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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

O gigante das balizas que ajudou o Sporting a voltar a ser campeão. Quem se lembra de Schmeichel?

Schmeichel festejou um campeonato e uma Supertaça em Alvalade
Um gigante pelo tamanho (1,93 m), mas também pela personalidade, valentia e competência demonstradas ao longo de mais de duas décadas de carreira. Afinal, Peter Schmeichel foi eleito melhor guarda-redes do mundo em 1992 e 1993 e um dos melhores dez do século XX para a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), tendo ainda sido votado como o melhor guardião de sempre numa sondagem pública promovida pela Reuters.
 
Depois de passagens por clubes modestos da Dinamarca como o Gladsaxe-Hero e o Hvidovre, assinou pelo Brondby em 1987 e logo nesse ano somou a primeira de 129 internacionalizações pela seleção principal do seu país, um recorde somente superado por Simon Kjær em 2023. No ano seguinte disputou a sua primeira fase final, o Euro 1988 – depois esteve nos Europeus de 1992, 1996 e 2000 e no Mundial 1998.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

O mais carismático preparador físico que passou pelo futebol português. Quem se lembra de Roger Spry?

Roger Spry trabalhou no Vitória FC, no Sporting e no FC Porto
Um preparador físico especial, com métodos fora da caixa, que incluíam pinturas faciais, música e artes marciais. Uma personagem que ainda hoje é recordada por quem passou pelas mãos dele.
 
Convidado por Malcolm Allison, este inglês surgiu pela primeira vez no futebol português em 1986, quando o compatriota assumiu o comando técnico do Vitória de Setúbal. “Com o Malcolm era fácil trabalhar. Todos os dias ele vinha ter comigo e dizia ‘Roger, os próximos 30 minutos são teus, faz desses gajos o que quiseres’. E aí, sim, eu procurava variar o mais possível. Às vezes sentia que o dia era pesado e a equipa precisava de música, às vezes ensaiava passos de artes marciais para melhorar a concentração, mas noutros dias só falávamos. O segredo é esse, perceber o que dar e quando dar. E, claro, encontrei personalidades muito diferentes. No balneário do Vitória havia muitos jogadores com mais de 30 anos: o Eurico, o Rui Jordão, o Manuel Fernandes…”, recordou ao Maisfutebol em outubro de 2019.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

O guarda-redes do Sporting nos 3-6 e finalista da Taça por três clubes. Quem se lembra de Lemajic?

Lemajic sofreu 31 golos em 34 jogos pelo Sporting entre 1993 e 1995
Zoran Lemajic foi um dos melhores guarda-redes do futebol português durante a primeira metade da década de 1990. Chegou a Portugal relativamente tarde, quando já tinha 28 anos, mas foi bem a tempo de fazer história, pois esteve em quatro finais da Taça de Portugal por três clubes: Farense em 1989-90, Boavista em 1992-93 e Sporting em 1993-94 e 1994-95.
 
Depois de representar os kosovares do Prishtina, este jugoslavo de origem montenegrina deixou os Balcãs no verão de 1989. “Recebi um convite de um grande empresário que tinha estado ligado ao New York Cosmos. Tinha colocado grandes jogadores da América. Houve então a hipótese de ir a Portugal e fui treinar ao Farense, que estava na II Divisão. O Paco Fortes era o treinador. Gostou do que fiz e disse-me que já não ia embora”, recordou ao Maisfutebol em outubro de 2017.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

O defesa nigeriano que ajudou o Sporting a chegar à final da Taça UEFA. Quem se lembra de Enakarhire?

Enakarhire disputou 33 jogos pelo Sporting em 2004-05
Defesa nigeriano muito possante (1,84 m), rápido, forte na marcação e capaz de desempenhar várias funções na linha defensiva, começou a jogar futebol no Enugu Rangers, mas foi para os belgas do Standard Liège concluir a formação e iniciar a carreira de futebolista profissional.
 
Depois de três boas épocas no campeonato belga, e numa altura em que tinha ainda 21 anos, Joseph Enakarhire reforçou o Sporting no verão de 2004, tendo custa cerca de 750 mil euros aos cofres leoninos.

O central leonino de segunda geração que esteve no Mundial 1986. Quem se lembra de Morato?

Morato disputou 179 jogos pelo Sporting e seis pela seleção A
António Morato, defesa central e formado no Sporting tal como o pai, glória leonina das décadas de 1950 e 1960, desde cedo que se perfilou como um jogador promissor, tendo percorrido praticamente todas as seleções jovens, desde os sub-14 aos sub-21.
 
