sexta-feira, 21 de março de 2025

O central goleador campeão europeu de clubes e seleções que treinou o Benfica. Quem se lembra de Ronald Koeman?

Koeman marcou o golo que deu o título europeu ao Barça em 1992
Jogava maioritariamente como defesa, chegando até a desempenhar a função de líbero, mas marcou mais de 250 golos em toda a carreira. Quantos avançados que jogam anos e anos a fio não o conseguem? Dotado de um potente e preciso remate que fazia dele um especialista em livres e penáltis, Ronald Koeman é considerado um dos melhores centrais de todos os tempos numa perspetiva ofensiva.
 
Coletivamente também esteve associado a façanhas incríveis: foi pedra basilar do único título europeu do PSV e também da seleção dos Países Baixos, ambos em 1988; e marcou o golo solitário que deu a primeira Taça/Liga dos Campeões Europeus ao Barcelona, em 1992.
 
Nascido em 21 de março de 1963 na cidade de Zaandam, no noroeste dos Países Baixos, e filho do antigo internacional neerlandês Martin Koeman, concluiu a formação e iniciou a carreira de futebolista sénior no Groningen em 1980, tendo feito a estreia pela equipa principal aos 17 anos e 183 dias.

Neste dia em 2009, o Sporting perdeu a Taça da Liga para o Benfica após um penálti por mão na bola… que não existiu

Pedro Silva deu uma peitada a Lucílio Batista após decisão errada
21 de março de 2009, segunda final da história da Taça da Liga. Estádio Algarve. O Sporting de Paulo Bento aparecia pela segunda vez no jogo decisivo, após a derrota no desempate por penáltis às mãos do Vitória de Setúbal no ano anterior. Já o Benfica, comandado pelo espanhol Quique Flores, estreava-se na final da competição.
 
A primeira parte do dérbi disputado no sul do país não teve golos. Os leões, que haveriam de concluir o campeonato em 2.º lugar pela quarta época consecutiva, imediatamente à frente do eterno rival, começaram melhor a segunda parte, abrindo o ativo aos 49 minutos por intermédio de Bruno Pereirinha, na recarga a um remate de Liedson ao poste.

quinta-feira, 20 de março de 2025

O dinamarquês oriundo do Arsenal que desceu de divisão em Guimarães. Quem se lembra de Sebastian Svärd?

Svärd disputou quatro jogos pelo Arsenal e 35 pelo Vitória SC
Possante (1,85 m) e polivalente jogador dinamarquês com ascendência ganesa, era capaz de desempenhar as funções de médio defensivo e de lateral direito e desde tenra idade que começou a percorrer as seleções jovens da Dinamarca, desde os sub-16 aos sub-21.
 
Em termos de clubes começou pelo modesto Boldklubben 1908 (B 1908), de onde passou para o Kjøbenhavns Boldklub (KB), equipa de reservas do FC Copenhaga. Em novembro de 2000 transferiu-se para o Arsenal, numa altura em que tinha apenas 17 anos.
 
Na primeira época em Londres venceu a FA Youth Cup, uma espécie de campeonato inglês de sub-18, tendo feito a estreia pela equipa principal a 27 de novembro de 2001, lançado por Arsène Wenger a um quarto de hora do final de um jogo diante do Grimsby Town para a Taça da Liga em Highbury (2-0). Na ocasião, atuou ao lado de jogadores como Giovanni van Bronckhorst, Sylvain Wiltord ou Dennis Bergkamp.

O herói da primeira Taça de Portugal do Sp. Braga. Quem se lembra de Perrichon?

Perrichon marcou o golo que valeu a conquista da Taça de 1965-66
Durante quase 50 anos, o único grande troféu que o Sp. Braga tinha no palmarés era a Taça de Portugal conquistada em 1965-66. Na final do Jamor, os arsenalistas bateram o Vitória de Setúbal por 1-0, graças a um golo do avançado argentino Miguel Perrichon, o único estrangeiro do onze apresentado por Manuel Palmeira naquela tarde de 22 de maio.
 
“Foi um dia inesquecível. Lembro-me que o Vitória de Setúbal nos tinha ganho por muitos no campeonato [1-8 no Bonfim]. Repito, naquela altura o Sp. Braga era uma equipa pequena. Mas conseguiu ganhar esse jogo e é um imenso orgulho para mim estar na história do Sp. Braga”, recordou ao Maisfutebol em abril de 2012. “O meu golo foi um grande passe do Estevão, o adversário era um pouco lento e quando saiu o Félix Mourinho, foi a cobrar. Foi o golo mais belo do mundo! Mas não foi o Perrichon que deu a Taça ao Sp. Braga, foram 11 irmãos”, explicou ao mesmo portal em maio de 2015.

quarta-feira, 19 de março de 2025

O malogrado Delibasic, antigo avançado de Benfica, Sp. Braga e Beira-Mar. Quem se lembra dele?

