quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Faz hoje 20 anos que o FC Porto venceu a Taça Intercontinental pela segunda vez

FC Porto ergueu o troféu após bater Once Caldas nos penáltis
Se o FC Porto foi um improvável campeão europeu em 2003-04, os colombianos do Once Caldas foram também improváveis vencedores da Libertadores em 2004, o que levou a que ambas as equipas se defrontassem no jogo da Taça Intercontinental, a 12 de dezembro desse ano, em Yokohama, no Japão.
 
Depois de um empate a zero no final do prolongamento, o vencedor só foi determinado no desempate por penáltis, no qual os portistas venceram por 8-7, sentenciando o triunfo graças ao golo decisivo de um herói improvável: Pedro Emanuel.
 
Logo no início do desempate por grandes penalidades, o médio Diego foi expulso após se desentender com o guarda-redes adversário, Juan Carlos Henao. O brasileiro foi o primeiro jogador da equipa portuguesa a converter o seu penálti, antes de Carlos Alberto, Quaresma, McCarthy, Costinha, Jorge Costa, Ricardo Costa e Pedro Emanuel. Pelo meio, Maniche falhou, mas ainda assim foi eleito no melhor jogador em campo, tendo vencido um Toyota (do qual prescindiu) e uma simbólica chave gigante, que doou ao museu do FC Porto.
 
Minutos antes, os azuis e brancos haviam vivido um susto enorme, com Vítor Baía a ter de ser substituído por Nuno Espírito Santo devido a uma quebra de tensão e sintomas de taquicardia, meses depois da queda súbita e morte de Miki Fehér num Vitória de Guimarães-Benfica.
 
 
Foi a segunda Taça Intercontinental da história do FC Porto, depois da conquista de 1987 diante dos uruguaios do Peñarol, e a última de 43 edições da competição nestes moldes, passando depois a ser disputado uma nova prova, o Mundial de Clubes.
 
No banco dos azuis e brancos estava o treinador espanhol Victor Fernández, que fez alinhar o seguinte onze: Vítor Baía (Nuno Espírito Santo, 103); Seitaridis, Jorge Costa, Pedro Emanuel e Ricardo Costa; Costinha, Maniche e Diego; Derlei (Carlos Alberto, 69), Benni McCarthy e Luís Fabiano (Ricardo Quaresma, 78).
 
“Agora que todos sabemos que Garcia chutou a bola por cima da baliza de Nuno e que Pedro Emanuel não falhou a sua grande penalidade é muito mais fácil ver os resumos do jogo na televisão, contar pelos dedos as vezes que os postes e a barra da baliza de Juan Carlos Henao devolveram a bola ao relvado, rir perante as asneiras do árbitro uruguaio Jorge Larrionda e quase esquecer que McCarthy marcou dois golos limpos ao Once Caldas que não contaram. Agora até parece que o FC Porto teve sorte, mas não teve. Teve muito, muito azar. Só juntando muito azar à equação é que se percebe que o FC Porto esteve quase a perder o título de Campeão do Mundo para uma equipa tão pequenina, tão encolhida, tão miseravelmente minúscula que só precisa de meio-campo e um rosário para jogar enquanto reza”, podia ler-se na crónica do jornal O Jogo







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