lá que começou a jogar futebol, no Ferroviário da Manga, tendo sido recrutado para as camadas jovens do Benfica ainda com 16 anos, em 1966.
A estreia pela equipa principal dos encarnados ocorreu em novembro de 1968, pela mão de Otto Glória, numa receção ao Vitória de Guimarães. Foi o pontapé de saída de uma carreira de 18 anos passados a jogar de águia ao peito, nos quais disputou 422 jogos (380 a titular) e marcou 263 golos no campeonato. Nas duas primeiras épocas na equipa principal jogou pouco, mas na terceira disparou rumo à imortalidade, embora não fosse consensual entre os benfiquistas, uma vez que alguns criticavam o que entendiam ser pouca combatividade.
No Benfica venceu dez campeonatos (1968-69, 1970-71 a 1972-73, 1974-75 a 1976-77, 1980-81, 1982-83 e 1983-84), sete Taças de Portugal e duas Supertaças . Já depois de Mário Wilson ter convertido o então extremo em ponta de lança, em 1975-76, tornou-se uma máquina de fazer golos ao ponto de se ter sagrado o melhor marcador da I Divisão em 1980-81 (20 golos) e 1983-84 (21 golos).
Esteve na caminhada até à final da Taça UEFA em 1982-83, mas não chegou a tempo das gloriosas campanhas europeias da década de 1960 e encerrou a carreira anos antes de o Benfica ter atingido as finais da Taça dos Campeões Europeus em 1987-88 e 1989-90.
A nível internacional somou 65 jogos e 22 golos pela seleção nacional, tendo marcado presença no Euro 1984. Despediu-se da seleção nesse torneio, no jogo frente à França, nas meias-finais, no qual se tornou o mais internacional pela equipa das quinas até então.



6. Bento (422 jogos)

Manuel Bento
Disputou 422 tal como Nené, mas esteve em campo durante mais 3725 minutos – 37 525 contra 33 800.  Com apenas 1,73 m, Bento é o guarda-redes benfiquista com mais jogos na I Divisão e talvez o mais icónico da história do clube.
Ribatejano natural da Golegã, chegou ao Benfica no verão de 1972 depois de defender as balizas de Atlético Riachense e Goleganense nas camadas jovens e do Barreirense no futebol sénior.
Mas antes de rumar à Luz, entre 1968 e 1972 disputou 93 jogos (92 a titular), sofreu 146 golos e… marcou um golo pelo emblema do Barreiro na I Divisão, tendo feito a estreia a 7 de janeiro de 1968 numa receção ao Varzim (4-1). O histórico golo de baliza a baliza, esse, surgiu a 4 de janeiro de 1970, numa goleada à Académica no D. Manuel de Mello (4-1).
No primeiro ano e meio na Luz viveu na sombra de José Henrique, mas foi progressivamente ganhando o seu espaço não só no onze como na história dos encarnados. De águia ao peito conquistou nove campeonatos (1972-73, 1974-75 a 1976-77, 1980-81, 1982-83, 1983-84, 1986-87 e 1990-91), seis Taças de Portugal e duas Supertaças, tendo participado ativamente na campanha até à final da Taça UEFA em 1982-83.
Despediu-se das balizas à beira de completar 44 anos, em 1991-92, no final da segunda época consecutiva sem qualquer minuto de utilização no Benfica, clube que representou durante duas décadas. No total, somou 329 jogos (325 a titular) e sofreu 209 golos no campeonato pelos encarnados.
Pela seleção nacional contabilizou 62 internacionalizações entre 1976 e 1982, tendo brilhado no Euro 1984. Também esteve no Mundial 1986, mas lesionou-se com gravidade num treino após o jogo de estreia, diante de Inglaterra (1-0), e não mais voltou a ser chamado, até porque a lesão lhe custou a titularidade no emblema da Luz.
Viria a falecer a 1 de março de 2007, aos 58 anos.