Delibasic representou Benfica, Sp. Braga e Beira-Mar em Portugal
Promissor e possante (1,88 m) ponta de lança montenegrino formado no Partizan, surgiu na equipa principal da equipa de Belgrado em 1999-00 e desatou a marcar golos, tendo amealhado 48 golos em 100 jogos no campeonato da Sérvia e Montenegro até janeiro de 2004.
 
Ao público português apresentou-se pela primeira vez na primeira eliminatória da Taça UEFA em 2002-03, quando marcou por duas vezes ao Sporting, um na vitória por 3-1 em Alvalade e o outro no empate a três golos (após prolongamento) em Belgrado. O carrasco leonino mostrou nessa ocasião ser um atacante oportunista e dotado de bom jogo aéreo, um 9 à antiga.

O central brasileiro que Artur Jorge acusava de ter a “bunda grande”. Quem se lembra de Zé Carlos?

Zé Carlos festejou 25 golos em 101 jogos pelo FC Porto entre 1989 e 1995
Um central brasileiro que passou pelo FC Porto na primeira metade da década de 1990 com grande faro para o golo. E, segundo Artur Jorge, com mais coisas grandes: “Quando me dispensou disse que eu era ‘bundudo’. Que tinha a bunda muito grande.”
 
Formado no Flamengo, surgiu na equipa principal do mengão em 1983, tendo vencido o Brasileirão em 1987 antes de se mudar para o FC Porto em 1989, numa altura em que o treinador Artur Jorge, de regresso ao clube após uma passagem pelos franceses do Matra Racing, estava a promover uma revolução no plantel.

terça-feira, 18 de março de 2025

Recorde todos os jogos entre Vitória FC e Seixal na I Divisão

Vitória de Setúbal e Seixal competem na II Distrital
Dois clubes históricos do distrito de Setúbal, Vitória Futebol Clube e Seixal Futebol Clube (agora renascido e rebatizado como Seixal Clube 1925) competem agora no último escalão do futebol português, a II Divisão Distrital, e vão defrontar-se este domingo (15:30) no Estádio do Bravo, mas em tempos chegaram a medir forças na I Divisão.
 
Os sadinos apresentam um histórico imensamente superior, com mais de 70 presenças no patamar maior luso e três Taças de Portugal e uma Taça da Liga nas suas vitrinas, mas os rapazes do Bravo somaram duas participações na I Divisão, em 1963-64 e 1964-65, tendo coincidido em ambas com os setubalenses.
 
Paralelamente, também se defrontaram para a II Divisão Nacional em 1938-39, 1940-41 e 1961-62.
 
 Vale por isso a pena recordar todos os jogos entre Vitória de Setúbal e Seixal na I Divisão.

O que já era bom ganhou asas… com Eusébio. A caminhada do Benfica até ao segundo título europeu (1961-62)

Eusébio, Béla Guttmann e Coluna com o troféu mais desejado da Europa
O Benfica conquistou o primeiro título continental da sua história em 1960-61, mas foi na época seguinte que atacou pela primeira vez a Taça dos Campeões Europeus com aquele que viria a tornar-se no seu ídolo máximo: Eusébio da Silva Ferreira. O que já era bom ganhou asas e ficou, de caras, um amor para a vida toda, com direito a estátua à porta do estádio.
 
Indicado pelo antigo brasileiro Carlos Bauer ao amigo Béla Guttmann, o jovem atacante representava o Sporting de Lourenço Marques, uma filial e uma fonte de jogadores para o Sporting Clube de Portugal. Mas o Benfica conseguiu desviá-lo, tendo-o escondido durante quase duas semanas no Algarve com medo que o rival aliciasse o portentoso avançado. “Mandei três guarda-costas para o acompanhar, e deixe-lhes as minhas ordens: o Eusébio não pode ser deixado sozinho nem por um minuto, e só pode ficar na casa do Benfica”, contou o treinador húngaro, citado na biografia Béla Guttmann: De sobrevivente do Holocausto a glória do Benfica, de David Bolchover.

sábado, 15 de março de 2025

Os mais jovens a jogar por Portugal. Quenda ainda pode ser 5.º no geral e o 3.º em jogos oficiais

Quenda poderia ter batido recorde no ano passado
Convocado para o duplo confronto com a Dinamarca (20 e 23 de março), a contar para os quartos de final da Liga das Nações da UEFA, Geovany Quenda poderá integrar a lista dos 10 jogadores mais jovens de sempre a representar a seleção nacional de Portugal.
 
