sábado, 2 de fevereiro de 2019

Os 10 dérbis mais marcantes entre Sporting e Benfica

Francisco Stromp e Cosme Damião, lendas dos dois rivais
Rivais praticamente desde o berço, os jogos entre Sporting e Benfica fazem faísca na cidade de Lisboa, em todo o país e na diáspora portuguesa desde 1907, ainda os encarnados se chamavam apenas Sport Lisboa. Daí para cá, goleadas inesperadas, finais de taças, jogos decisivos no campeonato e outros dérbis marcados por acontecimentos extrafutebol.




1 de dezembro de 1907 - Campeonato de Lisboa (3.ª jornada)


17 de outubro de 1965 – I Divisão (6.ª jornada)
O Benfica de Béla Guttmann era tricampeão nacional e Eusébio a grande figura do futebol português, mas esta era a época do Sporting e o dérbi de Lourenço, o único leão da história a apontar um póquer na Luz – Eusébio e José Torres marcaram para as águias. O triunfo por 4-2 neste jogo da 6.ª jornada permitiu à equipa de Otto Glória distanciar-se do eterno rival e colar-se ao Vitória de Guimarães na liderança do campeonato, que haveria de conquistar.



12 de fevereiro de 1978 – I Divisão (16.ª jornada)
Um golo solitário de Vítor Baptista permitiu às águias cimentar a liderança – ainda que o campeonato viesse a ser perdido para o FC Porto -, mas o principal destaque deste dérbi foi o que aconteceu durante os festejos do golo. O Maior foi abraçado por todos os colegas e, a dada altura, o seu brinco foi tocado e caiu para o relvado, motivando o fim da celebração e o início de uma busca inglória de toda a equipa encarnada pelo objeto perdido. “Veja lá, o brinco custou-me 12 contos e penso que o prémio de jogo é de oito. Perdi dinheiro a trabalhar”, contou mais tarde o antigo craque.



28 de março de 1982 – I Divisão (23.ª jornada)
Frente a frente o líder Sporting, comandado pelo inglês Malcolm Allison, e o campeão Benfica, orientado pelo húngaro Lajos Baróti. Os encarnados adiantaram-se no marcador, por Carlos Manuel (13 minutos), através de um canto direto em que só a equipa de arbitragem chefiada por Marques Pires conseguiu confirmar que a bola tinha entrado totalmente na baliza leonina. No entanto, os verde e brancos chegaram ao empate pouco depois, por Jordão de grande penalidade (20’). A reviravolta chegou já na segunda parte, após o momento alto da noite, uma agressão do guardião benfiquista Bento a Manuel Fernandes dentro da área encarnada, motivando a própria expulsão e a marcação de um novo penálti, mais uma vez convertido por Jordão, que ainda haveria de chegar ao hat-trick nesse encontro que embalou os leões para o título.



12 de março de 1986 – Taça de Portugal (quartos de final)
Numa fase em que as goleadas em dérbis pareciam cada vez mais fazer parte do passado, o Benfica decidiu brindar o rival Sporting por 5-0 no antigo Estádio da Luz. Rui Águas, ao aproveitar uma saída em falso de Damas na sequência de um livre de Carlos Manuel, deu o mote aos 11 minutos. Wando (por duas vezes), Álvaro Magalhães e Manniche completaram a goleada, apesar de os leões se terem batido muito bem durante a primeira parte durante aquela quarta-feira chuvosa.



14 de dezembro de 1986 – I Divisão (14.ª jornada)



14 de maio de 1994 – I Divisão (30.ª jornada)
Há 12 anos sem conquistar o campeonato, o Sporting de Valckx, Figo, Balakov, Paulo Sousa, Iordanov, Cadete e com Carlos Queiroz no banco saltaria para a liderança a quatro jornadas do fim se vencesse o Benfica em Alvalade. E os leões até começaram melhor, inaugurando o marcador por Cadete aos 8 minutos e voltando a colocar-se em vantagem aos 35’ por Figo, depois de João Pinto ter empatado para as águias. No entanto, João Pinto completou o hat trick ainda na primeira parte e embalou os encarnados de Toni para um segundo tempo, assegurando uma vitória histórica por 6-3. Foi uma espécie de resposta aos 7-1 de 1986/87, que catapultou o Benfica para a conquista do título.



18 de maio de 1996 – Taça de Portugal (final)
O dérbi do sangue e da vergonha. Num dia que era para ser de festa no Jamor, um very light é disparado a partir da zona dos adeptos do Benfica, no topo sul, durante as comemorações do golo inaugural, apontado pelo benfiquista Mauro Airez aos oito minutos. No lado oposto do estádio, um adepto sportinguista é atingido e acaba por morrer. O jogo prosseguiu e os encarnados conquistaram o troféu após um triunfo por 3-1, mas a habitual cerimónia de entrega da taça acabou adiada.



14 de maio de 2005 – I Liga (33.ª jornada)
Benfica e Sporting surgiram pontualmente empatados à entrada o dérbi da Luz, à 33.ª jornada, ainda que com vantagem para os leões no confronto direto e na diferença de golos. Quem ganhasse ficava em posição privilegiada para conquistar o título e quem perdesse ficaria de fora da corrida. O jogo, no qual não participou o castigado Liedson, acabou por ser decidido por um golo solitário de Luisão aos 83 minutos, aproveitando uma saída em falso do guarda-redes Ricardo para cabecear certeiro, após livre de Petit. As águias, orientadas por Giovanni Trapattoni, confirmaram o regresso aos títulos, 11 anos depois, com um empate no Bessa na última ronda.



16 de abril de 2008 – Taça de Portugal (meias-finais)
Os dérbis e clássicos do século XXI não têm sido propriamente produtivo em termos de golos, mas este de 2007-08 foi uma exceção à regra. Numa época em que o FC Porto conquistou o campeonato de forma confortável, restava a Taça de Portugal para os grandes de Lisboa se consolarem. O Benfica foi para intervalo a vencer por 2-0, resultado que se manteve até meio da segunda parte. No entanto, o Sporting operou a reviravolta numa reta final que teve seis golos em 25 minutos.

























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