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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

O “rato cabeludo” de Constantim que cortava a meta de “carrinho”. Uma viagem pela infância de Simão Sabrosa

Simão Sabrosa começou a jogar futebol na Escola Diogo Cão
Uma criança com jeito para tudo o que era desporto, Simão Sabrosa brilhou no atletismo antes de se notabilizar no futebol, ganhando tudo o que eram corridas de 60 metros. A certeza de vencer era tanta que, numa prova em Chaves, como a vantagem era muita, chegou a cortar a meta a fazer um “carrinho”, uma gracinha que lhe valeu um raspanete do diretor da prova, mas que é sintomática da irreverência que anos mais tarde patenteou em campo.
 
Natural de Constantim, aldeia do concelho de Vila Real, começou a jogar futebol com uma bola de trapos construída pela mãe, quando tinha oito anos. Ao final da tarde, ia chutá-la com o irmão mais velho, Serafim, numa rua que ironicamente se chamava Rua do Campo de Futebol. Devido aos oito anos de diferença, o mano mais novo tinha direito a uma baliza mais pequena, o portão mais pequeno da casa, enquanto o mais velho defendia o portão grande da garagem em frente.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

O médio que brilhou no Belenenses e subiu por Salamanca e Sevilha. Quem se lembra de Taira?

Taira viveu o auge da carreira no Belenenses e no Salamanca
A carreira de José Américo Taira é uma história de persistência e superação, de quem nunca baixou os braços perante as adversidades. O jogador que foi duas vezes dispensado do Belenenses e jogou dois anos numa equipa que lutava para não descer na antiga II Divisão Nacional foi o mesmo que atingiu a seleção nacional e atuou no campeonato espanhol.
 
Nasceu em Lisboa, mas cresceu em Oeiras, sendo o mais velho de três irmãos filhos de um casal composto por um pai delegado de propaganda médica e uma mãe doméstica. Começou a jogar futebol nas camadas jovens da Associação Desportiva de Oeiras, mas foi no Belenenses que concluiu a formação.
 
Quando transitou para sénior, em 1987, foi dispensado pelo treinador Henry Depireux: “Disse que eu não ia ser jogador de futebol, que não tinha a mínima capacidade e que podia ir para as festas e podia divertir-me, porque a minha vida não passava pelo futebol.”

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

O central leonino de segunda geração que esteve no Mundial 1986. Quem se lembra de Morato?

Morato disputou 179 jogos pelo Sporting e seis pela seleção A
António Morato, defesa central e formado no Sporting tal como o pai, glória leonina das décadas de 1950 e 1960, desde cedo que se perfilou como um jogador promissor, tendo percorrido praticamente todas as seleções jovens, desde os sub-14 aos sub-21.
 
Apesar de não ser alto (1,76 m), exibia um grande sentido posicional, velocidade, capacidade técnica e elegância, características que faziam dele um central muito eficiente. A estreia na equipa principal aconteceu na época 1983-84, pela mão de Josef Venglos, numa altura em que tinha apenas 19 anos.
 
Porém, foi na temporada seguinte, às ordens de John Toschack, que se começou a afirmar como titular, beneficiando da implementação de um sistema de três defesas, no qual Morato desempenhava um papel semelhante ao de um líbero.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Lateral internacional e um dos primeiros portugueses a jogar na Premier League. Quem se lembra de Nélson?

Nélson representou Sporting, FC Porto e Vitória de Setúbal
Jogador maioritariamente formado no FC Porto, concluiu a formação e iniciou a carreira de futebolista profissional no Salgueiros, foi lançado na equipa principal do emblema de Paranhos em junho de 1990 pelo treinador Zoran Filipovic, que adaptou o até então avançado em lateral direito, e deu um pequeno contributo para a conquista do título de campeão da II Divisão Nacional.
 
“Fiz a formação toda como avançado, goleador, ponta-de-lança! E o que mais gostava na vida seria ter feito a carreira como ponta-de-lança. Mas também sei que não conseguiria ter a carreira como tive. Joguei a central, muitas vezes a lateral esquerdo, em Inglaterra joguei muito a meio-campo, mas nunca como avançado. Se nos seniores tivesse recusado jogar a lateral direito quando Filipovic me propôs isso, nos Salgueiros, não teria tido a carreira que tive”, afirmou ao Maisfutebol em abril de 2016.
 