Caso tivesse sido utilizado quando foi chamado por Roberto Martínez pela primeira e pela segunda vez, em setembro e novembro do ano passado, o ala do Sporting ter-se-ia tornado no mais jovem de sempre a atuar pelos AA, aos 17 anos e quatro ou seis meses. No entanto, o selecionador não o lançou em campo.
 
Agora, Quenda poderá tornar-se, na melhor das hipóteses, no quinto mais jovem a jogar por Portugal e no terceiro mais jovem a fazê-lo em jogos oficiais, aos 17 anos, 10 meses e 18 dias, caso venha a atuar no encontro de Copenhaga, agendado para este domingo. O cenário não mudará caso só venha a jogar na partida de Alvalade, marcada para três dias depois.
 
Saiba aqui quais são os jogadores mais jovens a jogar por Portugal e recorde a história deles na seleção nacional.

O trinco com alcunha de craque que subiu a pulso desde os distritais. Quem se lembra de Mozer?

Mozer disputou 127 jogos pelo Sp. Braga e 103 pelo Rio Ave
Possante médio (1,87 m) de características defensivas, protagonizou uma subida a pulso na carreira. Iniciou-se nos campeonatos distritais, mas foi progredindo, progredindo, ao ponto de ter disputado quase 200 jogos na I Liga, dez nas competições europeias, uma final da Taça de Portugal e uma decisão da Supertaça Cândido de Oliveira.
 
Natural de Paranhos, na cidade do Porto, começou a jogar futebol nos iniciados do Pedras Rubras, passando depois pelas camadas jovens de Boavista e Rio Ave. Foi nos juniores vila-condenses que Rui Miguel Batista Araújo passou a ser… Mozer. “Foi o massagista do Rio Ave, o senhor José, quando uma vez joguei com o Benfica. Ele achou que a minha fisionomia coincidia com a do Mozer e colocou-me a alcunha”, revelou o trinco ao Record em dezembro de 2003.

sexta-feira, 14 de março de 2025

Quem se lembra do emocionante 4-4 entre Salgueiros e Beira-Mar da última jornada da I Liga em 1998-99?

Salgueiros e Beira-Mar protagonizaram jogo impróprio para cardíacos
Em vésperas de jogo entre Beira-Mar e Salgueiros (domingo, 15:00), desta feita para o Campeonato de Portugal, o quarto escalão do futebol nacional, adeptos dos dois clubes vão recordando grandes duelos do passado. Um dos mais lembrados por ambas as partes é o escaldante 4-4 de 30 de maio de 1999, na última jornada da I Liga de 1998-99.
 
Na altura, os salgueiristas então orientados por Dito estavam já com a permanência garantida, podendo até fechar o campeonato na primeira metade da tabela no caso de uma conjugação favorável de resultados. Pior estavam os aveirenses comandados por António Sousa, que estavam apurados para a final da Taça de Portugal, mas com a corda na garganta no que concerne à I Liga, pois entraram na derradeira ronda em zona de despromoção e a depender de terceiros para se salvar.

De Edimburgo a Berna. A caminhada do Benfica até ao título europeu de 1960-61

Benfica sagrou-se campeão europeu em 1961 após bater o Barcelona
Com um plantel construído à sua medida, a motivação suplementar de um bónus de 300 mil escudos em caso de conquista de título continental e um trabalho consolidado de um ano em que conseguiu sagrar-se campeão nacional, Béla Guttmann e o seu Benfica iniciaram a participação na edição de 1960-61 da Taça dos Campeões Europeus ainda na pré-eliminatória.
 
O primeiro adversário dos encarnados foi um raro campeão escocês, o Heart of Midlothian, mais conhecido como Hearts. Em Edimburgo, a 29 de setembro de 1960, a equipa da casa ainda deu alguma luta, mas as águias venceram por 2-1, com golos de José Águas e José Augusto aos 36 e 74 minutos, ao passo que Alexander Young reduziu para os britânicos na reta final da partida (80’).

quinta-feira, 13 de março de 2025

Quem se lembra do último jogo entre Salgueiros e Beira-Mar na I Liga?

