Hoje faz anos o médio regular surpreendentemente dispensado pelo Sporting. Quem se lembra de Pedro Martins?
Pedro Martins passou três anos no Sporting após brilhar em Guimarães
Os mais novos certamente o
conhecerão melhor como treinador, mas antes de abraçar essa carreira Pedro
Martins fez um meritório percurso como futebolista profissional que incluiu
uma internacionalização pela seleção
A, outra pela seleção nacional de sub-18, 197 jogos na I
Divisão e 105 encontros com a camisola do Sporting.
Foi um médio de características defensivas regular e consistente do qual poucos
treinadores ousaram abdicar.
Nascido em 17 de julho de 1970 em
Santa Maria da Feira e produto da formação do Feirense,
saltou para a equipa principal aos 17 anos, em 1987-88, tendo contribuído para
a promoção ao primeiro
escalão em 1989 e para a subida à II
Liga em 1994, com duas descidas de divisão pelo meio. No verão de 1994 mudou-se para o Vitória
de Guimarães e uma época de grande nível no Dom Afonso Henriques – 31 jogos
e cinco golos em todas as provas e quarto lugar no campeonato – bastou para
convencer o Sporting
a contratá-lo, tendo chegado do emblema
vimaranense juntamente com outro Pedro, o mais ofensivo Barbosa. Apesar da concorrência direta de
Oceano e Luís Vidigal, foi um habitual titular dos leões
durante as três temporadas que passou em Alvalade,
entre 1995 e 1998. Nesse período atuou em 105 partidas, 73 das quais no onze
inicial, e apontou dois golos.
Durante os três anos que jogou de
verde e branco somou a única internacionalização pela seleção
A que tem no currículo, num empate a zero na Irlanda
do Norte, a 29 de março de 1997, a contar para a fase de qualificação para
o Mundial 1998. Vítima da revolução operada no
plantel no final da temporada 1997-98, foi dispensado e prosseguiu a carreira
no Boavista,
tendo ainda jogado no Santa
Clara e no Alverca
antes de pendurar as botas em 2004, aos 33 anos. No emblema
ribatejano foi orientado por José
Couceiro, de quem se tornou adjunto, tendo trabalhado juntos no Vitória
de Setúbal, no Belenenses
e no FC
Porto. Em 2006-07 estreou-se como
treinador principal ao leme do União
de Lamas, não evitando a despromoção à III Divisão. Contudo, redimiu-se ao
comando de Lusitânia
de Lourosa, Sp.
Espinho e Marítimo
B, acabando por transitar para a equipa principal dos madeirenses
em setembro de 2010, tendo guiado os verde-rubros
à fase de grupos da Liga
Europa em 2012. Posteriormente apurou o Rio
Ave para a Liga
Europa em 2016, levou o Vitória
de Guimarães ao quarto lugar no campeonato e à final da Taça
de Portugal em 2016-17, sagrou-se tricampeão grego (2019-20, 2020-21 e
2021-22) e vencedor da Taça da Grécia (2019-20) pelo Olympiakos e venceu uma
Taça do Emir do Qatar ao leme do Al-Gharafa em 2024-25.
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