Em 1990-91 agarrou a titularidade no conjunto salgueirista e no final dessa época ajudou a seleção nacional de sub-20 a vencer o título mundial da categoria em Lisboa. Valorizado, deu imediatamente o salto para o Sporting, numa altura em que ainda tinha 19 anos.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Guilherme Espírito Santo, recordista no atletismo e no futebol do Benfica

Guilherme Espírito Santo marcou 199 golos em 285 jogos pelo Benfica
Num tempo em que o futebol ainda estava muito longe da profissionalização, era comum haver quem praticasse várias modalidades e até com algum nível de sucesso. Foi o caso de Guilherme Espírito Santo.
 
Descendente de são-tomenses, nasceu em Lisboa a 30 de outubro de 1919, mas aos oito anos mudou-se com a mãe para Luanda, tendo começado a jogar futebol na capital angolana, mais precisamente na formação do Sport Luanda e Benfica.
 
Benfiquista desde sempre, foi contratado em 1936 pelo clube do coração para suceder ao seu grande ídolo de juventude, Vítor Silva, depois de ter agradado nos treinos que fez à experiência, aos quais chegou com uma carta de recomendação da filial. Acabou por estrear-se pela equipa principal dos encarnados ainda com 16 anos, a 20 de setembro de 1936, tendo marcado um golo num triunfo sobre o Vitória de Setúbal por 5-2 num jogo particular disputado no campo dos Arcos, na cidade sadina.

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

O herói da decisiva vitória do Benfica nas Antas em 1991. Quem se lembra de César Brito?

César Brito entrou aos 80 minutos para bisar no reduto portista
Sempre que estamos em vésperas de um FC Porto-Benfica, há sempre pelo menos um jornal, uma estação de rádio ou um canal de televisão que vai à procura de declarações de um jogador muito específico. Quem? César Brito. Nunca falha! Afinal, estamos a falar de um avançado que saltou do banco aos 80 minutos para bisar na vitória encarnada nas Antas em 28 de abril de 1991 (0-2), um resultado decisivo na caminhada da equipa então orientada por Sven-Göran Eriksson rumo ao título nacional.
 
Com esse triunfo, as águias alargaram de um para três pontos a vantagem sobe os dragões, na altura comandados por Artur Jorge. Essa vitória teve outra nota de cariz histórico: foi a última do Benfica no Estádio das Antas, apesar de o reduto portista ter recebido clássicos até 2003-04. Curiosamente, as duas primeiras vitórias dos encarnados no Estádio do Dragão para o campeonato foram uma espécie de homenagem à façanha de César Brito, porque foram ambas por 2-0 e com avançados a bisar: Nuno Gomes em outubro de 2005 e Lima em dezembro de 2014.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

A “Gazela de Benguela”. Quem se lembra de Rui Jordão?

Jordão representou Benfica, Sporting e Vitória de Setúbal em Portugal
Há cinco anos o futebol português ficou mais pobre, com a morte de um dos seus melhores avançados de todos os tempos, Rui Manuel Trindade Jordão, o quase-herói da seleção nacional na meia-final diante de França no Euro 1984 e um dos elementos de um dos tridentes ofensivos mais demolidores já vistos no nosso país, juntamente com António Oliveira e Manuel Fernandes no Sporting.
 
O percurso desportivo de Rui Jordão até começou num Sporting, mas o de Benguela, onde também praticava atletismo. Os leões de Lisboa tinham-no debaixo de olho, mas uma lesão contraída numa corrida esfriou o interesse. Quem aproveitou foi o Benfica que, num processo a fazer lembrar o de Eusébio, recrutou-o à filial leonina de Angola por 30 contos. Por isso, mas também pelas semelhanças físicas e técnicas, recebeu logo a alcunha de “novo Eusébio”.

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O primeiro a marcar pelo Benfica na Luz e na Taça dos Campeões Europeus. Quem se lembra de Palmeiro?

Francisco Palmeiro representou o Benfica entre 1953 e 1961
Muito provavelmente, quem está a ler este texto nunca o viu jogar e talvez até nunca tenha ouvido falar dele, mas Francisco Palmeiro foi uma figura importante do Benfica na década de 1950. Representou o emblema encarnado entre 1953 e 1961, demasiado tarde para ter participado na conquista da Taça Latina (1950) e demasiado cedo para contribuir para o bicampeonato europeu (1960-61 e 1961-62), embora ainda fizesse parte do plantel que conquistou a primeira Taça dos Campeões Europeus.
 