Salgueiros e Beira-Mar empataram a um golo em Paranhos
Na reedição de um clássico de outros tempos, Beira-Mar e Salgueiros vão defrontar-se este domingo (15:00) no Municipal de Aveiro, num jogo que outrora foi de I Divisão, mas que desta feita vai ser de Campeonato de Portugal, o quarto escalão do futebol português.
 
Aurinegros e salgueiristas coincidiram pela última vez na I Liga em 2001-02, tendo medido forças pela última vez no patamar maior num mítico estádio que já nem existe, o Engenheiro Vidal Pinheiro, em Paranhos, no Porto, a 17 de fevereiro de 2002. A partida, a contar para a 23.ª jornada do campeonato e apitada por um jovem Duarte Gomes (29 anos), opunha nos bancos dois antigos grandes médios lusos e companheiros de seleção: Carlos Manuel ao leme dos portuenses e António Sousa no comando dos aveirenses.

O promissor defesa que pertenceu ao Chelsea e não vingou no Benfica. Quem se lembra de Alcides?

Alcides disputou 34 jogos pelo Benfica entre 2004 e 2006
Polivalente defesa capaz de atuar como central, lateral direito e até esquerdo embora fosse destro, era alto (1,92 m), leve e rápido, características que fizeram dele, em tempos, um jogador bastante promissor. Formado no Vitória da Bahia, clube pelo qual se estreou no Brasileirão aos 17 anos, foi titularíssimo na caminhada vitoriosa do Brasil rumo ao título mundial de sub-20 em 2003, tendo atuado os 90 minutos em todos os sete encontros do torneio, ao lado de futuros internacionais A como Dani Alves, Adriano e Fernandinho.
 
No segundo semestre de 2003 esteve cedido pelos baianos ao Schalke 04, da Alemanha, mas Jupp Heynckes não deu muitas hipóteses ao jovem defesa, que depois de meio ano de escassa utilização foi cedido ao Santos, clube pelo qual se sagrou campeão brasileiro em 2004 apesar de não ser propriamente um habitual titular.
 
Entretanto, num negócio com contornos algos estranhos, o Chelsea adquiriu os direitos desportivos do jogador e cedeu-o ao Benfica durante cinco anos, reservando o direito de chamar Alcides para Stamford Bridge caso se confirmasse todo o seu potencial futebolístico.

O central imprescindível entre os campeões mundiais de sub-20 em Riade. Quem se lembra de Valido?

Valido disputou quatro jogos pela equipa principal do Benfica
A esta distância, mais de três décadas depois, é indiscutível que Paulo Madeira e sobretudo Fernando Couto foram os dois centrais, entre os campeões mundiais de sub-20 em Riade, que fizeram melhor carreira. Mas na altura, para o selecionador Carlos Queiroz, a dúvida era qual dos dois fazia companhia a Valido no eixo defensivo.
 
Nesse Campeonato do Mundo disputado entre fevereiro e março de 1989, o defesa que se encontrava emprestado pelo Benfica ao Estoril atuou os 90 minutos em todos os seis jogos de Portugal. Já Couto e Madeira foram titulares em quatro cada um. As voltas que a vida dá.
 
Descrito por Queiroz como “muito bom tecnicamente, bom no tackle e muito bom no jogo aéreo”, começou a jogar futebol nas camadas jovens do Domingos Sávio, popular clube do bairro lisboeta de Campo de Ourique, tendo ainda passado pelos juvenis do Atlético antes de concluir a formação no Benfica.

quarta-feira, 12 de março de 2025

O grego que foi bicampeão e marcou 52 golos em dois anos no Benfica. Quem se lembra de Mitroglou?

Mitroglou venceu dois campeonatos pelo Benfica
Esteve à beira de reforçar o Sporting no verão de 2015, mas o Benfica desviou-o para o Estádio da Luz e fez dele uma das figuras das equipas do bicampeonato de Rui Vitória (2015-16 e 2016-17). Marcou 52 golos em 88 jogos de águia ao peito ao longo de duas épocas, tendo concluído ambas no pódio dos goleadores da I Liga.
 
Também mostrou apetência para faturar em encontros decisivos. Foi dele, por exemplo, o golo da vitória sobre o Sporting em Alvalade que valeu a subida à liderança do campeonato, num encontro marcado por um falhanço incrível de Bryan Ruiz, em março de 2016. Dois meses e meio depois bisou no triunfo sobre o Marítimo na final da Taça da Liga (6-2). Ao lado de Jonas, formou uma das melhores duplas de ataque do Benfica neste século.

