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Brian Clough guiou o Nottingham Forest a dois títulos europeus seguidos |
O
Nottingham
Forest é o único clube que tem mais títulos europeus (dois) do que
nacionais (um). Depois de se sagrar campeão inglês em 1977-78, ganhou a
Taça
dos Campeões Europeus em 1978-79 e 1979-80. Nas três conquistas, o homem do
leme era Brian Clough, que havia pegado na equipa na Segunda Divisão de
Inglaterra em janeiro de 1975. Impressionante, não é?
Contudo, nem tinha sido a
primeira vez que este antigo avançado de
Middlesbrough
e Sunderland havia conquistado o título inglês ao comando de uma equipa que
tinha assumido ainda no segundo escalão. Tinha feito o mesmo no
Derby
County, clube ao qual chegou em 1967, tendo-o promovido em 1968-69 e levado
à glória nacional em 1971-72.
Era também um treinador que
gostava de puxar dos galões. E de que maneira! “Dizem que Roma não se fez num
dia, mas eu não estava a tratar dessa obra em particular”, disse numa ocasião. “Não
digo que sou o melhor treinador do mundo. Mas estou seguramente no top-1”,
afirmou noutra altura. “Quando eu morrer e chegar ao céu, Deus vai ter de
abdicar da sua cadeira favorita”, atirou noutro dia.
Polémico, Brian Clough contratou
jogadores à revelia dos dirigentes e despediu inclusivamente duas mulheres que
serviam chá durante os jogos do
Derby
County porque as apanhou a sorrir depois de uma derrota. Ainda assim, tem
uma estátua à porta do clube, outra à porta do estádio do
Nottingham
Forest e ainda outra na cidade natal de Middlesbrough, foi homenageado com
um troféu de pré-época e deu nome à estrada de 20 quilómetros que liga as
cidades de Derby e Nottingham.
Foi apontado por diversas vezes
ao cargo de selecionador de
Inglaterra,
e era considerado uma escolha popular para a função, mas nunca foi contratado
pela Federação Inglesa, tendo ficado conhecido como o “melhor selecionador que
Inglaterra nunca teve”.
Retirou-se cedo, em 1993, após a
despromoção do
Nottingham
Forest ao segundo escalão inglês, numa altura em que lutava contra o
alcoolismo e alguns problemas de saúde, e morreu onze anos depois, aos 69 de
idade, vítima de cancro no estômago.
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