sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Um jogador como Haaland não pode vencer a Bola de Ouro

Haaland leva 101 golos em 107 jogos pelo Manchester City
A crítica não é fácil de fazer. Afinal, estamos a falar de um jogador que esta época leva onze golos em nove jogos a competir na melhor liga do mundo e na Liga dos Campeões e que nas últimas temporadas tem apresentado uma média a roçar um golo por jogo. Mas cá vai disto.
 
Os golos de Erling Haaland teimam em aparecer nos resumos. É raro o jogo do Manchester City em que tal não acontece. Sejam uma finalização gélida, um golo de cabeça ou um gesto técnico que exige grande capacidade atlética. O problema é o que não aparece nos resumos.

A filial nº 1 do Atlético fundada em Boa Hora. Hoje faz anos o Arrentela

Arrentela foi fundado a 4 de outubro de 1925
A ideia nasceu quando uns jovens arrentelenses organizaram em Almada um torneio de futebol, cuja receita reverteu a favor da Filarmónica, que naquela altura era a única coletividade em Arrentela, no concelho do Seixal.
 
Como recompensa ao gesto do grupo de jovens, a Filarmónica cedeu-lhes uma dependência na sua sede. O grupo organizou-se para formar um novo clube, tendo levado a cabo a primeira Assembleia Geral em maio de 1925, presidida por Mário Ramalhete, que viria a ser eleito para a primeira direção do então denominado Arrentela Foot-Ball Clube. Do corpo diretivo também constavam os nomes de Francisco Neves, José de Matos Figueiredo e João Rego, assim como do capitão geral Joaquim Barreto Couceiro, que foi convidado a elaborar os estatutos.

Hoje faz anos o defesa brasileiro que ganhou uma Taça pelo Beira-Mar e outra pelo Benfica. Quem se lembra de Cristiano?

Cristiano disputou 165 jogos pelo Beira-Mar e 31 pelo Benfica
Jogador com boa envergadura física (1,85 m), capaz de atuar no centro e no lado esquerdo da defesa e com qualidade na execução de livres diretos, reforçou o Beira-Mar no verão de 1998, proveniente do Grêmio de Porto Alegre. Pelo histórico emblema brasileiro havia conquistado uma Taça do Brasil (1997) e jogado ao lado de craques como Chiqui Arce, Roger Machado, Dinho, Emerson e Mário Jardel.
 
Em Aveiro depressa ganhou a confiança do treinador António Sousa. Atuou em 16 encontros na época de estreia, todos como titular. Esteve no banco no triunfo dos aurinegros sobre o Campomaiorense na final da Taça de Portugal, mas contribuiu para a caminhada até ao Jamor, tendo apontado um dos golos na vitória sobre a União de Leiria nos oitavos de final. Porém, essa temporada foi agridoce, uma vez que os aveirenses foram despromovidos à II Liga.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

O marroquino formado no Ajax de que Quinito não abdicava. Quem se lembra de Aziz?

Aziz jogou por Sp. Espinho e Vitória de Setúbal na I Divisão
Médio ofensivo marroquino nascido em Casablanca, mas radicado nos Países Baixos desde tenra idade, jogou nas camadas jovens do Ajax ao lado de Marco van Basten, John van’t Schip ou Stanley Menzo, mas não ficou no emblema de Amesterdão quando transitou para sénior e foi obrigado a procurar a sorte noutras paragens.
 
O clube que o recebeu foi o Zwolle, que em 1984-85 fez de Aziz Doufikar o primeiro marroquino a jogar futebol profissional nos Países Baixos.
 
No verão de 1987 rumou ao futebol português para reforçar o Sp. Espinho, então orientado por Quinito, tendo contribuído para um honroso 8.º lugar na I Divisão em 1987-88. Na época seguinte não evitou a despromoção ao segundo escalão, mas deu nas vistas com nove golos entre campeonato e Taça de Portugal.

O defesa que era pau para toda a obra no Benfica. Quem se lembra de Ricardo Rocha?

Ricardo Rocha disputou 163 jogos pelo Benfica entre 2002 e 2007
Foi no centro da defesa, ao lado de Luisão, que se sagrou campeão nacional em 2004-05. Foi à direita que, por exemplo, anulou Ronaldinho no Estádio da Luz nos quartos de final da Liga dos Campeões em março de 2006. E foi maioritariamente à esquerda que jogou durante grande parte da passagem de Jose Antonio Camacho pelo comando técnico do Benfica, quando ainda não havia Fyssas.
 
Talvez hoje o recordemos como um defesa central, mas a verdade é que Ricardo Rocha foi um pau para toda a obra no eixo defensivo durante os quatro anos e meio que passou de águia ao peito. Por um lado, foi essa polivalência e disponibilidade que lhe permitiram, nesta ou naquela posição, amealhar uns muito respeitáveis 163 jogos pelo Benfica. Por outro, a não fixação na sua posição natural, de central, poderá ter-lhe custado caro em termos de seleção nacional. Afinal, não foi além de seis internacionalizações entre 2002 e 2006, pouco para alguém que era titular de um dos três crónicos candidatos ao título e que vestiu as camisolas de Tottenham e Portsmouth na Premier League.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

A minha primeira memória de… um jogo entre FC Porto e Manchester United

Nuno Valente em disputa de bola com Cristiano Ronaldo
Ainda não era nascido quando FC Porto e Manchester United se defrontaram na 2.ª eliminatória da Taça das Taças em 1977-78 e ainda não ligava a futebol aquando do duplo confronto entre as duas equipas nos quartos de final da Liga dos Campeões em 1996-97. Mas lembro-me bem dos dois jogos entre dragões e red devils nos oitavos de final da Champions em 2003-04. Ainda assim, é uma memória antiga o suficiente para remontar aos tempos em que em Portugal o clube inglês era simplesmente chamado de Manchester – ignorando a existência de um emblema, na altura de muito menor importância, na mesma cidade.
 
