Dez jogadores importantes na história do Felgueiras |
Fundado a 8 de maio de 1932 no
Monte de Santa Quitéria, o Futebol
Clube de Felgueiras atingiu o ponto mais alto da sua história, quando participou
na I
Liga em 1995-96 sob o comando técnico de Jorge
Jesus, também ele em estreia no primeiro
escalão.
Embora remetidos para os
campeonatos distritais da AF
Porto até ao início da década de 1980, os felgueirenses
chegaram à III Divisão Nacional em 1982, à II Divisão em 1984 e à II
Liga em 1992 antes de atingirem o patamar
maior do futebol português. Paralelamente, chegaram aos oitavos de final
da Taça
de Portugal em 1995-96, 1999-00 e 2002-03.
Depois da participação na I
Liga, seguiram-se nove épocas na II
Liga (perfazendo um total de 12), problemas financeiros e a extinção do
futebol sénior. Entretanto, foi criado o Clube
Académico de Felgueiras, que em 2014-15 incorporou o Futebol
Clube Felgueiras, gerando o Futebol
Club de Felgueiras 1932.
Presentemente a competir na Liga
3, o emblema
da sub-região do Tâmega vai procurando regressar às ligas profissionais.
10. Totta (89 jogos)
Totta |
Lateral direito que concluiu a formação no Felgueiras, ganhou rodagem em clubes como Lixa, Mogadourense e Joane antes de se
fixar na equipa principal em 1998-99.
Em quatro temporadas ao serviço do clube da sub-região do Tâmega amealhou 81 encontros (71 a titular) e três
golos na II Liga, tendo visto a descida à II Divisão B ser invertida na secretaria em
2001 e 2002. Pelo meio, contribuiu para a caminhada até aos oitavos de final da
Taça
de Portugal em 1999-00.
Em 2002-03 representou o Marco,
mas na época seguinte voltou ao emblema felgueirense para atuar em oito partidas (duas como
titular) no segundo escalão.
No verão de 2004 transferiu-se para o Pontassolense, mas encerrou a
carreira no Clube
Académico de Felgueiras em 2010-11.
Entre 2011-12 e 2013-14 foi vice-presidente e diretor desportivo do Futebol
Club de Felgueiras 1932, tendo voltado a assumir a direção desportiva entre
2018-19 e 2020-21.
9. Lopes da Silva (89 jogos)
Lopes da Silva |
Disputou o mesmo número de jogos de Totta, mas amealhou mais 1294 minutos
em campo – 7451 contra 6157.
Médio brasileiro recrutado ao Sport, assinou pelo Felgueiras em janeiro de 1993, a meio da primeira participação de sempre do clube
na II Liga, tendo ido a tempo de atuar em 17 partidas (todas como titular) e marcar
um golo à Académica.
Em 1993-94 representou o Amora,
mas na época seguinte regressou ao Estádio Dr. Machado de Matos para participar
em 27 partidas (26 a titular) numa campanha que culminou na promoção à I
Liga.
Após uma temporada no primeiro
escalão, somou mais 45 jogos (41 a titular) na II Liga entre 1996 e 1998, antes de se transferir para o Olhanense.
8. Zamorano (93 jogos)
Zamorano |
Lateral/extremo direito de baixa estatura (1,68 m) nascido em Felgueiras
e com alcunha de craque chileno da década de 1990, fez formação no Felgueiras tal como o primo Bakero anos antes, transitou para a equipa principal em
1998-99, tendo feito a estreia na II Liga quando tinha apenas 16 anos e 11 meses.
Em quatro temporadas ao serviço dos felgueirenses amealhou 93 encontros (64 a titular) e um
golo (à Naval, em março de 2003) no segundo escalão, tendo visto a descida à II Divisão B ser
invertida na secretaria em 2001 e 2002. Pelo meio, contribuiu para a caminhada
até aos oitavos de final da Taça
de Portugal em 1999-00.
No verão de 2002 transferiu-se para o Leixões,
tendo ainda jogado na I
Liga ao serviço de Estrela
da Amadora e Trofense
antes de ingressar no Clube
Académico de Felgueiras em 2011-12 e no Futebol
Club de Felgueiras 1932 na época seguinte, tendo chegado a assumir as
funções de jogador-treinador em 2014-15.
7. João (99 jogos)
João Soares |
Médio que despontou no Salgueiros,
passou ainda por Recreio
de Águeda e Académico de Viseu antes de ingressar no Felgueiras em 1991-92, época marcada pela subida à II Liga.
Entre 1992 e 1995 amealhou 80 encontros (73 a titular) e seis golos no segundo escalão, tendo contribuído ativamente para a
promoção à I
Liga em 1994-95.
Após uma época no primeiro
escalão, voltou a representar o Felgueiras na II Liga em 1996-97, tendo atuado em 19 jogos (16 a titular) no campeonato, numa
campanha em que a equipa ficou a quatro pontos do regresso ao patamar maior do
futebol português.
No verão de 1997 transferiu-se para o Castêlo da Maia.
6. António Lima Pereira (100 jogos)
António Lima Pereira |
Defesa irmão mais novo do que o histórico central portista
com o mesmo nome, despontou no Varzim e foi de lá que saiu para passar pela
primeira vez pelo Felgueiras entre 1987 e 1988, na altura para jogar na II Divisão Nacional.
Após passagens por Vizela
e Feirense,
regressou ao clube em 1991-92 para contribuir para a promoção à II Liga, patamar em que totalizou 87 partidas (86 a titular) e três golos entre
1992 e 1995, participando na campanha que culminou na subida à I
Liga em 1994-95.
