sábado, 19 de setembro de 2020

Os seis futebolistas com mais jogos no Campeonato de Portugal

Campeonato de Portugal vai para a 9.ª edição em 2021-22
Implementado em 2013-14, o Campeonato de Portugal colocou um ponto final ao modelo que então vigorava imediatamente abaixo das ligas profissionais, surgindo como uma espécie de fusão entre as extintas II Divisão B e III Divisão que funciona como patamar intermédio entre a II Liga e as competições distritais.

Organizado pela Federação Portuguesa de Futebol, o inicialmente designado por Campeonato Nacional de Seniores terá em 2021-22 a sua 9.ª edição. Ao longo de quase uma década, a competição foi disputada por mais de oito mil jogadores que atuaram por um total de 195 clubes. Destes, seis sagraram-se campeões: Mafra (2014-15 e 2017-18), Freamunde (2013-14), Cova da Piedade (2015-16), Real SC (2016-17), Casa Pia (2018-19) e Trofense (2020-21).

Numa altura em que mais uma temporada  do Campeonato de Portugal está prestes a iniciar, vale a pena recordar os seis jogadores com mais jogos na competição.


6. João Peixoto (220 jogos)

João Peixoto
Médio de características defensivas natural do distrito de Setúbal, mudou-se para os Açores em 2011, quando foi jogar para o Operário Lagoa, clube pelo qual se estreou no então designado por Campeonato Nacional de Seniores em 2013-14.
Em três anos ao serviço do clube da ilha de São Miguel no então recém-reformulado terceiro escalão acumulou um total de 88 jogos (todos a titular) e apontou 24 golos, contribuindo para o apuramento para a fase de promoção em 2014-15.
Em 2016 transferiu-se para o Praiense, da ilha Terceira, tendo atuado em 112 partidas e somado 27 remates certeiros ao longo de quatro temporadas, ajudando a formação de Praia da Vitória a chegar à fase de promoção em 2016-17 e 2018-19.
“Passar do continente para uma ilha é diferente. A verdade é que nos primeiros dois meses tive dificuldades e queria voltar para casa, mas a partir daí assim que me adaptei ao clube e à ilha, não quis sair de lá. Apesar de ter propostas de clubes superiores nunca quis sair porque também queria estabilizar a minha vida e carreira. Tive cinco anos fantásticos no Operário. Depois surgiu o Praiense que me apresentou talvez a melhor proposta a nível monetário enquanto sénior e o projeto em si era ambicioso. Foi isso que me fez mudar”, confessou em setembro de 2017, em entrevista ao portal Ambidestro.
No verão de 2020 mudou de clube na ilha, passando a representar o Fontinhas, tendo atuado em 20 partidas (19 a titular) e apontado cinco golos. Em 2021-22 continuará a vestir a camisola dos rubro-negros.



5. Manuel Pedro (221 jogos)

Manuel Pedro
Mais um jogador com grande margem para progredir neste ranking, uma vez que vai entrar em 2021-22 com apenas 27 anos.
Defesa central e formado no Vitória de Guimarães tal como Vítor Pinto, representou o Lixa na época de estreia do então designado por Campeonato Nacional de Seniores, tendo atuado em 29 jogos (todos a titular).
Nas três temporadas seguintes esteve ao serviço da AD Oliveirense, ainda que pelo meio tivesse estado vinculado ao Desportivo das Aves. Nesse período participou em 86 partidas e marcou um golo no campeonato, contribuindo para o apuramento para a fase de promoção em 2016-17.
Em 2017 transferiu-se para o São Martinho, clube que representou até ao verão de 2021. Em quatro anos no emblema de São Martinho do Campo, concelho de Santo Tirso, atuou em 106 partidas (todas a titular) e apontou quatro golos, ajudando os verde e brancos a assegurarem sempre a permanência.



4. Fábio Santos (225 jogos)

Fábio Santos
Defesa polivalente, capaz de atuar no eixo defensivo e no lado direito da defesa, vinha a fazer carreira em clubes da região oeste, nomeadamente Lourinhanense e Torreense, mas foi ao serviço do Fátima que jogou na edição inaugural do então designado por Campeonato Nacional de Seniores, tendo atuado em 28 jogos (27 a titular) e ajudado a assegurar a permanência.
Em 2014-15 foi companheiro de equipa de Ragner no Benfica Castelo Branco, contribuindo para o apuramento para a fase de promoção com dois golos em 31 partidas (todas a titular).
Depois voltou ao Torreense, tendo atuado em 124 encontros (todos a titular) e apontado sete golos no Campeonato de Portugal entre 2015 e 2019, ajudando o emblema de Torres Vedras a chegar à fase de promoção e aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2016-17.
Em 2019-20 começou a época no Marinhense, mas ao fim de 18 jogos (todos a titular) no campeonato e uma bonita caminhada até aos oitavos de fina da Taça de Portugal trocou a formação de Marinha Grande pelo Amora, tendo atuado em cinco partidas (sempre a titular) pelos amorenses até à paragem das competições devido à pandemia de covid-19.
Já a temporada seguinte foi dividida entre Loures (sete jogos e um golo) e Olímpico Montijo (12 partidas).
Em 2021-22 está a jogar na recém-criada Liga 3 ao serviço do Cova da Piedade SAD.



