terça-feira, 8 de abril de 2025

Morreu Aurélio Pereira, o caça-talentos do Sporting que descobriu Futre, Figo e Cristiano Ronaldo

Aurélio Pereira entrou pela primeira vez para o Sporting em 1963
Aurélio Pereira foi tudo no Sporting, o seu clube do coração, e deu-lhe quase tudo, ao descobrir os melhores talentos futebolísticos, alguns à escala mundial, como Cristiano Ronaldo, Luís Figo e Paulo Futre.
 
Morreu esta terça-feira, aos 77 anos, mais uma vez e como sempre, longe da ribalta, mas com muitas estrelas, por si identificadas, a eternizarem o seu legado na formação do clube leonino.
 
Nasceu a 1 de outubro de 1947, em Alfama, e viveu no Beco dos Paus, em Lisboa, até a família se mudar para o vizinho concelho da Amadora e para a Venda Nova.
 
Apesar de ter estado sempre presente na sua vida, a relação com o Sporting oficializou-se em agosto de 1963, quando ficou nas captações do clube, graças à sua elevada estatura – que contrariou ao implementar a máxima de que “o talento não tem tamanho”.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

"Se dissesse aos jogadores que o sol era verde, eles acreditariam". Como Eriksson guiou o Benfica à final da Taça UEFA em 1982-83

Benfica não conseguiu bater Anderlecht no Estádio da Luz
Para Sven-Göran Eriksson não houve ano zero no Benfica. Não houve frases feitas como “confiar no processo”. Não houve desculpas. Foi chegar, ver e vencer. As águias começaram o campeonato com onze vitórias nas primeiras onze jornadas e desde cedo que encaminharam a conquista do título nacional, ao mesmo tempo que superavam eliminatórias na Taça de Portugal e na Taça UEFA.
 
A caminhada prova internacional iniciou-se em setembro de 1982 com um duplo confronto ibérico diante do Betis, que contava com algumas das maiores figuras da sua história, como José Ramón Esnaola, Rafael Gordillo e Julio Cardeñosa. Nada que intimidasse as águias, que aplicaram um duplo 2-1.

Para muitos o melhor ciclista português de sempre. Quem se lembra de Joaquim Agostinho?

Joaquim Agostinho foi ao pódio no Tour e na Vuelta nos anos 1970
Os anos passam-se e as proezas de novos valores lusos sucedem-se, mas Joaquim Agostinho continua ainda a ser considerado, por muitos, o melhor ciclista português de todos os tempos. Além de três vitórias finais na Volta a Portugal (1970, 1971 e 1972), o atleta nascido a 7 de abril de 1943 em Torres Vedras averbou ainda um segundo lugar na Volta a Espanha (1974) e dois terceiros lugares no Tour de France (1978 e 1979).
 
Após ter regressado de África, onde cumpriu serviço militar, começou a dar nas vistas em provas populares na região Oeste, e foi lá que o Sporting o recrutou em 1968, numa altura em que tinha já 25 anos.

Apesar do começo tardio, evoluiu e destacou-se rapidamente. Logo no ano de estreia de leão ao peito sagrou-se campeão regional e nacional de amadores-juniores, ajudando também o Sporting a vencer esses títulos coletivamente; concluiu a sua primeira Volta a Portugal num sensacional segundo lugar; e foi selecionado para representar Portugal no Campeonato Mundial de Estrada, disputado em Imola, Itália, conseguindo na altura a melhor classificação lusa de sempre, o 16.º lugar.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Como Eriksson e Pinto da Costa impediram que o presidente do Benfica se livrasse de Eusébio

Pinto da Costa e Eriksson solidários com Eusébio
Quando chegou ao Benfica no verão de 1982, Sven-Göran Eriksson simpatizou rapidamente com o clube e tudo o que o rodeava, assim como “a vida em Portugal”. Alojou-se em Cascais ao lado da casa do empresário sueco que o levou para a Luz, Börje Lantz, ganhava bem e tinha “uma bola relação com Fernando Martins”, presidente dos encarnados e proprietário de vários hotéis.
 
