Um dos melhores voleibolistas portugueses de sempre. Quem se lembra de Miguel Maia?
Miguel Maia esteve 36 anos no ativo, entre 1987 e 2023
Um dos melhores voleibolistas
portugueses de sempre. E não é preciso ser um grande seguidor ou apreciador de voleibol
para reconhecer o seu nome e a importância que teve para a modalidade.
Começou a jogar com apenas seis
anos, por influência do pai, que estava ligado à modalidade na Académica de
Espinho, iniciou a carreira verdadeiramente dita aos 16 e só a encerrou aos 52,
tendo estado em atividade na alta competição entre 1987 e 2023. Ao longo desse percurso destacou-se
sobretudo pelos dois quartos lugares em Jogos Olímpicos ao lado de João Brenha na
vertente de voleibol de praia, em Atlanta (1996) e Sydney (2000), mas também
por um extenso palmarés no pavilhão.
Um dos pontos altos da carreira
foi a conquista da já extinta Top Teams Cup, competição europeia que venceu com
o Sp.
Espinho, em 2000-01. Conquistou também por 15 vezes o
campeonato nacional da I Divisão – um pela Académica de Espinho (1989-90),
quatro pelo Sporting
(1991-92, 1992-93, 1993-94 e 2017-18) e onze pelo Sp.
Espinho (1994-95, 1995-96, 1996-97, 1997-98, 1998-99, 1999-00, 2005-06,
2006-07, 2008-09, 2009-10 e 2011-12). Ergueu ainda por nove vezes a
Taça de Portugal – uma pelo Sporting
(1992-93) e oito pelo Sp.
Espinho (1995-96, 1996-97, 1997-98, 1998-99, 1999-00, 2000-01, 2007-08 e 2016-17)
– e por seis ocasiões a Supertaça nacional – duas pelo Sporting
(1991-92 e 1993-94) e quatro pelo Sp.
Espinho (1994-95, 1996-97, 1997-98 e 1999-00).
Depois de uma primeira passagem por
Alvalade
durante a década de 1990, o que lhe valeu a distinção com o Prémio Stromp na
categoria Atleta em 1992, foi o principal rosto da reativação da modalidade no clube
verde e branco em 2017, depois de ter convencido o então presidente Bruno
de Carvalho a abraçar o projeto. Acabou e começou o seu percurso
na Académica de Espinho, onde chegou a partilhar o balneário com o filho
Guilherme Maia, e teve ainda curtas passagens pelo Esmoriz (2003-04) e pelos
italianos do Reima Crema (2004-05).
“Saí pela porta por onde entrei,
com humildade e muitos sonhos à mistura. Podia tê-lo feito de muitas maneiras,
até com um jogo de despedida, numa vitória, com um título, numa idade menos
cansada. Mas tudo foi fluindo como começou: sem demasiados planos. Nem nos meus
maiores sonhos imaginei jogar tanto tempo”, afirmou o distribuidor aquando do
anúncio do final de carreira, em junho de 2023.
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