Vianense participou por nove vezes na II Divisão B |
Fundado a 13 de março de 1898 no
Teatro Sá de Miranda, o Sport
Clube Vianense autointitula-se o clube de futebol “ininterruptamente” mais
antigo de Portugal e, embora nunca tenha atingido a I
Divisão, passou quase toda a sua existência nos patamares nacionais.
Criado para as elites, mas
socialmente transversal, o emblema
de Viana do Castelo conseguiu o único nacional da sua história em 1998-99,
quando se sagrou campeão da III Divisão.
Após 36 presenças na II Divisão,
39 na III e 9 na II B, o clube
do Alto Minho está presentemente a disputar pela quarta vez o Campeonato
de Portugal, ficando uma vez mais integrado na Série A, a mais a norte.
Paralelamente, o clube
tem sido um autêntico viveiro de craques como Chico Silva, Rogério, Tiago,
Cabral, Sérgio Lomba, Mário Felgueiras, Nélson Lenho e mais recentemente
Trincão e Pedro Neto.
Vale por isso a pena recordar os
dez futebolistas com mais jogos pelo Vianense
na II Divisão B.
10. René (65 jogos)
René |
Médio brasileiro que no seu país
chegou a passar pelo Palmeiras,
entrou no futebol português em 1988 para representar o Vasco
da Gama de Sines, tendo ainda passado por Juventude
Évora, Sp.
Covilhã e Limianos antes de reforçar o Vianense
em fevereiro de 1995.
Com impacto imediato na equipa, foi titular nos 13 jogos que disputou,
marcou um golo ao Varzim e ajudou a formação
minhota a saltar do 16.º ao 9.º lugar na fase final da época 1994-95.
Na temporada seguinte atuou em 31 partidas (29 a titular) e apontou dois
golos, diante de Vila Real e Infesta, ajudando o conjunto
de Viana do Castelo a obter novamente o 9.º lugar na Zona Norte da II
Divisão B.
No verão de 1997 transferiu-se para o Ronfe.
9. Manuel José (68 jogos)
Titularíssimo na linha defensiva
da turma
de Viana do Castelo, disputou 33 jogos (sempre a titular) e marcou um golo
ao Maia na primeira época, ajudando a equipa a obter um tranquilo 9.º lugar.
Na temporada seguinte foi
utilizado em 31 encontros (todos como titular) e faturou por três vezes, diante
de Lusitânia Lourosa, Montalegre
e Leixões,
contribuindo para que fosse alcançada a permanência.
Já em 1997-98 participou apenas
nas primeiras três jornadas (toda a titular) e marcou um golo ao Esposende,
não conseguindo evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
manteve-se no clube,
integrou o plantel que em 1998-99 se sagrou campeão nacional da III Divisão e
na época que se seguiu disputou um jogo na II Divisão B, não evitando nova
despromoção.
Após pendurar as botas viveu
algumas experiências como adjunto de Rogério Gonçalves, treinador que o
orientou em Viana
do Castelo.
8. Israel (70 jogos)
Israel |
Um filho de Viana
do Castelo e um produto da formação do Vianense
– jogou ao lado de Tiago até aos iniciados –, que esteve 23 anos (não
consecutivos) ao serviço do clube,
desde os infantis às funções de team
manager dos seniores, categoria que capitaneou durante várias épocas.
Este médio defensivo tinha apenas 17 anos e era ainda júnior de primeiro
ano quando se estreou pela equipa principal, em 1997-98, tendo atuado em quatro
jogos (três a titular) na II Divisão B.
Dois anos depois, como sénior de primeiro ano, disputou duas partidas
(ambas como suplente utilizado) no terceiro escalão do futebol português.
Entretanto passou pelo Neves, mas em 2001-02 voltou para recolocar o Vianense
na II B, patamar em que na época seguinte participou em 21 encontros (19 a
titular), não evitando a descida à II Divisão.
Em 2005 rumou ao Cerveira, mas dois anos depois regressou a Viana
do Castelo para contribuir para nova subida à II Divisão B, competição em
que amealhou mais 43 jogos (19 a titular) e um golo ao Tirsense
entre 2008 e 2010, mostrando-se impotente para evitar nova descida à III
Divisão em 2010.
Israel haveria de permanecer no clube
até 2013, despedindo-se com a subida ao Campeonato
de Portugal, passando por Valenciano e Ponte da Barca antes de um último
regresso a casa para representar o Vianense
entre 2006 e 2018.