Mas havia uma pessoa que Eriksson já admirava antes de chegar a Lisboa com quem teve a oportunidade de se relacionar: Eusébio. “Quando era adolescente, vi esses jogos [das grandes campanhas na Taça dos Campeões Europeus] pela televisão, em Torsby, com o meu pai. Nesse tempo, a grande questão era – quem é melhor, Eusébio ou Pelé? As pessoas discutiam o assunto como hoje discutem Messi e Ronaldo”, contou no livro autobiográfico Sven – A Minha História, publicado em 2013.
 
Quando Eriksson chegou ao Benfica, Eusébio era um embaixador do clube, o que para a direção das águias era… um fardo. “Fernando Martins queria que ele saísse do Benfica. Fiquei chocado. Verem-se livres de Eusébio. Impossível! Pelo contrário”, recordou o sueco.

A minha primeira memória de… um jogo entre Barreirense e Amora

Barreirense e Amora defrontaram-se no Alfredo da Silva
Já não me lembro do motivo, mas a 2 de outubro de 2004, ainda com Estádio Dom Manuel de Mello de pé, o Barreirense recebeu o Amora na casa do vizinho e rival Fabril, o Estádio Alfredo da Silva. Como parte do acordo, os sócios fabrilistas podiam assistir ao jogo gratuitamente, e lembro-me que eu e o meu pai aproveitámos a oportunidade, até porque naquela altura devorávamos tudo o que eram encontros de futebol das principais equipas do Barreiro.
 
Recordo-me vagamente de ter assistido ao encontro ou pelo menos a parte dele junto à zona do bar, entre a central poente, destinada aos sócios da equipa da casa, e o topo sul. Também me lembro de uma escaramuça entre adeptos e do resultado ser um empate a um golo, mas sem a ajuda da Internet já não conseguia precisar quem havia marcado primeiro e em que temporada tinha sido o jogo. Até julgava que havia sido em 2006-07. Mas não. Foi em 2004-05, uma época de boa memória para o Barreirense, marcada pela subida à II Liga.

O internacional irlandês que não foi além de dois jogos pelo Sporting. Quem se lembra de Mahon?

Alan Mahon esteve no Sporting na temporada 2000-01
Médio irlandês canhoto e que habitualmente jogava na ala esquerda, como era habitual nos 4x4x2 tipicamente britânicos, nasceu e cresceu em Dublin, mas quando tinha 15 anos mudou-se para Inglaterra, ingressando nas camadas jovens do Tranmere Rovers em 1993.
 
Em 1995 transitou para a equipa principal e nos cinco anos que se seguiram amealhou 144 jogos e 14 golos pelo clube, que durante esse período militou sempre no Championship, o segundo escalão do futebol inglês.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Um dos Cinco Violinos e atleta de eleição. Quem viu jogar Jesus Correia?

Extremo somou 159 golos em 208 jogos pelo Sporting entre 1943 e 1952
Era conhecido pelo “dois amores”, por ser um atleta de eleição tanto em futebol como em hóquei em patins, ao ponto de ter representado as seleções nacionais de ambas as modalidades.
 
Nascido em Paço de Arcos, no concelho de Oeiras, fez toda a carreira de hóquei no clube local, o Clube Desportivo de Paço de Arcos, tendo sido várias vezes campeão nacional e somado inúmeras internacionalizações, títulos europeus e mundiais.
 
No que concerne ao futebol, foi o extremo direito da célebre linha atacante do Sporting que ficou conhecida como os Cinco Violinos – juntamente com Peyroteo, Travassos, Albano e Vasques –, tendo conquistado sete campeonatos nacionais (1943-44, 1946-47, 1947-48, 1948-49, 1950-51, 1951-52 e 1952-53), duas Taças de Portugal (1944-45 e 1947-48) e dois campeonatos de Lisboa (1944-45 e 1946-47) ao longo de nove anos de leão ao peito, entre 1943 e 1952. Nesse período apontou 159 golos em 208 jogos oficiais, números incríveis para quem não era um ponta de lança. “Consideramo-lo o mais assombroso dos extremos da tática moderna: velocidade incontrolada e rematador inigualável”, escreveu um dia sobre ele Cândido de Oliveira.

Velha glória do Mineiro Aljustrelense e tio de Ana Capeta. Quem conhece Carlos Capeta?

Carlos Capeta esteve 15 épocas (não seguidas) no Aljustrelense
Extremo talentoso e aguerrido natural de Aljustrel, deu os primeiros passos no futebol na equipa de iniciados do clube local, o popular Mineiro Aljustrelense, tendo transitado para sénior em 1984-85, na altura para jogar na III Divisão Nacional.
 
