O dinamarquês oriundo do Arsenal que desceu de divisão em Guimarães. Quem se lembra de Sebastian Svärd?
Svärd disputou quatro jogos pelo Arsenal e 35 pelo Vitória SC
Possante (1,85 m) e polivalente
jogador dinamarquês com ascendência ganesa, era capaz de desempenhar as funções
de médio defensivo e de lateral direito e desde tenra idade que começou a
percorrer as seleções jovens da Dinamarca,
desde os sub-16 aos sub-21.
Em termos de clubes começou pelo
modesto Boldklubben 1908 (B 1908), de onde passou para o Kjøbenhavns Boldklub
(KB), equipa de reservas do FC Copenhaga. Em novembro de 2000 transferiu-se
para o Arsenal,
numa altura em que tinha apenas 17 anos. Na primeira época em Londres
venceu a FA Youth Cup, uma espécie de campeonato inglês de sub-18, tendo feito
a estreia pela equipa
principal a 27 de novembro de 2001, lançado por Arsène
Wenger a um quarto de hora do final de um jogo diante do Grimsby Town para
a Taça
da Liga em Highbury (2-0). Na ocasião, atuou ao lado de jogadores como Giovanni
van Bronckhorst, Sylvain Wiltord ou Dennis Bergkamp. Em 2002-03 foi utilizado pelo treinador
francês em duas partidas, mais uma vez na Taça da
Liga frente ao Sunderland (derrota por 2-3 em casa) e na Taça de Inglaterra
diante do Oxford United (vitória por 2-0 em casa), tendo sido titular em ambas
as ocasiões. Na temporada seguinte, Sebastian
Svärd começou por ser emprestado ao FC Copenhaga, mas após quatro meses com uma
utilização aquém do desejado voltou a Inglaterra para ser cedido ao Stoke
City, então a militar no Championship, tendo realizado uma boa segunda
volta (14 jogos/1 golo).
Em 2004-05 começou a época a
vencer um troféu pelo Arsenal,
a Community Shield, uma espécie de supertaça de Inglaterra, ao entrar em campo
nos derradeiros minutos da vitória sobre o Manchester
United de Alex
Ferguson em Cardiff (3-1). No entanto, logo a seguir foi emprestado ao
Brondby, clube pelo qual venceu a dobradinha dinamarquesa em 2005. Na temporada que se seguiu
assinou por dois anos pelo Vitória
de Guimarães, que na altura estava de regresso às competições europeias,
tendo o Arsenal
ficado com 50% do passe do jogador. “Escolhi vir para o Guimarães por indicação
de um amigo e por considerar que o futebol português é mais tecnicista. Tenho
boas indicações de Portugal. (…) Posso melhorar em alguns aspetos e terei mais
possibilidades de chegar à seleção
principal do meu país”, disse à chegada a Portugal. O polivalente jogador nórdico até
foi bastante utilizado por Jaime Pacheco e Vítor Pontes, tendo atuado em 35 jogos
(33 a titular) em todas as provas e apontado um golo, num triunfo sobre o Benfica
no Dom Afonso Henriques em março de 2006 (2-0). O que não estava no programa
era a despromoção à II
Liga.
Após a descida de divisão, o
dinamarquês foi transferido para os alemães do Borussia
Mönchengladbach, num negócio de 700 mil euros, com Arsenal
e Vitória
a arrecadarem 350 mil cada. Antes, chegou a falar-se também de um suposto
interesse do Benfica. Com algumas dificuldades para se impor
na equipa
germânica, só se conseguiu estrear na Bundesliga
mais de meio ano após ter sido contratado, a 25 de fevereiro de 2007. Em três
anos no clube apenas atuou em 29 partidas, tendo chegado a atuar pela equipa B
nos campeonatos regionais antes de ser emprestado ao Hansa Rostock, da segunda
divisão alemã. Em janeiro de 2010 rescindiu com
o Borussia
Mönchengladbach e assinou a custo zero pelos neerlandeses do Roda, mas
também foi pouco utilizado na Eredivisie,
tendo atuado em somente 12 encontros ao longo de um ano e meio. Com um declínio precoce, voltou à
Dinamarca para representar o Silkeborg IF em 2011-12, jogou pelos suecos do Syrianska
em 2013, esteve um mês nos ingleses do Wycombe Wanderers no final de 2013 e
aventurou-se nos campeonatos de Tailândia (2014) e Islândia (2016) antes de pendurar
as botas em 2016, aos 33 anos. Nunca chegou a tornar-se internacional A pela Dinamarca.
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