5. Veloso (437 jogos)

António Veloso
A vida e a carreira de futebolista de António Veloso começou a quase 300 quilómetros de Lisboa, em São João da Madeira. Após ter dado os primeiros passos na Sanjoanense, estreou-se na I Divisão ao serviço do Beira-Mar a 26 de agosto de 1978, numa derrota às mãos do Belenenses no Restelo (0-4). Em duas temporadas nos aveirenses, disputou 58 jogos (56 a titular) e marcou três golos no primeiro escalão.
No verão de 1980 deu o salto para o Benfica, iniciando um ciclo de 15 temporadas de águia ao peito, que culminaram com a conquista de sete campeonatos (1980-81, 1982-83, 1983-84, 1986-87, 1988-89, 1990-91 e 1993-94), assim como seis Taças de Portugal e três Supertaças. Na I Divisão disputou 379 jogos e marcou sete golos com a camisola encarnada.
Conhecido pela polivalência e pelo espírito combativo, esteve também nas campanhas até à final da Taça UEFA em 1982-83 e até às finais da Taça dos Campeões em 1987-88 e 1989-90. No jogo decisivo de 1988, falhou o penálti decisivo que permitiu ao PSV levar o caneco para a Holanda.
Em termos de seleção nacional contabilizou 40 internacionalizações e esteve no Euro 1984, tendo falhado o Mundial 1986 após ter acusado positivo numa análise anti-doping.



4. Dinis Vital (442 jogos)

Dinis Vital
O único elemento desta lista que não passou por nenhum dos chamados três grandes. Guarda-redes natural de Grândola, brilhou ao longo de 14 temporadas no Lusitano Évora na I Divisão, tendo feito a estreia pelos eborenses no primeiro escalão a 28 de setembro de 1952, numa vitória no terreno do Estoril (1-0).
Em quase década e meia na formação alentejana disputou 342 jogos, sofreu 668 golos e… marcou um, numa vitória caseira sobre o Barreirense (3-0) a 26 de setembro de 1965. Nessa fase disputou um jogo pela seleção nacional, um encontro de caráter particular diante da Suíça em maio de 1959.
Em 1966 despediu-se do Lusitano após a despromoção à II Divisão, mas continuou entre a elite do futebol português com a camisola do Vitória de Setúbal, clube pelo qual participou em 100 encontros (99 a titular) e sofreu 90 golos. Pelos sadinos conquistou ainda uma Taça de Portugal (1966-67) e fez parte da equipa que chegou aos quartos de final da Taça das Cidades com Feira em 1968-69.
Em 1970 voltou ao Alentejo para representar Juventude Évora e União Montemor já no ocaso da carreira.
Viria a falecer a 17 de setembro de 2014, aos 82 anos.


3. João Vieira Pinto (476 jogos)

João Vieira Pinto
Menino de ouro do futebol português, é sem sombra de dúvida o maior talento da geração de ouro (e das que se seguiram…) que nunca jogou numa das cinco principais ligas europeias. É verdade que chegou a estar vinculado ao Atlético Madrid, mas nunca passou da equipa B.
Assim sendo, ganhou a I Divisão lusa, que reteve este fantástico médio ofensivo/avançado durante quase duas décadas. Formado no Boavista, estreou-se pelos axadrezados a 29 de janeiro de 1989, numa vitória em Braga (2-0), quando tinha ainda 17 anos e cinco meses.
Ao fim de 17 jogos (oito a titular) e quatro golos pelos boavisteiros no campeonato, aventurou-se no futebol espanhol em janeiro de 1990, mas voltaria ao Bessa um ano e meio depois para disputar 34 encontros (33 a titular) e marcar oito golos no primeiro escalão, despedindo-se com a conquista da Taça de Portugal.
No verão de 1992 transferiu-se para o Benfica, tendo passado oito temporadas na Luz, nas quais disputou 220 jogos (211 a titular) e marcou 64 golos no campeonato, tendo conquistado o título nacional em 1993-94, além de duas Taças de Portugal.
Em 2000 foi despedido pelo então presidente benfiquista Vale e Azevedo e rumou ao rival Sporting, pelo qual participou em 115 partidas (114 a titular) e apontou 28 golos ao longo de quatro épocas, tendo formado uma dupla fantástica com Mário Jardel que foi decisiva para a conquista do título em 2001-02. Em Alvalade também conquistou uma Taça de Portugal e uma Supertaça.
No verão de 2004 regressou ao Boavista para mais 57 encontros (47 a titular) e 11 golos durante dois anos. Depois mudou-se para o Sp. Braga, aos 35 anos, tendo disputado 33 partidas (26 a titular) e marcou três golos antes de se despedir dos relvados em julho de 2008.
Paralelamente sagrou-se campeão mundial de sub-20 em 1989 e 1991 e somou 81 internacionalizações e 23 golos pela seleção nacional, tendo marcado presença nos Europeus de 1996 e 2000 e no Mundial 2002.