No total, jogou pela equipa principal do emblema tricolor ao longo de 15 épocas não consecutivas entre 1984 e 2004, tornando-se um dos jogadores com mais jogos na história do clube. Pelo meio, vestiu as camisolas de Castrense (1986-87 e 1995-96), Ourique (1991 a 1993) e Sporting Ferreirense (2000-01).
 
Ainda ao serviço do clube da vila mineira conquistou três campeonatos distritais da AF Beja, em 1989-90, 1998-99 e 2003-04, e disputou a III Divisão Nacional em seis temporadas.

quarta-feira, 2 de abril de 2025

A problemática promessa portuguesa com alcunha de craque espanhol. Quem se lembra de Bakero?

Internacional jovem português jogou na União de Leiria e no Sevilha
Chama-se Orlando José Lemos Martins, mas no mundo do futebol todos o conhecem por “Bakero”. Lateral/extremo de baixa estatura (1,66 m) nascido em Felgueiras e formado no Futebol Clube de Felgueiras, tinha 16 anos quando assim foi apelidado por Jacinto João, na altura treinador dos guarda-redes, que também batizou o também jogador felgueirense e primo de Orlando, Frederico, de “Zamorano” – este em alusão ao antigo avançado chileno do Real Madrid.
 
Embora orgulhoso do nome que os pais lhe deram, a alcunha pegou. “Já não há hipótese. Se me chamarem Orlando num treino ou num jogo, já nem olho. Só em casa”, confidenciou ao Record em junho de 1999, no início de um verão quente para o jogador. Mas já lá vamos…

O “novo Paulo Sousa” formado no Benfica e infeliz no Sporting. Quem se lembra de Bruno Caires?

Bruno Caires disputou 51 jogos pelo Benfica e dois pelo Sporting
Jogava como médio mais recuado, mas destacava-se pela qualidade técnica e de passe, o que, associado à farta cabeleira e a um percurso formativo feito no Benfica, cedo lhe valeu comparações a Paulo Sousa.
 
Desde tenra idade ligado às águias – depois de ter começado a jogar futebol no Amora – e chamado às seleções jovens nacionais, somou 52 internacionalizações desde os sub-15 à seleção B. De quinas ao peito venceu os Jogos Olímpicos da Juventude Europeia (sub-15) em 1991 e o Campeonato da Europa de sub-18 em 1994, tendo ainda marcado presença no Europeu de sub-16 em 1992, no Mundial de sub-20 em 1995 e no Torneio de Toulon e nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996.

terça-feira, 1 de abril de 2025

O internacional russo nascido na Ucrânia que não foi feliz no Benfica. Quem se lembra de Karyaka?

Karyaka somou 17 jogos e três golos pelo Benfica entre 2005 e 2007
Antes de chegar ao Benfica, fez capas de jornais. Depois de chegar, não mais voltou às manchetes, a não ser por problemas disciplinares. Jogador importante para a seleção russa, 27 vezes internacional e utilizado nos três jogos que o conjunto de leste fez no Euro 2004, começou a ser noticiado como possível reforço encarnado logo após esse Campeonato da Europa disputado em Portugal, mas a transferência só se concretizou um ano depois.
 
“O Benfica é um clube de categoria e coloca sempre alta a fasquia. Por lá passaram jogadores que muito respeito. E tem Ronald Koeman, treinador que me motiva, e com quem vou ter, seguramente, grande satisfação em trabalhar”, afirmou ao jornal A Bola em junho de 2005.

Foi há 25 anos o golo não validado de Clayton num Benfica-FC Porto que fez a RTP usar imagens virtuais

RTP provou que a bola entrou na baliza de Bossio
1 de abril de 2000, clássico entre Benfica e FC Porto no antigo Estádio da Luz na reta final de um campeonato que estava ao rubro. Os dragões orientados por Fernando Santos, que procuravam o hexacampeonato, entravam para a 28.ª jornada a um ponto do líder Sporting e com seis pontos de vantagem sobre as águias de Jupp Heynckes, que ainda não haviam atirado a toalha ao chão. Os leões comandados por Augusto Inácio eram espetadores particularmente interessados no jogo, com a agravante de não conquistarem o título há 18 anos.
 
