domingo, 3 de agosto de 2025

Hoje faz anos a eterna promessa do Benfica que secou Papin numa meia-final da Champions. Quem se lembra de Samuel?

Samuel esteve na equipa principal do Benfica entre 1983 e 1993
Defesa central nascido na Guiné-Bissau, começou por jogar no Benfica de Bissau, de onde saltou para o Benfica lisboeta por intermédio do antigo jogador benfiquista Cavungi.
 
Desenvolvido nas camadas jovens do clube da Luz, conseguiu captar a atenção do treinador dos encarnados daquela altura, Sven-Göran Eriksson. Pela mão do sueco, estreou-se na equipa principal a 31 de dezembro de 1983, entrando para o lugar do lesionado António Bastos Lopes numa receção vitoriosa ao Desportivo de Chaves (4-0), para a Taça de Portugal. "Era um Benfica diferente", recordou ao Diário de Notícias em setembro de 2017. "Os jogadores lutavam pela camisola. Quando cheguei à equipa principal, havia um balneário para os mais novos e outro para os mais velhos. Havia muito respeito pelos mais velhos, que até me pediam para ir comprar tabaco", acrescentou.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Uma das primeiras apostas de Paulo Bento no Sporting. Quem se lembra de André Marques?

André Marques disputou 14 jogos pela equipa principal do Sporting
Lateral esquerdo moderno, alto (1,85 m), equilibrado a atacar e a defender e com 66 internacionalizações pelas seleções jovens e B, foi uma das primeiras apostas de Paulo Bento como treinador do Sporting, tendo sido lançado às feras aos 18 anos, quando ainda era júnior, em outubro de 2005, nos três primeiros jogos do antigo médio como timoneiro leonino.
 
Substituído em todos esses encontros, perdeu a titularidade para Rodrigo Tello e ficou com o espaço ainda mais tapado após a chegada de Marco Caneira em janeiro de 2006, mas não deixou de ser um jogador em quem os responsáveis sportinguistas depositavam esperanças.

Alberto Augusto, o “Batatinha” que marcou o primeiro golo da seleção nacional

Alberto Augusto representou o Benfica entre 1917 e 1924
O autor do primeiro golo de sempre da seleção nacional, naquele que também foi o primeiro jogo oficial de Portugal, uma derrota às mãos de Espanha em Madrid (1-3) a 18 de dezembro de 1921. Depois de um penálti sofrido pelo irmão mais novo, Artur Augusto, que jogava no FC Porto, o avançado benfiquista Alberto Augusto chegou-se à frente para enfrentar e bater o mítico Zamora, que ainda hoje dá nome ao troféu de melhor guarda-redes da Liga espanhola.
 
Conhecido como o “Batatinha”, integrou a equipa das quinas que disputou os Jogos Olímpicos de Amesterdão (1928), venceu um Campeonato de Lisboa pelo Benfica (1919-20) e jogou nos dois maiores emblemas minhotos, Sp. Braga e Vitória de Guimarães. "Não há em Portugal jogador algum mais popular, mais admirado e mais característico que Alberto Augusto. Poucos ou quase nenhuns dos nossos foot-ballers reúnem tanta simpatia como o popular jogador, simpatia que ele merece como recompensa ao seu esforço, à sua dedicação e aos seus grandes conhecimentos técnicos aliados à simplicidade e modéstia do seu jogo. Possui todas as qualidades de um jogador perfeito até mesmo no dificílimo desempenho de guarda-redes", descreveu Armando Moreira Rato em 1923 numa biografia em jeito de almanaque de bolso, que pode ser consultada no Museu do Desporto.

quinta-feira, 31 de julho de 2025

O central com 213 jogos na Serie A e 33 pela Dinamarca que desceu de divisão no Olhanense. Quem se lembra de Per Krøldrup?

Per Krøldrup marcou um golo ao FC Porto pelo Olhanense em 2013-14 
Per Krøldrup fez uma carreira muito digna de respeito. Somou 33 internacionalizações pela seleção da Dinamarca, esteve num Campeonato da Europa (2004) e num Mundial (2010), disputou 213 jogos na Serie A italiana, 13 na Liga dos Campeões e um na Premier League, mas na última temporada como futebolista profissional representou o Olhanense. E desceu de divisão.
 
Nascido em Farsø em 31 de julho de 1979, dividiu a formação entre Farsø/Ullits IK e Aalborg Chang antes de se estrear como sénior no B.93, na II Liga dinamarquesa, de onde saiu diretamente para os italianos da Udinese no verão de 2001.