2. Sousa (484 jogos)

António Sousa
Médio natural de São João da Madeira, jogou pela primeira vez na I Divisão através do maior clube da sua região, o Beira-Mar, estreando-se a 7 de setembro de 1975 com uma derrota caseira às mãos da CUF (0-1). Em quatro anos no emblema aveirense – três deles no patamar maior do futebol português – disputou 88 jogos (85 a titular) e marcou 22 golos.
Seguiram-se cinco épocas no FC Porto, nas quais participou em 138 encontros (126 a titular) e marcou 29 golos no campeonato, tendo conquistado uma Taça de Portugal e duas Supertaças nesse período, além de ter contribuído para a caminhada até à final da Taça das Taças em 1983-84.
No verão de 1984 mudou-se para o Sporting, clube pelo qual disputou 54 partidas (todas a titular) e apontou 13 golos, mas dois anos depois regressou às Antas para saborear a glória. Entre 1986 e 1989 atuou em 79 desafios e marcou 15 golos no campeonato, conquistou o título em 1987-88, venceu mais uma Taça de Portugal e uma Supertaça e tocou o céu ao ganhar Liga dos Campeões, Supertaça Europeia e Taça Intercontinental em 1987.
Em 1989 regressou ao Beira-Mar para mais quatro anos na I Divisão, tendo participado em 117 jogos (110 a titular) e marcado quatro golos. Porém, a última aventura no patamar maior do futebol português ficou guardada para 1993-94, quando atuou por sete vezes (quatro a titular) pelo Gil Vicente.
Paralelamente somou 27 internacionalizações e marcou um golo pela seleção nacional, tendo marcado presença no Euro 1984 e no Mundial 1986.



1. Manuel Fernandes (486 jogos)

Manuel Fernandes
Natural de Sarilhos Pequenos, no concelho da Moita, começou a jogar futebol no 1º Maio Sarilhense, mas estreou-se na I Divisão com a camisola da CUF a 19 de outubro de 1969, aos 18 anos, numa derrota caseira diante do Benfica.
Em seis temporadas ao serviço da formação do Barreiro, disputou 132 jogos (124 a titular) e marcou 36 golos no campeonato, o que fez dele uma das figuras dos tempos áureos dos fabrilistas.
No verão de 1975 deu o salto para o Sporting, onde se tornou não só capitão e ídolo, mas também uma lenda viva. Em 12 anos no clube do coração, participou em 326 encontros (323 a titular) e marcou 191 golos na I Divisão. Os 30 apontados em 1985-86 valeram-lhe o troféu de melhor marcador, mas foram quatro dos 17 que faturou na época seguinte que o eternizaram, na goleada por 7-1 sobre o eterno rival Benfica. Nesse período conquistou dois campeonatos (1979-80 e 1981-82), duas Taças de Portugal e uma Supertaça.
Apesar da veia goleadora exibida nessa altura, foi dispensado em 1987, aos 36 anos. Porém, foi jogar para o Vitória de Setúbal em 1987-88, tendo disputado 28 partidas (27 a titular) e marcado 16 golos nessa que foi a derradeira época da carreira.
Pela seleção nacional disputou 30 jogos e marcou sete golos.





















4 comentários:

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