Logo aos oito minutos, aconteceu um dos momentos cruciais da partida. Clayton tentou a sorte de canto direto, mas o guarda-redes benfiquista Carlos Bossio intercetou a bola… já dentro da baliza, o que não foi vislumbrado pela equipa de arbitragem liderada pelo portuense Martins dos Santos, que tinha como elemento melhor colocado o árbitro assistente Paulo Januário. Alguns jogadores do FC Porto ainda esboçaram um ligeiro protesto, reclamando golo, mas não lhes foi dada razão, pelo que o encontro prosseguiu.

segunda-feira, 31 de março de 2025

O homem do charuto, 18 demissões e Toni em vez de Caiado. Assim foi a chegada de Eriksson ao Benfica

Eriksson simpatizou com Toni e juntos construíram o plantel do Benfica
Sven-Göran Eriksson era um jovem treinador de 34 anos que nunca tinha trabalhado fora da Suécia quando foi confrontado com o interesse do Benfica. Quem lhe falou disso foi Börje Lantz, o primeiro empresário sueco, que tinha como alcunhas “Senhor Dez Por Cento” ou “O Homem do Charuto”, porque estava sempre a mastigar um havano.
 
Lantz meteu-se em problemas fiscais na Suécia e veio viver para Portugal, tendo entrado em contacto com o técnico através Bo Rudenmark, um banqueiro que era adepto do Gotemburgo, clube que Eriksson dirigia na altura. Börje disse-lhe que o Benfica procurava um treinador e se mostrara curioso sobre o jovem sueco que estava a ter sucesso com o Gotemburgo, apurado para a final da Taça UEFA de 1981-82, diante do Hamburgo, após ter eliminado FC Haka, Sturm Graz, Dínamo Bucareste, Valencia e Kaiserslautern.
 
Embora existisse uma cláusula no contrato do treinador que lhe permitia sair se houvesse uma oferta do estrangeiro, assim como vários contactos entre ele e Börje, nada ficou decidido antes dos jogos decisivos da prova europeia. “Assegura-te de que ganhas a Taça UEFA primeiro”, limitou-se a dizer o empresário, citado no livro autobiográfico Sven – A Minha História, publicado em 2013.

O internacional sub-21 e B português que jogou no Arsenal. Quem se lembra de Amaury Bischoff?

Amaury Bischoff disputou quatro jogos pela equipa principal do Arsenal
Um daqueles casos de jogadores dos quais só ouvimos falar e percebemos que têm nacionalidade portuguesa quando são convocados para as seleções lusas.
 
Médio de características ofensivas nascido em Colmar, no nordeste de França, bem perto da fronteira com a Alemanha, Amaury Armindo Bischoff é filho de pai francês e mãe portuguesa e fez todo o seu percurso formativo fora de Portugal e chegou a ser internacional sub-18 gaulês.
 
Começou a jogar futebol no SR Colmar, passou pelas camadas jovens do Estrasburgo e, aos 18 anos, mudou-se para a Alemanha para assinar pelo Werder Bremen, que pagou 300 mil euros pelo seu passe, mas entre 2005 e 2008 praticamente só jogou pela equipa secundária do emblema germânico. Pela equipa principal só disputou um jogo, a 14 de março de 2007, tendo entrado aos 74 minutos para o lugar de Diego numa vitória caseira sobre o Celta de Vigo para a Taça UEFA (2-0). Pouco tempo depois, em maio, foi chamado a integrar pela primeira vez os trabalhos de uma jovem seleção portuguesa, no caso a de sub-20.

sexta-feira, 28 de março de 2025

Os 5 jogadores com mais cartões amarelos na história da I Liga portuguesa

Três jogadores viram mais de 100 cartões amarelos na I Divisão
Em 91 edições do campeonato da I Divisão portuguesa, mais de 5400 jogadores viram pelo menos um cartão amarelo, mais de metade dos quase 10 500 que já jogaram no primeiro escalão do futebol luso.
 
Destes, três foram admoestados em mais de 100 ocasiões, todos já retirados, e um total de 13 foram amarelados por 90 ou mais vezes, sendo que desses, apenas um está no ativo, o médio David Simão, que atua no Arouca e contabiliza 94 amarelos, mas que esta época já não vai sair do 7.º lugar do ranking porque está a recuperar de uma lesão grave.
 
