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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Fez-se internacional no Portimonense, foi diretor do Sporting e treinou em seis países. Quem se lembra de Norton de Matos?

Norton de Matos brilhou no Portimonense entre 1981 e 1984
Já fez de tudo no futebol: jogou, treinou, dirigiu, formou e até comentou. Apesar da versatilidade, nunca terá atingido noutra função o nível que alcançou enquanto futebolista, uma vez que chegou a ser internacional A e foi um dos primeiros portugueses a ter sucesso no estrangeiro.
 
Sobrinho-neto do general José Norton de Matos, nasceu a 14 de dezembro de 1953 em Lisboa e começou a jogar futebol nas camadas jovens do Estoril, mas foi no Benfica que concluiu a formação e se tornou internacional jovem por Portugal.
 
Quando transitou para sénior, inicialmente integrou a equipa de reservas dos encarnados, mas em 1973-74 foi emprestado à Académica, tendo aproveitado para frequentar o curso de Direito na Universidade de Coimbra, seguindo assim uma tradição familiar. Contudo, o reitor era salazarista e não guardava boas recordações do tio-avô de Luís Norton de Matos, um dos principais opositores de António de Oliveira Salazar, o que obrigou o então reforço da Briosa a adiar os planos académicos. Curiosamente, foi precisamente durante essa temporada que aconteceu a Revolução dos Cravos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

O bicampeão europeu pelo Benfica enquanto gozava uma licença sem vencimento na CUF. Quem se lembra de Mário João?

Mário João só jogou por CUF e Benfica em 14 anos de carreira
Em 1957 pediu uma licença sem vencimento à CUF para jogar no Benfica, quando Otto Glória implementou o profissionalismo, e cinco anos depois a empresa escreveu-lhe uma carta a ameaçar despedi-lo se não voltasse para a fábrica para trabalhar a tempo inteiro, o que o fez regressar à casa-mãe. Pelo meio venceu duas Taças dos Campeões Europeus (1960-61 e 1961-62), dois campeonatos (1959-60 e 1960-61) e duas Taças de Portugal (1958-59 e 1961-62).
 
Nascido no Barreiro a 6 de junho de 1935, cresceu ao lado do campo da CUF e desenvolveu imediatamente intimidade com a bola. Aos 15 anos, inscreveu-se no clube-empresa e sagrou-se vice-campeão nacional de juniores logo na primeira época.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Um dos heróis da única Taça do Leixões e sete vezes campeão pelo Benfica. Quem se lembra de Jacinto?

Jacinto triunfou no Leixões antes de dar o salto para o Benfica em 1962
Defesa matosinhense e formado no Leixões, numa altura em que era comum muitos produtos da formação ascenderem à equipa principal do clube, os chamados “bebés do Mar”, foi lançado às feras ainda com 19 anos, em 1960-61, e logo nessa época contribuiu para a conquista da Taça de Portugal, a única do emblema alvirrubro.
 
Versátil, podendo alinhar como lateral ou central com igual eficácia, começou como defesa esquerdo, mas foi no eixo defensivo que jogou (ao lado de Raul Machado), devido a problemas de saúde do histórico Raúl Oliveira, na final ganha ao FC Porto (2-0) em pleno… Estádio das Antas, a 9 de julho de 1961.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

O ala do Boavista que vestiu a camisola 10 no Benfica. Quem se lembra de Nelo?

Nelo fez grande parte da carreira no Bessa e foi internacional A
Lateral/médio esquerdo portuense, foi uma das grandes figuras do Boavistão entre 1988 e 1997, período no qual somou 202 jogos, nove golos e três troféus com a camisola axadrezada. Chegou a internacional A (11 jogos) e foi levado para o Benfica no tempo da revolução no plantel operada pelo presidente Manuel Damásio e o treinador Artur Jorge, mas não conseguiu replicar na Luz o êxito que teve no Bessa.
 
Formado no Boavista, teve muito que penar até se fixar no plantel principal, tendo passado por empréstimos a Felgueiras e Farense antes de se afirmar verdadeiramente na casa-mãe a partir da temporada 1990-91. Contudo, quando o conseguiu agarrou de tal forma o lugar que logo em outubro de 1990 foi convocado para a seleção nacional A, estreando-se num triunfo sobre a campeã europeia Holanda no Estádio das Antas (1-0).

domingo, 24 de agosto de 2025

O canhoto açoriano do Sporting que bisou nos 7-1 ao Benfica. Quem se lembra de Mário Jorge?