A revelação do Gauchão que se tornou arma secreta do Sp. Braga. Quem se lembra de Césinha?

Césinha somou 86 jogos e nove golos pelo Sp. Braga entre 2004 e 2007
Extremo canhoto brasileiro, reforçou o Sp. Braga de Jesualdo Ferreira no verão de 2004, depois de ter sido considerado a revelação do campeonato Gaúcho ao serviço do Santa Cruz, quarto classificado do estadual de Rio Grande do Sul nesse ano.
 
No Minho o atacante provou ter qualidade, embora maioritariamente como suplente utilizado, uma vez que à sua frente estava Wender, na altura um dos melhores extremos do campeonato português.
 
Na primeira época nos arsenalistas, foi utilizado em 32 jogos em todas as competições, mas apenas dez na condição de titular, tendo apontado dois golos, curiosamente ambos ao Beira-Mar no campeonato, um na primeira volta e outro na segunda.

terça-feira, 11 de março de 2025

O flop que o Benfica devolveu ao São Paulo ao fim de seis meses. Quem se lembra de Bruno Cortez?

Bruno Cortez disputou apenas sete jogos oficiais pelo Benfica
Depois da saída de Fábio Coentrão para o Real Madrid em 2011, o Benfica cometeu vários erros de casting para encontrar um lateral esquerdo que pudesse finalmente fazer esquecer o internacional português. Primeiro foi Emerson e Capdevila em 2011-12 e depois Melgarejo e Luisinho na época seguinte, tendo também Luís Martins ou André Almeida passado pela posição. No início da temporada 2013-14, as águias receberam Bruno Cortez por empréstimo do São Paulo com o mesmo intuito, mas voltou a não correr bem – felizmente para os encarnados, Siqueira foi contratado no mesmo defeso.
 
Identificado por Jorge Jesus, um fervoroso recrutador no futebol brasileiro, o esquerdino, que estava afastado da equipa do São Paulo desde 10 de maio de 2013 devido a uma má fase no clube, até nem foi propriamente uma aposta em desespero perto do fecho da janela de transferências. Não. Foi anunciado como reforço benfiquista ainda durante a primeira quinzena de julho de 2013, a mais de mês e meio do encerramento do mercado.

Fábio Coentrão, o canhoto das Caxinas potenciado por Jesus que venceu tudo pelo Real Madrid

Fábio Coentrão somou 52 internacionalizações pela seleção nacional A
Um dos melhores laterais esquerdos de sempre do futebol português. Um promissor extremo que a dada altura ameaçou tornar-se numa promessa adiada, mas que com o treinador certo ganhou intensidade e a capacidade para desempenhar uma posição que melhor explorava a sua verticalidade e qualidade no cruzamento. Foi a embalar desde trás na ala canhota que tocou o céu e passou de “Figo das Caxinas” para modelo a seguir para aspirantes à posição de lateral. As lesões não lhe permitiram estender o auge da carreira, mas foi a tempo de ganhar tudo pelo Real Madrid.
 
Natural das Caxinas, um núcleo piscatório no concelho de Vila do Conde, desde cedo mostrou ter um talento para o futebol que não permitia que lhe dissessem para se dedicar à pesca. Aos 16 anos começou a treinar com a equipa principal do Rio Ave e aos 17 estreou-se mesmo pelos vila-condenses na I Liga, tendo sido lançado por António Sousa nos minutos finais de uma derrota em casa às mãos do Sp. Braga, a 14 de outubro de 2005. No mês seguinte somou a primeira de 25 internacionalizações pelas seleções jovens, pelos sub-18.

segunda-feira, 10 de março de 2025

O irmão de Mário Jardel que passou por Benfica e FC Porto. Quem se lembra de George?

George Jardel fez a pré-época com o Benfica em 2002-03
O outro Jardel, irmão de Mário, goleador-nato que brilhou com as camisolas de FC Porto e Sporting entre meados da década de 1990 e início deste século. Cinco anos e meio mais novo do que o mano, George já jogava na equipa principal do Vasco da Gama, um dos principais clubes do Brasil, quando se juntou a Super Mário nos azuis e brancos em 1997, inicialmente para atuar pelos juniores.
 
