segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

“Arranjei logo companhia” e “uma fila de carros a abanar”. O “granel” de Saltillo contado por Futre

Futre com três mexicanas em Saltillo, no México
As semanas da seleção portuguesa que antecederam o Mundial 1986 dividem-se em dois grandes momentos.
 
O primeiro foi o das reivindicações dos jogadores, que começou em Portugal, com os atletas a exigir pagamentos à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e à Olivedesportos relativos a receitas publicitárias, valores de diárias e prémios de presença, o que levou a que os futebolistas chegassem a treinar em tronco nu ou com as camisolas do avesso para esconder as marcas das quais não recebiam qualquer verba. Contam os envolvidos que esses protestos até uniram um grupo que antes se encontrava dividido: os do FC Porto de um lado, os do Benfica do outro.

Vídeo de "best of", hora de recolher e copo de leite na cama. Como Futre levou Porfírio para o West Ham e cuidou dele

Porfírio marcou quatro golos em 27 jogos pelo West Ham em 1996-97
Depois de uma birra por causa da camisola 10, Paulo Futre estreou-se pelo West Ham como suplente utilizado num empate caseiro com o Coventry City, a 21 de agosto de 1996, na 2.ª jornada da Premier League. Seguiram-se quatro jogos seguidos como titular, sendo que no último deles, numa receção ao Wimbledon, teve de ser substituído ainda no decorrer da primeira parte devido a uma lesão no joelho direito, após ter levado uma pancada.
 
Tendo em conta que o seu contrato previa prémios de jogo especiais quer jogasse ou ficasse no banco, o extremo internacional português, então com 30 anos, teve uma ideia para continuar a ir ao banco… mesmo estando lesionado: sugerir a contratação de Hugo Porfírio, que vinha de uma grande época na União de Leiria por empréstimo do Sporting, e tornar-se tutor dele.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

O goleador brasileiro que brilhou no Boavista e no FC Porto nos anos 1990. Quem se lembra de Artur?

Artur marcou 56 golos pelo Boavista e 20 pelo FC Porto
Avançado natural de Rio Branco, no estado brasileiro do Acre, jogava no modesto Remo quando uma cassete VHS lhe mudou a vida em 1992. “Alguém me observou numa cassete VHS, quando eu jogava no Remo, e o presidente Pinto da Costa mostrou logo interesse em mim”, começou por contar ao Maisfutebol em dezembro de 1998.
 
Pinto da Costa pediu ao então treinador portista, o também brasileiro Carlos Alberto Silva, para observar Artur ao vivo no Brasil, mas o técnico disse que já tinha escolhido outro avançado, o igualmente compatriota Paulinho César, e que o plantel do FC Porto já estava servido de atacantes. Porém, as boas relações entre o presidente dos azuis e brancos e o homólogo boavisteiro Valentim Loureiro fizeram com que a tal cassete VHS chegasse… ao Bessa.

A vítima de racismo em Itália que jogou no Benfica e no Vitória FC. Quem se lembra de Marc Zoro?

Marc Zoro representou Benfica e Vitória de Setúbal em Portugal
Marc Zoro foi um internacional costa-marfinense (22 jogos/um golo), esteve num Mundial (2006) e em duas edições da Taça das Nações Africanas (2006 e 2008) e jogou em Portugal ao serviço de Benfica e Vitória de Setúbal, mas a primeira vez em que apareceu com algum protagonismo nos meios de comunicação social portugueses foi quando ainda jogava no Messina.
 