Embora o nome Manchester United impusesse sempre algum respeito, lembro-me de, na altura, não considerar a eliminatória uma missão impossível para o conjunto então orientado por José Mourinho.
 
Em primeiro lugar, porque esse United estava uns furos abaixo não só dos concorrentes diretos em Inglaterra, Arsenal e Chelsea, como das equipas de topo da Europa, nomeadamente Real Madrid e AC Milan. Era um United que tinha Tim Howard, Phil Neville, Wes Brown, Nicky Butt, Quinton Fortune, Louis Saha, John O’Shea, um Roy Keane a dar as últimas e um Cristiano Ronaldo que ainda era uma figura secundária na equipa.
 
Depois, o FC Porto de Mourinho tinha uma aura especial. Era uma equipa destemida, implacável com os rivais internos e que no ano anterior havia mostrado capacidade para vencer nos terrenos de Marselha ou Panathinaikos ou de golear a Lazio em casa.

Morreu o árbitro que “impunha respeito”. Quem se lembra de Veiga Trigo?

Veiga Trigo apitou na I Divisão entre 1978-79 e 1995-96
O antigo árbitro internacional José Veiga Trigo, que terminou a carreira na época de 1995-96, morreu esta terça-feira aos 73 anos.
 
Veiga Trigo chegou em 1978-79 à I Divisão, patamar em que somou 153 jogos, depois de ter passado uma época na III Divisão e outra no segundo escalão, vindo dos distritais da AF Beja, tendo chegado a árbitro internacional. Foi igualmente fiscal de linha de Carlos Valente, Alder Dante e Vítor Correia.
 
O juiz bejense apitou ainda três jogos da Supertaça Cândido de Oliveira, assim como as finais da Taça de Portugal de 1991-92 e 1992-93, vencidas por Boavista e Benfica, respetivamente.
 

O mexicano que desiludiu e se sentiu chantageado no Benfica. Quem se lembra de Kikin Fonseca?

Kikin Fonseca marcou três golos em 13 jogos pelo Benfica
Avançado com créditos firmados no campeonato mexicano e ao serviço da seleção tricolor, pela qual tinha apontado 20 golos em 33 internacionalizações, reforçou o Benfica no verão de 2006, por uma verba a rondar os 3,5 milhões de euros, após ter marcado a Portugal num dos quatro jogos que disputou no Mundial da Alemanha e um ano depois de ter dado nas vistas na Taça das Confederações – faturou diante de Japão e Alemanha.
 
Quando o Benfica está prestes a reforçar-se com um jogador, o alarido é sempre grande e o assunto rende dias e dias nos jornais. E com Kikin Fonseca, que na altura alinhava no Cruz Azul, não foi diferente. Anda por cima, tinha um currículo, um registo de golos bem interessantes e ainda era relativamente jovem (26 anos). O hype era enorme.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

A minha primeira memória de… um jogo entre Benfica e Atlético Madrid

Simão domina a bola entre Di María e Nuno Gomes
Os primeiros jogos oficiais entre Benfica e Atlético Madrid aconteceram na fase de grupos da Liga dos Campeões em 2015-16, mas antes disso as duas equipas defrontaram-se algumas vezes em particulares de pré-época.
 
Ainda não era nascido aquando dos duelos para o Torneio Internacional de Lisboa em 1984 ou para a Troféu Cidade de Vigo em 1989, mas lembro-me de águias e colchoneros terem medido forças no jogo de apresentação dos encarnados aos sócios antes da temporada 2009-10.
 
Na altura, com Jorge Jesus recém-chegado ao comando técnico, o Benfica estava imparável, tendo já derrotado a Shakhtar Donetsk, Athletic Bilbao e Olhanense em jogos particulares. Depois disso também venceram o Torneio de Amesterdão, com vitórias sobre Sunderland e Ajax, e a Eusébio Cup, com um triunfo sobre o AC Milan no desempate por penáltis. Mas esse encontro de apresentação aos sócios diante do Atlético Madrid serviu também para esfriar um pouco a euforia.

O mundialista pela Holanda que chegou tarde ao Benfica. Quem se lembra de Gaston Taument?

Taument disputou 20 jogos e marcou um golo pelo Benfica em 1997-98
Era um daqueles reforços que pareciam infalíveis: 15 vezes internacional A pela Holanda, participações no Mundial 1994 e no Euro 1996 no currículo, 14 golos em 40 jogos pelo Feyenoord na época anterior sem se tratar de um ponta de lança, apenas 26 anos e contratado a custo zero.
 
Mas Gaston Taument desiludiu no Benfica. Quem o viu jogar de águia ao peito reconheceu-lhe qualidade técnica e velocidade, mas a verdade é que chegou a Lisboa com problemas físicos que anteciparam, ainda bem antes dos 30 anos, o início da curva descendente da carreira.
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