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Quatro colombianos integraram os quadros do Benfica |
Oficializado esta terça-feira não
só como reforço do Benfica,
mas também como a contratação mais cara de sempre dos encarnados
em virtude dos 27 milhões de euros que custou, o médio Richard Ríos vai
tornar-se no quinto colombiano da história das águias
e, caso não haja qualquer hecatombe, apenas no terceiro cafetero a jogar
pelo clube
da Luz.
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Jorge Bermúdez |
Nessa altura, mais precisamente
no verão de 1996, chegou à Luz
o central Jorge Bermúdez, proveniente do América
de Cali, clube pelo qual tinha acabado de atingir a final da Taça
Libertadores, e com participações no Mundial de sub-20 de 1989, nos Jogos
Olímpicos de 1992 e na Copa América de 1995 no currículo.
Titularíssimo no instável Benfica
de 1996-97, foi imprescindível para os treinadores Paulo Autuori e Manuel José,
tendo sido titular nos 38 jogos que disputou e apontado dois golos, ao Rio
Ave em Vila do Conde para o campeonato e ao Vitória
de Guimarães na Luz
para a Taça
de Portugal. Nessa época, os encarnados
não foram além de um terceiro lugar na I
Liga e dos quartos de final da Taça
das Taças e foram derrotados na final da Taça
de Portugal pelo Boavista
e na Supertaça
Cândido de Oliveira pelo FC
Porto.Após um ano em Lisboa regressou à América do Sul para viver os anos dourados da carreira ao serviço do Boca Juniors, emblema pelo qual conquistou três campeonatos, uma Libertadores e uma Taça Intercontinental. Paralelamente, participou no Mundial 1998 e nas edições de 1997 e 1999 da Copa América.
“Depois da final da Taça Libertadores com o River Plate, em 1996 vou para o Benfica onde começo a ver outra realidade. Estavam lá jogadores de outro nível, cheguei a um paradigma diferente. Deu-me a possibilidade de crescer muito mais e preparar-me para o que viria a seguir. Irei sempre agradecer por isso. A minha passagem pelo Benfica foi fundamental”, afirmou à ESPN Colombia em maio de 2020.
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Guillermo Celis |
Duas décadas após a passagem de
Bermúdez pelo Benfica,
chegou ao clube no verão de 2016 o segundo colombiano história das águias,
o médio Guillermo Celis, já internacional A pelo seu
país e proveniente Junior Barranquilla, emblema ao qual foi contratado por
2,3 milhões de euros.
Tapado por Samaris e Fejsa nas
escolhas de Rui Vitória, não foi além de sete jogos disputados na primeira
metade da época 2016-17, dos quais apenas dois na condição de titular: um
diante do 1º
Dezembro para a Taça
de Portugal e outro frente ao Paços
de Ferreira na Taça
da Liga. O suficiente para que fosse considerado vencedor da dobradinha no
final da época.Em janeiro de 2017 foi emprestado ao Vitória de Guimarães, que por sua vez o viria a contratar a título definitivo no verão desse ano, por 1,75 milhões de euros. “Foi uma experiência positiva, mas não joguei com regularidade. Não posso dizer que estava feliz, já que não jogava. O Benfica tem condições incríveis, é um clube de topo, mas não me sentia feliz, ao contrário do que acontece aqui, onde tenho condições e jogo com regularidade. Não me arrependo de nada ou de ter assinado pelo Benfica. É um clube grande, na altura foi essa a escolha e agora não tenho de pensar mais nisso”, afirmou ao jornal O Jogo em dezembro de 2017.
Ao serviço dos vimaranenses chegou mesmo a marcar ao Benfica no jogo inaugural da I Liga em 2018-19.
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Cristián Arango |
Precisamente no verão em que
Celis foi vendido ao Vitória
de Guimarães, assinou pelo Benfica
o avançado Cristián Arango, contratado ao Millonarios
por 2,1 milhões de euros.
Ainda chegou a integrar estágios
de pré-época às ordens de Rui Vitória na Suíça e no Algarve, mas não convenceu
e foi emprestado ao Desportivo
das Aves durante toda a temporada 2017-18. Embora nem no emblema
avense se tivesse conseguido estabelecer como um habitual titular, venceu a
Taça
de Portugal nessa época.Na temporada seguinte foi novamente cedido, desta feita ao Tondela, e após rescindir contrato com as águias, em julho de 2019, voltou ao Millonarios. “Consegui ir para o Benfica, mas o treinador [Rui Vitória] tinha-me como o terceiro avançado. Então emprestaram-me ao Aves, uma equipa que tinha acabado de subir e acabei campeão [vitória na Taça de Portugal]. Depois fui para o Tondela, onde acabei por fazer bem as coisas, mas o Benfica quis emprestar-me de novo. Eu queria lutar por coisas importantes e apareceu o Millonarios. Voltei à Colômbia para ser campeão, era isso que procurava”, recordou em abril de 2021, em declarações à imprensa do seu país.
Entretanto tem vindo a relançar a carreira em clubes norte-americanos, ao ponto de se ter estreado pela seleção colombiana em novembro de 2021.
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Yony González |
Mais recentemente, o Benfica
contratou o extremo Yony González a custo zero em janeiro de 2020, após
o jogador terminar contrato com o Fluminense,
mas um mês depois devolveu-o ao futebol brasileiro ao empresta-lo ao Corinthians.
“Queria voltar ao Brasil. Estive a treinar com o Benfica,
mas não me sentia muito bem lá, queria voltar ao lugar onde fui feliz”, afirmou
quando foi apresentado como reforço do timão.
Seguiram-se cedências aos
norte-americanos dos LA Galaxy, aos brasileiros do Ceará
e aos colombianos do Deportivo
Cali antes de terminar o seu vínculo com os encarnados
e assinar a custo zero pelo Portimonense.
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