Apesar de não ser alto (1,76 m), exibia um grande sentido posicional, velocidade, capacidade técnica e elegância, características que faziam dele um central muito eficiente. A estreia na equipa principal aconteceu na época 1983-84, pela mão de Josef Venglos, numa altura em que tinha apenas 19 anos.
 
Porém, foi na temporada seguinte, às ordens de John Toschack, que se começou a afirmar como titular, beneficiando da implementação de um sistema de três defesas, no qual Morato desempenhava um papel semelhante ao de um líbero.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Lateral internacional e um dos primeiros portugueses a jogar na Premier League. Quem se lembra de Nélson?

Nélson representou Sporting, FC Porto e Vitória de Setúbal
Jogador maioritariamente formado no FC Porto, concluiu a formação e iniciou a carreira de futebolista profissional no Salgueiros, foi lançado na equipa principal do emblema de Paranhos em junho de 1990 pelo treinador Zoran Filipovic, que adaptou o até então avançado em lateral direito, e deu um pequeno contributo para a conquista do título de campeão da II Divisão Nacional.
 
“Fiz a formação toda como avançado, goleador, ponta-de-lança! E o que mais gostava na vida seria ter feito a carreira como ponta-de-lança. Mas também sei que não conseguiria ter a carreira como tive. Joguei a central, muitas vezes a lateral esquerdo, em Inglaterra joguei muito a meio-campo, mas nunca como avançado. Se nos seniores tivesse recusado jogar a lateral direito quando Filipovic me propôs isso, nos Salgueiros, não teria tido a carreira que tive”, afirmou ao Maisfutebol em abril de 2016.
 
Em 1990-91 agarrou a titularidade no conjunto salgueirista e no final dessa época ajudou a seleção nacional de sub-20 a vencer o título mundial da categoria em Lisboa. Valorizado, deu imediatamente o salto para o Sporting, numa altura em que ainda tinha 19 anos.

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

“Não os subestimámos. Eles é que eram melhores do que pensávamos”. As melhores frases de Sir Bobby Robson

Bobby Robson orientou Sporting e FC Porto na década de 1990
Bobby Robson era um britânico à moda antiga, um gentleman carregado de chã, educação, cortesia, boa disposição e humor fino. Dedicou toda a vida ao futebol, mas gostava de ter experimentado outras coisas. “Teria dado o meu braço direito para ser um pianista”, afirmou um dia, numa típica frase bem-humorada da sua parte. Também apreciava a natureza, sempre com muito humor à mistura. “Olhem para estas oliveiras. Têm 200 anos, do tempo antes de Cristo”, brincou noutra ocasião.
 
Um dos nomes mais mediáticos da história do desporto-rei, representou clubes como Fulham e West Bromwich e foi internacional A por Inglaterra enquanto futebolista, tendo marcado presença nos Mundiais de 1958 e 1962.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

A lenda belga que orientou o pior Sporting da história. Quem se lembra de Franky Vercauteren?

Vercauteren brilhou na Bélgica e desiludiu no Sporting
Franky Vercauteren foi um dos melhores futebolistas belgas de sempre, um destacado elemento da geração de ouro da Bélgica na década de 1980, um médio/extremo esquerdo 63 vezes internacional pelo seu país, que ajudou les diables rouges a concluir o Mundial 1986 em quarto lugar. Antes, havia marcado presença no Campeonato do Mundo de 1982 e no Euro 1984.
 
A nível de clube, venceu duas Taças das Taças e outras tantas Supertaças Europeias (1976 e 1978), uma Taça UEFA (1982-83), quatro campeonatos (1980-81, 1984-85, 1985-86 e 1986-87), uma Taça da Bélgica (1975-76) e duas Supertaças da Bélgica (1985 e 1987) ao serviço do Anderlecht, tendo ainda contribuído para mais uma caminhada até à final da Taça das Taças (1976-77) e outra até à final da Taça UEFA (1983-84). Em 1983 chegou a ser nomeado para a Bola de Ouro e recebeu o prémio de melhor futebolista do campeonato belga.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

O guardião que chegou a destronar Damas no Sporting e foi bicampeão no FC Porto. Quem se lembra de Rui Correia?

