quarta-feira, 23 de julho de 2025

Os quatro colombianos que passaram pelo Benfica antes de Richard Ríos. Apenas dois se chegaram a estrear

Quatro colombianos integraram os quadros do Benfica
Oficializado esta terça-feira não só como reforço do Benfica, mas também como a contratação mais cara de sempre dos encarnados em virtude dos 27 milhões de euros que custou, o médio Richard Ríos vai tornar-se no quinto colombiano da história das águias e, caso não haja qualquer hecatombe, apenas no terceiro cafetero a jogar pelo clube da Luz.
 
O início da história de futebolistas colombianos no Benfica coincide com o primeiro período áureo do futebol da Colômbia, na década de 1990, marcado por três participações em Campeonatos do Mundo (1990, 1994 e 1998) e classificações honrosas na Copa América como o terceiro lugar em 1993 e 1995 e a quarta posição em 1991.
 
Jorge Bermúdez
Nessa altura, mais precisamente no verão de 1996, chegou à Luz o central Jorge Bermúdez, proveniente do América de Cali, clube pelo qual tinha acabado de atingir a final da Taça Libertadores, e com participações no Mundial de sub-20 de 1989, nos Jogos Olímpicos de 1992 e na Copa América de 1995 no currículo.
Titularíssimo no instável Benfica de 1996-97, foi imprescindível para os treinadores Paulo Autuori e Manuel José, tendo sido titular nos 38 jogos que disputou e apontado dois golos, ao Rio Ave em Vila do Conde para o campeonato e ao Vitória de Guimarães na Luz para a Taça de Portugal. Nessa época, os encarnados não foram além de um terceiro lugar na I Liga e dos quartos de final da Taça das Taças e foram derrotados na final da Taça de Portugal pelo Boavista e na Supertaça Cândido de Oliveira pelo FC Porto.
Após um ano em Lisboa regressou à América do Sul para viver os anos dourados da carreira ao serviço do Boca Juniors, emblema pelo qual conquistou três campeonatos, uma Libertadores e uma Taça Intercontinental. Paralelamente, participou no Mundial 1998 e nas edições de 1997 e 1999 da Copa América.
“Depois da final da Taça Libertadores com o River Plate, em 1996 vou para o Benfica onde começo a ver outra realidade. Estavam lá jogadores de outro nível, cheguei a um paradigma diferente. Deu-me a possibilidade de crescer muito mais e preparar-me para o que viria a seguir. Irei sempre agradecer por isso. A minha passagem pelo Benfica foi fundamental”, afirmou à ESPN Colombia em maio de 2020.
 
 
 
Guillermo Celis
Duas décadas após a passagem de Bermúdez pelo Benfica, chegou ao clube no verão de 2016 o segundo colombiano história das águias, o médio Guillermo Celis, já internacional A pelo seu país e proveniente Junior Barranquilla, emblema ao qual foi contratado por 2,3 milhões de euros.
Tapado por Samaris e Fejsa nas escolhas de Rui Vitória, não foi além de sete jogos disputados na primeira metade da época 2016-17, dos quais apenas dois na condição de titular: um diante do 1º Dezembro para a Taça de Portugal e outro frente ao Paços de Ferreira na Taça da Liga. O suficiente para que fosse considerado vencedor da dobradinha no final da época.
Em janeiro de 2017 foi emprestado ao Vitória de Guimarães, que por sua vez o viria a contratar a título definitivo no verão desse ano, por 1,75 milhões de euros. “Foi uma experiência positiva, mas não joguei com regularidade. Não posso dizer que estava feliz, já que não jogava. O Benfica tem condições incríveis, é um clube de topo, mas não me sentia feliz, ao contrário do que acontece aqui, onde tenho condições e jogo com regularidade. Não me arrependo de nada ou de ter assinado pelo Benfica. É um clube grande, na altura foi essa a escolha e agora não tenho de pensar mais nisso”, afirmou ao jornal O Jogo em dezembro de 2017.
Ao serviço dos vimaranenses chegou mesmo a marcar ao Benfica no jogo inaugural da I Liga em 2018-19.
 
 
 
Cristián Arango
Precisamente no verão em que Celis foi vendido ao Vitória de Guimarães, assinou pelo Benfica o avançado Cristián Arango, contratado ao Millonarios por 2,1 milhões de euros.
Ainda chegou a integrar estágios de pré-época às ordens de Rui Vitória na Suíça e no Algarve, mas não convenceu e foi emprestado ao Desportivo das Aves durante toda a temporada 2017-18. Embora nem no emblema avense se tivesse conseguido estabelecer como um habitual titular, venceu a Taça de Portugal nessa época.
Na temporada seguinte foi novamente cedido, desta feita ao Tondela, e após rescindir contrato com as águias, em julho de 2019, voltou ao Millonarios. “Consegui ir para o Benfica, mas o treinador [Rui Vitória] tinha-me como o terceiro avançado. Então emprestaram-me ao Aves, uma equipa que tinha acabado de subir e acabei campeão [vitória na Taça de Portugal]. Depois fui para o Tondela, onde acabei por fazer bem as coisas, mas o Benfica quis emprestar-me de novo. Eu queria lutar por coisas importantes e apareceu o Millonarios. Voltei à Colômbia para ser campeão, era isso que procurava”, recordou em abril de 2021, em declarações à imprensa do seu país.
Entretanto tem vindo a relançar a carreira em clubes norte-americanos, ao ponto de se ter estreado pela seleção colombiana em novembro de 2021.
 
 
 
Yony González
Mais recentemente, o Benfica contratou o extremo Yony González a custo zero em janeiro de 2020, após o jogador terminar contrato com o Fluminense, mas um mês depois devolveu-o ao futebol brasileiro ao empresta-lo ao Corinthians. “Queria voltar ao Brasil. Estive a treinar com o Benfica, mas não me sentia muito bem lá, queria voltar ao lugar onde fui feliz”, afirmou quando foi apresentado como reforço do timão.
Seguiram-se cedências aos norte-americanos dos LA Galaxy, aos brasileiros do Ceará e aos colombianos do Deportivo Cali antes de terminar o seu vínculo com os encarnados e assinar a custo zero pelo Portimonense.



 
 
 







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