“Foi um dia inesquecível.
Lembro-me que o Vitória
de Setúbal nos tinha ganho por muitos no campeonato [1-8 no Bonfim].
Repito, naquela altura o Sp.
Braga era uma equipa pequena. Mas conseguiu ganhar esse jogo e é um imenso
orgulho para mim estar na história do Sp.
Braga”, recordou ao Maisfutebol
em abril de 2012. “O meu golo foi um grande passe do Estevão, o adversário era
um pouco lento e quando saiu o Félix Mourinho, foi a cobrar. Foi o golo mais
belo do mundo! Mas não foi o Perrichon que deu a Taça
ao Sp.
Braga, foram 11 irmãos”, explicou ao mesmo
portal em maio de 2015. Esse golo já seria mais
suficiente para elevar este atacante sul-americano ao estatuto de herói, mas há
mais: marcou o golo que eliminou o Sporting
no jogo de desempate nas meias-finais e antes havia faturado na goleada por 4-1
ao Benfica
na primeira-mão dos quartos de final e somado um total de quatro remates
certeiros no duplo confronto com o Lusitânia
dos Açores nos oitavos de final. Argentino de Córdoba que havia
representado Talleres, Olimpo e Sporting Punta Alta no seu país, chegou a
Portugal em 1964, na altura para o Boavista,
então na II Divisão. No ano seguinte rumou à Cidade dos Arcebispos, onde deixou
uma marca. Entre 1965 e 1967 amealhou 37 remates certeiros em 67 encontros
oficiais, oito dos quais na caminhada vitoriosa dos bracarenses
na Taça
de Portugal em 1965-66 e três na Taça das Taças na época seguinte, naquela
que foi a estreia do clube nas provas da UEFA.
Depois partiu para o México,
voltou ao Boavista
em 1971-72, passou pelo União
de Coimbra e experimentou o futebol canadiano antes de regressar ao Sp.
Braga em 1973-74 para jogar na II Divisão Nacional, tendo faturado por 13
vezes em 22 partidas oficiais. Após essa segunda passagem pelo emblema
minhoto foi despedir-se dos relvados nos Estados Unidos. Em 2015 dedicava-se ao ramo da
restauração na cidade de Irapuato, no México, a cerca de 700 quilómetros da
capital daquele país.
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