Rui Correia disputou um total de 264 jogos na I Divisão
A carreira de um futebolista é feita de altos e baixos e o guarda-redes Rui Correia que o diga. O mesmo que ainda muito jovem chegou a destronar Vítor Damas no Sporting e mais tarde foi convocado para o Euro 1996 quando defendia a baliza do Sp. Braga e conquistou dois títulos nacionais pelo FC Porto viveu três anos de quase completa inatividade no Vitória de Setúbal, dois sem um único minuto de competição quando ainda pertencia aos dragões e desceu de divisão pelo Salgueiros.
 
Guarda-redes de baixa estatura (1,79 m) natural de São João da Madeira, começou a jogar futebol nas camadas jovens da Sanjoanense, de onde saltou para os juniores do Sporting em 1984-85. Duas épocas depois foi integrado no plantel principal dos leões, mas só fez a estreia em 1987-88, temporada em que dividiu a titularidade com Vítor Damas – ambos disputaram 19 jogos, mas o mítico guardião leonino foi o dono da baliza nos últimos jogos, já com António Morais no comando técnico.

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

O brasileiro que passeou classe na defesa do Sporting. Quem se lembra de Luisinho?

Luisinho representou o Sporting entre 1989 e 1992
Um nome que tem de estar presente quando o assunto é melhores defesas centrais de sempre do Sporting. “Classe” é a palavra mais vezes utilizada para descrever Luisinho, uma antítese do estereótipo da posição, porque até era relativamente baixo (1,79 m) e não era propriamente viril.  “Quem sabe jogar não precisa bater”, afirmou numa entrevista ao Maisfutebol em abril de 2016.
 
Natural de Nova Lima, no estado brasileiro de Minas Gerais, despontou no Vila Nova, mas foi no Atlético Mineiro que se notabilizou, entre 1978 e 1989. Nesse período conquistou 10 campeonatos mineiros e somou as 34 internacionalizações pelo escrete que tem no currículo, tendo inclusivamente feito parte da mítica seleção brasileira que participou no Mundial 1982, muitas das vezes mais recordada do que algumas das que venceram Campeonatos do Mundo.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

A “Gazela de Benguela”. Quem se lembra de Rui Jordão?

Jordão representou Benfica, Sporting e Vitória de Setúbal em Portugal
Há cinco anos o futebol português ficou mais pobre, com a morte de um dos seus melhores avançados de todos os tempos, Rui Manuel Trindade Jordão, o quase-herói da seleção nacional na meia-final diante de França no Euro 1984 e um dos elementos de um dos tridentes ofensivos mais demolidores já vistos no nosso país, juntamente com António Oliveira e Manuel Fernandes no Sporting.
 
O percurso desportivo de Rui Jordão até começou num Sporting, mas o de Benguela, onde também praticava atletismo. Os leões de Lisboa tinham-no debaixo de olho, mas uma lesão contraída numa corrida esfriou o interesse. Quem aproveitou foi o Benfica que, num processo a fazer lembrar o de Eusébio, recrutou-o à filial leonina de Angola por 30 contos. Por isso, mas também pelas semelhanças físicas e técnicas, recebeu logo a alcunha de “novo Eusébio”.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

O chileno que esteve sete épocas no Sporting mas só se afirmou na última. Quem se lembra de Rodrigo Tello?

Tello somou 157 jogos e sete golos com a camisola do Sporting
Uma promessa adiada que só não foi eterna porque na última temporada finalmente conseguiu afirmar-se no Sporting. E o que aconteceu depois? Terminou contrato, recusou renovar e transferiu-se a custo zero para o Besiktas.
 
Mas recuemos até ao início da carreira de Rodrigo Tello, cuja qualidade do pé esquerdo o levou à seleção principal do Chile em março de 2000, quando tinha apenas 20 anos e ainda jogava na Universidad de Chile. Nesse ano ajudou a seleção olímpica chilena a ganhar a medalha de bronze nos Jogos de Sydney.
 
Rotulado de uma mistura de Salas com Recoba, até porque na altura jogava em posições de ataque, transferiu-se para o Sporting em janeiro de 2001 por uma verba a rondar os sete milhões de euros, tornando-se no reforço mais caro de sempre dos leões, estatuto que deteve até ao verão de 2017.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

O benfiquista que agrediu Artur Jorge e virou “Coração de Leão”. Quem se lembra de Sá Pinto?

Sá Pinto somou 50 golos em 228 jogos ao serviço do Sporting
Avançado muito móvel, aguerrido e com qualidade técnica e capacidade para desempenhar várias funções no ataque, nasceu no Porto, jogou ténis federado e fez parte da formação no FC Porto, tendo passado para o Salgueiros no primeiro ano de juvenil.
 
