sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

De Paços a Paços. Recorde as onze subidas de divisão do mestre Vítor Oliveira

Vítor Oliveira subiu onze vezes da II à I Liga entre 1990-91 e 2018-19
Vítor Oliveira fez alguns bons trabalhos na I Liga, mas foi na II Liga que verdadeiramente se notabilizou, ao somar onze promoções ao primeiro escalão, cinco delas em anos consecutivos, o que lhe valeu a alcunha de “rei das subidas”.
 
Depois de uma experiência como jogador-treinador do Famalicão em 1978-79, iniciou verdadeiramente a carreira de técnico em 1985, ao leme do Portimonense, logo após pendurar as botas.
 
Após uma passagem pelo Maia, pegou no Paços de Ferreira em 1989 e guiou os pacenses não só à subida à I Divisão como à conquista do título de campeão da edição inaugural da II Liga, então designada Divisão de Honra, em 1990-91.
 
Entretanto esteve ao comando dos castores, do Gil Vicente e Vitória de Guimarães no primeiro escalão antes de se tornar treinador da Académica, clube que guiou à subida à I Liga em 1996-97, na condição de terceiro classificado.
 
Consumada a promoção pelos estudantes, tomou pela primeira vez a decisão de permanecer na II Liga a seguir a uma subida, tendo pegado na União de Leiria em 1997-98 e alcançado não só mais subida como o segundo título de campeão.
 
Entretanto deu o salto para o Sp. Braga, mas as coisas não lhe correram bem no Minho e acabou por voltar a meio da época de 1998-99 à II Liga para levar o Belenenses de volta ao primeiro escalão, tendo concluído o campeonato em segundo lugar.
 
Após estabilizar os azuis do Restelo no patamar maior do futebol português passou por Rio Ave, Gil Vicente, Académica e Moreirense antes de orientar pela primeira vez o clube que mais lhe diz, aquele que o formou e que lhe permitiu jogar futebol profissionalmente, o Leixões. Em 2006-07, o técnico matosinhense guiou o clube da sua terra ao título de campeão da II Liga e à consequente promoção à I Liga.
 
Após falhar a permanência na União de Leiria, voltar ao Leixões para assumir as funções de diretor desportivo e passar pelos comandos técnicos de Trofense e Desportivo das Aves, entrou para a história do Arouca em 2012-13 ao levar os beirões pela primeira vez à I Liga.
 
Essa foi a primeira de cinco subidas consecutivas ao primeiro escalão, tendo-se seguido Moreirense em 2013-14, União da Madeira em 2014-15, Desportivo de Chaves em 2015-16 e Portimonense em 2016-17. Ao serviço dos cónegos e dos algarvios conseguiu também títulos de campeão da II Liga.
 
Em 2017-18 acompanhou o Portimonense no regresso à I Liga, patamar em que já não trabalhava desde 2008, mas logo a seguir voltou à zona de conforto para somar a 11.ª e derradeira subida de divisão da sua carreira. Quis o destino que a última fosse alcançada no mesmo clube da primeira, o Paços de Ferreira, uma vez mais coroada com o título de campeão da II Liga, em 2018-19.
 
Na temporada seguinte ajudou o Gil Vicente, promovido na secretaria depois da anulação da decisão inicial do Caso Mateus, a estabilizar na I Liga. E depois não voltou a trabalhar porque morreu subitamente a 28 de novembro de 2020, aos 67 anos, quando sofreu um ataque cardíaco repentino durante uma caminhada em Matosinhos.
 
Como forma de o homenagear, a Liga Portugal decidiu nomear as distinções de Treinador do Mês e Treinador do Ano com o seu nome, passando a ser designados como “Prémio Vítor Oliveira – Treinador do Mês” e “Prémio Vítor Oliveira – Treinador do Ano”.







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