A 27 de novembro de 2005, quando defrontava o Inter de Milão em casa, eram entoados sons de âmbito racista na bancada dos adeptos adversários sempre que tocava na bola. A dada altura, já em lágrimas, pegou na bola e ameaçou sair de campo. O jogo foi interrompido até que um jogador negro dos nerazzurri, o avançado brasileiro Adriano, o demoveu. “Não aguentei mais. O que eles diziam entrava-me na cabeça, não conseguia concentrar-me no jogo”, explicou mais tarde.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Isqueiro + termómetro. A fórmula de Iuran para fazer gazeta aos treinos no Benfica

Iuran somou 34 golos em 96 jogos pelo Benfica entre 1991 e 1994
Quando Paulo Futre chegou ao Benfica em janeiro de 1993, encontrou uma “equipa fantástica”, “um conjunto de sonho”, “uma equipa para ganhar a Champions nos anos seguintes”. Nesse plantel pontificavam nomes como Silvino, Neno, Veloso, Hélder, Mozer, William, Paulo Sousa, Schwarz, Paulo Sousa, Vítor Paneira, Rui Águas, Isaías, João Vieira Pinto, Pacheco, Iuran, Mostovoi e Rui Costa.
 
O problema estava na relação entre todos esses craques. “O pior balneário que conheci em toda a minha carreira. Muitos grupos diferentes. Os russos, os brasileiros e vários de portugueses, especialmente a chamada ‘Turma’ (o ajuntamento que mais influência tinha dentro do plantel). Intrigas, interesses e pouca união. Não me juntei a nenhum. Estávamos a meio da época e tentei ficar numa zona neutra, sozinho, dando-me bem com todos ao mesmo tempo. Mas não foi fácil. Ainda mais para mim. O melhor jogador português daquele momento e o mais bem pago, num plantel composto por alguns profissionais que já eram autênticas vacas sagradas do Benfica. Isso gerou invejas e alguns deles tentaram fazer-me a vida difícil”, contou Futre no livro El Portugués.

O marroquino que brilhou no Estoril e ganhou a Portugal. Quem se lembra de Aziz Bouderbala?

Aziz Bouderbala com Fernando Santos no Estoril em 1992-93
Jogador dotado de boa técnica e visão de jogo, nasceu a 26 de dezembro de 1960 no seio de uma família de oito irmãos – era o segundo mais novo – filhos de um pai taxista e de uma mãe dona de casa. Frequentou o conservatório durante cinco anos, especializando-se em música clássica árabe, mas foi dentro de campo que se revelou um maestro.
 
Despontou no Wydad Casablanca (ou WAC), clube que representou a nível sénior entre 1978 e 1984, mas os bons desempenhos ao serviço de clube e seleção despertaram o interesse de clubes europeus, tendo rumado aos suíços do Sion para quatro épocas positivas, com destaque para a conquista da Taça da Suíça em 1985-86.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

“E, já agora, quanto ganhas tu?”. Recorde a polémica entre o reforço benfiquista Futre e Manuela Moura Guedes

Manuela Moura Guedes entrevistou Futre à distância em janeiro de 1993
Deu muito que falar a transferência de Paulo Futre do Atlético Madrid para o Benfica em janeiro de 1993. Em primeiro lugar, porque estava tudo acertado para um regresso ao Sporting, mas Sousa Cintra deixou o jogador pendurado. Depois, pela verba astronómica que os encarnados, então presididos por Jorge de Brito, pagaram aos colchoneros: o equivalente a 3,5 milhões de euros… a pronto! Nunca um clube português havia contratado um futebolista por tanto dinheiro.
 
A 25 de janeiro, a notícia da nova aquisição levou os benfiquistas à euforia. “A partir do momento em que cheguei a Lisboa, tudo o que se passou foi uma loucura. Centenas de pessoas no aeroporto, cinco mil adeptos no meu primeiro treino e 80 mil na apresentação (foi em dia de jogo e subi ao relvado acompanhado por Eusébio e Jorge de Brito). Já tinha ouvido o meu nome ser cantado em muitos estádios, por muitos milhares de adeptos, mas nunca num tão grande como o Estádio da Luz”, recordou no livro El Portugués.

A pérola nigeriana que o Sporting contratou no Egito e vendeu ao Barça. Quem se lembra de Amunike?

