Hoje faz anos o argentino que vinha para ser titular no Benfica e acabou na sombra de Coentrão. Quem se lembra de Shaffer?
Shaffer não foi além de seis jogos de águia ao peito
Quando a época 2009-10 arrancou,
tudo apontava para que o lateral esquerdo titular do Benfica
fosse o argentino José Shaffer, oriundo do Racing
Club de Avellaneda, clube pelo qual se havia estreado pela mão de Diego
Simeone em 2005.
Contratado no verão de 2009 por
1,9 milhões de euros, estava em todos os onze-tipo que jornais e adeptos perspetivavam
para a primeira época de Jorge
Jesus no comando técnico dos encarnados. “Estava a jogar bem no Racing
e havia equipas interessadas em mim além do Benfica.
Uma delas era o River,
havia um interessado na Rússia, outra na Grécia. Bom, como me disseram ‘Benfica’
nunca duvidei. Disse que sim ao meu agente, sabendo que lá havia bons jogadores
com o Luisão, o Di Maria, o David Luiz, Aimar, Saviola... A minha decisão foi
rápida, queria ir para o Benfica,
como era óbvio”, recordou ao Record
em abril de 2020.
Na pré-temporada, havia sido
titular em várias partidas, diante de Olhanense,
Sunderland e Ajax,
e suplente utilizado frente a Atlético
de Madrid e AC
Milan. Na primeira jornada do campeonato, até nem saiu do banco no empate
caseiro com o Marítimo,
mas foi titular nos dois encontros seguintes, diante do Vorskla para o playoff
de acesso à fase de grupos da Liga
Europa e do Vitória
de Guimarães para o campeonato, assim como na partida da 3.ª jornada da I
Liga, os famosos 8-1 sobre o Vitória
de Setúbal. Depois Jorge
Jesus começou a apostar em César Peixoto e posteriormente em Fábio
Coentrão, o que fez com que o lateral esquerdo argentino começasse a
desaparecer das fichas de jogo das águias,
sobretudo das partidas que não para a Taça
da Liga ou para cumprir calendário na Liga
Europa numa altura em que já estava tudo decidido. No início de 2010 voltou à
Argentina, tendo sido emprestado ao Banfield. Feitas as contas, não foi além de
seis jogos oficiais disputados pelo Benfica.
Ainda integrou os trabalhos de pré-época para a campanha de 2011-12, mas não
voltou a jogar oficialmente pelo emblema
da Luz. Seguiram-se duas novas cedências,
primeiro ao Rosario
Central e depois à União
de Leiria em 2011-12, tendo feito parte do célebre jogo em que os leirienses
apresentaram apenas oito jogadores diante do Feirense,
em abril de 2012.
Entretanto prosseguiu a carreira
na América do Sul, sobretudo na Argentina, mas com uma passagem pelos chineses
do Unión La Calera pelo meio. Haveria de terminar a carreira em
2019, após um ano ao serviço do Victoriano Arenas.
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