segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Pinto da Costa, o eterno presidente do FC Porto que acumulou 69 troféus e várias polémicas

Pinto da Costa esteve 42 anos na presidência do FC Porto
Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito sem oposição como sucessor de Américo de Sá, Jorge Nuno Pinto da Costa exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2591 títulos em 21 modalidades - 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.
 
Os azuis e brancos mais do quintuplicaram o seu palmarés futebolístico nesse período e tornaram-se mesmo o clube mais laureado em Portugal, ao passarem de 15 para os atuais 86 troféus – Taça de Portugal e Supertaça de 2024 já foram alcançadas no mandato de André Villas-Boas –, adicionando 23 campeonatos, 16 Taças de Portugal, 22 Supertaças Cândido de Oliveira e uma Taça da Liga, bem como uma Taça dos Campeões Europeus (1986/87), uma Liga dos Campeões (2003/04), uma Taça UEFA (2002/03), uma Liga Europa (2010/11), uma Supertaça Europeia (1987) e duas Taças Intercontinentais (1987 e 2004).
 
Nascido em 28 de dezembro de 1937, em Cedofeita, freguesia do Porto, Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa começou a desempenhar funções diretivas no FC Porto em 1958, tendo passado pelas secções de hóquei em patins, hóquei em campo e boxe e, mais tarde, pela liderança das modalidades amadoras e do departamento de futebol, até 1980.
 
O ex-dirigente redimensionaria esse trajeto nas quatro décadas seguintes, com conquistas desportivas em diversas modalidades e a modernização socioeconómica e infraestrutural do clube, por entre várias polémicas, incluindo o envolvimento no processo judicial Apito Dourado, que investigou alegados casos de corrupção no futebol português, tráfico de influências e coação sobre árbitros.
 
Pinto da Costa cessou funções na presidência do FC Porto em 7 de maio de 2024, despedindo-se 21 dias depois da SAD, responsável pela administração do futebol profissional azul e branco, na sequência da derrota eleitoral expressiva sofrida frente a André Villas-Boas.
 
Aportando o estatuto de dirigente mais antigo e titulado do futebol mundial, o agora líder honorário dos dragões somou 5224 votos (19,52%), contra 21.489 (80,28%) do antigo treinador, e 53 (0,2%) do empresário e professor Nuno Lobo, candidato derrotado em 2020, perante um recorde de 26 876 votantes.
 
Pinto da Costa fechou um reinado presidencial de 15 355 dias e afastou-se em definitivo do futebol, mas manteve a popularidade nas escassas aparições públicas feitas depois das eleições, tal como aconteceu em 27 de outubro, quando apresentou o livro “Azul até ao fim” perante quase um milhar de pessoas na Alfândega do Porto.
 
Na sua quinta obra publicada, o ex-líder do FC Porto compila textos diários escritos desde 8 de setembro de 2021, data em que soube que convivia com um cancro na próstata.







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