Amunike somou 21 golos em 70 jogos pelo Sporting entre 1994 e 1996
Extremo esquerdo nigeriano dotado de muita velocidade, capacidade técnica e forte remate, despontou em clubes modestos do seu país, nomeadamente Concord FC e Julius Berger, antes de dar o salto para um dos principais emblemas do continente africano, os egípcios do Zamalek.
 
Enquanto representou o emblema do Cairo, além de ter vencido dois campeonatos do Egito, uma Taça dos Campeões Africanos e uma Supertaça Africana, estreou-se também pela seleção principal da Nigéria, pela qual haveria de conquistar a Taça das Nações Africanas em 1994, tendo apontado os dois golos na vitória sobre a Zâmbia na final (2-1).

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Como um jogo em Kiev, Mário Soares, o Marselha e três operações ao joelho salvaram Futre de ir à tropa

Paulo Futre com Mário Soares, por quem passou a rezar sempre
O almirante Gouveia e Melo e outros conservadores que me desculpem, mas felizmente faço parte de uma geração que não viveu o serviço militar obrigatório. Tínhamos o Dia da Defesa Nacional e quem quisesse seguir a carreira militar que o fizesse, mas sem uma pós-adolescência condicionada. Se assim o é, devemo-lo a histórias como as de Paulo Futre.
 
Em abril de 1986, quando tinha 20 anos, o antigo internacional português foi fazer a inspeção a Setúbal, um dia após ter dado a vitória ao FC Porto sobre o Vitória Futebol Clube precisamente na mesma cidade, em jogo da penúltima jornada do campeonato que praticamente garantiu o título nacional aos dragões. O dia da inspeção transformou-se, por isso, quase numa sessão de autógrafos a militares e futuros soldados.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

As calças da discórdia. Quem se lembra de quando Paulo Bento puniu Liedson com dois jogos fora dos convocados?

Liedson foi excluído por Paulo Bento em dois jogos no final de 2005
Parece fazer parte da cultura dos treinadores portugueses ter mão pesada para com as estrelas das suas equipas com o intuito de ganhar o balneário. Esta época temos visto Rúben Amorim a excluir Rashford das convocatórias do Manchester United e Paulo Fonseca com uma relação complicada com Rafael Leão no AC Milan. No passado vimos José Mourinho no Real Madrid e Sérgio Conceição no FC Porto a mostrar a Iker Casillas que ele não era assim tão imprescindível, o mesmo Mourinho a excluir Vítor Baía de alguns jogos nos dragões no início de 2002-03 e a ter uma relação complicada com Paul Pogba no Manchester United. Consta que André Villas Boas terá tentado um método semelhante no Chelsea, mas que aí os pesos pesados do plantel dos blues terão levado a melhor.
 
E o que dizer de Paulo Bento? É talvez o menos tolerante à indisciplina. O primeiro desaguisado que protagonizou com um jogador aconteceu pouco mais de um mês depois de ter assumido o comando técnico do Sporting, no final de 2005, e logo perante a principal estrela leonina daquela altura: Liedson.

“Paulinho, o carro é mesmo muito bonito”. A história do Porsche amarelo de Futre

Paulo Futre com o mítico Porsche amarelo
Na ressaca de o FC Porto ter vencido a Taça dos Campeões Europeus em 1987, Paulo Futre e Pinto da Costa chegaram a fechar um acordo para uma transferência para o Inter de Milão, com o clube a receber 250 mil contos (1,25 milhões de euros) e o jogador, muito assediado naquela altura, um salário de 80 mil contos por ano (400 mil euros).
 
Tudo apontava para a assinatura de contrato após um mundialito de clubes disputado em Milão, mas apareceu em cena Jesús Gil y Gil. “Paulinho, vem aí um homem de Espanha que é candidato a presidente do Atlético Madrid. Parece que tem muito mais dinheiro. Tanto para o FC Porto como para ti. Vamos ouvir o que ele tem para dizer”, disse Pinto da Costa ao montijense.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Capitão, “treinador em campo” e cada vez mais jogador de seleção. Quem se lembra de Paulo Bento no Oviedo?