Recorde os sete portugueses que jogaram pelo Fenerbahçe antes de Nélson Semedo

Os sete compatriotas que antecederam Nélson Semedo no Fener
Anunciado esta quarta-feira como reforço do Fenerbahçe, Nélson Semedo vai tornar-se no oitavo futebolista português a representar o emblema de Istambul, reforçando assim a equipa do compatriota José Mourinho, que por sua vez é, desde há um ano, o terceiro técnico luso a passar pelo clube, depois de Vítor Pereira (2015-16, 2016-17 e 2021-22) e Jorge Jesus (2022-23).
 
Dos sete antecessores do agora ex-lateral direito do Wolverhampton, apenas dois se sagraram campeões turcos, sendo que nenhum treinador português conseguiu a proeza de conquistar o título nacional. Por outro lado, não houve um único jogador ou técnico luso a disputar a Liga dos Campeões pelo Fener.
 
Vale por isso a pena recordar aqui os sete portugueses que jogaram no Fenerbahçe antes de Nélson Semedo.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

O “furacão de Águeda” que fez mais de 300 jogos pelo FC Porto e disse “não” ao Inter. Quem viu jogar Hernâni?

Hernâni ganhou dois campeonatos e duas taças pelo FC Porto
Um dos melhores e mais importantes futebolistas do FC Porto nas décadas de 1950 e 1960. Foi capitão de equipa e talvez até um dos primeiros “jogadores à Porto”, um avançado com enorme espírito guerreiro, que não dava uma bola por perdida, e que também era famoso pelos sprints.
 
Conhecido como o “furacão de Águeda”, por ter nascido e crescido nessa cidade do distrito de Aveiro, somou 183 golos em 339 jogos de dragão ao peito entre 1950 e 1952 e entre 1953 e 1964, tendo conquistado dois campeonatos nacionais (1955-56 e 1958-59) e duas Taças de Portugal (1955-56 e 1957-58).

Recorde aqui grandes jogos dos Mundiais

Campeonato do Mundo teve primeira edição em 1930
Surpresas completamente inesperadas, triunfos históricos e inéditos, reviravoltas épicas, duelos com contexto político, jogos marcados por golos bonitos e emblemáticos, defesas, fintas, jogadas ou expulsões que ficaram na memória, gerações de ouro que ficaram pelo caminho e muito mais. Tem sido esta a toda dos Campeonatos do Mundo.
 
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.

terça-feira, 29 de julho de 2025

O mestre do desarme que foi à baliza numa final da Taça dos Campeões Europeus. Quem viu jogar Germano?

Germano sagrou-se bicampeão europeu pelo Benfica
Um dos melhores defesas centrais de sempre do Benfica e de Portugal, Germano era considerado o mestre do desarme sem faltas, fazendo-o com uma elegância tremenda.
 
Natural de Alcântara, ficou órfão de pai e mãe durante a adolescência. Começou a jogar futebol no Atlético (1951 a 1959) e tornou-se numa das principais figuras da história do emblema da Tapadinha, pelo qual se sagrou campeão nacional da II Divisão em 1958-59, ao ponto de hoje dar nome ao troféu de pré-época do clube lisboeta.
 

Um ídolo e quatro flops, mas todos campeões. Recorde os polacos que jogaram no FC Porto antes de Bednarek

Os cinco polacos que jogaram no FC Porto foram campeões
Oficializado esta segunda-feira à noite como reforço do FC Porto, o defesa central Jan Bednarek, contratado aos ingleses do Southampton por 7,5 milhões de euros, vai tornar-se no sexto jogador polaco a atuar de dragão ao peito.
 
Se apenas um dos seus antecessores se tornou num verdadeiro ídolo para os adeptos azuis e brancos, o defensor de 29 anos vai sentir o peso de seguir os compatriotas num aspeto: todos foram campeões nacionais pelos portistas.
 
Para tal, mais do que o desempenho individual em cada um dos casos, terá sido decisivo o facto de a história de futebolistas polacos no principal emblema da Invicta ter coincidido com o período áureo do clube, entre as décadas de 1980 e 2010.

O ex-árbitro condenado em três casos de adulteração da verdade desportiva. Quem se lembra de Martins dos Santos?

Martins dos Santos esteve 12 anos na I Liga
Mítico árbitro do futebol português na década de 1990 e do início do século XXI, Martins dos Santos fez parte de uma geração de juízes carismáticos e matreiros e com um visual mais castiço e um físico menos cuidado daqueles que apita hoje em dia na I Liga.
 
Foi árbitro de primeira categoria em 1992-93 e 2003-04 (saindo quando atingiu o limite de idade) e posteriormente observador na Associação de Futebol do Porto e na Federação Portuguesa de Futebol.
 
