sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Faz hoje 37 anos que o FC Porto conquistou o mundo sob um nevão dourado em Tóquio

Gomes ergueu o troféu em Tóquio após falhar a final de Viena
Foi debaixo de um nevão e sobre um relvado a fazer lembrar a serra da Estrela no inverno que o FC Porto venceu pela primeira vez o título que lhe valeu a designação de campeão do mundo, a Taça Intercontinental, trazendo finalmente o troféu para Portugal.
 
Depois de Fernando Gomes ter inaugurado o marcador ao cair do pano da primeira parte (42 minutos) e de Ricardo Viera ter restabelecido a igualdade para o Peñarol de Óscar Tabárez na reta final da segunda (80’), Rabah Madjer voltou a ser decisivo – como já o havia sido na final da Taça dos Campeões Europeus, diante do Bayern, com o célebre golo de calcanhar – e quebrou o gelo em Tóquio, no Japão, ao marcar o golo da vitória dos dragões já no segundo tempo do prolongamento, aos 109’.
 
Quem ergueu o troféu de campeão do mundo foi Fernando Gomes, o capitão de equipa e goleador que havia perdido a final da Viena devido a lesão. “Uma semana antes da final de Taça dos Campeões Europeus, em Viena, lesionei-me, com gravidade, e não pude participar nesse jogo. Mas lembro-me que, nesse momento, disse para mim mesmo que ia estar presente para levantar a Taça Intercontinental em Tóquio”, recordou à Lusa em dezembro de 2017, sobre um jogado iniciado às 12 horas locais (3 horas da madrugada em Portugal Continental).
 
“Merecemos o que aconteceu. Na altura, fomos a primeira equipa portuguesa a vencer aquele título intercontinental. Lembro-me que o Benfica, anos antes, o tinha disputado, por duas vezes, mas nunca conseguiu vencer. De certa forma acabamos por vingar essa derrota do Benfica”, prosseguiu o antigo avançado, que recordou também as condições atmosféricas: “Foi um dia com condições atípicas, em que foi preciso uma grande coragem e união, para ultrapassar não só a adversa situação do tempo, mas, também, as dificuldades criadas por um adversário de qualidade. As imagens que me saltam à memória são a neve, a lama, e aquele esforço que fizemos, que só foi possível pela amizade que tínhamos no grupo e que ficou para sempre.”
 
 
No banco portista estava o treinador croata Tomislav Ivic, que fez alinhar o seguinte onze: Mlynarczyk; João Pinto, Lima Pereira, Geraldão e Inácio; André, Sousa e Jaime Magalhães; Rui Barros (Quim, aos 61'), Gomes e Madjer.
 
O FC Porto voltaria a vencer a Taça Intercontinental em 2004, ao bater o Once Caldas no desempate por penáltis.


 




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