Contudo, este extremo nascido a 16 de outubro de 1932 na localidade alentejana de Arronches, distrito de Portalegre, está na história das águias sobretudo por ter sido o primeiro jogador a marcar pelo Benfica no antigo Estádio da Luz, tendo apontado o tento de honra numa derrota às mãos do FC Porto (1-3) no jogo de inauguração, a 1 de dezembro de 1954; e também a faturar na Taça dos Campeões Europeus, numa derrota com o Sevilha (1-3) a 19 de setembro de 1957.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

O benfiquista que agrediu Artur Jorge e virou “Coração de Leão”. Quem se lembra de Sá Pinto?

Sá Pinto somou 50 golos em 228 jogos ao serviço do Sporting
Avançado muito móvel, aguerrido e com qualidade técnica e capacidade para desempenhar várias funções no ataque, nasceu no Porto, jogou ténis federado e fez parte da formação no FC Porto, tendo passado para o Salgueiros no primeiro ano de juvenil.
 
Foi no emblema de Vidal Pinheiro que se estreou como futebolista sénior, tendo sido uma das revelações da I Divisão em 1992-93. O primeiro de seis golos que apontou nessa época foi o tento de honra do Salgueiros numa goleada sofrida às mãos do FC Porto nas Antas (1-4), a 20 de setembro de 1992, mas o mais importante aconteceu a 31 de janeiro de 1993, quando marcou o golo solitário do conjunto de Paranhos numa vitória sobre o Sporting em Alvalade (1-0). Pelo meio, tornou-se internacional sub-21 em outubro de 1992.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

O defesa que era pau para toda a obra no Benfica. Quem se lembra de Ricardo Rocha?

Ricardo Rocha disputou 163 jogos pelo Benfica entre 2002 e 2007
Foi no centro da defesa, ao lado de Luisão, que se sagrou campeão nacional em 2004-05. Foi à direita que, por exemplo, anulou Ronaldinho no Estádio da Luz nos quartos de final da Liga dos Campeões em março de 2006. E foi maioritariamente à esquerda que jogou durante grande parte da passagem de Jose Antonio Camacho pelo comando técnico do Benfica, quando ainda não havia Fyssas.
 
Talvez hoje o recordemos como um defesa central, mas a verdade é que Ricardo Rocha foi um pau para toda a obra no eixo defensivo durante os quatro anos e meio que passou de águia ao peito. Por um lado, foi essa polivalência e disponibilidade que lhe permitiram, nesta ou naquela posição, amealhar uns muito respeitáveis 163 jogos pelo Benfica. Por outro, a não fixação na sua posição natural, de central, poderá ter-lhe custado caro em termos de seleção nacional. Afinal, não foi além de seis internacionalizações entre 2002 e 2006, pouco para alguém que era titular de um dos três crónicos candidatos ao título e que vestiu as camisolas de Tottenham e Portsmouth na Premier League.

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

O gigante que nunca jogou na I Liga portuguesa, mas foi ao Mundial 2010. Quem se lembra de Daniel Fernandes?

Daniel Fernandes somou duas internacionalizações pela seleção A
Daniel Fernandes foi um daqueles jogadores dos quais poucos terão ouvido falar até… surgir na seleção nacional. Passou discretamente pelos juniores e equipa B do FC Porto e nunca jogou na I Liga portuguesa até que foi chamado aos sub-21 em 2006, já depois de ter representado a seleção de sub-20 do… Canadá. Nesse mesmo ano participou no Europeu da categoria e foi chamado pela primeira vez à principal equipa das quinas por Luiz Felipe Scolari.
 
Em junho de 2007 fez a estreia pela seleção principal, num particular diante do Kuwait, e esteve várias vezes entre os eleitos de Carlos Queiroz na qualificação para o Mundial 2010, tendo sido convocado também para a fase final. Depois voltou a desaparecer do mapa.

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Primeiro capitão da seleção, fundador de A Bola e… muito mais. Recorde Cândido de Oliveira

Cândido de Oliveira dá nome à Supertaça portugueaa
Uma das figuras mais importantes do futebol português, ao ponto de dar nome à Supertaça. Foi jogador, treinador, dirigente, árbitro e jornalista, o que só por si dá conta de uma versatilidade admirável, mas Cândido de Oliveira foi mais do que uma personalidade versátil, pois atingiu a excelência em várias dessas funções e ainda foi ativista contra o Estado Novo.
 
