A selecção portuguesa de Sub-21 venceu esta noite a congénere moldava por expressivos 5-0.
Eis a constituição das equipas:
Portugal (Sub-21)
Os portugueses actualmente ocupam o 3º lugar no Grupo 6, com quatro pontos em três jogos, e um saldo de 4-3 em golos. Com a Rússia na primeira posição (12 pontos/4 jogos) e a Polónia na segunda (7/4), é fundamental que Portugal não vacile perante o previsível frágil adversário para ter hipótese de pelo menos se qualificar como um dos segundos melhores classificados para o “Play-Off”.
Vi (e analisei) o jogo frente à Polónia e pareceu-me ser uma equipa com potencial, qualidade técnica e vontade, com uma defesa que me parece sólida no jogo defensivo e que gosta de subir nas bolas paradas, e um ataque com jogadores irrequietos.
Moldávia (Sub-21)
A Moldávia ocupa o último posto neste grupo, somando derrotas em todos os jogos disputados, e um saldo de 3-12 em golos. O apuramento é uma miragem e não tendo muitos dados sobre esta formação, pelos resultados parece ser bastante frágil.
Portugal começou bem no jogo, com um sistema táctico muitos desdobrável com um 4-4-2 losango em que o “pivot” ofensivo Josué muitas vezes abria do lado direito, e Nélson Oliveira encostava-se ao flanco esquerdo, fazendo assim um 4-3-3.
O 1-0 surgiu logo aos 6’, por Nélson Oliveira, no coração da área, ao desviar um cruzamento rasteiro de André Martins.
A partir daí, Portugal preocupou-se mais em assumir o controlo do jogo e em manter uma elevadíssima posse de bola, continuando a atacar e chegando com normalidade ao segundo golo, aos 23’, após um cruzamento de Cédric na direita, Rui Fonte cabeceou de cima para baixo para o fundo das redes.
Dois minutos depois, novo golo para Portugal, mais uma jogada de André Martins pelo lado direito na qual faz um cruzamento rasteiro que passa por quase toda a área até chegar a Saná que finalizou com classe.
Com normalidade, aos 29’, surge o 4-0, na sequência de um cruzamento milimétrico de Ruben Ferreira na esquerda, Nélson Oliveira rematou para mais um tento.
Até ao intervalo, apenas mais uma situação de perigo, em que na sequência de um livre directo André Martins vê o guarda-redes desviar o seu remate para a trave e consequentemente para fora.
Para a segunda parte Portugal entrou já a pensar no jogo de segunda-feira na Albânia, baixando o ritmo de jogo e com Rui Jorge a efectuar logo no inicio duas substituições, nas quais dois dos elementos em maior destaque na primeira metade saíram (Nélson Oliveira e André Martins) para dar entrada a Abel Camará e Salvador Agra.
A selecção nacional de esperanças foi jogando a ritmo de cruzeiro, sem criar muitas oportunidades, mas aos 69’ chegou ao quinto golo por Abel Camará, após passe de Rui Fonte.
Assim continuou o jogo até final, com o 5-0 e a um ritmo baixo com muita posse de bola para os portugueses, apenas com um cabeceamento do avançado do Espanhol ao poste como motivo de destaque.
Com esta vitória, Portugal cola-se à Polónia no 2º lugar do Grupo e precisa não desperdiçar de pontos de forma a tentar ser dos melhores segundos classificados, ou então, ainda que isso não dependa só de si, tentar ultrapassar a Rússia no comando da tabela.
Analisando as equipas, a formação das quinas realizou uma boa partida, aparecendo moralizada talvez até de forma surpreendente, visto que os últimos resultados pareciam comprometer o apuramento. Gostei do desdobramento táctico do 4-4-2 losango para o 4-3-3 e ao mesmo tempo com André Martins a surgir muitas vezes no flanco direito para efectuar cruzamentos, alguns dos quais resultando em golo. Na minha opinião, o jogador do Sporting foi mesmo o grande destaque desta equipa, com remates, assistências e muita dinâmica. Mostrou que merece oportunidades no seu clube.
Os centrais estiveram sólidos, os laterais defenderam e atacaram bem (uma assistência cada), Diogo Amado esteve discreto como normalmente um Nº6 é, Saná marcou e esteve bem, de André Martins já falei, Josué foi fundamental no desdobramento táctico, apoio para o brilhantismo do médio leonino e a confundir a defesa adversária, Nélson Oliveira bisou e ganha vantagem na luta no ataque a Wilson Eduardo, e Rui Fonte também marcou e ainda cabeceou ao poste. Salvador Agra esteve irrequieto como de costume, Abel Camará marcou e mostrou argumentos e Diogo Viana ainda foi a tempo de participar em algumas jogadas de ataque.
Já do lado da Moldávia, pareceu uma equipa muito frágil sobretudo na defesa, apesar de um guarda-redes que mostrou ter muita elasticidade e alguns jogadores na frente que parecem ser dotados de qualidade técnica.