Operador de telecomunicações fora das quatro linhas, tinha um bigode vistoso e ao longo da carreira dirigiu três dérbis entre Benfica e Sporting (1997-98 na Luz e 1998-99 e 2001-02 em Alvalade) e apitou o Benfica-FC Porto de 1999-00 no qual não foi validado um golo de canto direto de Clayton, o FC Porto-Sporting de 2001-02 no qual três jogadores leoninos foram expulsos e ainda o dérbi portuense da Supertaça de 2001, com vitória portista.
 

domingo, 27 de julho de 2025

O faraó do Beira-Mar que esteve no Mundial 1990. Quem se lembra de Abdel-Ghany?

Abdel-Ghany brilhou no Beira-Mar entre 1988 e 1992
Um dos grandes jogadores do futebol português no final da década de 1980 e no início da de 1990. Um médio que era uma referência do Al-Ahly, clube pelo qual conquistou cinco campeonatos egípcios, outras tantas taças do Egito, duas Taças dos Campeões Africanos e três Taças das Taças de África; e da seleção do Egito, pela qual venceu a Taça das Nações Africanas em 1986.
 
Teria certamente lugar em muitos clubes europeus, mas em 1988 escolheu ir para Aveiro, aos 29 anos, para elevar a categoria do Beira-Mar. A missão foi amplamente conseguida, como se pode comprovar pela importância que teve na caminhada até à final da Taça de Portugal em 1990-91, naquela que foi a primeira presença dos aurinegros no Jamor, onde apontou o golo de honra na derrota às mãos do FC Porto (1-3). Na mesma época contribuiu para um honroso sexto lugar na I Divisão.

sábado, 26 de julho de 2025

Dois goleadores e um (meio) campeão. Os colombianos que jogaram no Sporting antes de Luis Suárez

Quatro colombianos jogaram de leão ao peito, todos no século XXI
Prestes a ser oficializado como reforço do Sporting, o avançado Luis Suárez, que ainda pertence aos quadros do Almería, vai tornar-se no quinto futebolista colombiano a jogar oficialmente pela equipa principal dos leões – outros dois jogaram pelos bês verde e brancos, mas já lá vamos…
 
A história de futebolistas cafeteros em Alvalade é ainda curta não só em termos de volume, mas também no que concerne à longevidade, uma vez que os quatro jogadores que atuaram de leão ao peito chegaram ao clube na década de 2010.
 
Vale por isso a pena conhecer os compatriotas que antecederam Suárez.

Recorde todas as edições da Eusébio Cup

Eusébio Cup foi implementada no verão de 2008
Implementada em 2008 como forma de homenagear, na altura ainda em vida, a figura maior da história do Sport Lisboa e Benfica, Eusébio da Silva Ferreira, a Eusébio Cup é um troféu de pré-época que opõe os encarnados a uma equipa convidada, que tem sido sempre um clube estrangeiro.
 
Maioritariamente disputada no Estádio da Luz, com exceção às edições de 2015 (em Monterrey, no México) e 2018 (no Estádio Algarve), a prova vai este ano para a sua 13.ª edição.
 
O vencedor recebe uma taça feita de vidro, que tem no topo uma figura de Eusébio a executar o seu remate típico, à semelhança da estátua que existe no exterior do Estádio da Luz.
 
O Benfica é, claro, o clube mais titulado, com cinco vitórias, mas o troféu também já foi vencido por Inter de MilãoTottenhamSão PauloAjax, Monterrey, Torino e Lyon.
 
Vale por isso a pena recordar todas as edições da Eusébio Cup.

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Morreu, aos 71 anos, a lenda do wrestling Hulk Hogan. Quem se lembra dele?

Hulk Hogan foi a grande figura do wrestling nas décadas de 1980 e 1990
O lutador norte-americano Hulk Hogan, figura emblemática do wrestling, morreu aos 71 anos, na sequência de uma paragem cardíaca.
 
De acordo com a TMZ, médicos e agentes da autoridade locais apareceram na manhã desta quinta-feira em casa do lutador em Clearwater, no centro-oeste da Florida, com Hogan a ser transportado de maca para uma ambulância, após sofrer uma paragem cardíaca.
 
Hulk Hogan, cujo nome verdadeiro é Terry Gene Bollea, era casado com a instrutora de yoga Sky Daily e ficou conhecido nas décadas de 1980 e 1990 como membro da WWE.

Neste dia em 2004, o Brasil "B" bateu a Argentina no desempate por penáltis para conquistar a Copa América. Quem se lembra?

Jogadores brasileiros festejam vitória na competição
Nunca fui pessoa para ficar acordado até de madrugada para ver futebol. Recordo-me de uma noitada a ver a final do Campeonato do Mundo de sub-20 entre Portugal e Brasil em 2011, um ou outro jogo da seleção portuguesa no continente americano e pouco mais. Por isso, nunca fui um seguidor acérrimo da Copa América.
 