Nascido na localidade alentejana de Fronteira, no distrito de Portalegre, começou a jogar futebol na Casa Pia de Lisboa, para onde entrou após ter ficado órfão. De lá saiu para o Benfica em 1914, mas voltou às origens quando criou o Casa Pia Atlético Clube a 3 de julho de 1920, realizando um velho sonho de vários alunos e ex-alunos da instituição. Quase um ano e meio depois capitaneou a seleção nacional no primeiro jogo internacional da sua história, frente a Espanha, a 18 de dezembro de 1921. Era considerado um excelente médio centro, com qualidade de passe.

O mundialista e campeão pelo Boavista que despontou no Vitória FC. Quem se lembra de Frechaut?

Frechaut despontou no Vitória antes de brilhar no Boavista
Jogador polivalente, capaz de atuar como lateral direito e médio defensivo, foi um dos destaques do Boavista campeão nacional em 2000-01. Na mesma altura o então selecionador nacional António Oliveira fez dele um internacional A e, um ano depois, levou-o ao Mundial da Coreia do Sul e do Japão.
 
Mas a vida e a carreira de Nuno Miguel Frechaut Barreto, que ficou conhecido pelo apelido que herdou da bisavó francesa, não se resumem a esse período. Filho de um serralheiro tubista e de uma funcionária de uma escola, ambos moçambicanos, nasceu em Lisboa, mas foi viver para Setúbal quando ainda tinha poucos meses de idade.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

O canhoto que se afirmou tarde mas ganhou quase tudo. Quem se lembra de Nuno Valente?

Nuno Valente disputou 85 jogos pelo FC Porto entre 2002 e 2005
Quando recordamos o FC Porto de José Mourinho, falamos da magia de Deco, dos golaços de Maniche, da classe de Ricardo Carvalho, do equilíbrio dado por Costinha, do grande momento de forma de Vítor Baía, da liderança de Jorge Costa, dos golos decisivos de Derlei ou das cavalgadas de Paulo Ferreira pelo corredor direito, mas quase nunca é mencionado um titular indiscutível dessa equipa, Nuno Valente. O mesmo acontece quando recordamos os anos dourados de Luiz Felipe Scolari à frente da seleção nacional.
 
Mas a verdade é que este lateral esquerdo dispensado pelo Sporting era uma pedra inamovível do onze portista que venceu bicampeonato, Taça UEFA, Liga dos Campeões, uma Taça de Portugal e uma Supertaça entre as épocas 2002-03 e 2003-04 e nas caminhadas da equipa das quinas até à final do Euro 2004 e às meias-finais do Mundial 2006.

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

O avançado português que fazia tudo bem mas não era goleador. Quem se lembra de Hélder Postiga?

Postiga apontou 27 golos em 71 internacionalizações
Hélder Postiga surgiu na equipa principal do FC Porto um ano após a saída de Mário Jardel e era a antítese perfeita do brasileiro. Enquanto Super Mário só sabia marcar golos, o avançado nascido em Vila do Conde fazia quase tudo bem no último terço, mas era perdulário na finalização.
 
Na melhor época da carreira, em 2002-03, apontou 19 golos ao serviço dos dragões de José Mourinho. Necessitou de 46 jogos em todas as competições, tendo vencido as três em que participou: campeonato, Taça UEFA e Taça de Portugal. A partir daí só superou a dezena de golos em três temporadas: 11 pelo FC Porto em 2006-07, 12 pelo Sporting em 2010-11 e 14 pelo Saragoça em 2012-13. Antes, na época de estreia pelos azuis e brancos (2001-02), havia faturado 13.

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Manuel Fernandes, eterno capitão do Sporting e autor de um poker no 7-1 ao Benfica

Manuel Fernandes jogou no Sporting entre 1975 e 1987
O internacional português Manuel Fernandes, histórico goleador e eterno capitão do Sporting, ficará sempre na memória pelos quatro golos da vitória por 7-1 sobre o Benfica, em 1986.
 
Natural de Sarilhos Pequenos, no concelho da Moita, distrito de Setúbal, Manuel José Tavares Fernandes construiu uma vida inteira ligada ao futebol, enquanto jogador, treinador, dirigente e, até, comentador televisivo.
 
