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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

O médio que brilhou no Belenenses e subiu por Salamanca e Sevilha. Quem se lembra de Taira?

Taira viveu o auge da carreira no Belenenses e no Salamanca
A carreira de José Américo Taira é uma história de persistência e superação, de quem nunca baixou os braços perante as adversidades. O jogador que foi duas vezes dispensado do Belenenses e jogou dois anos numa equipa que lutava para não descer na antiga II Divisão Nacional foi o mesmo que atingiu a seleção nacional e atuou no campeonato espanhol.
 
Nasceu em Lisboa, mas cresceu em Oeiras, sendo o mais velho de três irmãos filhos de um casal composto por um pai delegado de propaganda médica e uma mãe doméstica. Começou a jogar futebol nas camadas jovens da Associação Desportiva de Oeiras, mas foi no Belenenses que concluiu a formação.
 
Quando transitou para sénior, em 1987, foi dispensado pelo treinador Henry Depireux: “Disse que eu não ia ser jogador de futebol, que não tinha a mínima capacidade e que podia ir para as festas e podia divertir-me, porque a minha vida não passava pelo futebol.”

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

O herói da decisiva vitória do Benfica nas Antas em 1991. Quem se lembra de César Brito?

César Brito entrou aos 80 minutos para bisar no reduto portista
Sempre que estamos em vésperas de um FC Porto-Benfica, há sempre pelo menos um jornal, uma estação de rádio ou um canal de televisão que vai à procura de declarações de um jogador muito específico. Quem? César Brito. Nunca falha! Afinal, estamos a falar de um avançado que saltou do banco aos 80 minutos para bisar na vitória encarnada nas Antas em 28 de abril de 1991 (0-2), um resultado decisivo na caminhada da equipa então orientada por Sven-Göran Eriksson rumo ao título nacional.
 
Com esse triunfo, as águias alargaram de um para três pontos a vantagem sobe os dragões, na altura comandados por Artur Jorge. Essa vitória teve outra nota de cariz histórico: foi a última do Benfica no Estádio das Antas, apesar de o reduto portista ter recebido clássicos até 2003-04. Curiosamente, as duas primeiras vitórias dos encarnados no Estádio do Dragão para o campeonato foram uma espécie de homenagem à façanha de César Brito, porque foram ambas por 2-0 e com avançados a bisar: Nuno Gomes em outubro de 2005 e Lima em dezembro de 2014.

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O campeão pelo Benfica que apurou o Vitória FC para a UEFA em 1999. Quem se lembra de Pedro Henriques?

Pedro Henriques disputou 47 jogos pelo Benfica e 82 pelo Vitória FC
Hoje comentador da Sport TV, outrora um lateral esquerdo competente e regular, que somou 221 jogos e meia dúzia de golos na I Divisão entre 1994 e 2004. Somou 58 internacionalizações pelas seleções jovens e pertenceu aos quadros do Benfica e do FC Porto, mas não chegou a jogar de dragão ao peito. Acabou por ter mais sucesso com as camisolas de emblemas de dimensão inferior, como o Vitória de Setúbal ou o Belenenses.
 
Por falar em Belenenses, foi precisamente nos azuis do Restelo que começou a jogar futebol, na altura acompanhando um colega de escola. Aos 15 anos mudou-se para o Benfica apesar do interesse do FC Porto, e estreou-se nas seleções jovens, mais precisamente pelos sub-16, num torneio na Venezuela.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

O marcador improvável numa goleada do Benfica em Alvalade. Quem se lembra de Sousa?

José Sousa disputou 45 jogos pelo Benfica e 78 pelo Belenenses
José Sousa apenas marcou seis golos em quase uma década e meia de carreira, mas um deles ajudou a decidir um Sporting-Benfica. A 21 de fevereiro de 1998, desmarcou-se pelo corredor direito e aproveitou um grande passe a rasgar de Brian Deane para se isolar e bater Tiago. Na altura, fez o 2-0 numa goleada por 4-1 das águias em Alvalade. É, ainda hoje, considerado um dos marcadores mais improváveis na história dos dérbis.
 