A primeira edição de que tenho memória é a de 2004, até porque na anterior, em 2001, eu ainda não tinha TV Cabo em casa. E na realidade, passados estes anos todos, só me recordo da final, entre Brasil e Argentina.

O “xerife” do Sp. Braga que assinou e rescindiu com o Sporting em poucas semanas. Quem se lembra de Moisés?

Moisés brilhou no Sp. Braga após curta passagem pelo Sporting
Defesa central brasileiro natural do estado de Minas Gerais, cresceu futebolisticamente no Vitória da Bahia, ao serviço do qual se estreou como futebolista profissional em 1998 e pelo qual se sagrou bicampeão baiano (1999 e 2000).
 
Em janeiro de 2002 mudou-se para o futebol russo, inicialmente para representar o Spartak Moscovo, de onde saiu para o Krylya Sovetov ao fim de dois anos que tiveram como ponto alto a participação na fase de grupos da Liga dos Campeões e a conquista da Taça da Rússia em 2002-03.
 
Após três anos e meio na Rússia rescindiu unilateralmente contrato com o clube de Samara, alegando que não recebia salário há cinco meses, e regressou ao Brasil pela porta do Cruzeiro, sagrando-se campeão mineiro em 2006.

quinta-feira, 24 de julho de 2025

O central de Monte Gordo que disputou 126 jogos na I Divisão. Quem se lembra de João Armando?

João Armando brilhou no Paços de Ferreira entre 1999 e 2003
Um dos jogadores algarvios com melhor carreira nas últimas décadas, um defesa central natural de Monte Gordo, concelho de Vila Real de Santo António, que cresceu nas camadas jovens do Lusitano VRSA.
 
Após transitar para a equipa principal em 1990-91, época marcada pela única participação do emblema raiano na II Liga, foi ganhando o seu espaço no onze nas temporadas seguintes na II Divisão B, fazendo-se valer da agilidade, segurança e regularidade que oferecia.
 
Após duas épocas ao serviço do Benfica Castelo Branco na II B, entrou na I Liga pela porta da União de Leiria em 1995-96. Contribuiu para um honroso 7.º lugar e para a caminhada até às meias-finais da Taça de Portugal, mas sentiu dificuldades em afirmar-se como titular.

quarta-feira, 23 de julho de 2025

A centenária história de nórdicos no FC Porto. Recorde os antecessores de Froholdt

Dois suecos e um norueguês já jogaram pelo FC Porto
Oficializado esta quarta-feira como reforço do FC Porto, o jovem médio Victor Froholdt, de apenas 19 anos e contratado ao FC Copenhaga por 20 milhões de euros, vai tornar-se no primeiro jogador dinamarquês a atuar de dragão ao peito, mas vai dar sequência a uma história relativamente curta em termos de volume, mas já centenária de futebolistas nórdicos no emblema do norte de Portugal.
 
Ainda estávamos a décadas da globalização do mercado de transferências e ainda não existiam Campeonatos do Mundo nem da Europa, assim como também não havia um campeonato com os moldes atuais nem sequer uma competição europeia, quando o primeiro jogador nórdico vestiu a camisola azul e branca.

Os quatro colombianos que passaram pelo Benfica antes de Richard Ríos. Apenas dois se chegaram a estrear

Quatro colombianos integraram os quadros do Benfica
Oficializado esta terça-feira não só como reforço do Benfica, mas também como a contratação mais cara de sempre dos encarnados em virtude dos 27 milhões de euros que custou, o médio Richard Ríos vai tornar-se no quinto colombiano da história das águias e, caso não haja qualquer hecatombe, apenas no terceiro cafetero a jogar pelo clube da Luz.
 
O início da história de futebolistas colombianos no Benfica coincide com o primeiro período áureo do futebol da Colômbia, na década de 1990, marcado por três participações em Campeonatos do Mundo (1990, 1994 e 1998) e classificações honrosas na Copa América como o terceiro lugar em 1993 e 1995 e a quarta posição em 1991.

O “Altafini de Cernache” e um dos heróis da Taça das Taças do Sporting. Quem se lembra de Figueiredo?

Figueiredo representou o Sporting entre 1960 e 1968
Avançado combativo e com apurado instinto goleador, está na história do Sporting como o seu décimo melhor marcador, com 150 golos em 232 jogos oficiais.
 
Antes de se consagrar em Alvalade, este atacante natural de Tomar despontou no Matrena e deu nas vistas ao serviço de União de Tomar e Vitória de Sernache, tendo saído diretamente do modesto clube de Cernache do Bonjardim, então na III Divisão Nacional, para o Sporting.
 
