“O golo aconteceu na hora certa. Foi
uma explosão enorme de alegria”, afirmou Orestes na ressaca do encontro, recordando
o lance que afastou o Sporting
da Taça:
“Quando a bola veio do canto reparei que o jogador que estava comigo [Pedro
Barbosa] não me acompanhou e eu, com o tempo certo, consegui cabecear para
dentro.”
Esse foi o momento de maior
protagonismo do defesa mineiro de 1,82 m em seis épocas em Portugal, onde
chegou pela primeira vez em julho de 2002 para reforçar o Belenenses,
então na I
Liga, proveniente do Portuguesa Santista, clube que em 2001 o chegou a
emprestar ao Santos. “Sou um jogador de muita fibra, de muita raça, que procura
nos momentos difíceis ajudar os companheiros. Tenho algumas qualidades que
depois verão”, definiu-se assim na chegada a Belém. Ao serviço dos azuis
do Restelo atuou em 27 partidas em 2002-03, tendo sido sempre titular tanto
às ordens do compatriota Marinho
Peres como de Manuel José.
Embora fosse titularíssimo numa
equipa do meio da tabela da I
Liga, foi dispensado por Manuel José e decidiu de forma algo surpreendente
transferir-se para o Vitória
de Setúbal, recém-despromovido à II
Liga. Imprescindível para Carlos Carvalhal, ajudou os sadinos
a assegurar a subida de divisão em 2003-04. Nas temporadas que se seguiram prosseguiu
no segundo
escalão, primeiro ao serviço do Maia
(2004-05) e depois do Santa
Clara (2005-06), tendo regressado ao patamar
maior do futebol português em 2006-07 para representar a Naval. Tal como
nos clubes anteriores, também foi titular indiscutível no conjunto da Figueira
da Foz, ajudando os navalistas a conseguir a permanência de forma tranquila.
Valorizado pelos bons
desempenhos, deu o salto para a Bundesliga
no verão de 2007, mais precisamente para o Hansa Rostock. Em 2007-08 foi mesmo
o jogador mais utilizado da equipa que acabou por ser despromovida à segunda liga
germânica, tendo atuado em 32 jogos no campeonato e apontado três golos, um ao
Nuremberga e dois ao Estugarda.
Haveria de permanecer no clube até 2010, mas foi perdendo fulgor de forma algo
progressiva, devido a problemas físicos, não conseguindo impedir a despromoção
à terceira divisão na época de despedida. “Foi um bom período o que passei na
Alemanha. Direi que a minha carreira ganhou uma nova dimensão”, afirmou, em
jeito de balanço. Em 2010-11 voltou à Naval para
averbar nova descida de divisão, numa temporada em que não conseguiu ser
regular. Foi muito utilizado às ordens de Rogério Gonçalves, chegando a
envergar a braçadeira de capitão, mas raramente foi convocado após a chegada de
Mozer ao comando técnico.
Na reta final da carreira
experimentou os campeonatos de Irão, Grécia, Qatar e Arábia Saudita, tendo pendurado
as botas em 2015, aos 34 anos.
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