Curiosamente, até é sobrinho de um antigo jogador do Sporting (e do FC Porto), o antigo médio internacional português António Sousa. Nasceu e cresceu em São João da Madeira e, tal como o tio e o primo Ricardo, começou a jogar futebol na Sanjoanense, embora o seu sonho fosse ser economista.

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

O “pé de chumbo” que não se estreou no Sporting mas fez 53 jogos pelo Benfica. Quem se lembra de Andrade?

Andrade esteve vinculado ao Benfica entre 1998 e 2003
Dizer que um jogador é esforçado soa mais a critica do que a elogio, mas no caso de Luís Filipe Andrade de Oliveira, mais conhecido por Andrade, não há volta a dar. Era forte na marcação, raçudo, agressivo e polivalente, mas também muito limitado tecnicamente.
 
Começou a jogar futebol nas escolinhas do Domingos Sávio, um clube da freguesia de Campo de Ourique, e de lá deu o salto para o Sporting em 1985. Um dos seus primeiros treinadores em Alvalade, a antiga glória leonina Osvaldo Silva, batizou-o de imediato: “Olha, ficas Andrade. Ficas conhecido por Andrade. Andrade não, pé de chumbo.”

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

O chileno três vezes campeão no Benfica que quase deu o segundo campeonato ao Belenenses. Quem se lembra de Fernando Riera?

Riera comandou o Benfica em 62-63, 66-67 e no início de 67-68
O Belenenses sagrou-se campeão nacional pela única vez na sua história em 1945-46, mas esteve a um pequeníssimo passo de alcançar um segundo título em 1954-55. Dentro de campo a equipa andou à boleia dos 32 golos de Matateu ao longo das 26 jornadas do campeonato, mas o homem do leme era Fernando Riera, um antigo internacional chileno que havia acabado de terminar a carreira de futebolista no futebol francês.
 
Os azuis entraram na última jornada com mais um ponto que o principal perseguidor, o Benfica, e mais dois do que o Sporting, precisamente o seu adversário na derradeira ronda, no Estádio das Salésias. As ruas de Belém e da Ajuda, particularmente as contíguas ao recinto, estavam engalanadas e cobertas de azul para a possível festa, mas acabaram num mar de lágrimas.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

O loirinho que brilhou em Portugal e esteve nos 7-0 do Celta ao Benfica. Quem se lembra de Giovanella?

Giovanella representou Estoril, Tirsense e Belenenses em Portugal
O loirinho que passeou classe nos relvados portugueses a meio da década de 1990 sem ter necessitado, para tal, de ter jogado num dos chamados três grandes. Um belíssimo executante que jogava no Internacional de Porto Alegre quando foi contactado pelo empresário Manuel Barbosa para fazer testes em clubes lusos.
 
O primeiro emblema português no qual Giovanella treinou foi o Rio Ave, mas o treinador José Rachão não quis ficar com ele. Seguiu-se o Estoril, com o técnico Fernando Santos a aprovar a sua contratação. “Joguei lá de dezembro de 1993 a maio de 1994. Descemos de divisão, mas joguei regularmente e chamei a atenção de outros clubes”, contou ao Maisfutebol, sobre uma época na qual atuou em 18 jogos e marcou um golo. “Aprendi muito, muito com o Fernando. Um engenheiro de profissão que sabia mais de futebol do que qualquer um de nós. Perdi o contacto com ele e tenho muita pena. Se não fosse o Fernando e o Estoril, certamente não teria atingido o nível que atingi na Europa”, acrescentou.

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

O central que viveu o céu e o inferno em 224 jogos pelo Benfica. Quem se lembra de Paulo Madeira?

Paulo Madeira esteve ligado ao Benfica entre 1987 e 2002
Tinha o rabo de cavalo mais famoso do futebol português. Para quem como eu começou a acompanhar futebol na viragem do milénio, Paulo Madeira era daqueles jogadores mais fáceis de identificar. Mas este antigo central internacional português era muito mais do que o dono de um penteado vistoso. Afinal, são poucos os que se podem gabar de ter disputado 224 jogos oficiais pelo Benfica e 24 pela seleção nacional A.
 