No verão de 2018 pendurou as botas e tornou-se team manager da equipa principal.
7. Sérgio Lomba (70 jogos)
O jogador desta lista que atingiu
maior notoriedade, um defesa central nascido em Moçambique, mas radicado no
Minho desde tenra idade, que fez praticamente toda a carreira no norte de
Portugal.
Após ter dado nas vistas nas
camadas jovens do Vianense
no final da década de 1980 foi para o Vitória
de Guimarães concluir a formação. No entanto, não encontrou espaço na
equipa principal dos vimaranenses
e por isso voltou a Viana
do Castelo em 1993-94, na altura para contribuir para a subida à II Divisão
B, já depois de ter passado pelo Vila Real.
Entretanto passou pelo Freamunde,
mas voltou a casa no verão de 1995 para assinar duas épocas de grande qualidade
na II B, nas quais totalizou 59 encontros (58 a titular) e apontou quatro
golos, diante de Lusitânia Lourosa e Leixões
em 1996-97 e frente a Vizela
e Leixões
na temporada seguinte.
Valorizado, deu em 1997 o salto
para o Gil
Vicente, clube pelo qual se haveria de estrear na I
Liga, patamar competitivo em que também representou Moreirense
e Penafiel.
Após uma passagem de três pelo futebol
espanhol voltou ao Vianense
em janeiro de 2009, aos 35, para disputar onze jogos na II Divisão B, ajudando o
conjunto
minhoto a assegurar a permanência.
Depois regressou a Espanha,
antes de encerrar a carreira no Valenciano.
Em 2013 voltou ao Vianense
como treinador nas camadas jovens.
6. Rui Miguel (74 jogos)
Rui Miguel |
Extremo formado no Rio
Ave ao lado de Paulinho Santos, chegou a jogar pela equipa principal dos vila-condenses,
mas não encontrou o seu espaço e por isso prosseguiu a carreira nas ligas não
profissionais, tendo passado por Maia e Castêlo da Maia antes de ingressar no Vianense
no verão de 1996.
Na primeira época em Viana
do Castelo atuou em 16 partidas (15 a titular) e apontou dois golos, diante
de Lusitânia Lourosa e Lamego, ajudando os minhotos
a assegurar a permanência.
Já em 1997-98 foi utilizado em 28
encontros (16 a titular), mas foi impotente para evitar a descida à III
Divisão, competição da qual se sagrou campeão nacional na temporada seguinte.
No regresso à II Divisão B, em
1999-00, disputou 30 jogos (26 a titular) e faturou por quatro vezes, frente a Marco,
Lusitânia Lourosa, FC
Porto B e Caçadores das Taipas, mas voltou a não conseguir evitar a
despromoção.
Após nova descida de divisão
mudou-se para o Canelas, tendo regressado ao Vianense
em 2003-04 para jogar na III Divisão.
5. César (77 jogos)
Entretanto mudou-se para o
Freamunde na companhia de Sérgio Lomba, Paulo Fernando e Couto, mas regressou a
Viana
do Castelo no verão de 1995 para jogar três temporadas consecutivas na II
Divisão B, nas quais acumulou um total de 66 jogos (56 a titular).
Depois de ter ajudado a assegurar
a permanência nas duas primeiras épocas, foi impotente para evitar a
despromoção em 1997-98. No entanto, redimiu-se ao integrar a equipa que se
sagrou campeã nacional da III Divisão na temporada que se seguiu.
Em 1999-00 representou o Juventude
Évora, mas logo a seguir voltou ao emblema
do Alto Minho para jogar na III Divisão, tendo contribuído em 2001-02 para
a subida à II Divisão B, patamar em que disputou onze jogos (dez a titular) na
época seguinte, não evitando a despromoção.
No verão de 2003 transferiu-se
para o Santa Maria e dois anos depois terminou a carreira no Melgacense.
Após pendurar as botas voltou ao Vianense
para jogar pelos veteranos, treinar as camadas jovens e assumir a função de
treinador adjunto na equipa principal.
4. Zé Pedro (78 jogos)
Defesa central/médio defensivo
formado no Sp.
Braga ao lado de Quim, Hugo e Castanheira, não encontrou espaço na equipa
principal dos bracarenses
e por isso foi ganhar rodagem para as divisões não profissionais, tendo
regressado ao Vianense
no verão de 1997.
