A história de futebolistas
brasileiros no FC Porto é extensa e longa. Extensa porque 115 jogadores
oriundos de terras de Vera Cruz representaram o clube na I Divisão. Longa
porque teve início em novembro de 1937, quando Vianinha se estreou de dragão
ao peito num jogo para o campeonato no terreno do Vitória
de Setúbal.
Daí para cá, foram-se sucedendo os
jogadores brasileiros no emblema azul e branco. Uns fizeram história, outros
viraram flops. 75 foram campeões e, entre esses, 39 foram-no mais do que uma
vez.
Porém, nem só pelos títulos
nacionais ficaram na história. Nove foram campeões europeus (Celso, Juary,
Elói, Paulo Ricardo, Casagrande, Deco, Bruno Moraes, Carlos Alberto e Derlei) e
cinco foram campeões mundiais (Geraldão, Diego, Derlei, Luís Fabiano e Carlos Alberto).
Quatro estão entre as vendas mais avultadas (Éder Militão, Hulk, Anderson e
Danilo) e dois entre as compras mais caras (Hulk e Danilo). E ainda houve
quatro que se sagraram melhores marcadores do campeonato com a camisola e azul
e branca (Azumir Veríssimo, Mário Jardel, Pena e Hulk).
Vale por isso a pena recordar os
dez futebolistas brasileiros com mais jogos pelo FC Porto na I Divisão.
Menção honrosa: Hulk (99 jogos)
Hulk |
Givanildo Vieira de Souza, ou
Hulk, era um desconhecido quando foi recrutado aos japoneses do Tokyo Verdy no
verão de 2008 por um valor que, após aquisição da totalidade do passe, ascendeu
aos 19 milhões de euros.
A desconfiança era muita para com
um jogador que não tinha feito mais do que dois jogos no Brasileirão pelo
Vitória Bahia, mas este atacante robusto e com um pé esquerdo fortíssimo rapidamente
conquistou os adeptos e… o treinador Jesualdo Ferreira, que o deixou no banco
nas primeiras jornadas do campeonato, tendo preferido jogadores como os
argentinos Mariano González, Farías ou Cristián Rodríguez. Paralelamente,
também começou a fazer parte das convocatórias para a seleção brasileira,
estreando-se em novembro de 2009 pela canarinha numa vitória sobre Inglaterra
no Qatar.
Na primeira época participou em
25 jogos (16 a titular) no campeonato e apontou oito golos, ajudando os
portistas a conquistarem o triplete. Na segunda temporada também começou bem,
mas o caso do túnel da Luz, em dezembro de 2009, fê-lo ficar afastado dos
relvados nacionais até ao final de março, tendo disputado apenas 19 encontros
(18 a titular) e marcado cinco golos na I Liga, servindo de consolação a
conquista da Taça
de Portugal.
Em
2010-11 explodiu definitivamente sob o comando técnico de André Villas Boas,
tendo conquistado Supertaça, campeonato, Taça
de Portugal e Liga
Europa. Sagrou-se
ainda melhor marcador da I Liga, com 23 golos (em 26 jogos), algo assinalável
para um extremo.
Em 2012-13 ainda começou a época
no FC Porto, marcando por duas vezes nas três primeiras jornadas, mas depois
foi transferido para os russos
do Zenit por 40 milhões de euros. Sete anos depois, joga na China ao
serviço do Shangai SIPG, onde é orientado por Vítor Pereira.
10. Geraldão (101 jogos)
Geraldão |
Central oriundo do Cruzeiro e com
carimbo de seleção brasileira, pela qual jogou na Copa América 1987, chegou ao
FC Porto precisamente após o torneio de seleções da América do Sul. Embora tivesse acabado de chegar a uma equipa
recém-sagrada campeã europeia, rapidamente garantiu um lugar no onze inicial,
roubando a Eduardo Luís a vaga no eixo defensivo ao lado de Celso, outro
brasileiro.
Logo na época de estreia venceu
Supertaça Europeia, Taça Intercontinental e a dobradinha em Portugal, tendo
disputado 24 jogos e marcado dois golos no campeonato. Na temporada seguinte voltou
a faturar por duas vezes, uma das quais em Alvalade, e participou em 25
encontros, mas sem que tivesse conquistado algum troféu.
Em 1989-90 este gigante defesa
central (1,94 m) contribuiu para a conquista do título com quatro golos, três
deles em jornadas consecutivas – da 9.ª à 11.ª, a Feirense, Tirsense e Boavista
-, em 28 partidas.