Começou para o futebol aos 16 anos e cumpriu o sonho da mãe - precocemente desaparecida, quando o filho tinha 10 anos -, que lhe anteviu o percurso clubístico enquanto jogador.

sexta-feira, 24 de maio de 2024

O campeão pelo Sporting que apurou o Braga para a final da Liga Europa. Quem se lembra de Custódio?

Custódio esteve no plantel do Sporting entre 2002 e 2007
Médio formado maioritariamente nas camadas jovens do Vitória de Guimarães que se destacava na função de organizador de jogo – depois de ter sido guarda-redes nos infantis –, fez uma pré-época às ordens de Quinito no plantel sénior dos vimaranenses quando tinha apenas 16 anos, em 1999-00, mas não chegou a estrear-se.
 
Entretanto, já com o estatuto de campeão europeu de sub-16 (em 2000), foi para o Sporting concluir a formação, num negócio que levou Nuno Assis para o Vitória de Guimarães, e rapidamente se perfilou como um grande candidato a fixar-se na equipa principal, pela qual se estreou pela mão de László Bölöni numa receção ao Salgueiros em 23 de março de 2002. Os seis minutos que esteve em campo bastaram para que fosse considerado campeão nacional. Na altura estava a cerca de dois meses de comemorar o 19.º aniversário e tinha, por isso, idade de júnior. Porém, já estava… casado.

terça-feira, 21 de maio de 2024

O canhoto que venceu 14 troféus pelo FC Porto. Quem se lembra de Folha?

Folha somou 195 jogos e 19 golos pelo FC Porto
António Folha tinha apenas 17 anos quando vivenciou um dos momentos de maior protagonismo da carreira, a conquista do título mundial de sub-20 em Riade, na Arábia Saudita, em 1989. Na altura, foi o único jogador que estava a jogar no FC Porto (ainda que nos juniores) – Jorge Couto estava emprestado ao Gil Vicente – a fazer parte dessa primeira seleção portuguesa a conquistar um troféu de cariz global.
 
Um dos poucos canhotos que coincidiram com os muitos craques destros da geração de ouro na equipa das quinas ao longo da década de 1990, passou por empréstimos a Gil Vicente e a Sp. Braga antes de conseguir afirmar-se, ainda que nunca de forma plena e duradoura, na equipa principal do FC Porto.

terça-feira, 23 de abril de 2024

O trinco que começou nos distritais da AF Porto mas jogou no Euro 96. Quem se lembra de Tavares?

Tavares representou Benfica, Boavista a seleção nacional
Um daqueles casos improváveis de subida a pulso na carreira. Tavares foi internacional português por oito vezes, disputou três jogos no Euro 1996, jogou na Liga dos Campeões, representou FC Porto e Benfica, somou 200 jogos pelo Boavista e venceu três Taças de Portugal e duas Supertaças. Mas começou a carreira a jogar no modesto clube que o formou, o Oliveira do Douro, primeiro nos distritais da AF Porto (entre 1983 e 1985) e depois na III Divisão Nacional (1985 a 1988).
 
Haveria ainda de passar pelo Infesta (III Divisão em 1988-89, II Divisão em 89-90) antes de dar o salto para o FC Porto, clube ao qual havia marcado um golo nas Antas numa partida da Taça de Portugal em dezembro de 1989.

quinta-feira, 18 de abril de 2024

O guarda-redes da equipa do Sporting que venceu a Taça das Taças. Quem se lembra de Carvalho?

Carvalho integrou o plantel do Sporting entre 1958 e 1971
Depois de Azevedo ter tocado na mesma orquestra dos cinco violinos e do polémico Carlos Gomes ter conquistado cinco campeonatos, o Sporting voltou a ir ao Barreiro recrutar um grande guarda-redes, Joaquim Carvalho, o guardião da equipa leonina que venceu a Taça das Taças e um dos magriços que marcaram presença na primeira participação portuguesa num Campeonato do Mundo.
 
Guarda-redes forte fisicamente, muito seguro e autoritário entre os postes, começou por jogar futebol nas camadas jovens do Operário do Barreiro, de onde se mudou para Luso aos 18 anos. Curiosamente, foi o porta estandarte do clube do Campo da Quinta Pequena na cerimónia da inauguração do Estádio José Alvalade, em 1956, o que lhe permitiu reforçar o sentimento sportinguista.
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