Saiba aqui quais são os cinco futebolistas com mais cartões amarelos na história da I Liga.

quinta-feira, 27 de março de 2025

O bom gigante que garantiu o 3.º lugar de Portugal no Mundial 1966. Quem se lembra de José Torres?

Torres brilhou ao serviço de Benfica, Portugal e Vitória FC
Um gigante em altura (1,90 m), atributos e façanhas. Faturou por 21 épocas seguidas na I Divisão, de 1959-60 a 1979-80, e marcou o golo, diante da União Soviética, que garantiu o terceiro lugar a Portugal no Mundial 1966. Foi ainda melhor marcador do campeonato português em 1962-63 e da Taça dos Campeões Europeus em 1964-65.
 
Natural de Torres Novas, nasceu no seio de uma família com alguns futebolistas, entre os quais o pai, Francisco, antigo defesa do Carcavelinhos; e o tio Carlos, que chegou a representar o Benfica durante quatro temporadas, de 1933 a 1937.
 
Embora fosse um homem do futebol, o progenitor quis desviar José, que trabalhava como aprendiz de serralheiro mecânico, do desporto-rei. “Ele não queria que eu jogasse porque me achava muito fraquinho e tinha medo que eu ficasse tuberculoso. Foi preciso o senhor Henrique, encarregado da oficina dos Claras, ir falar com o meu pai para acelerar o meu processo como futebolista. Mas só fui com a condição de fazer um complexo exame médico”, contou ao jornal O Mirante em julho de 1999.

O talentoso médio do Benfica que se retirou aos 27 anos devido a um AVC. Quem se lembra de Vítor Martins?

Vítor Martins somou 192 jogos, 28 golos e 8 títulos pelo Benfica
Uma das pérolas do Benfica na década de 1970, a par de Humberto Coelho, Toni e Nené, um dos mais talentosos médios da sua geração, que pautava por uma refinada qualidade técnica, inteligência tática e um grande brio.
 
Natural de Alcobaça, ingressou nas camadas jovens dos encarnados quando tinha 15 anos, proveniente do Nazarenos, e fez a estreia oficial pela equipa principal aos 19, a 26 de novembro de 1969, e logo num jogo da Taça dos Campeões Europeus, uma vitória sobre os escoceses do Celtic por 3-0 na Luz, substituindo o lesionado Eusébio ao intervalo. Porém, os encarnados haviam perdido por igual resultado em Glasgow, o que fez com que a passagem à próxima eliminatória fosse decidida por… moeda o ar, sorteio no qual os católicos levaram a melhor.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Da Taça Recompensa à Super Taça Ibérica. Uma viagem pelos troféus não oficiais do Vitória FC

Vitória de Setúbal teve o seu período áureo nas décadas de 1960 e 1970
Além das três Taças de Portugal e uma Taça da Liga, o futebol sénior do Vitória Futebol Clube conquistou uma série de outros troféus importantes no panorama mundial, ainda que não oficiais.
 
Durante dezenas de anos estes troféus estiveram expostos na antiga sede do clube, o Palácio Salema, na Rua de Bocage, passando depois para o Estádio do Bonfim, onde se inaugurou a sala de troféus em 17 de junho de 1979 e reinaugurou em 18 de novembro de 1995 após uma profunda remodelação.
 
No entanto, há cerca de uma década que o espaço, entretanto rebatizado “Sala de Troféus Josué Monteiro”, está fechado, estando alguns dos troféus expostos na sala de conferências de imprensa.
 
Conheça aqui alguns dos troféus não oficiais mais importantes da história do Vitória de Setúbal.

Rogério Pipi, o modelo fotogénico de Chelas que somou nove troféus e 204 golos pelo Benfica

Rogério Pipi representou o Benfica entre 1942 e 1954
Chamava-se Rogério Lantres de Carvalho, mas nas lides futebolísticas ficou conhecido por Rogério Pipi. Porquê Pipi? Pelo seu jeito elegante de vestir, pelo gosto de andar sempre aprimorado. A alcunha foi-lhe dada pelo antigo capitão benfiquista Francisco Albino, após o avançado ter aparecido na revista Flama como se de uma estrela de Hollywood se tratasse, depois de ter sido convidado por um alfaiate famoso para posar num estúdio.
 