Na quarta e última temporada
apresentou números de ponta de lança: 12 golos em 24 jogos no campeonato,
bisando diante de Boavista e Gil Vicente. Também marcou um golo importante para
a conquista da Supertaça, frente ao Estrela
da Amadora, e ajudou os portistas a vencer a Taça
de Portugal.
Em 1991 transferiu-se para os
franceses do Paris Saint-Germain, onde reencontrou Artur Jorge, e depois passou
pelo futebol mexicano antes de terminar a carreira no Brasil.
9. Pepe (102 jogos)
Pepe |
Defesa central natural de Maceió,
capital do estado de Alagoas, na Região Nordeste do Brasil, chegou a Portugal
pela porta do Marítimo no início de 2002. Enquanto dava os primeiros passos na
equipa principal dos madeirenses chegou a estar à experiência no Sporting,
mas não ficou em Alvalade,
tendo apenas deixado os Barreiros em 2004, rumo ao Dragão,
com o intuito de suceder a Ricardo Carvalho.
“A primeira vez que assinei pelo
FC Porto foi a concretização de um sonho, uma vez que aconteceu três anos
depois de ter saído do Brasil, de ter deixado a família, mas juntei-me a um
grande clube de Portugal
e da Europa. Foi o reconhecimento do meu trabalho e uma motivação para
trabalhar ainda mais. Foi essa responsabilidade que fez com que me tornasse no
jogador que sou”, recordou em novembro de 2019, nas redes sociais do clube.
O impacto no FC Porto não foi
imediato. Em 2004-05, na primeira época de azul e branco, não foi além de 15
jogos (14 a titular) e um golo ao Estoril
no campeonato,
uma vez que os treinadores Victor Fernández e José
Couceiro privilegiaram o entendimento da dupla composta por Jorge Costa e
Pedro Emanuel.
Na temporada seguinte ganhou
espaço com Co Adriaanse, tendo atuado em 24 partidas (todas a titular) e
apontado um golo ao Nacional,
contribuindo para a conquista da dobradinha.
Em 2006-07 chegou Jesualdo
Ferreira ao comando técnico, mas Pepe manteve-se de pedra e cal no onze
portista, participando em 25 jogos (todos no onze inicial) e marcando quatro
golos no campeonato,
frente a Académica, Paços
de Ferreira (dois) e Benfica,
sagrando-se uma vez mais campeão, além de ter conquistado a Supertaça Cândido
de Oliveira. Valorizado, transferiu-se para o Real Madrid no verão de 2007 por
30 milhões de euros.
Após uma década na capital
espanhola e ano e meio na Turquia ao serviço do Besiktas, regressou ao FC Porto
em janeiro de 2019, à beira de completar 36 anos e desta vez já com dupla
nacionalidade. “Quis reviver os três anos que passei aqui e sentir novamente o
que é a mística do FC Porto. Foi um clube que me projetou para o futebol
mundial sentia que deveria dar o meu contributo a esta equipa. Quando soube que
tinha esta possibilidade de poder voltar para o FC Porto, foi sempre a minha
opção. Deixei bem claro que esperaria pelo FC Porto até ao último segundo, e
graças a Deus pude concretizar esse sonho de regressar”, confessou, à Revista Dragões.
8. Duda (111 jogos)
Duda |
Avançado natural de Maceió,
chegou a Portugal pela primeira vez pela porta do Vitória
de Setúbal, contribuindo para o segundo lugar de 1971-72 e para a terceira
posição nas duas épocas seguintes, sempre à frente do FC Porto. Em 1975-76
mudou-se para os espanhóis do Sevilha, mas na época seguinte voltou ao futebol
português para jogar de dragão
ao peito.
Na época de estreia marcou 11
golos na I Divisão em 24 jogos (19 a titular), e na temporada seguinte foi
crucial para terminar o jejum de 19 anos dos azuis e brancos sem ganhar o
campeonato, ao marcar 12 golos em 30 jogos. Em 1978-79 também foi campeão, mas
foi perdendo gás, tendo apenas faturado por cinco vezes em 29 encontros. Ainda
assim, em outubro de 1979 marcou um golo em San Siro que eliminou o AC
Milan da Taça dos Campeões Europeus.
Ainda haveria de jogar mais duas
épocas nas Antas, tendo voltado ao Vitória
de Setúbal em 1981-82, aos 34 anos. Depois ainda competiu mais algumas
épocas nas divisões secundárias ao serviço de clubes da região norte, como
Famalicão, Oliveira do Douro, Resende e Cachão, encerrando a carreira em 1986.
