quinta-feira, 13 de março de 2025

Hoje faz anos o central imprescindível entre os campeões mundiais de sub-20 em Riade. Quem se lembra de Valido?

Valido disputou quatro jogos pela equipa principal do Benfica
A esta distância, mais de três décadas depois, é indiscutível que Paulo Madeira e sobretudo Fernando Couto foram os dois centrais, entre os campeões mundiais de sub-20 em Riade, que fizeram melhor carreira. Mas na altura, para o selecionador Carlos Queiroz, a dúvida era qual dos dois fazia companhia a Valido no eixo defensivo.
 
Nesse Campeonato do Mundo disputado entre fevereiro e março de 1989, o defesa que se encontrava emprestado pelo Benfica ao Estoril atuou os 90 minutos em todos os seis jogos de Portugal. Já Couto e Madeira foram titulares em quatro cada um. As voltas que a vida dá.
 
Descrito por Queiroz como “muito bom tecnicamente, bom no tackle e muito bom no jogo aéreo”, começou a jogar futebol nas camadas jovens do Domingos Sávio, popular clube do bairro lisboeta de Campo de Ourique, tendo ainda passado pelos juvenis do Atlético antes de concluir a formação no Benfica.
 
Em novembro de 1987 iniciou um percurso de 26 internacionalizações e pouco mais de quatro anos nas seleções nacionais jovens, desde os sub-18 aos sub-21. Em 1988 marcou presença no Campeonato da Europa de sub-18, na Checoslováquia, ajudando Portugal a chegar à final, perdida para a União Soviética, tendo marcado nas vitórias sobre os Países Baixos nos quartos de final (3-0) e sobre a Espanha nas meias-finais (2-0).
 
Após esse torneio transitou para o futebol sénior, tendo sido emprestado pelo Benfica a Estoril, Feirense e Gil Vicente antes de ser finalmente integrado no plantel das águias em 1991-92. No entanto, não foi além de quatro jogos às ordens de Sven-Göran Eriksson, numa época em que os encarnados não venceram qualquer troféu.
 
 
Sem espaço na Luz, muito por culpa da concorrência feroz de jogadores como Paulo Madeira, William e Rui Bento, assinou pelo Marítimo no verão de 1992. Na primeira época nos Barreiros foi bastante utilizado, tendo atuado em 30 jogos no campeonato e contribuído ativamente para o primeiro apuramento de sempre dos insulares para as competições europeias, no caso a Taça UEFA.
 
 
No entanto, perdeu espaço na época seguinte e não mais voltou a afirmar-se como titular num clube da I Liga, apesar de depois ter jogado no primeiro escalão com as camisolas de Estrela da Amadora, Tirsense, Belenenses e Alverca, sempre sem conseguir cumprir, no mínimo, metade dos encontros do campeonato.
 
Acabou por encontrar o seu espaço nas divisões não profissionais na reta final da carreira, tendo representado Amora, Operário Lagoa, Atlético e Seixal na II Divisão B e Beira-Mar de Monte Gordo na III Divisão.
 
Após pendurar as botas, em 2005, tornou-se treinador. Começou pelo comando técnico do Atlético do Cacém, mas desde 2009 que integra os quadros do Benfica, tendo trabalhado como adjunto de vários escalões e presentemente como treinador de desenvolvimento individual de juniores, sub-23 e equipa B. Paralelamente, desempenha a função de comentador na BTV







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