Mário Jorge somou 261 jogos e 21 golos pelo Sporting entre 1979 e 1991
Um dos melhores jogadores açorianos de sempre, um pódio que certamente dividirá com o goleador Pauleta e o comendador Eliseu. Natural de Ponta Delgada, fez toda a formação do Sporting, afirmando-se cedo como um promissor futebolista graças a características como qualidade técnica, visão de jogo e velocidade de execução.
 
Canhoto capaz de fazer todo o flanco esquerdo, dividiu a carreira entre as posições de lateral e de médio ala, com semelhante nível de desempenho.
 
Foi lançado na equipa principal dos leões por Rodrigues Dias a 12 de setembro de 1979, nos minutos finais de uma vitória caseira sobre o Estoril (2-0), numa altura em que tinha 18 anos praticamente acabadinhos de fazer, o que no final dessa época lhe valeu o estatuto de campeão nacional.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

O canhoto de Castro Daire que fez mais de 50 jogos pelo Benfica. Quem se lembra de Luís Carlos?

Luís Carlos conseguiu uma internacionalização pela seleção A
Extremo canhoto com alguma qualidade técnica, subiu a pulso na carreira: estreou-se como sénior no Oriental em 1991-92, na antiga III Divisão Nacional, entrou na I Liga pela porta do Salgueiros no verão de 1997, reforçou o Benfica em dezembro desse ano e somou a única internacionalização A que tem no currículo em agosto de 1998.
 
Nascido em Vila Nova, concelho de Castro Daire, em 21 de agosto de 1972, cresceu na freguesia lisboeta de Marvila e fez toda a formação no Oriental, clube no qual também fez a transição para sénior, tendo sido companheiro de equipa de Costinha, dois anos mais novo.
 
Após cinco temporadas no emblema grená, mudou-se para o Nacional da Madeira no verão de 1996, reencontrando o treinador José Moniz, e no final da época, já sob a orientação do brasileiro Jair Picerni, festejou a subida à II Liga.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Defesa goleador do Sporting e primeiro brasileiro a jogar por Portugal. Quem viu jogar Lúcio?

Lúcio representou o Sporting entre 1959 e 1964
Muito antes de Deco, Pepe, Liedson, Dyego Sousa, Otávio e Matheus Nunes (e de Celso, já agora…) houve Lúcio, o primeiro futebolista nascido no Brasil a jogar pela seleção portuguesa e também um defesa central especialista na execução de livres diretos.
 
Nascido em Manhuaçu, no estado de Minas Gerais, mas filho de pai fafense e mãe portuense, jogava no América do Rio de Janeiro quando, durante digressão europeia do clube carioca, acabou contratado pelo Sporting em dezembro de 1959.
 

terça-feira, 12 de agosto de 2025

O craque do FC Porto que morreu em campo. Quem viu jogar Pavão?

Pavão atuou 229 vezes pelo FC Porto entre 1965 e 1973
Quis o destino que tivesse sido no minuto 13 da jornada 13, num dia de jogo nas Antas, um dos momentos de maior azar da história do FC Porto: um dos seus principais craques caiu fulminado no relvado, naquela que viria a ser a primeira morte súbita nos estádios portugueses. A notícia foi anunciada depois de um triunfo, sobre o Vitória de Setúbal (2-0), que ficou por comemorar.
 
Maestro do meio-campo azul e branco ao longo de oito anos (1965 a 1973), começou a jogar à bola nas ruas de Chaves, cidade onde nasceu a 12 de agosto de 1946, e percorreu as camadas jovens do Desportivo de Chaves, mas chegou aos dragões ainda júnior, em 1964, após ter sido descoberto pelo ilustre portista António Feliciano e perante a insistência do então coordenador de formação Artur Baeta. José Maria Pedroto poliu-o entre 1966 e 1969, catapultando-o para a seleção nacional A, e quis o destino que fosse ele o técnico dos sadinos naquele fatídico encontro de 16 de dezembro de 1973.