7. Maicon (116 jogos)
Maicon |
Formado no Cruzeiro, este defesa
central convenceu o FC Porto a contratá-lo no verão de 2009 depois de uma
temporada bastante positiva com a camisola do Nacional
da Madeira. A primeira época foi passada na sombra de Rolando e Bruno
Alves, tendo apenas disputado quatro jogos e marcado um golo no campeonato,
ainda que tivesse contribuído para a conquista da Taça
de Portugal.
Após a saída de Bruno Alves para
o Zenit
ganhou espaço, tendo alternado com o internacional argentino a titularidade ao
lado de Rolando no eixo defensivo portista. Fez por isso parte a equipa que, com
André Villas Boas no comando técnico, venceu campeonato, Taça
de Portugal e Liga
Europa, tendo atuado em 21 encontros na I Liga e apontado dois golos.
Na
época seguinte até atuou vários jogos a lateral direito, mas foi quando
regressou ao centro que mostrou qualidade, encostando Rolando ao banco de
suplentes. Venceu a Supertaça e atuou em 20 jogos no campeonato e marcou
três golos, entre os quais o
que deu a vitória sobre o Benfica, no Estádio da Luz, naquele que era chamado
de jogo do título.
2012-13 e 2013-14 ficaram
marcadas por alguma irregularidade, por força da concorrência de Otamendi,
Mangala e em determinados momentos também de Abdoulaye e Reyes, embora na
altura já fosse um dos capitães.
A chegada de Julen Lopetegui
devolveu-lhe a titularidade em 2014-15, apesar da concorrência de Marcano e
Bruno Martins Indi, que raramente jogavam juntos por serem canhotos.
Porém, nunca foi propriamente o
mais amado dos jogadores do plantel e em 2015-16 divorciou-se definitivamente
dos adeptos portistas. Se já não estava a convencer com o seu desempenho, o fim
de linha chegou numa receção ao Arouca, em que perdeu a bola em zona proibida e
permitiu que os beirões chegassem ao golo da vitória, em pleno Dragão,
enquanto se queixava de uma alegada lesão. Foi imediatamente emprestado ao São
Paulo e não voltou ao FC Porto.
Em outubro de 2018 regressou ao Dragão
na pele de adversário, então como jogador do Galatasaray,
e foi alvo de uma vaia monumental por parte dos adeptos azuis e brancos.
Atualmente representa os sauditas do Al Nassr, onde é orientado por Rui
Vitória.
6. Jardel (125 jogos)
Mário Jardel |
Uma máquina goleadora, com um
instinto único para adivinhar a trajetória de cada bola e coloca-la dentro da
baliza. Até serviu de inspiração para uma letra que Carlos Tê e Rui Veloso
cantou, que incluía a passagem “voar como Jardel sobre os centrais”. Sem grande
surpresa, tornou-se (de longe) o melhor marcador do FC Porto na I Divisão e o
segundo melhor em termos absoluto, sendo apenas superado por Fernando Gomes.
Contratado em 1996 ao Grêmio,
clube pelo qual venceu o título brasileiro e a Libertadores,
entre outros troféus, rapidamente venceu a desconfiança daqueles que o julgavam
pelo perfil nada técnico. Inicialmente o treinador António Oliveira até o
deixou no banco, mas nas duas primeiras vezes que o fez… Super Mário respondeu com golos decisivos: um ao Vitória
de Setúbal que valeu um empate no arranque do campeonato, na estreia
absoluta de azul e branco; e um bis em San Siro numa fantástica vitória sobre o
AC
Milan. Mais ou menos nessa altura estreou-se pela seleção brasileira, pela
qual foi pouco feliz.
Foi apenas o início de uma
história que, mais do que palavras, contém números. Números que falam por si.
Em quatro temporadas de dragão
ao peito foi sempre o melhor marcador do campeonato: 30 golos em 1996-97, 26 em
1997-98, 36 em 1998-99 e 37 em 1999-00. Em 1998-99 venceu inclusivamente a Bota
de Ouro. E na época seguinte foi o artilheiro-mor da Liga dos Campeões, com 10
golos. Porém, uma das suas maiores façanhas aconteceu na Taça
de Portugal, quando foi lançado ao intervalo numa receção ao Juventude de
Évora, em dezembro de 1997, e respondeu com… sete golos (!).
Apesar dos 130 golos em 125 jogos
pelo FC Porto na I Liga e 168 remates certeiros em 175 encontros em todas as
competições, os gigantes europeus nunca mostraram grande interesse em contratá-lo.
