Glenn Helder disputou 12 jogos pelo Benfica em 1996-97
Mais uma viagem ao período “Vietname”
do Benfica.
Quando chega um jogador de um grande clube ao futebol português automaticamente
se pensa: ‘vem dali, tem de ser bom’. O problema é que essa teoria tantas e tantas
vezes não bate certo. Se calhar, até bate mais vezes errado do que certo.
Neste caso, o veloz extremo
neerlandês – na altura dizia-se holandês – Glenn Helder reforçou as águias
em setembro de 1996 por empréstimo do Arsenal.
Após ter despontado no Sparta Roterdão e no Vitesse e se ter tornado
internacional pelos Países
Baixos, assinou pelos gunners
em fevereiro de 1995, por indicação do treinador George Graham, que acabou por
deixar o cargo apenas uma semana depois de ter sido consumada contratação.
Tony Adams totalizou 669 jogos pelo Arsenal entre 1983 e 2002
Tony Adams era daqueles defesas
que batia. E orgulhava-se disso. Jogava no limite da legalidade e bebia muito,
enfim, um inglês à moda antiga. Estreou-se pela equipa do Arsenal
quando tinha apenas 17 anos, em novembro de 1983, e despediu-se dos relvados somente
em 2002, sempre ao serviço dos gunners,
tendo conquistado quatro campeonatos, três Taças de Inglaterra, três Community
Shield (Supertaça de Inglaterra), duas Taças da Liga e uma Taça das Taças.
Não era um primor técnico nem
particularmente rápido ou inteligente, mas era duro e fazia mesmo questão de
tocar no adversário. Ainda assim, teve uma carreira de grande sucesso, tendo também
marcado presença nos Europeus de 1988, 1996 e 2000
e no Mundial 1998.
O
avançado internacional togolês Emmanuel Adebayor colocou esta terça-feira um
ponto final na carreira de futebolista, aos 39 anos, depois de se ter
notabilizado, nomeadamente, na Liga
inglesa, ao serviço de Arsenal,
Manchester
City e Tottenham.
Apesar
da longa carreira, o ponta de lança africano, que vestiu as cores do Togo no
Mundial de 2006, na Alemanha, apenas conta com dois títulos conquistados e
ambos na época 2010/11. Pelo Manchester
City, ergueu a Taça de Inglaterra, e, na segunda metade da temporada, já
cedido pelos citizens,
a Taça do Rei de Espanha, ao serviço do Real
Madrid, sob o comando do português José
Mourinho.
Pelo
Togo, foi internacional em 84 ocasiões e tornou-se no maior artilheiro da
história do seu país, com um total de 32 golos.
Adebayor
iniciou a carreira como sénior nos franceses do Metz, em 2000/01, seguindo-se o
Mónaco,
em 2003/04, emblema que serviu até ingressar no campeonato
inglês, para servir o Arsenal
entre 2006 e 2009.
O Manchester
City foi o passo seguinte, sendo que foi cedido em 2011 ao Real
Madrid, clube no qual acabou por não permanecer, cumprindo novo empréstimo
em Inglaterra,
mas ao serviço do Tottenham.
Crystal
Palace, de Inglaterra,
Basaksehir e Kayserispor, ambos da Turquia, Olimpia, do Paraguai, são os outros
clubes que serviu na fase descendente da carreira, concluída no AC Semassi, do
Togo.
O antigo médio brasileiro Gilberto Silva fez uma belíssima carreira. Fez parte da última seleção brasileira campeã mundial (2002) e da última equipa do Arsenal campeã de Inglaterra, os invencíveis de Arsène Wenger que conseguiram o feito inédito de terminar o campeonato da Premier League sem qualquer derrota (2003-04). Em 2006 esteve a escassos minutos de vencer a UEFA Champions League, mas o FC Barcelona de Frank Rijkaard roubou-lhe esse sonho - curiosamente, o golo decisivo dessa final foi marcado pelo compatriota Juliano Belletti.
No escrete de Luiz Felipe Scolari, numa altura em que ainda jogava no Clube Atlético Mineiro, fazia dupla a meio-campo com Kléberson, do Athletico Paranaense, ajudando a suportar o peso de dois laterais extremamente ofensivos (Cafú e Roberto Carlos) e um tridente de ataque de luxo (Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo Nazário). Após esse Mundial, Gilberto Silva transferiu-se para o Arsenal. Já Kléberson rumou ao Manchester United um ano depois (ao mesmo tempo de Cristiano Ronaldo), mas mais pelo que fez no Campeonato do Mundo do que por outra coisa qualquer, o que até levou Sir Alex Ferguson a assumir publicamente esse erro.
Tal como na seleção brasileira, Gilberto Silva foi, ao lado de Patrick Vieira, o carregador de piano dos gunners, que tinham nas posições mais ofensivas craques como Robert Pires, Fredrik Ljungberg, Dennis Bergkamp e um senhor a quem, a meu ver, a Bola de Ouro fugiu injustamente: Thierry Henry.