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Jorge Vieira, primeiro árbitro internacional português e... jogador emblemático do Sporting

Jorge Vieira jogou pelo Sporting entre 1914 e 1932
Uma das maiores figuras das primeiras décadas do futebol em Portugal, um período em que a informalidade dava para quase tudo, até para que um jogador emblemático do Sporting, que atuou de leão ao peito durante 18 anos (1914 a 1932), fosse ao mesmo tempo árbitro, neste caso específico o primeiro árbitro internacional português.
 
Nascido em Lisboa a 23 de fevereiro de 1898, ainda no século XIX, vivia no Dafundo e tinha apenas nove anos, mas foi a pé de casa até Carcavelos para assistir ao primeiro Sporting-Benfica da história, em dezembro de 1907. Fê-lo por amor ao Sporting, o clube da sua vida. Em 1910 foi admitido como sócio e no ano seguinte fez-se jogador na terceira categoria do clube, como defesa esquerdo, posição em que viria a notabilizar-se.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

A coqueluche do Benfica que saiu para o Real Madrid e fez carreira em Espanha. Quem se lembra de Edgar?

Edgar despontou no Benfica e passou oito anos e meio no Málaga
Foi, em tempos, o menino bonito do Benfica, a coqueluche da Luz. No verão de 1998 deu o salto para o Real Madrid e a estreou-se pela seleção nacional A, mas acabou por fazer uma carreira aquém das expetativas, até porque não chegou a jogar pelos merengues nem a somar mais encontros pela principal equipa das quinas.
 
Nascido em Luanda, saiu de Angola com o país em guerra e veio para Portugal em tenra idade, tendo integrado as camadas jovens do Benfica em 1990-91. A transição para a equipa principal aconteceu em 1994-95, com a estreia a acontecer aos 17 anos e 10 meses, pela mão de Artur Jorge, na finalíssima da Supertaça Cândido de Oliveira em Paris, onde as águias foram derrotadas pelo FC Porto (0-1) a 20 de junho de 1995.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

O leão de Sines que marcou o primeiro golo da história da Taça dos Campeões Europeus. Quem viu jogar João Martins?

João Martins representou o Sporting entre 1946 e 1959
Avançado nascido em Sines, no litoral alentejano, está na história como o autor do primeiro golo da história das competições europeias, poucos meses depois de ter sido o desmancha prazeres que tirou ao Belenenses aquele que seria o seu segundo título nacional.
 
Com uma infância difícil, trabalhou como corticeiro, mas foi através do seu talento para marcar golos, patenteado ao serviço do Sport Lisboa e Sines em torneios populares e jogos amigáveis (porque o clube não estava filiado na Associação de Futebol de Setúbal e por isso não era federado), que conseguiu uma vida melhor.
 
Em 1946 foi para Lisboa pela mão do amigo Alfredo Trindade, que o quis levar para o Sporting. Mas consciente de que pouco jogaria na equipa dos cinco violinos, decidiu antes tentar a sorte da CUF, até para pedir um emprego em troca. Treinou e agradou, mas recusou-se a assinar contrato enquanto o emprego não aparecia, continuando apenas a treinar.

domingo, 3 de agosto de 2025

A eterna promessa do Benfica que secou Papin numa meia-final da Champions. Quem se lembra de Samuel?

Samuel esteve na equipa principal do Benfica entre 1983 e 1993
Defesa central nascido na Guiné-Bissau, começou por jogar no Benfica de Bissau, de onde saltou para o Benfica lisboeta por intermédio do antigo jogador benfiquista Cavungi.
 
Desenvolvido nas camadas jovens do clube da Luz, conseguiu captar a atenção do treinador dos encarnados daquela altura, Sven-Göran Eriksson. Pela mão do sueco, estreou-se na equipa principal a 31 de dezembro de 1983, entrando para o lugar do lesionado António Bastos Lopes numa receção vitoriosa ao Desportivo de Chaves (4-0), para a Taça de Portugal. "Era um Benfica diferente", recordou ao Diário de Notícias em setembro de 2017. "Os jogadores lutavam pela camisola. Quando cheguei à equipa principal, havia um balneário para os mais novos e outro para os mais velhos. Havia muito respeito pelos mais velhos, que até me pediam para ir comprar tabaco", acrescentou.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Alberto Augusto, o “Batatinha” que marcou o primeiro golo da seleção nacional

Alberto Augusto representou o Benfica entre 1917 e 1924
O autor do primeiro golo de sempre da seleção nacional, naquele que também foi o primeiro jogo oficial de Portugal, uma derrota às mãos de Espanha em Madrid (1-3) a 18 de dezembro de 1921. Depois de um penálti sofrido pelo irmão mais novo, Artur Augusto, que jogava no FC Porto, o avançado benfiquista Alberto Augusto chegou-se à frente para enfrentar e bater o mítico Zamora, que ainda hoje dá nome ao troféu de melhor guarda-redes da Liga espanhola.
 