No verão de 2000 deixou as Antas rumo ao Galatasaray,
que pagou cerca de 17 milhões de euros pelo passe dele.
Um ano depois voltou a Portugal
para representar o Sporting, clube pelo qual voltou a ser campeão e a sagrar-se
Bota de Ouro. Porém, nunca perdeu a admiração dos adeptos portistas.
5. Alex Telles (126 jogos)
Alex Telles |
Lateral esquerdo contratado por 6,5 milhões de euros ao Galatasaray no verão de 2016, pegou de estaca no onze do FC Porto: primeiro sob a orientação de Nuno Espírito Santo, depois às ordens de Sérgio Conceição.
Bastante consistente a atacar e a defender e com um pé esquerdo muitíssimo bem calibrado, tem-se destacado pelas assistências e pelos golos ao longo das quatro épocas que já leva de dragão ao peito. Em 2017-18 contribuiu para o regresso dos portistas ao título nacional com três golos e 11 assistências em 30 jogos, sagrando-se o rei das assistências nessa época.
Na temporada seguinte marcou por quatro vezes em 33 partidas e em 2019-20 foi ainda mais decisivo, ao apontar 11 golos em 28 encontros no campeonato, o que fez dele o segundo melhor marcador da equipa na I Liga, apenas atrás de Marega.
Foi já como jogador do FC Porto que se estreou pela seleção brasileira, com a particularidade de essa ter estreia ter acontecido em pleno Estádio do Dragão, num empate com o Panamá (1-1) em março de 2019.
4. Fernando (142 jogos)
Fernando |
Proveniente do modesto Vila Nova,
mas com carimbo de seleção brasileira, foi contratado pelo FC Porto no verão de
2007, mas imediatamente emprestado ao Estrela
da Amadora, clube pelo qual ganhou rodagem competitiva na I Liga
portuguesa.
Voltou ao Dragão
um ano depois, já sem Paulo Assunção no plantel, e assumiu a titularidade do
meio-campo portista ao lado de Raúl Meireles e Lucho
González. Apareceu pela primeira vez no onze num clássico no Estádio da Luz
e não mais perdeu o lugar.
Titularíssimo ao longo de seis
temporadas, venceu o triplete em 2009 e a Taça
de Portugal em 2010 com Jesualdo Ferreira, a dobradinha, a Liga
Europa e a Supertaça com André Villas Boas em 2010-11, dois campeonatos e duas
Supertaças com Vítor Pereira em 2011-12
e 2012-13 e uma Supertaça com Paulo
Fonseca em 2013. Em 142 jogos na I Liga, só apontou dois golos: numa visita
ao Vitória
de Setúbal em fevereiro de 2012 e numa deslocação ao terreno do Moreirense
em abril de 2013.
No verão de 2014 deu o salto para
os ingleses do Manchester City, onde nunca se afirmou. Em 2017 mudou-se para o Galatasaray,
clube pelo qual visitou o FC Porto – e foi bem-recebido, ao contrário de Maicon
– em outubro de 2018. Desde o verão passado que joga pelo Sevilha.
Paralelamente, em 2013
naturalizou-se português e mostrou-se disponível para representar a equipa das
quinas, mas a FIFA negou o pedido, uma vez que Fernando já tinha jogado pelos
sub-20 do Brasil antes de obter a nacionalidade portuguesa. Por outro lado,
nunca foi chamado à canarinha porque não foi perdoado pela Confederação
Brasileira de Futebol (CBF) por ter agredido um árbitro durante o torneio
sul-americano sub-20 em 2007.
3. Deco (148 jogos)
Deco |
O mágico. Chegou à Europa
proveniente do Corinthians Alagoano e com destino ao Benfica,
mas nunca chegou a jogar de águia ao peito. Esteve emprestado ao Alverca,
que ajudou a subir pela primeira vez à I Liga em 1998, e depois rumou ao
Salgueiros por troca com Nandinho.
Em pouco mais de meia época em
Paranhos afirmou-se de tal maneira que foi contratado pelo FC Porto, indo a
tempo de contribuir para a conquista do inédito pentacampeonato em 1998-99 ao
participar em seis jogos (cinco a titular) na fase final da temporada.
Após a saída de Zahovic para o Olympiacos
ganhou liberdade e protagonismo em termos ofensivos, algo que se foi refletindo
a nível de assistências e golos. Em 1999-00 não foi além de 23 jogos (21 a
titular) e um golo no campeonato, mas brilhou na Liga dos Campeões e na Taça
de Portugal, tendo inclusivamente marcado um dos golos que garantiu a
conquista da prova rainha do futebol português, frente ao Sporting.
