terça-feira, 29 de outubro de 2024

O mítico guarda-redes do Vitória FC na viragem do milénio. Quem se lembra de Marco Tábuas?

Marco Tábuas defendeu a baliza do Vitória de Setúbal em 155 jogos
A cantera do Vitória de Setúbal foi especialmente produtiva na década de 1990, com as promoções à equipa principal de jogadores como Sandro, Mário Loja, Bruno Ribeiro, Frechaut, Carlos Manuel, Mamede, Paulo Filipe, Nuno Santos e, claro, Marco Tábuas.
 
Guarda-redes de baixa estatura (1,78 m), à moda antiga, começou a jogar futebol nas camadas jovens do Marítimo Rosarense, clube do concelho da Moita, de onde é natural. Em 1989-90 passou para a formação dos sadinos, tendo feito parte da equipa de juniores que, de forma polémica, perdeu o título nacional para o Boavista em 1994-95.
 
Na época seguinte transitou para a equipa principal, mas demorou a conquistar o seu espaço. Em 1995-96 não somou minutos, em 1996-97 foi emprestado ao Desportivo de Beja e em 1997-98 disputou só um jogo, tendo vivido quase sempre na sombra de Nuno Santos.
 
Em 1998-99, porém, aproveitou a saída de Nuno Santos para os ingleses do Leeds United para se afirmar no Bonfim, tendo sido o guardião titular de uma equipa do Vitória que conseguiu um honroso quinto lugar e a qualificação para a Taça UEFA, naquele que foi o primeiro apuramento dos sadinos para as competições europeias em 25 anos. Nessa temporada, o “tubarão”, como muitas vezes era apelidado pelos adeptos vitorianos, mostrou finalmente o seu estilo pouco ortodoxo nos grandes palcos nacionais, tendo sido utilizado em 34 jogos e sofrido 31 golos em todas as competições.
 
 
Mas o que parecia ser apenas um início prometedor de carreira acabou por ser, na verdade, o auge. Na temporada seguinte manteve o estatuto de titular, mas periodicamente chegou a ser suplente de Brassard, e não conseguiu impedir a despromoção à II Liga – em setembro de 1999 foi o guarda-redes dos setubalenses na goleada sofrida às mãos da AS Roma na capital italiana (7-0).
 
A partir daí, nunca teve uma época em que tivesse sido o dono da baliza de forma indiscutível desde o início ao fim: alternou com Brassard (novamente) em 2000-01, Bossio em 2001-02, Pedro Espinha em 2002-03 e Roberto Trigão em 2003-04. A partir daí, foi quase sempre segunda ou terceira opção.
 
 
O estilo de guarda-redes de engate, a baixa estatura e consequentemente pouca fiabilidade nas saídas aos cruzamentos não convenciam alguns dos seus treinadores, razão pela qual esteve apontado à porta da saída do Bonfim em diversas ocasiões. Em junho de 2001 chegou a admitir publicamente a rescisão amigável após a contratação de Cândido a pedido de Jorge Jesus e em novembro de 2002 foi apontado ao Boavista como possível sucessor de Ricardo.
 
A verdade é que foi ficando no plantel e contribuiu paras as subidas à I Liga em 2001-02 e 2003-04 e para a conquista da Taça de Portugal em 2004-05. Também esteve na caminhada até ao Jamor em 2005-06, mas ambas as finais foram disputadas por concorrentes brasileiros: primeiro Moretto, depois Rubinho.
 
 
Haveria de permanecer à beira-Sado até 2007-08, temporada marcada pela conquista da Taça da Liga. Porém, não somou um único minuto de jogo.
 
Nas derradeiras épocas de carreira defendeu as balizas de Torreense e Mineiro Aljustrelense na antiga II Divisão B.
 
Depois tornou-se treinador, tendo trabalhado já como treinador principal, treinador adjunto e treinador de guarda-redes em diversos clubes. Presentemente é adjunto de Nikola Popovic no Atlético















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