segunda-feira, 8 de abril de 2024

“Não digo que sou o melhor do mundo. Mas estou seguramente no top-1”. As melhores pérolas de Brian Clough

Brian Clough guiou o Nottingham Forest a dois títulos europeus seguidos
O Nottingham Forest é o único clube que tem mais títulos europeus (dois) do que nacionais (um). Depois de se sagrar campeão inglês em 1977-78, ganhou a Taça dos Campeões Europeus em 1978-79 e 1979-80. Nas três conquistas, o homem do leme era Brian Clough, que havia pegado na equipa na Segunda Divisão de Inglaterra em janeiro de 1975. Impressionante, não é?
 
Contudo, nem tinha sido a primeira vez que este antigo avançado de Middlesbrough e Sunderland havia conquistado o título inglês ao comando de uma equipa que tinha assumido ainda no segundo escalão. Tinha feito o mesmo no Derby County, clube ao qual chegou em 1967, tendo-o promovido em 1968-69 e levado à glória nacional em 1971-72.
 
Era também um treinador que gostava de puxar dos galões. E de que maneira! “Dizem que Roma não se fez num dia, mas eu não estava a tratar dessa obra em particular”, disse numa ocasião. “Não digo que sou o melhor treinador do mundo. Mas estou seguramente no top-1”, afirmou noutra altura. “Quando eu morrer e chegar ao céu, Deus vai ter de abdicar da sua cadeira favorita”, atirou noutro dia.
 
Polémico, Brian Clough contratou jogadores à revelia dos dirigentes e despediu inclusivamente duas mulheres que serviam chá durante os jogos do Derby County porque as apanhou a sorrir depois de uma derrota. Ainda assim, tem uma estátua à porta do clube, outra à porta do estádio do Nottingham Forest e ainda outra na cidade natal de Middlesbrough, foi homenageado com um troféu de pré-época e deu nome à estrada de 20 quilómetros que liga as cidades de Derby e Nottingham.
 
Foi apontado por diversas vezes ao cargo de selecionador de Inglaterra, e era considerado uma escolha popular para a função, mas nunca foi contratado pela Federação Inglesa, tendo ficado conhecido como o “melhor selecionador que Inglaterra nunca teve”.
 
Retirou-se cedo, em 1993, após a despromoção do Nottingham Forest ao segundo escalão inglês, numa altura em que lutava contra o alcoolismo e alguns problemas de saúde, e morreu onze anos depois, aos 69 de idade, vítima de cancro no estômago.
 





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