quinta-feira, 20 de março de 2025

O dinamarquês oriundo do Arsenal que desceu de divisão em Guimarães. Quem se lembra de Sebastian Svärd?

Svärd disputou quatro jogos pelo Arsenal e 35 pelo Vitória SC
Possante (1,85 m) e polivalente jogador dinamarquês com ascendência ganesa, era capaz de desempenhar as funções de médio defensivo e de lateral direito e desde tenra idade que começou a percorrer as seleções jovens da Dinamarca, desde os sub-16 aos sub-21.
 
Em termos de clubes começou pelo modesto Boldklubben 1908 (B 1908), de onde passou para o Kjøbenhavns Boldklub (KB), equipa de reservas do FC Copenhaga. Em novembro de 2000 transferiu-se para o Arsenal, numa altura em que tinha apenas 17 anos.
 
Na primeira época em Londres venceu a FA Youth Cup, uma espécie de campeonato inglês de sub-18, tendo feito a estreia pela equipa principal a 27 de novembro de 2001, lançado por Arsène Wenger a um quarto de hora do final de um jogo diante do Grimsby Town para a Taça da Liga em Highbury (2-0). Na ocasião, atuou ao lado de jogadores como Giovanni van Bronckhorst, Sylvain Wiltord ou Dennis Bergkamp.
 
Em 2002-03 foi utilizado pelo treinador francês em duas partidas, mais uma vez na Taça da Liga frente ao Sunderland (derrota por 2-3 em casa) e na Taça de Inglaterra diante do Oxford United (vitória por 2-0 em casa), tendo sido titular em ambas as ocasiões.
 
Na temporada seguinte, Sebastian Svärd começou por ser emprestado ao FC Copenhaga, mas após quatro meses com uma utilização aquém do desejado voltou a Inglaterra para ser cedido ao Stoke City, então a militar no Championship, tendo realizado uma boa segunda volta (14 jogos/1 golo).
 
 
Em 2004-05 começou a época a vencer um troféu pelo Arsenal, a Community Shield, uma espécie de supertaça de Inglaterra, ao entrar em campo nos derradeiros minutos da vitória sobre o Manchester United de Alex Ferguson em Cardiff (3-1). No entanto, logo a seguir foi emprestado ao Brondby, clube pelo qual venceu a dobradinha dinamarquesa em 2005.
 
Na temporada que se seguiu assinou por dois anos pelo Vitória de Guimarães, que na altura estava de regresso às competições europeias, tendo o Arsenal ficado com 50% do passe do jogador. “Escolhi vir para o Guimarães por indicação de um amigo e por considerar que o futebol português é mais tecnicista. Tenho boas indicações de Portugal. (…) Posso melhorar em alguns aspetos e terei mais possibilidades de chegar à seleção principal do meu país”, disse à chegada a Portugal.
 
O polivalente jogador nórdico até foi bastante utilizado por Jaime Pacheco e Vítor Pontes, tendo atuado em 35 jogos (33 a titular) em todas as provas e apontado um golo, num triunfo sobre o Benfica no Dom Afonso Henriques em março de 2006 (2-0). O que não estava no programa era a despromoção à II Liga.
 
 
Após a descida de divisão, o dinamarquês foi transferido para os alemães do Borussia Mönchengladbach, num negócio de 700 mil euros, com Arsenal e Vitória a arrecadarem 350 mil cada. Antes, chegou a falar-se também de um suposto interesse do Benfica.
 
Com algumas dificuldades para se impor na equipa germânica, só se conseguiu estrear na Bundesliga mais de meio ano após ter sido contratado, a 25 de fevereiro de 2007. Em três anos no clube apenas atuou em 29 partidas, tendo chegado a atuar pela equipa B nos campeonatos regionais antes de ser emprestado ao Hansa Rostock, da segunda divisão alemã.
 
Em janeiro de 2010 rescindiu com o Borussia Mönchengladbach e assinou a custo zero pelos neerlandeses do Roda, mas também foi pouco utilizado na Eredivisie, tendo atuado em somente 12 encontros ao longo de um ano e meio.
 
Com um declínio precoce, voltou à Dinamarca para representar o Silkeborg IF em 2011-12, jogou pelos suecos do Syrianska em 2013, esteve um mês nos ingleses do Wycombe Wanderers no final de 2013 e aventurou-se nos campeonatos de Tailândia (2014) e Islândia (2016) antes de pendurar as botas em 2016, aos 33 anos. Nunca chegou a tornar-se internacional A pela Dinamarca.
 








 

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