Natural do bairro lisboeta de Chelas, começou a jogar futebol num clube que o pai ajudou a fundar, o Chelas Futebol Clube, seguindo os passos do irmão, Armínio França, o principal craque do clube da zona oriental da capital.

terça-feira, 25 de março de 2025

Pinga, o primeiro futebolista madeirense de categoria internacional

Pinga representou Marítimo, FC Porto e seleção nacional
O primeiro madeirense de categoria internacional e, segundo se conta, o primeiro grande craque do futebol português. Artur de Sousa herdou a alcunha “Pinga” do pai, Manuel Sousa, também ele futebolista, e nasceu a 30 de setembro de 1909 no Funchal.
 
Com nove golos (cinco dos quais à Espanha) em 21 internacionalizações entre 1930 e 1942 e a braçadeira de capitão em dois jogos, estreou-se pela seleção nacional a 30 de novembro de 1930, numa derrota com a congénere espanhola no Porto (0-1), num jogo para o qual a AF Lisboa se recusou a ceder jogadores de clubes sob a sua jurisdição, nomeadamente os de Benfica, Sporting e Belenenses. Na altura, ainda era jogador do Marítimo, tendo assinado pelo FC Porto pouco mais de três semanas depois, a 23 de dezembro, numa transferência envolta em polémica. Mas já lá vamos…

segunda-feira, 24 de março de 2025

Os jogadores com mais expulsões na história da I Liga portuguesa

Seis jogadores viram 13 vezes o cartão vermelho na I Divisão
Em 91 edições do campeonato da I Divisão portuguesa, mais de 1600 jogadores viram o cartão vermelho direto e mais de 1400 foram expulsões por acumulação de amarelos.
 
Há quem tivesse recebido ordem de expulsão por ambos os motivos e quis o destino que atualmente existissem seis jogadores, todos já retirados, empatados com 13 cartões vermelhos no topo do ranking de futebolistas mais vezes expulsos no patamar maior do futebol nacional – uns com mais tendência para o duplo amarelo (AA), outros para o vermelho direto (CV).
 
Saiba quais são os seis atletas com mais expulsões na história da I Liga.

O autor de um golaço do Sporting nas Antas aos 119 minutos. Quem se lembra de Mário?

Mário somou 62 jogos e seis golos pelo Sporting entre 1986 e 1988
Médio internacional jovem brasileiro com técnica, visão de jogo, qualidade de passe e espírito combativo, começou por jogar futebol de salão no Vasco da Gama, passando depois para o futebol de 11 no Fluminense, clube no qual fez toda a formação e iniciou a carreira.
 
Em 1980, quando tinha 23 anos, viveu talvez o ano mais importante na carreira, uma vez que venceu o campeonato carioca ao serviço do emblema tricolor e o Torneio de Toulon pela seleção brasileira. “Ganhámos à França na final. Nessa altura o selecionador era o Telé Santana e ele acompanhava-nos para todo o lado. Estava a construir a grande seleção do Mundial de 1982”, contou ao Maisfutebol em janeiro de 2021.

O carrasco do Sporting na primeira derrota nacional no novo estádio. Quem se lembra de Orestes?

Golo de Orestes eliminou o Sporting da Taça em 2003-04
O Sporting inaugurou o novo Estádio José Alvalade a 6 de agosto de 2003 e esteve invicto na nova casa até 27 de novembro desse ano, quando foi derrotado e eliminado da Taça UEFA pelos turcos do Gençlerbirligi (0-3). 20 dias depois, os leões então comandados por Fernando Santos sofreram o primeiro desaire no novo recinto para as provas nacionais, tendo perdido com o Vitória de Setúbal, na altura a militar na II Liga, numa partida da Taça de Portugal. O único golo do encontro, que ditou a eliminação leonina, foi marcado pelo central brasileiro Orestes logo aos sete minutos, na sequência de um canto apontado a partir da direita por Zé Pedro.
 
“O golo aconteceu na hora certa. Foi uma explosão enorme de alegria”, afirmou Orestes na ressaca do encontro, recordando o lance que afastou o Sporting da Taça: “Quando a bola veio do canto reparei que o jogador que estava comigo [Pedro Barbosa] não me acompanhou e eu, com o tempo certo, consegui cabecear para dentro.”
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