No verão de 1995 transferiu-se para o Rio
Ave, mas em 1998-99 voltou ao emblema felgueirense para participar em 13 jogos no segundo escalão (sete na condição de titular), encerrando
depois a carreira.
Após pendurar as botas iniciou o seu percurso enquanto treinador, tendo
desempenhado as funções de adjunto e por vezes de técnico principal no clube
entre 1999 e 2005. Mais tarde, orientou o Clube
Académico de Felgueiras entre 2017 e 2011.
5. Acácio (102 jogos)
Acácio |
Defesa central natural de Arouca, subiu a pulso na carreira, desde os
distritais à I Liga. Quando chegou ao Felgueiras, no verão de 1992, o emblema duriense tinha acabado de subir à II Liga.
Nas primeiras três épocas no Estádio Dr. Machado de Matos amealhou 96
encontros (todos como titular) no segundo escalão, tendo contribuído para a promoção à I
Liga em 1995.
Após uma época ao serviço dos felgueirenses no primeiro
escalão transferiu-se para o Farense,
mas regressou aos nortenhos
em janeiro de 1998 para atuar em seis jogos (cinco a titular) na II Liga até ao final dessa época.
4. Fredy (106 jogos)
Fredy |
Lateral esquerdo formado no FC
Porto e no Paris
Saint-Germain, internacional jovem português e campeão europeu de sub-16 em
1996 ao lado de Hugo Leal e Simão Sabrosa, ingressou na equipa principal do Felgueiras em 1998-99.
Em quatro temporadas ao serviço dos felgueirenses na II Liga amealhou um total de 106 partidas (105 a titular), tendo visto a descida
à II Divisão B ser invertida na secretaria em 2001 e 2002. Pelo meio,
contribuiu para a caminhada até aos oitavos de final da Taça
de Portugal em 1999-00 e marcou presença no Campeonato do Mundo de sub-20
em 1999.
3. Eliseu (108 jogos)
Eliseu |
Defesa central brasileiro que no seu país jogou pelo Internacional
de Porto Alegre ao lado de Taffarel e Márcio Santos, entre outros, entrou
no futebol português pela porta do Gil
Vicente, tendo ainda passado por Beira-Mar
e Estrela
da Amadora antes de ingressar no Felgueiras em março de 1997.
Em cerca de três anos e meio no Estádio Dr. Machado de Matos totalizou
108 encontros (106 a titular) e onze golos na II Liga.
Nas derradeiras semanas de 2000 transferiu-se para o Vitória
de Setúbal, clube em que reencontrou Jorge
Jesus, com quem tem uma história curiosa nos tempos em que se cruzaram no emblema duriense. “[Jorge
Jesus] gritava como um louco! Uma bola ressaltou a uns 35 metros da baliza
do adversário. Ele gritava para eu não rematar à baliza. Mesmo assim rematei e
fiz um grande golo! Foi num jogo contra o Moreirense”,
contou ao portal Relato.
2. Vicente (112 jogos)
Vicente |
Médio natural de Vila do Conde, passou por clubes como Famalicão
e União da Madeira antes de reforçar o Felgueiras no verão de 1993.
Nas duas primeiras épocas no clube totalizou 54 partidas (48 a titular) e
seis golos na II Liga, contribuindo para a promoção à I
Liga em 1995.
Após uma temporada no primeiro
escalão, somou mais 58 encontros (53 a titular) pelos felgueirenses no segundo escalão entre 1996 e 1998.
No verão de 1998 regressou ao Varzim, clube pelo qual tinha passado
durante o seu período formativo.
1. Miguel Lima Pereira (86 jogos)
Miguel Lima Pereira |
Mais um elemento da família futebolística poveira Lima Pereira, neste
caso um médio irmão mais novo de Paulo Lima Pereira, que representou o Felgueiras entre 1990 e 1992 e entre 1993 e 1995. Miguel Lima Pereira, que também
despontou no Varzim, ingressou no emblema duriense aquando do início da segunda passagem do
irmão pelo clube, no verão de 1993.
Nas duas primeiras épocas no Estádio Dr. Machado de Matos não foi além de
12 jogos (oito a titular) e um golo na II Liga, tendo contribuído para a promoção à I
Liga em 1995.
Enquanto os felgueirenses estiveram no primeiro
escalão, em 1993-94, Miguel Lima Pereira esteve vinculado ao Famalicão,
tendo regressado ao clube da sub-região do Tâmega na
época seguinte, aquando do regresso à II
Liga.
Entre 1996 e 1998 disputou um
total de 44 partidas (34 a titular) e marcou um golo (à União da Madeira, em
abril de 1998) no segundo
escalão, rumando depois ao Penafiel.
Porém, voltou ao Felgueiras
no verão de 1999 para somar mais 55 encontros (48 a titular) e quatro golos na II
Liga ao longo de duas épocas, tendo
visto a descida à II Divisão B ser invertida na secretaria em 2001. Antes,
contribuiu para a caminhada até aos oitavos de final da Taça
de Portugal em 1999-00.
No verão de 2001 mudou-se para o
Leça, tendo ainda passado por União da Madeira e Lixa antes de passar uma
última vez pelos felgueirenses
em 2004-05, época em que participou em 27 jogos (26 a titular) e marcou três
golos, diante de Ovarense,
Leixões
e Olhanense,
na II
Liga.
No verão de 2005, após a
despromoção administrativa à II Divisão B, transferiu-se para o Pedras Rubras.
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