Paulo Bento somou 136 jogos e quatro golos pelo Oviedo
Após dois anos como titular no meio-campo encarnado, Paulo Bento saiu do Benfica pela porta pequena no verão de 1996, dispensado por Paulo Autuori, e rumou ao Oviedo, trocando uma equipa que lutava pelo título em Portugal por outra que tentava manter-se na I Liga Espanhola.
 
Nas Astúrias, o médio português chegou, viu e venceu, ajudando a equipa a assegurar a permanência nas quatro épocas que lá passou e tornando-se rapidamente capitão. Também começou a envergar o número 17, que mais tarde haveria de carregar na seleção nacional e no Sporting.
 
“Fui para Espanha como jogador de um clube grande, voltei de Espanha para um clube grande, mas não tenho dúvidas que voltei melhor jogador”, afirmou, citado no livro Paulo Bento: Um Retrato, de Jorge Reis-Sá.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

“Eu no defense. Attack, attack!”. Quando Futre deixou Beckenbauer à beira de um ataque de nervos

Futre ladeado pelo peruano Jaime Duarte e o mexicano Hugo Sánchez
Paulo Futre ainda era um menino de 18 anos que alternava entre o onze e o banco de suplentes do Sporting quando, durante umas férias na localidade espanhola de Benidorm, recebeu uma chamada de um secretário do clube a indicar que tinha recebido um convite para representar uma seleção do mundo num jogo frente ao Cosmos, em Nova Iorque.
 
O jovem extremo ainda pensou tratar-se de uma brincadeira, pois ainda não tinha feito nada de especial para pertencer a essa elite, mas era mesmo verdade. Ainda tentava conquistar a titularidade no Sporting e foi chamado para jogar ao lado de vultos como Peter Shilton, Franz Beckenbauer, Rudi Krol, Dominique Rocheteau, Felix Magath, Kevin Keegan, Mario Kempes, Jean-Marie Pfaff e os portugueses Rui Jordão e Fernando Gomes a 22 de julho de 1984.

O pai de quadrigémeos que brilhou no Vitória de Guimarães. Quem se lembra de Fangueiro?

Fangueiro somou 134 jogos e 27 golos pelo Vitória SC entre 1997 e 2004
Extremo natural de Matosinhos, veloz e dotado de qualidade técnica, fez toda a formação no Leixões, clube do qual se fez sócio, por influência do pai, tendo feito a estreia pela equipa principal em fevereiro de 1994, quando tinha apenas 17 anos, numa altura em que era presença assídua nas seleções jovens.
 
No verão de 1997 deu o salto para o Vitória de Guimarães, mas a afirmação no Dom Afonso Henriques não foi propriamente imediata. Na primeira época foi quase sempre uma segunda escolha – saltou 15 vezes do banco, em 21 jogos que disputou – para os treinadores Jaime Pacheco e Quinito, numa campanha em que os vimaranenses alcançaram um brilhante terceiro lugar no campeonato.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Chegou lesionado e sobreviveu à revolução de Artur Jorge. Quem se lembra de Paulo Bento no Benfica?

Paulo Bento somou 69 jogos e três golos pelo Benfica entre 1994 e 1996
Depois de ter estado em bom plano ao serviço do Vitória de Guimarães naquela que foi a sua terceira temporada no Dom Afonso Henriques, em 1993-94, despertou a cobiça do Benfica. Abílio Rodrigues, dirigente encarnado, entrou em contacto com Pimenta Machado com o objetivo de assegurar as contratações do lateral esquerdo Dimas e dos médios Paulo Bento e Pedro Barbosa.
 
Só Barbosa ficou mais um ano no Minho, tendo depois saído para o Sporting (onde haveria de reencontrar Bento em 2000). O centrocampista que poucos anos antes jogava noutro clube da mesma freguesia que militava na III Divisão Nacional, o Futebol Benfica, cumpriu o sonho de assinar pelo clube do coração.

