O marroquino comparado a Cristiano Ronaldo que falhou no Boavista. Quem se lembra de Zairi?
Vice-campeão africano em 2004 passou sem sucesso pelo Bessa em 2006
Era suposto ser uma bomba de
mercado para o Boavista
no verão de 2006, mas revelou-se uma enorme desilusão. Currículo e fama não
faltava a Jaouad Zairi. Afinal, era na altura um extremo marroquino de apenas 24
anos que contabilizava já 87 jogos no campeonato
francês, 10 nas competições europeias e quase 30 internacionalizações pela seleção
de Marrocos, na qual havia sido lançado por Humberto Coelho em setembro de
2000 e pela qual se havia sagrado vice-campeão africano em 2004.
Jogador com alguma importância
para o Sochaux entre 2001 e 2006, dava na vista pelo vasto reportório de fintas
que apresentava, o que na altura lhe valia constantes comparações a Cristiano
Ronaldo. “Fico muito contente quando me comparam com ele, mas sei que tenho
de trabalhar muito para um dia poder chegar ao nível dele. Ainda sou pequeno,
comparado com toda a qualidade do Cristiano
Ronaldo”, afirmou aquando da sua apresentação enquanto novo jogador do Boavista. “Há algumas semanas, era
impensável recrutar um jogador de tamanha qualidade para o nosso plantel. Mal
falei no nome dele ao treinador, este ficou entusiasmado. Achamos que é um
jogador que o Boavista
precisa”, disse na altura o presidente João Loureiro, que apresentou ao extremo
marroquino, que havia estado emprestado aos sauditas do Al-Ittihad nos seis
meses anteriores, um contrato válido por três épocas e a camisola 10.
Mas Zairi revelou-se um autêntico
flop no Bessa. Não foi além de seis jogos com a camisola axadrezada ao longo de
menos de meio ano, sob o comando do montenegrino Zeljko Petrovic (primeiro) e
de Jaime
Pacheco (depois), tendo sido emprestado ao Nantes no início de 2007. “Digamos
que não me adaptei muito ao campeonato português. Não é um campeonato muito
animado e interessante, até para o próprio público. Não me parece que seja um
campeonato que me permita evoluir e afirmar-me ao nível europeu”, justificou-se
na altura. O destino deu alguma razão a
Zairi quando, após dois anos nos gregos do Asteras Tripolis, deu o salto para o
Olympiacos no verão de 2009. Em duas épocas no Pireu disputou cerca de 45
jogos, incluindo seis na Liga
dos Campeões e sagrou-se campeão helénico em 2010-11, tendo sido orientado
pelo espanhol Ernesto Valverde.
A partir daí, voltou ao nível
exibido do Boavista
e foi sempre a descer: PAS Giannina (Grécia), Anorthosis (Chipre), Salalah (Omã),
Monts d'Or Azergues Foot e Vaulx-en-Velin (ambos França) e Zakynthos (Grécia). Ao longo da carreira amealhou 34
internacionalizações e seis golos pela seleção
principal de Marrocos, tendo marcado presença nos Jogos Olímpicos de Sydney
(2000) e em duas edições da Taça das Nações Africanas (2004 e 2006).
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