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Vítor Oliveira subiu onze vezes da II à I Liga entre 1990-91 e 2018-19 |
Vítor Oliveira fez alguns bons
trabalhos na
I
Liga, mas foi na
II
Liga que verdadeiramente se notabilizou, ao somar onze promoções ao
primeiro
escalão, cinco delas em anos consecutivos, o que lhe valeu a alcunha de “rei
das subidas”.
Depois de uma experiência como
jogador-treinador do
Famalicão
em 1978-79, iniciou verdadeiramente a carreira de técnico em 1985, ao leme do
Portimonense,
logo após pendurar as botas.
Após uma passagem pelo
Maia,
pegou no
Paços
de Ferreira em 1989 e guiou os
pacenses
não só à subida à
I
Divisão como à conquista do título de campeão da edição inaugural da
II
Liga, então designada
Divisão
de Honra, em 1990-91.
Entretanto esteve ao comando dos
castores,
do
Gil
Vicente e
Vitória
de Guimarães no
primeiro
escalão antes de se tornar treinador da
Académica,
clube que guiou à subida à
I
Liga em 1996-97, na condição de terceiro classificado.
Consumada a promoção pelos
estudantes,
tomou pela primeira vez a decisão de permanecer na
II
Liga a seguir a uma subida, tendo pegado na
União
de Leiria em 1997-98 e alcançado não só mais subida como o segundo título de
campeão.
Entretanto deu o salto para o
Sp.
Braga, mas as coisas não lhe correram bem no Minho e acabou por voltar a
meio da época de 1998-99 à
II
Liga para levar o
Belenenses
de volta ao
primeiro
escalão, tendo concluído o campeonato em segundo lugar.
Após estabilizar os
azuis
do Restelo no
patamar
maior do futebol português passou por
Rio
Ave,
Gil
Vicente,
Académica
e
Moreirense
antes de orientar pela primeira vez o clube que mais lhe diz, aquele que o formou
e que lhe permitiu jogar futebol profissionalmente, o
Leixões.
Em 2006-07, o técnico matosinhense guiou o
clube
da sua terra ao título de campeão da
II
Liga e à consequente promoção à
I
Liga.
Após falhar a permanência na
União
de Leiria, voltar ao
Leixões
para assumir as funções de diretor desportivo e passar pelos comandos técnicos
de
Trofense
e
Desportivo
das Aves, entrou para a história do
Arouca
em 2012-13 ao levar os
beirões
pela primeira vez à
I
Liga.
Essa foi a primeira de cinco subidas
consecutivas ao
primeiro
escalão, tendo-se seguido
Moreirense
em 2013-14,
União
da Madeira em 2014-15,
Desportivo
de Chaves em 2015-16 e
Portimonense
em 2016-17. Ao serviço dos
cónegos
e dos
algarvios
conseguiu também títulos de campeão da
II
Liga.
Em 2017-18 acompanhou o
Portimonense
no regresso à
I
Liga, patamar em que já não trabalhava desde 2008, mas logo a seguir voltou
à zona de conforto para somar a 11.ª e derradeira subida de divisão da sua
carreira. Quis o destino que a última fosse alcançada no mesmo clube da
primeira, o
Paços
de Ferreira, uma vez mais coroada com o título de campeão da
II
Liga, em 2018-19.
Na temporada seguinte ajudou o
Gil
Vicente, promovido na secretaria depois da anulação da decisão inicial do
Caso Mateus, a estabilizar na
I
Liga. E depois não voltou a trabalhar porque morreu subitamente a 28 de
novembro de 2020, aos 67 anos, quando sofreu um ataque cardíaco repentino durante
uma caminhada em Matosinhos.
Como forma de o homenagear, a
Liga Portugal decidiu nomear as distinções de Treinador do Mês e Treinador do Ano
com o seu nome, passando a ser designados como “Prémio Vítor Oliveira –
Treinador do Mês” e “Prémio Vítor Oliveira – Treinador do Ano”.
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