quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Hoje faz anos o vitoriano de terceira geração campeão europeu no FC Porto. Quem se lembra de Laureta?

Laureta representou Vitória SC, FC Porto e Sp. Braga
Lateral esquerdo natural de Azurém, concelho de Guimarães, seguiu as pisadas do pai e do avô e fez a formação no Vitória Sport Clube, o clube do seu coração. “O sentimento que tenho pelo Vitória é o mesmo de sempre. Um amor que foi crescendo desde miúdo. Um sentimento que vem dos tempos do meu avô, que foi profissional do Vitória, do meu pai e continuou comigo”, afirmou durante a apresentação de um livro sobre o próprio, em outubro de 2023.
 
Na transição de júnior para sénior, em 1980-81, foi emprestado ao Mirandela, então na II Divisão Nacional, não conseguindo impedir a despromoção à III Divisão. No entanto, mostrou muita qualidade, ao ponto de no final da época ter sido convocado para representar a seleção de sub-21 no Torneio de Toulon.
 
Na temporada seguinte foi integrado no plantel principal do Vitória por José Maria Pedroto, que havia ficado impressionado com as potencialidades do então extremo durante um Mirandela-Desp. Chaves, e adaptou-o ao lado esquerdo da defesa.
 
Depois de uma primeira época de aprendizagem, afirmou-se definitivamente como titular em 1982-83, às ordens de Manuel José, ajudando os vimaranenses a alcançar um honroso quarto lugar no campeonato da I Divisão. No final da temporada obteve a primeira e única internacionalização pela seleção A que tem no currículo, tendo entrado ao intervalo numa derrota às mãos do Brasil em Coimbra (0-4).
 
Assediado pelo Benfica, viu o Vitória resistir a transferi-lo, algo que só haveria de acontecer em 1985, mas para o… FC Porto.
 
Depois de mais de 100 jogos com o rei ao peito nos quais exibiu garra, agressividade, resistência, vigor na marcação, liderança, capacidade de superação, velocidade e técnica bastante razoável, tentou replicar tudo isso nas Antas, onde foi recebido por um antigo adjunto de Pedroto no Vitória, Artur Jorge.
 
 
Na primeira época na Invicta começou como titular e sagrou-se campeão nacional, mas paulatinamente foi perdendo espaço para o concorrente direto Augusto Inácio. Já em 1986-87 raramente jogou, mas cumpriu 90 minutos na vitória caseira sobre o Brondby nos quartos de final da Taça dos Campeões Europeus, o que fez com que pudesse ser considerado campeão europeu, uma vez que os dragões venceram o cetro continental nessa temporada.
 
Sem espaço no FC Porto, foi reencontrar Manuel José no Sp. Braga, tendo amealhado quase 150 encontros pelos arsenalistas durante quatro épocas, entre 1987 e 1991. Ou seja, embora seja uma figura muito conotada com o Vitória, acabou por jogar mais pelo… principal rival.
 
Seguiram-se três anos no Gil Vicente, sempre a competir na I Divisão e como titular. Em 1994-95 colocou um ponto final a 13 anos interruptos no primeiro escalão e foi representar a Académica na II Liga, falhando o objetivo da subida de divisão naquela que foi a sua última época como futebolista profissional.
 
Haveria de regressar aos relvados em 2000-01 para defender as cores do Sande São Lourenço nos distritais da AF Braga.
 
Paralelamente, fundou a marca desportiva Lacatoni juntamente com Carlos Carvalhal e Toni, que veste vários clubes portugueses e a seleção de Angola.



 
 





  

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