Porém, Ernesto Figueiredo não sentiu a diferença do nível competitivo e continuou a marcar golos, ao ponto de se ter tornado o melhor marcador da equipa – apesar de ser o mais mal pago do plantel – logo na primeira época em Alvalade, 1960-61, quando apontou 25 remates certeiros.

terça-feira, 22 de julho de 2025

O cabo-verdiano que jogou nos três grandes e levou Angola à primeira fase final. Quem se lembra de Carlos Alhinho?

Carlos Alhinho representou FC Porto, Benfica e Sporting
Possante defesa central cabo-verdiano (1,86 m), veio para Portugal para estudar na Universidade de Coimbra, chegando a cursar Engenharia Técnica Agrária e Educação Física e Desporto, mas enquanto fazia o seu percurso académico foi-se evidenciando na equipa principal da… Académica.
 
Em 1968-69 esteve na caminhada até à final da Taça de Portugal (na qual não jogou), na época seguinte ajudou os estudantes a atingir os quartos de final da Taça das Taças e em 1970-71 contribuiu para o honroso quinto lugar que valeu o apuramento para a Taça UEFA, mas não conseguiu evitar a despromoção à II Divisão em 1972.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

O lateral checo com passagem pelo FC Porto mas sem vogais no apelido. Quem se lembra de Vlk?

Lubomír Vlk representou o FC Porto entre 1990 e 1993
Lateral esquerdo alto (1,86 m), com pernas longas e passada larga, foi o escolhido pela estrutura do FC Porto para suceder ao mítico Branco no verão de 1990, mas nunca se aproximou do nível do internacional brasileiro, também por culpas de lesões que lhe travaram a afirmação e constituíram oportunidades para os jovens Rui Jorge e Morgado.
 
Proveniente do FC Vítkovice, clube pelo qual se sagrou campeão checoslovaco em 1985-86 e defrontou o FC Porto na Taça dos Campeões Europeus em 1986-87, e internacional A pela Checoslováquia, Lubomír Vlk tem a particularidade de ter um apelido sem vogais, algo raríssimo. Vlk significa lobo, o que deu origem a brincadeiras no balneário das Antas. “Todos me tratavam por lobo e uivavam quando eu entrava no balneário. Grandes malucos. Tenho muitas saudades desses tempos, a malta era espetacular”, recordou ao Maisfutebol em novembro de 2019.

O neerlandês disciplinador que guiou o FC Porto a uma dobradinha. Quem se lembra de Co Adriaanse?

Co Adriaanse comandou o FC Porto em 2005-06
Foi o escolhido por Pinto da Costa para orientar o FC Porto após uma época desastrosa na ressaca da conquista do título europeu de 2003-04 e desde cedo que fez jus à fama de disciplinador: dispensou o peso pesado Jorge Costa, incompatibilizou-se com vários jogadores brasileiros do plantel – ficou para a história uma vigorosa repreensão a Léo Lima durante um treino aberto no estágio de pré-época –, tirou Vítor Baía da baliza para lá colocar Helton e saiu em rota de colisão com a administração portista a poucos dias do início da temporada 2006-07. Apesar de problemático, foi bem-sucedido, tendo vencido a dobradinha em 2005-06.
 
Antes de se tornar treinador, foi um defesa central com uma carreira modesta, tendo vestido a camisola do Utrecht ao longo de seis épocas antes de pendurar as botas aos 29 anos.

sábado, 19 de julho de 2025

O pistoleiro do Boavista campeão que não vingou no Sporting. Quem se lembra de Elpídio Silva?

Elpídio Silva brilhou no Boavista mas não no Sporting
Ficou conhecido em Portugal por “o pistoleiro”, devido à forma como festejava os golos, simulando disparos. Essa imagem tornou-se célebre durante a temporada 2000-01, quando foi o melhor marcador do Boavista campeão, tendo contribuído com onze golos para a inédita conquista dos axadrezados, naquele que foi o seu primeiro ano no Bessa.
 
Mas a história da carreira de Elpídio Silva não se esgota nessa época. Foi um avançado desenvolvido nas camadas jovens do Atlético Mineiro que ainda numa fase bastante precoce da carreira experimentou o futebol japonês, onde representou o Kashiwa Reysol em 1997 e 1998. “Tinha-me destacado nas camadas jovens do Atlético Mineiro, marcando muitos golos, e houve um japonês que gostou muito de um vídeo que o meu empresário fez”, recordou ao Diário de Notícias em dezembro de 2017.

sexta-feira, 18 de julho de 2025

O brasileiro contratado pelo FC Porto contra a vontade de Ivic que virou herói do Bahia. Quem se lembra de Raudnei?

Raudnei representou FC Porto, Deportivo da Corunha e Bahia
Havia pouco por onde melhorar no FC Porto campeão europeu de 1987, apesar das saídas do grande craque Paulo Futre para o Atlético Madrid e do treinador Artur Jorge para o Matra Racing de Paris.
 
