Holanda venceu o seu único Campeonato da Europa em 1988
A oitava edição do Campeonato da
Europa foi pintada em tons de laranja. A Holanda
de Ronald Koeman, Frank Rijkaard, Ruud Gullit e Marco Van Basten conquistou o
título, dando a entender desde a fase de qualificação que estava destinada a
chegar longe, tendo vencido tranquilamente o grupo no qual também estavam
integradas Grécia,
Hungria,
Polónia
e Chipre.
A detentora do troféu, França,
não conseguiu apurar-se para a fase final, tal como Portugal,
que ficou atrás de Itália
e da Suécia
na fase de qualificação. A República
Federal da Alemanha apresentou-se pela última vez num Europeu antes da
reunificação do país, ao passo que a União
Soviética competiu pela derradeira ocasião num Campeonato da Europa antes
da dissolução em 15 países em 1991. Mas as coisas no torneio
realizado na Alemanha Ocidental até nem começaram por correr bem à Holanda.
No jogo de estreia da fase final, em Colónia, a seleção
comandada por Rinus Michels foi derrotada pela União
Soviética graças a um golo solitário de Rats aos 54 minutos, apontado numa
altura em que Marco Van Basten ainda estava no banco holandês.
No encontro seguinte, diante de Inglaterra,
em Dusseldorf, Rinus Michels colocou Van Basten no onze titular e o ponta de
lança respondeu com um hat trick (44, 72 e 76 minutos). Pelo meio, Bryan
Robson apontou o tento de honra inglês,
que na altura empatou o jogo (54’).
Na derradeira jornada da fase de
grupos, a Holanda
mediu forças com a surpreendente República
da Irlanda, que havia batido Inglaterra
e empatado diante da União
Soviética. Um empate em Gelsenkirchen diante dos holandeses
bastava aos irlandeses
para seguir em frente juntamente com os soviéticos,
mas a Irlanda
até esteve perto de vencer o jogo, quando Aldridge acertou no poste aos 54
minutos. Porém, ao 84’ Kieft marcou, em posição de fora de jogo, o golo que
apurou a laranja
mecânica para as meias-finais.
Na primeira meia-final, em
Hamburgo, houve um clássico do futebol europeu e mundial: República
Federal da Alemanha-Holanda.
E os anfitriões
até começaram melhor, com Matthäus
a inaugurar o marcador aos 55 minutos, na conversão de uma grande penalidade.
Contudo, Koeman empatou aos 74’, também de penálti, ao passo que Van Basten
apontou o golo decisivo ao cair do pano (89’).
Na outra meia-final, a União
Soviética bateu Itália
em Estugarda (2-0) e agendou reencontro com a Holanda
na final disputada no Estádio Olímpico de Munique. Ao contrário do que havia
acontecido na primeira jornada da fase de grupos, a Holanda
levou a melhor. Perante uma desfalcada seleção
soviética, sem o castigado Kuznetsov nem o lesionado Bessonov, a laranja
mecânica inaugurou o marcado aos 33 minutos, por Gullit. Van Basten, que
havia feito a assistência para o 1-0, sentenciou o resultado aos 54’ com um dos
melhores golos da história dos Europeus: um remate de primeira a meio do ar, de
ângulo muito difícil. Depois Belanov ainda acertou no poste (56’) e falhou um penálti
(58’).
Os campeões
Guarda-redes: Hans van
Breukelen (PSV)
e Joop Hiele (Feyenoord) Defesas: Adri van Tiggelen
(Anderlecht), Sjaak Troost (Feyenoord),
Ronald Koeman e Berry van Aerle (ambos PSV),
Wim Koevermans (Fortuna Sittard), Frank Rijkaard (Saragoça)
e Wilbert Suvrijn (Roda) Médios: Aron Winter, Arnold
Mühren, Jan Wouters e John van 't Schip (todos Ajax),
Gerald Vanenburg (PSV),
Erwin Koeman (Malines) e Hendrie Krüzen (Den Bosch) Avançados: John Bosman (Ajax),
Ruud Gullit e Marco van Basten (ambos AC
Milan) e Wim Kieft (PSV) Selecionador: Rinus
Michels
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