segunda-feira, 14 de abril de 2025

O marroquino comparado a Cristiano Ronaldo que falhou no Boavista. Quem se lembra de Zairi?

Vice-campeão africano em 2004 passou sem sucesso pelo Bessa em 2006
Era suposto ser uma bomba de mercado para o Boavista no verão de 2006, mas revelou-se uma enorme desilusão. Currículo e fama não faltava a Jaouad Zairi. Afinal, era na altura um extremo marroquino de apenas 24 anos que contabilizava já 87 jogos no campeonato francês, 10 nas competições europeias e quase 30 internacionalizações pela seleção de Marrocos, na qual havia sido lançado por Humberto Coelho em setembro de 2000 e pela qual se havia sagrado vice-campeão africano em 2004.
 
Jogador com alguma importância para o Sochaux entre 2001 e 2006, dava na vista pelo vasto reportório de fintas que apresentava, o que na altura lhe valia constantes comparações a Cristiano Ronaldo. “Fico muito contente quando me comparam com ele, mas sei que tenho de trabalhar muito para um dia poder chegar ao nível dele. Ainda sou pequeno, comparado com toda a qualidade do Cristiano Ronaldo”, afirmou aquando da sua apresentação enquanto novo jogador do Boavista.
 
“Há algumas semanas, era impensável recrutar um jogador de tamanha qualidade para o nosso plantel. Mal falei no nome dele ao treinador, este ficou entusiasmado. Achamos que é um jogador que o Boavista precisa”, disse na altura o presidente João Loureiro, que apresentou ao extremo marroquino, que havia estado emprestado aos sauditas do Al-Ittihad nos seis meses anteriores, um contrato válido por três épocas e a camisola 10.
 
 
Mas Zairi revelou-se um autêntico flop no Bessa. Não foi além de seis jogos com a camisola axadrezada ao longo de menos de meio ano, sob o comando do montenegrino Zeljko Petrovic (primeiro) e de Jaime Pacheco (depois), tendo sido emprestado ao Nantes no início de 2007. “Digamos que não me adaptei muito ao campeonato português. Não é um campeonato muito animado e interessante, até para o próprio público. Não me parece que seja um campeonato que me permita evoluir e afirmar-me ao nível europeu”, justificou-se na altura.
 
O destino deu alguma razão a Zairi quando, após dois anos nos gregos do Asteras Tripolis, deu o salto para o Olympiacos no verão de 2009. Em duas épocas no Pireu disputou cerca de 45 jogos, incluindo seis na Liga dos Campeões e sagrou-se campeão helénico em 2010-11, tendo sido orientado pelo espanhol Ernesto Valverde.
 
 
 
A partir daí, voltou ao nível exibido do Boavista e foi sempre a descer: PAS Giannina (Grécia), Anorthosis (Chipre), Salalah (Omã), Monts d'Or Azergues Foot e Vaulx-en-Velin (ambos França) e Zakynthos (Grécia).
 
Ao longo da carreira amealhou 34 internacionalizações e seis golos pela seleção principal de Marrocos, tendo marcado presença nos Jogos Olímpicos de Sydney (2000) e em duas edições da Taça das Nações Africanas (2004 e 2006).
 





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