Ao plantel às ordens do novo técnico, Tomislav Ivic, chegaram cinco reforços: os portugueses Jorge Plácido, Barriga e Rui Neves e os brasileiros Geraldão e Raudnei. Os dois estrangeiros chegaram juntos, mas o segundo esteve bastante longe do relevo atingido pelo primeiro nas Antas, até porque a sua aventura na Invicta, já se sabia à partida, tinha tudo para não dar certo. “O treinador Ivic não me queria, mas o meu empresário [Delane Vieira] era muito próximo do senhor Pinto da Costa e convenceu-o”, contou o antigo avançado, recrutado à Juventus de São Paulo, ao Maisfutebol em outubro de 2020.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

O médio regular surpreendentemente dispensado pelo Sporting. Quem se lembra de Pedro Martins?

Pedro Martins passou três anos no Sporting após brilhar em Guimarães
Os mais novos certamente o conhecerão melhor como treinador, mas antes de abraçar essa carreira Pedro Martins fez um meritório percurso como futebolista profissional que incluiu uma internacionalização pela seleção A, outra pela seleção nacional de sub-18, 197 jogos na I Divisão e 105 encontros com a camisola do Sporting. Foi um médio de características defensivas regular e consistente do qual poucos treinadores ousaram abdicar.
 
Nascido em 17 de julho de 1970 em Santa Maria da Feira e produto da formação do Feirense, saltou para a equipa principal aos 17 anos, em 1987-88, tendo contribuído para a promoção ao primeiro escalão em 1989 e para a subida à II Liga em 1994, com duas descidas de divisão pelo meio.

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Neste dia em 2006, Itália venceu a Alemanha em Dortmund com dois golos no final do prolongamento para se apurar para a final do Mundial

Andrea Pirlo procura fugir a Miroslav Klose
Naqueles programas de histórias dos Mundiais que canais como a Eurosport ou o próprio Canal História transmitem na antecâmara de um Campeonato do Mundo, recordo-me de ter ficado impressionado por Franz Beckenbauer ter terminado o Itália-Alemanha das meias-finais do torneio de 1970 com o braço ao peito numa vitória transalpina por 4-3 (após prolongamento) e de assistir ao festejo efusivo Marco Tardelli após o segundo golo italiano no triunfo na final de 1982 (por 3-1), mas esses encontros realizaram-se ainda antes de eu nascer (a 26 de janeiro de 1992).
 
A minha primeira memória de um jogo entre as duas seleções remonta, por isso, às meias-finais do Mundial 2006, que teve precisamente a Alemanha como país anfitrião. Por jogarem em casa, a seleção germânica, comandada por Jurgen Klinsmann, reforçavam o seu estatuto de candidata à vitória final. Michael Ballack era talvez a grande estrela de uma equipa que, nestas fases finais, contava sempre com os golos de Miroslav Klose, na altura no Werder Bremen. Jens Lehmann tinha acabado de destronar Oliver Kahn na luta pela titularidade na baliza, enquanto jovens como Philipp Lahm, Bastian Schweinsteiger e Lukas Podolski se começavam a afirmar.

domingo, 29 de junho de 2025

Neste dia em 2000, a Itália superou a Holanda no desempate por penáltis para se apurar para a final do Euro

Holandês Kluivert procura fugir à marcação de italiano Nesta
Falar da minha primeira memória de um jogo entre Itália e Holanda é recuar aos primórdios do meu trajeto como adepto de futebol. Apanhei um logo um Euro 2000 que ficou marcado por um grande desempenho da seleção portuguesa, que foi eliminada pela França nos últimos minutos do prolongamento das meias-finais. Na segunda semifinal do torneio, um dia após a eliminação lusa, Itália e Holanda defrontaram-se na Arena de Amesterdão.

Tenho bem presente que não acompanhei a transmissão do encontro, mas recordo-me perfeitamente que tinha ido às compras com os meus pais e que assisti ao desempate por grandes penalidades numa televisão no estabelecimento comercial em que me encontrava, a antiga Feira Nova, no Barreiro.

Neste dia em 2008, Espanha sagrou-se campeã europeia pela segunda vez ao bater a Alemanha com um golo de Torres em Viena

Torres em disputa de bola com Frings sob o olhar de Schweinsteiger
Falar da minha primeira memória de um jogo entre Espanha e Alemanha é falar da final do Euro 2008. Desde que comecei a acompanhar futebol até então, ambas as seleções apenas se tinham defrontado em partidas de caráter particular.

