quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

“Um brasileiro é bom, dois já são uma escola de samba e três uma multidão em Copacabana”. Recorde as melhores pérolas de Pedroto

Pedroto teve três passagens pelo comando técnico do FC Porto
José Maria Pedroto é uma figura incontornável do futebol português. Foi selecionador nacional a meio da década de 1970, ganhou duas Taças de Portugal pelo Boavista, guiou o Vitória de Setúbal ao segundo lugar no campeonato e, sobretudo, construiu, juntamente com Pinto da Costa, as bases de um FC Porto hegemónico em Portugal, tendo vencido dois campeonatos, três Taças de Portugal e uma Supertaça Cândido de Oliveira ao leme dos dragões.
 
Por detrás daqueles óculos fundo de garrafa estava um homem com uma inteligência admirável, que preferia pressionar em vez de impressionar, cultivando a semente do clima de crispação no qual o futebol português mergulhou. Frases como “roubo de igreja” e “quando o FC Porto passa a ponte da Arrábida já está a perder” foram celebrizadas por este treinador falecido em janeiro de 1985.
 
Nem a figura do selecionador nacional ficava imune às tiradas de Pedroto. Em outubro de 1979, chamou palhaço ao então técnico da equipa das quinas, Mário Wilson, por ter marcado um jogo amigável para Vigo poucos dias antes de um AC Milan-FC Porto da Taça dos Campeões Europeus, e proibiu os jogadores portistas de irem à seleção. Passado uns dias, corrigiu a afirmação: “Peço desculpa. Nunca foi minha intenção ofender os palhaços.”
 
 
Com opiniões firmes, Pedroto era contra a presença de mais do que um brasileiro na equipa. “Duda é o meu brasileiro. Um brasileiro é bom, dois já são uma escola de samba, três brasileiros juntos são uma multidão em Copacabana”, afirmou, algures durante a sua segunda e de três passagens pelos azuis e brancos, entre 1976 e 1980.
 







 

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