Nasceu em Luanda em 1970 e veio para Portugal em 1974, mais precisamente para São Paio do Mondego, concelho de Penacova, no distrito de Coimbra, onde viviam os avós paternos. Depois passou dois anos em Guimarães antes de se ter radicado no Algarve em 1980. Foi em Vila Real de Santo António, aos 13 anos, que entrou no futebol, para jogar nos iniciados do Lusitano VRSA, influenciado pelos colegas de escola que lá jogavam.

terça-feira, 6 de agosto de 2024

O goleador do Belenenses que virou arma secreta do Benfica (sempre com JJ). Quem se lembra de Weldon?

Weldon brilhou no Belenenses antes de representar o Benfica
No Belenenses foi o goleador de serviço em 2007-08. No Benfica ficou conhecido como a arma secreta na época do título de 2009-10. Em ambas as condições, esteve às ordens de Jorge Jesus.
 
Avançado brasileiro que havia passado por clubes importantes no seu país como Santos, Cruzeiro e Sport Recife, tendo ainda vivenciado experiências em França com as camisolas de Sochaux e Troyes, tinha a fama de ser um jogador muito rápido na condução de bola, mas algo instável psicologicamente, pouco intenso nos treinos e com mais gosto pelo dinheiro do que pelo futebol.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

O “Furacão” que brilhou no Belenenses e FC Porto. Quem se lembra de Emerson?

Emerson representou Belenenses e FC Porto
Era possante (1,86 m), levava tudo à frente e ninguém o conseguia travar no meio-campo, o que lhe valeu a alcunha de “Furacão”. Emerson jogou nos campeonatos de Inglaterra e Espanha, mas antes brilhou em Portugal.
 
Depois de cumprir a formação no Flamengo e de ter iniciado o percurso como sénior no Coritiba, o treinador brasileiro Moisés Andrade trouxe-o para Portugal no verão de 1991 para reforçar o Belenenses, então na II Liga. Entretanto o técnico, que só esteve dois meses no cargo, foi substituído pelo compatriota Abel Braga. E Emerson continuou a brilhar, ao ponto de captar o interesse dos três grandes.

sexta-feira, 1 de março de 2024

Morreu Pietra, lateral direito de eleição nas décadas de 70 e 80. Quem se lembra dele?

Pietra disputou mais de 300 jogos pelo Benfica
26 internacionalizações, quatro campeonatos, cinco Taças de Portugal, duas Supertaças e presença numa final da Taça UEFA. É este o resumo muito simplificado do currículo desportivo de Minervino Pietra, lateral direito de eleição do futebol português nas décadas de 1970 e 1980.
 
Nascido em Lisboa, surgiu nos seniores do Belenenses em 1971-72 e fez parte da equipa que na época seguinte foi vice-campeã nacional sob a orientação do argentino Alejandro Scopelli, naquela que foi a melhor classificação dos azuis do Restelo na I Divisão no pós-Matateu.
 
Os bons desempenhos valeram-lhe a estreia pela seleção nacional A ainda com 19 anos, num jogo frente à Irlanda do Norte em novembro de 1973, e a transferência para o Benfica no verão de 1976.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Marinho Peres

Enquanto jogador, Marinho Peres, que nasceu em 19 de março de 1947 em Sorocaba, São Paulo, representou no Brasil clubes como o Portuguesa, Santos, Internacional ou Palmeiras.

Na Europa, o defesa representou o Barcelona nas temporadas 1974/1975 e 1975/1976.
Internacional pelo Brasil, Marinho Peres competiu num Campeonato do Mundo de futebol, no Alemanha 1974, onde os canarinhos alcançaram o 4.º lugar.

Na sua carreira como treinador conta com várias passagens em Portugal, onde se estreou em 1986/1987, ao serviço do Vitória de Guimarães, que representaria também em 1992/1993.

Orientou ainda o Belenenses, entre 1987 e 1989, ano em que conquistou uma Taça de Portugal e, mais tarde, entre 2000 e 2003.

Foi também treinador do Sporting, entre 1990 e 1992, e do Marítimo, na temporada 1996/1997.

O técnico, que treinou até 2009, orientando em Angola o Atlético Sport Aviação, representou ainda clubes brasileiros como o Santos ou Botafogo e a seleção de El Salvador.

Lusa
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