Curiosamente, la roja e die mannschaft até nem tinham grandes estrelas do futebol mundial na altura. Ao olhar para os 30 primeiros classificados da Bola de Ouro do ano anterior, por exemplo, não havia um único jogador alemão na lista, e havia apenas dois espanhóis: Cesc Fàbregas (8.º) e Iker Casillas (27.º).

sábado, 28 de junho de 2025

Neste dia em 2000, Portugal foi derrotado por França nas meias-finais do Euro com Golo de Ouro de Zidane

Figo e Zidane, os craques das seleções de Portugal e França
Recordar o primeiro jogo entre Portugal e França de que tenho memória é como lembrar o primeiro grande desgosto que o futebol me deu, a 28 de junho de 2000. Naquela altura, eu estava finalmente a apaixonar-me por futebol, aos oito anos, numa altura em que se disputava o Campeonato da Europa. Ouvia falar muito de Luís Figo, que era um dos melhores do mundo, e não fazia ideia que a equipa das quinas não estava habituada a fases finais de grandes competições, nem tampouco que os gauleses eram campeões mundiais. E também não tinha noção de quem eram e onde jogavam grande parte dos jogadores das outras seleções.

sexta-feira, 27 de junho de 2025

FIFA Club World Cup 2025 Fantasy - Onzes prováveis, homens das bolas paradas e outras dicas (versão oitavos de final)


Executantes de bolas paradas, análise preço/rendimento, estatísticas, notícias, onzes prováveis e outras dicas sobre as 16 equipas.


Neste dia em 2010, a Alemanha goleou Inglaterra no Mundial num jogo marcado por um golo fantasma de Lampard. Quem se lembra?

Bola pontapeada por Lampard tocou no interior da baliza
Recordo-me de que, quando Portugal se apurou para o Mundial 2002, houve um jornal desportivo que produziu uma revista dedicada ao balanço da qualificação lusa e falou sobre as seleções já apuradas para o torneio. Uma dessas seleções era Inglaterra, e no espaço reservado aos three lions estavam enumerados os vários resultados da fase de apuramento, entre os quais dois frente à Alemanha que me chamaram à atenção: derrota por 0-1 em casa e sobretudo a goleada por 1-5 fora. Foi a derrota mais pesada de sempre da mannschaft em casa desde a Segunda Guerra Mundial e derrota mais volumosa dos germânicos em apuramentos para fases finais.

Neste dia em 2009, o Sporting-Benfica que deveria decidir o título de juniores acabou… à pedrada. Quem se lembra?

Desacatos entre adeptos levaram à suspensão do jogo
Deveria ter sido o dérbi que decidia o título nacional de juniores em 2008-09, mas transformou-se numa batalha campal e fez com que a decisão do campeão acabasse na… secretaria.
 
Durante a tarde de 27 de junho de 2009, um sábado, o Benfica comandado por João Alves apresentou-se na Academia do Sporting, em Alcochete, com dois pontos de vantagem sobre o rival, comandado por José Lima, na última jornada do torneio quadrangular de apuramento do campeão, numa altura em que as duas equipas eram as únicas que podiam chegar ao título.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

FIFA Club World Cup 2025 Fantasy - Executantes de bolas paradas, análise preço/rendimento e outras dicas (em atualização)


Executantes de bolas paradas, análise preço/rendimento, estatísticas, notícias, onzes-base e outras dicas sobre as 32 equipas.

Ribeiro, lateral esquerdo e jogador histórico do "O Elvas". Quem o conhece?

Celestino Ribeiro representou O Elvas entre 1978 e 1991
Nasceu em Ponte de Lima, no Alto Minho, a 26 de junho de 1958, mas foi no Alto Alentejo que fez quase toda a carreira, com a camisola do "O Elvas".
 
Lateral esquerdo formado no Belenenses, onde era conhecido por Ribeirinho, ainda chegou a joga pela equipa principal dos azuis do Restelo em 1977-78, mas depois rumou à cidade raiana vestir de azul e ouro durante 13 temporadas.
 
Ao serviço do emblema elvense percorreu todos os escalões do futebol nacional, tendo contribuído para as subidas à II Divisão em 1981 e à I Divisão em 1986.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

O homem de negócios sete vezes campeão como presidente do Benfica. Quem se lembra de Borges Coutinho?

Borges Coutinho foi presidente do Benfica entre 1969 e 1977
Um dos mais bem-sucedidos presidentes de clube em Portugal no que concerne a títulos e também um pioneiro no que concerne a fazer negócios.
 
Duarte António Borges Coutinho nasceu em Lisboa, mas dividiu a infância entre Grã-Bretanha, Irlanda do Norte e Portugal, tendo vivido no Palacete do Rato (onde é hoje a sede do PS), praticado salto em altura e combatido na Segunda Guerra Mundial a pilotar aviões da Força Aérea Real (do Reino Unido), com 18 anos. Por essa altura, já usufruía do honroso título de marquês da Praia e Monforte.
 
