terça-feira, 12 de agosto de 2025

Hoje faria anos o craque do FC Porto que morreu em campo. Quem viu jogar Pavão?

Pavão atuou 229 vezes pelo FC Porto entre 1965 e 1973
Quis o destino que tivesse sido no minuto 13 da jornada 13, num dia de jogo nas Antas, um dos momentos de maior azar da história do FC Porto: um dos seus principais craques caiu fulminado no relvado, naquela que viria a ser a primeira morte súbita nos estádios portugueses. A notícia foi anunciada depois de um triunfo, sobre o Vitória de Setúbal (2-0), que ficou por comemorar.
 
Maestro do meio-campo azul e branco ao longo de oito anos (1965 a 1973), começou a jogar à bola nas ruas de Chaves, cidade onde nasceu a 12 de agosto de 1946, e percorreu as camadas jovens do Desportivo de Chaves, mas chegou aos dragões ainda júnior, em 1964, após ter sido descoberto pelo ilustre portista António Feliciano e perante a insistência do então coordenador de formação Artur Baeta. José Maria Pedroto poliu-o entre 1966 e 1969, catapultando-o para a seleção nacional A, e quis o destino que fosse ele o técnico dos sadinos naquele fatídico encontro de 16 de dezembro de 1973.
 
 
Fernando Pascoal Neves era o seu nome verdadeiro, mas a forma como ultrapassava adversários em cadeia, sempre de braços abertos, valeu-lhe a graciosa alcunha de “Pavão”. Era raçudo, à boa maneira transmontana, mas também cerebral e dotado de uma qualidade técnica superior.
 
Passou nove épocas de dragão ao peito, numa fase difícil para o clube, durante o jejum de 19 anos sem ser campeão, pelo que só ergueu uma Taça de Portugal (1967-68), mas nem por isso deixa de ser um nome carregado de mística. Estreou-se a 26 de setembro de 1965, quando tinha apenas 19 anos, tendo sido lançado pelo brasileiro Flávio Costa num triunfo sobre o Benfica de Eusébio nas Antas (2-0), naquele que foi somente o primeiro de 229 encontros de azul e branco – faturou por 25 vezes durante esse percurso. E poderiam ter sido muitos mais, pois caiu subitamente quando tinha apenas 27 anos, numa altura em que era orientado pelo treinador que defrontou na estreia, Béla Guttmann.
 
 
Chegou a ser dono da braçadeira de capitão durante duas temporadas, mas abdicou dela quando deixou de se sentir digno de a envergar, após ter sido punido com seis jogos de castigo por protestos contra Américo Barradas, árbitro de uma partida diante do Leixões.
 
Paralelamente, somou seis internacionalizações pela seleção nacional A entre 1968 e 1973, metade precisamente no ano da sua morte.
 
 
 
  




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