O vitoriano de terceira geração campeão europeu no FC Porto. Quem se lembra de Laureta?

Laureta representou Vitória SC, FC Porto e Sp. Braga
Lateral esquerdo natural de Azurém, concelho de Guimarães, seguiu as pisadas do pai e do avô e fez a formação no Vitória Sport Clube, o clube do seu coração. “O sentimento que tenho pelo Vitória é o mesmo de sempre. Um amor que foi crescendo desde miúdo. Um sentimento que vem dos tempos do meu avô, que foi profissional do Vitória, do meu pai e continuou comigo”, afirmou durante a apresentação de um livro sobre o próprio, em outubro de 2023.
 
Na transição de júnior para sénior, em 1980-81, foi emprestado ao Mirandela, então na II Divisão Nacional, não conseguindo impedir a despromoção à III Divisão. No entanto, mostrou muita qualidade, ao ponto de no final da época ter sido convocado para representar a seleção de sub-21 no Torneio de Toulon.

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

O brasileiro que brilhou em Guimarães antes de abrir uma guerra entre Benfica e FC Porto. Quem se lembra de Ademir?

Ademir representou Vitória SC, Benfica, Boavista e Marítimo
Ademir Alcântara era um número 10 clássico: habilidoso, com pés de veludo e dotado de drible fácil, jogava de cabeça sempre levantada nas costas do ponta de lança, embora fosse algo lento e não gostasse muito de correr.
 
Começou a jogar no Cianorte e passou cinco anos no Pinheiros de Paraná, mas foi ao serviço do Pelotas que realmente despontou, sagrando-se melhor marcador do Campeonato Gaúcho em 1984, o que lhe valeu um contrato com um dos maiores clubes desse estado, o Internacional.

O campeão por FC Porto e Boavista que marcou do meio-campo a Baía. Quem se lembra de Rui Óscar?

Rui Óscar somou 29 internacionalizações entre as seleções sub-18 e B
Lateral direito de baixa estatura (1,68 m) natural de Melres, concelho de Gondomar, formado no FC Porto e presença assídua nas seleções jovens, ajudou Portugal a sagrar-se campeão europeu de sub-18 em 1994, ao lado de Quim, Beto, Dani e Nuno Gomes.
 
Logo após essa conquista foi emprestado ao União de Lamas, então na II Liga, seguindo-se uma cedência ao Leça, clube pelo qual se estreou no primeiro escalão, em 1995-96. Pelo meio, ajudou a equipa das quinas de sub-20 a alcançar um honroso 3.º lugar no Campeonato do Mundo da categoria em 1995.
 
Os bons desempenhos ao serviço dos leceiros garantiram-lhe o bilhete de regresso às Antas, com António Oliveira no comando técnico, mas a verdade é que na única temporada que passou no plantel portista, em 1996-97, não foi além de dois jogos oficiais, um deles no campeonato, o suficiente para ser considerado campeão nacional.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

A rejeição de Toshack, a nega à Académica e a casa na Caparica. A história da ida de Futre para o FC Porto

Futre trocou o Sporting pelo FC Porto no verão de 1984
Paulo Futre estreou-se pela equipa principal do Sporting a 10 de maio de 1983, tendo sido lançado pelo treinador eslovaco Jozef Venglos num jogo particular diante da Portuguesa dos Desportos em Alvalade, numa altura em que tinha 17 anos. Exibiu-se a bom nível, mas como nessa altura vigorava uma regra que só permitia jogar no campeonato quem iniciasse a época já com 17 anos feitos – Futre só comemorou o 17.º aniversário a 28 de fevereiro de 1983 –, o extremo canhoto teve de esperar pela época seguinte para se estrear oficialmente.
 
E Futre foi grande aposta de Venglos em 1983-84, tendo sido utilizado em 29 jogos (15 a titular) e apontado três golos. Pelo meio somou a primeira de 41 internacionalizações pela seleção nacional A, estreando-se num jogo diante da Finlândia em setembro de 1983, quando tinha apenas 17 anos e 204 dias.