Com um percurso de ascendente,
venceu Taça
de Portugal e Supertaça em 2001 antes de explodir em 2001-02 com Octávio
Machado e José
Mourinho, tendo apontado 13 golos no campeonato (em 30 jogos) e 19 em todas
as competições (em 48), algo incrível para um médio.
Foi, sem grande surpresa, um dos
esteios do grande FC Porto de Mourinho,
o garante de magia a uma equipa que, em dois anos, venceria quase tudo: dois
campeonatos, uma Taça
de Portugal, uma Supertaça e sobretudo a Taça UEFA e a Liga
dos Campeões.
Em 2002-03 disputou 30 jogos (28
a titular) no campeonato e apontou 10 golos, entre os quais um em cada um dos
jogos com o Benfica
e outro no
encontro que sentenciou a conquista do título, diante do Santa Clara. Na
época seguinte até marcou menos – dois golos no campeonato (em 28 jogos) e
quatro em todas as competições (em 45) -, mas foi decisivo para a conquista
da Champions ao faturar ao
Lyon nos quartos de final e ao
Mónaco na final. Pelo meio, naturalizou-se
português, estreou-se pela seleção nacional e roubou a titularidade a Rui
Costa.
Depois de se sagrar campeão
europeu de clubes e vice-campeão europeu de seleções em 2004, transferiu-se
para o Barcelona,
onde voltou a saborear a glória internacional.
2. Helton (232 jogos)
Helton |
Guarda-redes ágil, com grande
qualidade a jogar com os pés, capacidade para colocar a bola à distância com as
mãos e selo das seleções jovens brasileiras, chegou a Portugal no início de 2003
pela porta da União
de Leiria, proveniente do Vasco da Gama.
Nos leirienses
rapidamente destronou Costinha e passados dois anos rumou ao Dragão
para dar luta a Vítor Baía. Na primeira metade da 2005-06 o treinador holandês
Co Adriaanse mostrou preferência pelo internacional português, mas na segunda
metade da época o brasileiro agarrou a titularidade e remeteu o histórico
guardião, na altura já um veterano, para o banco.
A receção à Naval, em janeiro de
2006, foi o início de uma longa história de oito anos como dono da baliza dos
dragões. Nesse período conquistou sete campeonatos, quatro Taças
de Portugal, seis Supertaças e uma Liga
Europa, tendo levando o troféu continental na condição de capitão de equipa.
Paralelamente começou a fazer
parte das escolhas da seleção brasileira, tendo disputado três jogos
particulares e feito parte da convocatória para a Copa América 2007, que a
canarinha viria a ganhar, ainda que Helton não tivesse participado em qualquer
jogo.
Porém, em março de 2014
lesionou-se num clássico em Alvalade e não mais recuperou a titularidade de
forma efetivo. Primeiro viveu na sombra de Fabiano, depois na de Casillas.
No último jogo da carreira, na final da Taça
de Portugal de 2015-16, teve culpas nos dois golos no Sp.
Braga, que viria a conquistar o troféu no desempate por grandes
penalidades.
1. Aloísio (332 jogos)
Aloísio |
Central de grande classe, chegou
ao FC Porto aos 27 anos, em 1990, já depois de ter despontado no Internacional
de Porto Alegre e de ter conquistado o Campeonato do Mundo sub-20 em 1983 pelo
Brasil e uma Taça do Rei e uma Taça das Taças pelo Barcelona,
clube em que foi treinador por Johan
Cruyff.
Nas Antas não sentiu dificuldades
em impor-se como titular, tendo formado grandes duplas com os compatriotas
Geraldão e Zé Carlos e os internacionais portugueses Fernando Couto e Jorge
Costa. Foi um dos pilares da conquista do bicampeonato (1991-92 e 1992-93) e sobretudo
do inédito penta (entre 1994-95 e 1998-99). Também venceu cinco Taças
de Portugal e sete Supertaças. No campeonato apontou 15 golos nos 332 jogos
(322 a titular) que disputou.
Em 2001 pendurou as botas, à
beira dos 38 anos, despedindo-se com a conquista da Taça,
embora não tivesse sido utilizado na final com o Marítimo. Após encerrar a
carreira de jogador iniciou a de treinador, tendo sido adjunto da equipa
principal dos dragões entre 2001-02 e 2004-05 e treinador principal dos bês em
2005-06.
Oi! Encontrei um valioso vídeo de futebol.
ResponderEliminarPanathinaikos contra o FC Porto.
https://www.youtube.com/watch?v=mEOV9HtdnYc