Hoje faz anos o irmão de Mário Jardel que passou por Benfica e FC Porto. Quem se lembra de George?
George Jardel fez a pré-época com o Benfica em 2002-03
O outro Jardel, irmão de Mário,
goleador-nato que brilhou com as camisolas de FC
Porto e Sporting
entre meados da década de 1990 e início deste século. Cinco anos e meio mais
novo do que o mano,
George já jogava na equipa principal do Vasco
da Gama, um dos principais clubes do Brasil, quando se juntou a Super
Mário nos azuis
e brancos em 1997, inicialmente para atuar pelos juniores.
Embora fosse um médio ofensivo
promissor e tivesse assinado contrato profissional pelos dragões,
nunca chegou a jogar pela equipa principal, tendo estado emprestado a Leça,
Penafiel
e Felgueiras,
da II
Liga, e representado o FC
Porto B no segundo semestre de 1999. “O meu empresário era o José Veiga e
ele sempre me disse que eu ia ter isto e aquilo, mas a verdade é que isso nunca
veio a suceder. Acho que consegui fazer boas temporadas no Leça
e no Penafiel,
por exemplo, mas faltou a oportunidade de jogar na primeira
divisão. Faltou-me acompanhamento, apoio e, essencialmente, mais
oportunidades na altura em que atravessava a melhor altura da minha carreira”,
desabafou ao Maisfutebol
em dezembro de 2007.
“Fui muito bem tratado no Porto,
até porque as pessoas dessa cidade são mais hospitaleiras do que as da capital.
O meu treinador foi o João
Pinto e ele sempre me deu força e moral. Mas nunca consegui ter uma
oportunidade verdadeira no plantel sénior”, prosseguiu o atacante, que vinha de
meia época ao serviço do Felgueiras
quando surgiu a oportunidade algo despropositada para assinar pelo Benfica
no verão de 2002, precisamente na mesma altura em que o irmão Mário
tentava forçar a saída do Sporting
e havia entrado numa espiral negativa da qual nunca haveria de conseguir sair
enquanto futebolista profissional. “Eu não posso falar muito sobre o
Benfica,
nem explicar porque fui lá parar. Havia uma questão a resolver entre o meu irmão
e eles, mas não quero entrar em detalhes”, explicou George, talvez aludindo ao
acordo que Mário
Jardel chegou a ter para reforçar os encarnados
em 2001, mas que o presidente Manuel Vilarinho acabou por não cumprir. Mas George não se limitou a ter
contrato com o Benfica.
Foi integrado nos trabalhos de pré-temporada na Suíça, às ordens de Jesualdo
Ferreira. “As coisas saíram-me bem. Joguei contra o Auxerre e contra uma equipa
helvética. Depois fomos jogar a Palermo, contra o Inter,
mas não saí do banco de suplentes. Quando voltámos a Lisboa, disseram que me
queriam emprestar. Eu perguntei: ‘então ainda agora cheguei e já me querem
mandar embora?’. Fui para o Alverca”,
contou o centrocampista de características ofensivas, pouco utilizado pelos ribatejanos
na II
Liga em 2002-03: “No Ribatejo era muito elogiado pelo José
Couceiro, mas aos domingos jogava poucas vezes.” Entre 2003 e 2005 representou o Amora
na II Divisão B e depois regressou ao Brasil devido à doença da mãe. Porém,
voltou a Portugal para defender as cores de Esposende,
Macedo de Cavaleiros e Montalegre
antes de pendurar as botas em 2010, na sequência de um enfarte sofrido durante
um treino do Montalegre.
Nos anos que se seguiram
trabalhou como vendedor ao serviço da Jerónimo Martins, comercializando
produtos de mercearia e perecíveis, mas depois voltou ao Brasil. Chegou a ser
indicado pelo irmão,
então deputado, para assumir funções na Secretaria Estadual de Administração no
Governo do Estado de Rio Grande do Sul em meados de 2015, mas a sua nomeação
foi revogada.
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