Luís Paulo

3. Luís Paulo (225 jogos)

Disputou 225 jogos tal como Fábio Santos, mas amealhou mais amealhou mais 152 minutos em campo – 20 190 contra 20 038 –, até porque é guarda-redes.
Depois de um longo trajeto no Bombarralense, na III Divisão e nos distritais da AF Leiria, e de uma passagem de uma época na Associação Murteirense, reforçou o Caldas no verão de 2012, quando o clube se encontrava na III Divisão, e ainda por lá anda, aos 32 anos.
Em 225 partidas na baliza dos pelicanos (todas a titular) sofreu 215 golos no Campeonato de Portugal, tendo atingido a fase de promoção em 2014-15 e participado na brilhante caminhada até às meias-finais da Taça de Portugal três épocas depois.
Em 2021-22 já não estará a jogar no Campeonato de Portugal, uma vez que está a representar a formação da região Oeste na recém-criada Liga 3.



2. Ragner (229 jogos)

Ragner
Médio brasileiro esquerdino há muito radicado na zona do Ribatejo, jogou pelo Alcanenense na época de estreia do Campeonato de Portugal, tendo atuado em 30 jogos (28 a titular) e apontado quatro golos, ajudando a formação de Alcanena a assegurar a permanência.
Em 2014-15 representou o Benfica Castelo Branco, contribuindo para o apuramento para a fase de promoção com um golo em 30 partidas (25 a titular).
Apesar do estatuto que tinha num candidato à subida, voltou ao Alcanenense para somar mais 53 encontros (52 a titular) e marcar seis golos durante duas épocas, ajudando os ribatejanos a garantir a manutenção em ambas as temporadas.
No verão de 2017 transferiu-se para o Vilafranquense. Quase sempre titular, participou em 33 jogos (29 a titular) na época de estreia no Cevadeiro e apontou dois golos, contribuindo para o apuramento para o playoff de promoção. Na temporada seguinte esteve em 37 encontros e amealhou três remates certeiros, entre os quais um de penálti na fase final, na receção ao Vizela, ajudando os ribatejanos a subir à II Liga.
Após dois anos em Vila Franca de Xira rumou aos açorianos do Praiense, pelos quais atuou em 23 jogos (todos a titular), contribuindo para o primeiro lugar na Série C até à interrupção do campeonato devido à pandemia de covid-19.
Em 2020-21 vestiu a camisola do Torreense em 23 ocasiões (20 a titular) e apontou três golos na competição, ajudando a qualificar o emblema da região Oeste para a recém-criada Liga 3, competição em que está a jogar na nova época, mas ao serviço da União de Leiria.



1. Thomas Militão (235 jogos)

Thomas Militão
Em primeiro lugar nesta lista está um homem de um só clube e que, aos 29 anos, vai bem a tempo de reforçar o recorde e torna-lo ainda mais difícil de bater, embora esteja presentemente a jogar num escalão acima.
Embora tenha nascido em Cormeilles en Parisis, no norte de França, vive em Portugal desde tenra idade e está ligado ao Caldas desde a longínqua temporada 2001-02, quando atuava nas escolinhas – categoria atualmente designada por benjamins.
Desde 2011-12 de forma efetiva na equipa principal, estreou-se com uma descida à III Divisão, mas na época seguinte ajudou os pelicanos a assegurarem uma vaga no então designado por Campeonato de Portugal.
Desde então que este defesa central/lateral direito somou 235 jogos (todos a titular) e oito golos na competição, sempre ao serviço da equipa do Campo da Mata, palco onde continuará a jogar em 2021-22, mas na Liga 3.
“Nas camadas jovens estive quase a ir para a União de Leiria, mas acabei por recusar. Nunca foi nada certo. Para trocar o Caldas tem de ser por um clube que tenha objetivos superiores. Sempre me senti muito feliz e agora nem tenho palavras”, explicou ao Record em fevereiro de 2018.


atualizado a 27 de agosto de 2021









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