Foi no emblema de Vidal Pinheiro que se estreou como futebolista sénior, tendo sido uma das revelações da I Divisão em 1992-93. O primeiro de seis golos que apontou nessa época foi o tento de honra do Salgueiros numa goleada sofrida às mãos do FC Porto nas Antas (1-4), a 20 de setembro de 1992, mas o mais importante aconteceu a 31 de janeiro de 1993, quando marcou o golo solitário do conjunto de Paranhos numa vitória sobre o Sporting em Alvalade (1-0). Pelo meio, tornou-se internacional sub-21 em outubro de 1992.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

O especialista em livres que despontou no Vitória SC e foi campeão pelo Sporting. Quem se lembra de Quim Berto?

Quim Berto venceu um campeonato e uma Supertaça pelo Sporting
Defesa lateral de baixa estatura (1,68 m), exímio executante de livres, com capacidade ofensiva e uma polivalência que lhe permitia jogar tanto à direita como à esquerda, nasceu em Guimarães e fez toda a formação no Vitória Sport Clube, mas quando transitou de júnior para sénior teve de procurar a sorte noutras paragens.
 
Depois de duas boas épocas no Benfica Castelo Branco, recebeu o bilhete de volta ao Estádio Dom Afonso Henriques no verão de 1992, iniciando aí um bom trajeto de cinco temporadas como habitual titular dos vimaranenses. Nesse período amealhou 147 jogos e 10 golos ao serviço do emblema minhoto, ajudando o clube então presidido por Pimenta Machado a proezas como a eliminação da Real Sociedad na Taça UEFA em 1992-93 e do Parma na mesma competição em 1996-97 e a obtenção do quarto lugar no campeonato em 1994-95.

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

A promessa do Sporting que abateu o leão na despedida do Alentejo da I Liga. Quem se lembra de Poejo?

Poejo foi 54 vezes internacional jovem por Portugal
Em tempos, uma das maiores promessas do futebol português. Não foi à toa que somou 54 internacionalizações pelas seleções jovens ou que participou nos Europeus de sub-16 em 1990 e de sub-18 em 1992 ou no Mundial de sub-20 em 1993.
 
Poejo era um médio bastante promissor, que chegou aos infantis do Sporting em 1984, oriundo do CAC da Pontinha, tendo saboreado a conquista do título nacional de juniores ao lado de Nuno Valente, Andrade ou Hugo Porfírio no último ano de formação, em 1991-92.
 
Na época seguinte, acabadinho de se sagrar vice-campeão europeu de sub-18, foi integrado no plantel principal dos leões, mas o melhor que conseguiu foi sentar-se no banco ao lado do treinador Bobby Robson no derradeiro jogo da temporada, uma receção ao Paços de Ferreira.

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

O “meio Eusébio, meio Pelé” do Sporting. Quem se lembra de Careca?

Careca esteve no Sporting entre 1990 e 1992
Médio ofensivo/avançado brasileiro, despontou no Cruzeiro e afirmou-se no clube de Belo Horizonte ainda em tenra idade, ajudando a raposa a ganhar dois campeonatos mineiros (1987 e 1990). Em 1987 venceu também os Jogos Pan-Americanos, e no ano seguinte vestiu a camisola 10 da seleção olímpica canarinha que conquistou a medalha de prata nos Jogos de Seul e somou as primeiras de seis internacionalizações pelo escrete.
 
No verão de 1990 foi contratado pelo Sporting. E o presidente Sousa Cintra, que tinha ido ao Brasil com o objetivo de recrutar um número 10 digno de seleção brasileira, não fez a coisa por menos quando apresentou o reforço: “Temos aqui Careca, que é meio Eusébio, meio Pelé.”

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

O velocista do Sporting de Peseiro. Quem se lembra de Douala?

Douala marcou dez golos em 65 jogos pelo Sporting
O par preferencial de Liedson na época (2004-05) em que o Sporting de José Peseiro esteve pertíssimo de conquistar o campeonato e a Taça UEFA, Roudolphe Douala ficou na memória dos adeptos leoninos e dos seguidores do futebol português em geral pela velocidade que patenteava.
 
“Era mesmo muito rápido. Também sabia jogar à bola, mas ao ver vídeos antigos digo: ‘fogo, era mesmo rápido!’ Os treinadores diziam-me: ‘corre Douala, corre!’ Era mesmo o mais rápido”, recordou o antigo avançado camaronês ao Diário de Notícias em dezembro de 2017.
 