Conhecido como o “Batatinha”, integrou a equipa das quinas que disputou os Jogos Olímpicos de Amesterdão (1928), venceu um Campeonato de Lisboa pelo Benfica (1919-20) e jogou nos dois maiores emblemas minhotos, Sp. Braga e Vitória de Guimarães. "Não há em Portugal jogador algum mais popular, mais admirado e mais característico que Alberto Augusto. Poucos ou quase nenhuns dos nossos foot-ballers reúnem tanta simpatia como o popular jogador, simpatia que ele merece como recompensa ao seu esforço, à sua dedicação e aos seus grandes conhecimentos técnicos aliados à simplicidade e modéstia do seu jogo. Possui todas as qualidades de um jogador perfeito até mesmo no dificílimo desempenho de guarda-redes", descreveu Armando Moreira Rato em 1923 numa biografia em jeito de almanaque de bolso, que pode ser consultada no Museu do Desporto.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

O “furacão de Águeda” que fez mais de 300 jogos pelo FC Porto e disse “não” ao Inter. Quem viu jogar Hernâni?

Hernâni ganhou dois campeonatos e duas taças pelo FC Porto
Um dos melhores e mais importantes futebolistas do FC Porto nas décadas de 1950 e 1960. Foi capitão de equipa e talvez até um dos primeiros “jogadores à Porto”, um avançado com enorme espírito guerreiro, que não dava uma bola por perdida, e que também era famoso pelos sprints.
 
Conhecido como o “furacão de Águeda”, por ter nascido e crescido nessa cidade do distrito de Aveiro, somou 183 golos em 339 jogos de dragão ao peito entre 1950 e 1952 e entre 1953 e 1964, tendo conquistado dois campeonatos nacionais (1955-56 e 1958-59) e duas Taças de Portugal (1955-56 e 1957-58).

terça-feira, 29 de julho de 2025

O mestre do desarme que foi à baliza numa final da Taça dos Campeões Europeus. Quem viu jogar Germano?

Germano sagrou-se bicampeão europeu pelo Benfica
Um dos melhores defesas centrais de sempre do Benfica e de Portugal, Germano era considerado o mestre do desarme sem faltas, fazendo-o com uma elegância tremenda.
 
Natural de Alcântara, ficou órfão de pai e mãe durante a adolescência. Começou a jogar futebol no Atlético (1951 a 1959) e tornou-se numa das principais figuras da história do emblema da Tapadinha, pelo qual se sagrou campeão nacional da II Divisão em 1958-59, ao ponto de hoje dar nome ao troféu de pré-época do clube lisboeta.
 

quarta-feira, 23 de julho de 2025

O “Altafini de Cernache” e um dos heróis da Taça das Taças do Sporting. Quem se lembra de Figueiredo?

Figueiredo representou o Sporting entre 1960 e 1968
Avançado combativo e com apurado instinto goleador, está na história do Sporting como o seu décimo melhor marcador, com 150 golos em 232 jogos oficiais.
 
Antes de se consagrar em Alvalade, este atacante natural de Tomar despontou no Matrena e deu nas vistas ao serviço de União de Tomar e Vitória de Sernache, tendo saído diretamente do modesto clube de Cernache do Bonjardim, então na III Divisão Nacional, para o Sporting.
 
Porém, Ernesto Figueiredo não sentiu a diferença do nível competitivo e continuou a marcar golos, ao ponto de se ter tornado o melhor marcador da equipa – apesar de ser o mais mal pago do plantel – logo na primeira época em Alvalade, 1960-61, quando apontou 25 remates certeiros.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

O médio regular surpreendentemente dispensado pelo Sporting. Quem se lembra de Pedro Martins?