O argentino que vinha para ser titular no Benfica e acabou na sombra de Coentrão. Quem se lembra de Shaffer?

Shaffer não foi além de seis jogos de águia ao peito
Quando a época 2009-10 arrancou, tudo apontava para que o lateral esquerdo titular do Benfica fosse o argentino José Shaffer, oriundo do Racing Club de Avellaneda, clube pelo qual se havia estreado pela mão de Diego Simeone em 2005.
 
Contratado no verão de 2009 por 1,9 milhões de euros, estava em todos os onze-tipo que jornais e adeptos perspetivavam para a primeira época de Jorge Jesus no comando técnico dos encarnados.
 
“Estava a jogar bem no Racing e havia equipas interessadas em mim além do Benfica. Uma delas era o River, havia um interessado na Rússia, outra na Grécia. Bom, como me disseram ‘Benfica’ nunca duvidei. Disse que sim ao meu agente, sabendo que lá havia bons jogadores com o Luisão, o Di Maria, o David Luiz, Aimar, Saviola... A minha decisão foi rápida, queria ir para o Benfica, como era óbvio”, recordou ao Record em abril de 2020.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

De Paços a Paços. Recorde as onze subidas de divisão do mestre Vítor Oliveira

Vítor Oliveira subiu onze vezes da II à I Liga entre 1990-91 e 2018-19
Vítor Oliveira fez alguns bons trabalhos na I Liga, mas foi na II Liga que verdadeiramente se notabilizou, ao somar onze promoções ao primeiro escalão, cinco delas em anos consecutivos, o que lhe valeu a alcunha de “rei das subidas”.
 
Depois de uma experiência como jogador-treinador do Famalicão em 1978-79, iniciou verdadeiramente a carreira de técnico em 1985, ao leme do Portimonense, logo após pendurar as botas.
 
Após uma passagem pelo Maia, pegou no Paços de Ferreira em 1989 e guiou os pacenses não só à subida à I Divisão como à conquista do título de campeão da edição inaugural da II Liga, então designada Divisão de Honra, em 1990-91.

Foi há 37 anos que o FC Porto conquistou o mundo sob um nevão dourado em Tóquio

Gomes ergueu o troféu em Tóquio após falhar a final de Viena
Foi debaixo de um nevão e sobre um relvado a fazer lembrar a serra da Estrela no inverno que o FC Porto venceu pela primeira vez o título que lhe valeu a designação de campeão do mundo, a Taça Intercontinental, trazendo finalmente o troféu para Portugal.
 
Depois de Fernando Gomes ter inaugurado o marcador ao cair do pano da primeira parte (42 minutos) e de Ricardo Viera ter restabelecido a igualdade para o Peñarol de Óscar Tabárez na reta final da segunda (80’), Rabah Madjer voltou a ser decisivo – como já o havia sido na final da Taça dos Campeões Europeus, diante do Bayern, com o célebre golo de calcanhar – e quebrou o gelo em Tóquio, no Japão, ao marcar o golo da vitória dos dragões já no segundo tempo do prolongamento, aos 109’.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Foi há 20 anos que o FC Porto venceu a Taça Intercontinental pela segunda vez

FC Porto ergueu o troféu após bater Once Caldas nos penáltis
Se o FC Porto foi um improvável campeão europeu em 2003-04, os colombianos do Once Caldas foram também improváveis vencedores da Libertadores em 2004, o que levou a que ambas as equipas se defrontassem no jogo da Taça Intercontinental, a 12 de dezembro desse ano, em Yokohama, no Japão.
 
Depois de um empate a zero no final do prolongamento, o vencedor só foi determinado no desempate por penáltis, no qual os portistas venceram por 8-7, sentenciando o triunfo graças ao golo decisivo de um herói improvável: Pedro Emanuel.
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