segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Hoje faz anos o central com 307 jogos nas ligas profissionais e treinador com subidas seguidas pelo Barreirense. Quem se lembra de Duka?

Duka representou Barreirense, Espinho, Campomaiorense e Portimonense
Defesa central nascido a 18 de agosto de 1972 na vila de Ribeira Grande, na ilha cabo-verdiana de Santo Antão, mas radicado na zona do Barreiro desde tenra idade, começou por jogar nas camadas jovens de pequenos clubes daquela cidade da margem sul, nomeadamente Silveirense e Santoantoniense.
 
No emblema de Santo António da Charneca foi pela primeira vez companheiro de equipa do também central Paulo Fonseca, com quem seguiu para os iniciados do Barreirense no verão de 1986.
 
Em 1990-91, ambos foram lançados, ainda juniores, na equipa principal dos alvirrubros, que nessa época desceram da II Liga à II Divisão B. Duka, cujo nome de nascimento é Adriano da Luz Duarte, foi o primeiro dos dois a dar o salto, tendo saído para o Sp. Espinho no verão de 1994.
 
Acabou por ficar seis temporadas nos tigres da Costa Verde, pelos quais atuou em 146 partidas, tendo apontado seis golos. Contribuiu para a promoção à I Liga em 1995-96, estreando-se no primeiro escalão na temporada seguinte, marcada pela despromoção. “Eu fiquei engessado um mês com uma lesão no joelho, o Milton Mendes joelho, o Sérgio Lavos joelho, o Caetano, o baixinho, joelho, o Lino joelho, o Márcio Luís, que jogava tanto, joelho. Foi uma pena, porque tínhamos uma equipa engraçada. Acabámos por descer de divisão”, recordou ao Maisfutebol em fevereiro de 2018.
 
 
Depois de ter passado os últimos três anos no conjunto alvinegro a competir na II Liga, reentrou no patamar maior do futebol português pela porta do Campomaiorense em 2000-01, não conseguindo impedir a descida de divisão dos galgos. “Chego ao Campomaiorense depois da era Jimmy e Stoilov, quando o clube já está a desinvestir. Apanho o Campomaiorense do Laelson e do Wellington, com uma série de velhotes. Acabámos por descer de divisão. No segundo ano de Campo Maior, o clube vai buscar um monte de miúdos ao Sporting, o Carlos Martins, Vasco Matos, Chiquinho, Nauzet, Patacas, enfim, tínhamos uma equipa fantástica. Estávamos em segundo lugar, mas empatamos um jogo em casa com o Estrela da Amadora e mandaram o Diamantino embora. Foram buscar um espanhol, Fabri González, com uma maneira de estar na bola... inacreditável. Nunca tinha visto uma coisa assim. Era malcriado, mesmo, com os jogadores. A palavra é estúpido: era estúpido. Aquilo começou a descambar e não descemos de divisão por pouco. O Carlos Martins, que tinha 18 anos, mas muito futebol, foi embora, o Paulo Vida vai embora, o Beke vai embora, todos em conflito com o treinador”, lembrou.
 
 
No verão de 2002 mudou-se para o Portimonense, então com ambições de subida à I Liga, e permaneceu no emblema algarvio durante quatro temporadas, mas sem alcançar o objetivo da promoção. A subida esteve à beira de acontecer logo na época de estreia, enquanto nas três que se seguiram esteve mais perto da descida à II Divisão B.
 
Pendurou as botas em 2006, à beira do 34.º aniversário, após 307 jogos e 19 golos nas ligas profissionais e sete internacionalizações por Cabo Verde. Entretanto tornou-se treinador, tendo começado como adjunto de Diamantino Miranda na equipa principal e técnico principal dos juvenis no Portimonense.
 
Em 2007-08, graças a um toque de Paulo Fonseca à direção do clube, passou a integrar os quadros do Barreirense, passando a treinador da equipa principal em 2009-10, num momento difícil para o clube, com a casa às costas após a demolição do mítico Estádio Dom Manuel de Mello.
 
Em 2011-12 guiou o conjunto do Barreiro ao título distrital da AF Setúbal e consequente promoção à III Divisão Nacional e na temporada que se seguiu somou nova subida de divisão, desta feita à edição inaugural do então denominado Campeonato Nacional de Seniores (atual Campeonato de Portugal).
 
 
Ficou no cargo até fevereiro de 2014, não resistindo aos maus resultados apesar dos créditos ganhos nas épocas anteriores. “Custou-me muito. Foi um misto de mágoa e revolta, porque fui mandado embora por causa dos resultados. Depois de tudo o que tinha dado. Mas então pensei: o futebol é assim, bola para a frente”, desabafou.
 
Não voltou a treinar desde então, mas entre 2018 e 2021 voltou ao Barreirense como coordenador geral. Paralelamente aventurou-se num projeto de distribuição do correio bancário juntamente com outros ex-futebolistas como Jorge Silva e Jorge Ferreira, passando posteriormente a trabalhar na Autoeuropa. 



 








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