Pedro Martins passou três anos no Sporting após brilhar em Guimarães
Os mais novos certamente o conhecerão melhor como treinador, mas antes de abraçar essa carreira Pedro Martins fez um meritório percurso como futebolista profissional que incluiu uma internacionalização pela seleção A, outra pela seleção nacional de sub-18, 197 jogos na I Divisão e 105 encontros com a camisola do Sporting. Foi um médio de características defensivas regular e consistente do qual poucos treinadores ousaram abdicar.
 
Nascido em 17 de julho de 1970 em Santa Maria da Feira e produto da formação do Feirense, saltou para a equipa principal aos 17 anos, em 1987-88, tendo contribuído para a promoção ao primeiro escalão em 1989 e para a subida à II Liga em 1994, com duas descidas de divisão pelo meio.

terça-feira, 24 de junho de 2025

O guarda-redes que fugiu da PIDE e exilou-se em Marrocos. Quem viu jogar Carlos Gomes?

Carlos Gomes defendeu a baliza do Sporting entre 1950 e 1958
Guarda-redes natural do Barreiro, tinha tanto de genial como de polémico e gostava de usar equipamento preto, à imagem de um seu contemporâneo, o russo Lev Yashin, ainda que seguramente por motivos diferentes (já lá vamos…).
 
Cresceu no Barreirense, mas foi contratado pelo Sporting quando tinha apenas 18 anos, em 1950, revelando logo aí toda a sua irreverência, ao exigir mais dinheiro do que os 10 contos que os responsáveis leoninos lhe propunham, acabando por conseguir receber cinco vezes mais.
 
A primeira época de leão ao peito foi passada na sombra de um seu conterrâneo, Azevedo, mas depois ganhou o lugar e não mais o largou ao longo de sete anos, período no qual juntou quatro campeonatos (1951-52, 1952-53, 1953-54 e 1957-58) e uma Taça de Portugal (1953-54) ao título nacional para o qual pouco contribuíra na temporada de estreia (1950-51). Com naturalidade tornou-se também numa presença habitual nas convocatórias da seleção nacional, tendo somado 18 internacionalizações entre novembro de 1953 e maio de 1958.

O lateral que chegou à seleção no Belenenses e foi infeliz no Benfica. Quem se lembra de Cabral?

Cabral brilhou no Belenenses antes de chegar ao Benfica
Defesa lateral destro, mas também capaz de atuar à esquerda, foi subindo a pulso no futebol português. Natural de Vila Nova de Cerveira, passou pelas camadas jovens de Cerveira e Os Torrenses antes de concluir a formação e iniciar o percurso como sénior no Vianense no início da década de 1990.
 
Ajudou o emblema de Viana do Castelo a subir à II Divisão B em 1992, mas no ano seguinte não conseguiu impedir a despromoção à III Divisão. Depois de uma época positiva ao serviço do Joane na III Divisão em 1993-94, deu o salto diretamente para o Tirsense, então na I Divisão, mas não foi além de cinco jogos disputados ao serviço dos jesuítas.
 
Em 1995-96 foi ganhar rodagem para o Vizela, então na II Divisão B, antes de se afirmar como titular no conjunto de Santo Tirso na temporada que se seguiu, marcada pela descida da II Liga à II Divisão B.

terça-feira, 17 de junho de 2025

O “Ruço” que queria ser médico e “era o único jogador à Benfica” no… Sporting. Quem se lembra de Artur Correia?

Artur Correia passou seis anos no Benfica e três no Sporting
Defesa direito lisboeta conhecido pela alcunha de “Ruço” devido ao visual, mas também pelo seu estilo impetuoso, começou a praticar futebol nas camadas jovens do Futebol Benfica, o popular “Fofó”, como avançado, mas ao fim de um ano já estava a jogar nos juniores do Benfica como médio, tendo vencido o título nacional da categoria em 1967-68 ao lado de Humberto Coelho, Vítor Martins e Nené.
 
Quando transitou para sénior, colocou os estudos à frente da bola e mudou-se para a Académica para ter a possibilidade de estudar medicina em Coimbra. Se na primeira época pouco jogou, entre 1969 e 1971 afirmou-se de tal maneira na equipa principal da briosa, já como lateral direito, que teve de deixar de lado o sonho de ser médico. Em 1969-70 contribuiu para a caminhada dos estudantes até aos quartos de final da Taça das Taças e na temporada seguinte para a obtenção de um honroso 5.º lugar na I Divisão.
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