quarta-feira, 12 de março de 2025

Hoje faz anos o grego que foi bicampeão e marcou 52 golos em dois anos no Benfica. Quem se lembra de Mitroglou?

Mitroglou venceu dois campeonatos pelo Benfica
Esteve à beira de reforçar o Sporting no verão de 2015, mas o Benfica desviou-o para o Estádio da Luz e fez dele uma das figuras das equipas do bicampeonato de Rui Vitória (2015-16 e 2016-17). Marcou 52 golos em 88 jogos de águia ao peito ao longo de duas épocas, tendo concluído ambas no pódio dos goleadores da I Liga.
 
Também mostrou apetência para faturar em encontros decisivos. Foi dele, por exemplo, o golo da vitória sobre o Sporting em Alvalade que valeu a subida à liderança do campeonato, num encontro marcado por um falhanço incrível de Bryan Ruiz, em março de 2016. Dois meses e meio depois bisou no triunfo sobre o Marítimo na final da Taça da Liga (6-2). Ao lado de Jonas, formou uma das melhores duplas de ataque do Benfica neste século.
 
Konstantinos Mitroglou nasceu em Krinides, na região grega de Kavala, mas emigrou com os pais para a Alemanha quando ainda era criança. Enquanto futebolista cresceu também no futebol alemão, nomeadamente nas camadas jovens do Duisburgo e do Borussia Mönchengladbach, mas nunca cortou o cordão umbilical que o ligava à Grécia, tendo representado as seleções jovens helénicas.
 
 
Após brilhar no Europeu de sub-19 em 2007, no qual foi melhor marcador (três golos) e a seleção grega vice-campeã, assinou pelo Olympiacos. Os primeiros anos no Pireu não foram fáceis, ao ponto de ter chegado a estar emprestado a Panionios e Atromitos, apesar de se ter tornado internacional A pela Grécia em 2009 e de ter sido convocado pelo selecionador Fernando Santos para o Euro 2012. Ao serviço do Atromitos, em 2011-12, foi mesmo eleito melhor jogador do campeonato grego, muito por culpa dos 17 golos que apontou.
 
 
No entanto, explodiu no Olympiacos após as cedências, tendo beneficiado com a chegada de Leonardo Jardim para o comando técnico em 2012-13.
 
 
Após 17 golos em 19 jogos em todas as competições na primeira metade da época seguinte, e depois de se ter tornado no primeiro jogador a marcar dois hat-tricks consecutivos na liga grega e no primeiro grego a apontar um hat-trick na Liga dos Campeões, já com o espanhol Míchel como treinador, assinou por quatro anos e meio pelos ingleses do Fulham a 31 de janeiro de 2014, numa transferência que rendeu 15,2 milhões de euros ao Olympiacos.
 
 
Embora se tratasse, na altura, do jogador mais caro da história dos londrinos, Mitroglou desiludiu em Craven Cottage, tendo sofrido vários problemas físicas que o impediram de disputar mais de dois jogos na Premier League na segunda metade de 2013-14, época em que o Fulham desceu de divisão. Ainda assim, foi convocado por Fernando Santos para o Mundial 2014, disputado no Brasil, tendo ajudado a Grécia a atingir os oitavos de final.
 
À procura de relançar a carreira, regressou ao Olympiacos em 2014-15, por empréstimo do Fulham, conquistando nessa época o seu sexto campeonato grego (depois de 2007-08, 2008-09, 2010-11, 2012-13 e 2013-14) e a sua quarta Taça da Grécia (após as de 2007-08, 2008-09 e 2012-13). Também voltou a exibir veia goleadora, com 19 remates certeiros em 34 jogos em todas as competições.
 
 
No verão de 2015 voltou a colocar-se em cima da mesa uma mudança de ares. O Sporting era um dos principais interessados, mas não chegou aos valores pretendidos pelo Fulham. Acabou por ser o Benfica, que havia acabado de perder Lima, a recrutá-lo, através de um empréstimo que contemplava uma cláusula de opção de compra de sete milhões de euros, cláusula essa que acabou por ser exercida um ano depois.
 
 
Após 52 golos e a conquista de dois campeonatos (2015-16 e 2016-17), uma Taça da Liga (2015-16), uma Supertaça Cândido de Oliveira (2016) e uma Taça de Portugal (2016-17), transferiu-se para o Marselha no verão de 2017, num negócio em que o Benfica conseguiu arrecadar mais do dobro do dinheiro que havia investido no avançado grego: 15 milhões de euros.
 
A transferência para o emblema francês deu, porém, o pontapé de saída na curva descendente de Mitroglou, apesar de ainda ter apontado 13 golos em 30 jogos em 2017-18. A partir daí, muito fustigado por problemas físicos, viveu épocas penosas no próprio Marselha, nos turcos do Galatasaray, nos neerlandeses do PSV e nos gregos do Aris.
 
 
Depois de seis meses afastado dos relvados, assinou em janeiro de 2023 pelo SpVgg Rheurdt-Schaephuysen, um clube do nono (!) escalão do futebol alemão, anunciando nessa altura um ponto final na sua carreira de futebolista profissional, aos 34 anos. Meio ano reforçou o SV Scherpenberg, da sexta divisão germânica.







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