Tornou-se sócio do Benfica relativamente tarde, quando tinha 37 anos, em 1959, cinco anos antes de ter entrado para o clube para assumir funções na Direção dos Assuntos Administrativos e Instalações Sociais e dez anos antes de se ter tornado presidente, ao derrotar Fernando Martins e Romão Martins com 58% dos votos.

O treinador que ganhou uma Taça e uma Supertaça pelo Boavista. Quem se lembra de Mário Reis?

Mário Reis teve carreira de mais de duas décadas como treinador
Antigo médio portuense que se destacou sobretudo ao serviço de Salgueiros e Rio Ave nas décadas de 1960, 1970 e 1980, notabilizou-se mais nas funções de treinador.
 
Começou como jogador-treinador dos vila-condenses durante dois meses em 1979-80, numa época marcada pela descida à II Divisão. Mais tarde pendurou as botas e passou para adjunto, tendo assumido definitivamente o comando técnico da equipa em 1984-85, temporada na qual voltou a ser despromovido. No entanto, redimiu-se na época seguinte com a conquista do título nacional do segundo escalão.
 
Ainda assim, demorou a estabelecer-se como treinador de I Divisão, tendo orientado Desp. Aves, Gil Vicente, Lusitânia Lourosa, novamente Rio Ave e Felgueiras nas divisões secundárias antes de voltar ao primeiro escalão do futebol português pela porta do Salgueiros em 1992-93.

Neste dia em 2004, a Grécia eliminou a França de Zidane e Henry e apurou-se para as meias-finais do Europeu. Quem se lembra?

Zidane tenta passar por entre Karagounis e Katsouranis
Recuemos ao magnífico ano futebolístico de 2004, no qual presenciámos o FC Porto a conquistar a Liga dos Campeões e Portugal a organizar e a chegar à final do Campeonato da Europa.
 
Nos quartos de final do Euro 2004, um dia depois do fatídico jogo entre Portugal e Inglaterra, foi a vez de França e Grécia medirem forças. Para mim era líquido que a seleção gaulesa ia ganhar: tinha o melhor conjunto de jogadores do torneio (Henry, Zidane, Trezeguet, Pires, Vieira, Thuram, etc.) parecia recuperado do apagão do Mundial 2002 e pela frente tinha um modesto selecionado helénico que havia batido Portugal no jogo de abertura, mas que depois até esteve com um pé fora da prova, devido ao empate com Espanha e à derrota às mãos da Rússia.

O gigante austríaco que ajudou o FC Porto a ser campeão em 2011-12. Quem se lembra de Janko?

Janko apontou cinco golos em 12 jogos pelo FC Porto
Filho de uma medalhada de bronze nos Jogos Olímpicos do México (1968) no lançamento do dardo, Marc Janko tornou-se num atleta profissional como a mãe, Eva, mas na modalidade de futebol, tirando proveito dos seus quase dois metros de altura (1,96 m) para se tornar num finalizador com alguma categoria.
 
Não era um prodígio em termos técnicos, até era algo tosco e desengonçado, mas apresentou golos em quase todos os clubes que representou. Chegou a ser o melhor marcador das ligas europeias em 2008-09, quando apontou 39 golos em 31 jogos no campeonato austríaco pelo Salzburgo, mas só se tornou verdadeiramente conhecido para os adeptos portugueses quando representou o FC Porto na segunda metade de 2011-12.

terça-feira, 24 de junho de 2025

O guarda-redes que fugiu da PIDE e exilou-se em Marrocos. Quem viu jogar Carlos Gomes?

Carlos Gomes defendeu a baliza do Sporting entre 1950 e 1958
Guarda-redes natural do Barreiro, tinha tanto de genial como de polémico e gostava de usar equipamento preto, à imagem de um seu contemporâneo, o russo Lev Yashin, ainda que seguramente por motivos diferentes (já lá vamos…).
 
Cresceu no Barreirense, mas foi contratado pelo Sporting quando tinha apenas 18 anos, em 1950, revelando logo aí toda a sua irreverência, ao exigir mais dinheiro do que os 10 contos que os responsáveis leoninos lhe propunham, acabando por conseguir receber cinco vezes mais.
 
A primeira época de leão ao peito foi passada na sombra de um seu conterrâneo, Azevedo, mas depois ganhou o lugar e não mais o largou ao longo de sete anos, período no qual juntou quatro campeonatos (1951-52, 1952-53, 1953-54 e 1957-58) e uma Taça de Portugal (1953-54) ao título nacional para o qual pouco contribuíra na temporada de estreia (1950-51). Com naturalidade tornou-se também numa presença habitual nas convocatórias da seleção nacional, tendo somado 18 internacionalizações entre novembro de 1953 e maio de 1958.
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