Embora fosse um médio ofensivo promissor e tivesse assinado contrato profissional pelos dragões, nunca chegou a jogar pela equipa principal, tendo estado emprestado a Leça, Penafiel e Felgueiras, da II Liga, e representado o FC Porto B no segundo semestre de 1999. “O meu empresário era o José Veiga e ele sempre me disse que eu ia ter isto e aquilo, mas a verdade é que isso nunca veio a suceder. Acho que consegui fazer boas temporadas no Leça e no Penafiel, por exemplo, mas faltou a oportunidade de jogar na primeira divisão. Faltou-me acompanhamento, apoio e, essencialmente, mais oportunidades na altura em que atravessava a melhor altura da minha carreira”, desabafou ao Maisfutebol em dezembro de 2007.

O vice-campeão europeu de 1996 que defendeu a baliza do Beira-Mar. Quem se lembra de Srnicek?

Pavel Srnicek atuou em 64 jogos pelo Beira-Mar entre 2004 e 2006
Um daqueles casos de jogadores com um belíssimo currículo e que caem quase de para-quedas em equipas médias do futebol português. Pavel Srnicek representou a República Checa em dois Campeonatos da Europa, tendo sido vice-campeão continental no primeiro (1996) ainda que sem jogar e o dono da baliza da sua seleção no segundo (2000), assim como numa edição da Taça das Confederações (1997). Somou também 49 internacionalizações, 146 jogos na Premier League e 29 na Serie A. Mas entre 2004 e 2006, já na reta final da carreira, defendeu a baliza do Beira-Mar, sendo que em 2005-06 o fez na II Liga.
 
Mas recuemos até aos primórdios da carreira desde malogrado guarda-redes, filho de um lenhador e nascido em Ostrava, ainda no tempo da Checoslováquia, a 10 de março de 1968. Estreou-se como profissional em 1988 no clube local, o Baník Ostrava, de onde saltou diretamente para o Newcastle em janeiro de 1991.

domingo, 9 de março de 2025

Foi há 21 anos que o FC Porto eliminou o Man United em Old Trafford com um golo de Costinha ao cair do pano

Costinha marcou o golo que deu o apuramento ao FC Porto
Ainda não era nascido quando FC Porto e Manchester United se defrontaram na 2.ª eliminatória da Taça das Taças em 1977-78 e ainda não ligava a futebol aquando do duplo confronto entre as duas equipas nos quartos de final da Liga dos Campeões em 1996-97. Mas lembro-me bem dos dois jogos entre dragões e red devils nos oitavos de final da Champions em 2003-04. Ainda assim, é uma memória antiga o suficiente para remontar aos tempos em que em Portugal o clube inglês era simplesmente chamado de Manchester – ignorando a existência de um emblema, na altura de muito menor importância, na mesma cidade.
 
Embora o nome Manchester United impusesse sempre algum respeito, lembro-me de, na altura, não considerar a eliminatória uma missão impossível para o conjunto então orientado por José Mourinho.
 
Em primeiro lugar, porque esse United estava uns furos abaixo não só dos concorrentes diretos em Inglaterra, Arsenal e Chelsea, como das equipas de topo da Europa, nomeadamente Real Madrid e AC Milan. Era um United que tinha Tim Howard, Phil Neville, Wes Brown, Nicky Butt, Quinton Fortune, Louis Saha, John O’Shea, um Roy Keane a dar as últimas e um Cristiano Ronaldo que ainda era uma figura secundária na equipa.
 
Depois, o FC Porto de Mourinho tinha uma aura especial. Era uma equipa destemida, implacável com os rivais internos e que no ano anterior havia mostrado capacidade para vencer nos terrenos de Marselha ou Panathinaikos ou de golear a Lazio em casa.

sexta-feira, 7 de março de 2025

Recorde aqui os desfechos das 7 eliminatórias da UEFA em que o Benfica perdeu em casa na 1.ª mão

Benfica só se apurou uma vez após perder em casa na primeira-mão
O Benfica foi derrotado esta quarta-feira pelo Barcelona no Estádio da Luz (0-1), em partida da primeira-mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, e terá a difícil e sempre improvável tarefa de virar a eliminatória na condição de visitado, sobretudo no terreno de um adversário tão poderoso.
 
Esta não é uma situação inédita para os encarnados, que já por sete vezes tiveram que tentar reverter um resultado negativo obtido em casa no primeiro jogo numa eliminatória da UEFA, sendo que por apenas ocasião conseguiram seguir em frente.
 
Recorde aqui os desfechos das sete eliminatórias da UEFA em que o Benfica perdeu em casa na primeira-mão.
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