Na primeira época em Viana
do Castelo disputou 25 jogos (24 a titular) e apontou dois golos, frente a Marco
e Vila Real, insuficientes para evitar a despromoção.
No entanto, redimiu-se em 1998-99
ao sagrar-se campeão nacional da III Divisão e alcançar a consequente promoção
à II Divisão B, patamar em que na época seguinte atuou em 29 partidas (27 a
titular) e faturou por três vezes, diante de Trofense, Sandinenses e Lixa, não
conseguindo evitar nova descida à III Divisão.
Em 2000-01 representou o Valecambrense,
mas na temporada que se seguiu voltou ao emblema
do Alto Minho para contribuir para mais uma promoção à II B, patamar em que
disputou 24 jogos (20 a titular) e marcou um golo aos Caçadores das Taipas,
insuficiente para evitar nova descida de divisão.
No verão de 2003, após a
despromoção, transferiu-se para o Vilaverdense.
3. Marco Alexandre (88 jogos)
Marco Alexandre |
Médio ofensivo natural de Viana
do Castelo e formado no Vianense,
estreou-se na equipa principal aos 18 anos, em novembro de 1995, tendo
participado em três jogos (um a titular) na II Divisão B nessa época.
Na temporada seguinte atuou em dez partidas (duas a titular),
transferindo-se no verão de 1997 para o Neves.
Entretanto passou pelo Monção e pelo Sp.
Braga B, tendo regressado a Viana
do Castelo no início de 2001. Um ano e meio depois ajudou o emblema
minhoto a subir à II Divisão B, patamar em que disputou 32 encontros (29 a
titular) e apontou cinco golos, frente a Sp.
Braga B, Infesta, Dragões Sandinenses, Vila Real e Freamunde, insuficientes
para evitar a despromoção.
No verão de 2003 voltou ao Monção, mas três anos depois regressou ao Vianense,
ajudando o clube
novamente a subir à II Divisão B, competição em que totalizou 43 jogos (36 a
titular) e apontou três golos, diante de Gondomar, Valdevez e Vieira, não
conseguindo evitar a despromoção à III Divisão em 2010.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Ponte da Barca.
2. Gomes (96 jogos)
Gomes |
Defesa central natural de Arcos
de Valdevez, entrou na formação do Vianense
em 1988 e deixou a equipa principal 24 anos depois, ainda que pelo meio tenha
tido curtas passagens por Chafé, Limianos e Cerveira.
Em 1996-97 disputou um jogo (como
suplente utilizado) na II Divisão B, tendo na época seguinte atuou em 25
partidas (17 a titular) na competição, não evitando a despromoção.
Em 1998-99 sagrou-se campeão
nacional da III Divisão e na temporada que se seguiu disputou 21 jogos (19 a
titular) na II B, voltando a descer de divisão.
Depois de um ano no Limianos,
voltou ao Estádio Dr. José de Matos no verão de 2001 para recolocar o emblema
de Viana do Castelo na II B, patamar em que atuou em 35 encontros (todos
como titular) em 2002-03, mostrando-se novamente impotente para evitar a
despromoção.
Entre 2005 e 2007 vestiu a
camisola do Cerveira, mas depois voltou ao Vianense
para alcançar a terceira promoção no clube
e cumprir mais um total de 14 jogos (oito a titular) na II Divisão B entre 2008
e 2009, voltando depois a descer à III Divisão.
Em 2012 despediu-se da equipa
da capital do Alto Minho e transferiu-se para o Valenciano.
1. Niso (97 jogos)
Niso |
Médio natural da Correlhã,
concelho de Ponte de Lima, passou pelas camadas jovens de FC
Porto e Vitória
de Guimarães, mas quando subiu a sénior jogou dois anos no Limianos antes
de ingressar no Vianense
no verão de 1995.
Na primeira época no clube
disputou 31 jogos (26 a titular) e apontou três golos, frente a Marco,
Santa Maria e Limianos, contribuindo para a obtenção de um honroso 9.º lugar.
Em 1996-97 participou em 31
encontros (23 a titular) e faturou por duas vezes, diante de Esposende
e Montalegre,
ajudando a formação
de Viana do Castelo a assegurar a permanência.
Na terceira e derradeira
temporada no emblema
minhoto atuou em 35 partidas (todos a titular) e somou seis remates
certeiros, diante de Gondomar, Valenciano (dois), Vila Real e Guarda (dois),
mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida à III Divisão
transferiu-se para os Caçadores das Taipas.
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