Nascido na cidade camaronesa de… Douala, cresceu em Saint-Étienne, em França, e foi lá que começou a dar os primeiros toques na bola e para onde voltou quando pendurou as botas.

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Primeiro capitão da seleção, fundador de A Bola e… muito mais. Recorde Cândido de Oliveira

Cândido de Oliveira dá nome à Supertaça portugueaa
Uma das figuras mais importantes do futebol português, ao ponto de dar nome à Supertaça. Foi jogador, treinador, dirigente, árbitro e jornalista, o que só por si dá conta de uma versatilidade admirável, mas Cândido de Oliveira foi mais do que uma personalidade versátil, pois atingiu a excelência em várias dessas funções e ainda foi ativista contra o Estado Novo.
 
Nascido na localidade alentejana de Fronteira, no distrito de Portalegre, começou a jogar futebol na Casa Pia de Lisboa, para onde entrou após ter ficado órfão. De lá saiu para o Benfica em 1914, mas voltou às origens quando criou o Casa Pia Atlético Clube a 3 de julho de 1920, realizando um velho sonho de vários alunos e ex-alunos da instituição. Quase um ano e meio depois capitaneou a seleção nacional no primeiro jogo internacional da sua história, frente a Espanha, a 18 de dezembro de 1921. Era considerado um excelente médio centro, com qualidade de passe.

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

O especialista em livres que foi duas vezes campeão pelo Sporting. Quem se lembra de André Cruz?

André Cruz apontou 15 golos em dois anos e meio no Sporting
Defesa central que contabilizava 33 internacionalizações pela seleção brasileira, uma participação num Mundial (1998) e duas em Copas América (1989 e 1995) e que tinha no currículo passagens por clubes importantes como Flamengo, Nápoles e AC Milan, foi um dos três reforços determinantes do Sporting no mercado de janeiro de 2000 – a par de César Prates e Mbo Mpenza – para a conquista do título nacional que escapava há 18 anos.
 
“Eu estava no Torino, em Itália, e não estava satisfeito. Aconteceram coisas que me levaram a querer sair do clube. Eles não queriam que eu saísse, mas deixei de estar confortável e senti que o Torino podia mesmo descer à segunda divisão. ‘Eu não vim para cá para descer à segunda divisão’. Foi então que falei com o Luciano d’Onofrio [empresário] e ele trouxe o nome do Sporting para cima da mesa. Recolhi informações do clube, até junto de jornalistas amigos, e convenci o Torino a libertar-me. Eu sabia que o Sporting estava há um tempo sem ganhar títulos e pensei que seria uma boa oportunidade para marcar o meu nome na história do clube. Eu fazia golos, batia bem os livres, tinha feito golos em todo o lado, a equipa estava bem e juntei tudo. ‘Se calhar posso ficar na história do clube’. Acabou por dar tudo certo”, recordou, em declarações ao Maisfutebol, em maio de 2021.

terça-feira, 17 de setembro de 2024

O brasileiro que subiu a pulso e foi campeão por FC Porto e Sporting. Quem se lembra de Edmílson?

Edmílson ganhou duas ligas pelo FC Porto e uma pelo Sporting
Edmílson não teve um trajeto idêntico ao de muitos brasileiros que acabam por brilhar nos três grandes de Portugal. Ao contrário de Jardel, Mozer, Valdo ou até mesmo Liedson, não foi recrutado diretamente por um dos habituais candidatos ao título a um dos principais emblemas do Brasil. Não. Este avançado móvel foi descoberto em 1993 pelo Nacional da Madeira, então na II Liga, no Democrata de Governador Valadares, um clube amador do estado de Minas Gerais.
 
O que é certo é que este atacante que havia escapado aos grandes clubes brasileiros protagonizou uma ascensão meteórica no futebol português. Após quatro golos em 30 jogos pelo Nacional no segundo escalão em 1993-94, deu no final dessa época o salto para a I Liga, para a qual entrou pela porta do Salgueiros. “Na altura rejeitei propostas do Cruzeiro e do Atlético Mineiro porque tinha o sonho de vir para a Europa. Hoje seria diferente, certamente. Os grandes do Brasil pagam muito bem. Mas o Nacional foi bom para adaptar-me ao país. Fiz grandes amigos e um excelente campeonato”, revelou ao Maisfutebol em março de 2017.
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