Hoje faz anos o vitoriano de terceira geração campeão europeu no FC Porto. Quem se lembra de Laureta?
Laureta representou Vitória SC, FC Porto e Sp. Braga
Lateral esquerdo natural de
Azurém, concelho de Guimarães, seguiu as pisadas do pai e do avô e fez a
formação no Vitória
Sport Clube, o clube do seu coração. “O sentimento que tenho pelo Vitória
é o mesmo de sempre. Um amor que foi crescendo desde miúdo. Um sentimento que
vem dos tempos do meu avô, que foi profissional do Vitória,
do meu pai e continuou comigo”, afirmou durante a apresentação de um livro
sobre o próprio, em outubro de 2023.
Na transição de júnior para
sénior, em 1980-81, foi emprestado ao Mirandela,
então na II Divisão Nacional, não conseguindo impedir a despromoção à III
Divisão. No entanto, mostrou muita qualidade, ao ponto de no final da época ter
sido convocado para representar a seleção de sub-21 no Torneio de Toulon. Na temporada seguinte foi
integrado no plantel principal do Vitória
por José
Maria Pedroto, que havia ficado impressionado com as potencialidades do
então extremo durante um Mirandela-Desp.
Chaves, e adaptou-o ao lado esquerdo da defesa. Depois de uma primeira época de
aprendizagem, afirmou-se definitivamente como titular em 1982-83, às ordens de
Manuel José, ajudando os vimaranenses
a alcançar um honroso quarto lugar no campeonato da I
Divisão. No final da temporada obteve a primeira e única
internacionalização pela seleção
A que tem no currículo, tendo entrado ao intervalo numa derrota às mãos do Brasil
em Coimbra (0-4). Assediado pelo Benfica,
viu o Vitória
resistir a transferi-lo, algo que só haveria de acontecer em 1985, mas para o… FC
Porto. Depois de mais de 100 jogos com o
rei ao peito nos quais exibiu garra, agressividade, resistência, vigor na
marcação, liderança, capacidade de superação, velocidade e técnica bastante
razoável, tentou replicar tudo isso nas Antas, onde foi recebido por um antigo
adjunto de Pedroto
no Vitória,
Artur
Jorge.
Na primeira época na Invicta começou
como titular e sagrou-se campeão nacional, mas paulatinamente foi perdendo
espaço para o concorrente direto Augusto Inácio. Já em 1986-87 raramente jogou,
mas cumpriu 90 minutos na vitória caseira sobre o Brondby nos quartos de final
da Taça
dos Campeões Europeus, o que fez com que pudesse ser considerado campeão
europeu, uma vez que os dragões
venceram o cetro continental nessa temporada. Sem espaço no FC
Porto, foi reencontrar Manuel José no Sp.
Braga, tendo amealhado quase 150 encontros pelos arsenalistas
durante quatro épocas, entre 1987 e 1991. Ou seja, embora seja uma figura muito
conotada com o Vitória,
acabou por jogar mais pelo… principal rival. Seguiram-se três anos no Gil
Vicente, sempre a competir na I
Divisão e como titular. Em 1994-95 colocou um ponto final a 13 anos
interruptos no primeiro
escalão e foi representar a Académica
na II
Liga, falhando o objetivo da subida de divisão naquela que foi a sua última
época como futebolista profissional. Haveria de regressar aos relvados
em 2000-01 para defender as cores do Sande São Lourenço nos distritais da AF
Braga. Paralelamente, fundou a marca
desportiva Lacatoni juntamente com Carlos Carvalhal e Toni, que veste vários
clubes portugueses e a seleção
de Angola.
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