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sexta-feira, 19 de abril de 2024

A minha primeira memória de… um jogo entre Boavista e Estrela da Amadora

Rui Óscar pontapeia a bola perante a pressão de Semedo
Embora não tenha qualquer afinidade com os clubes em causa, lembro-me bem dos dois jogos em que se defrontaram na I Liga em 2003-04. Porquê? Porque o Estrela da Amadora, apesar de ter vários futebolistas que nas épocas anteriores haviam passado por alguns dos grandes, como os ex-benfiquistas Paulo Madeira, Rui Baião e Sabry e o ex-sportinguista Marcos, foi uma espécie de saco de pancada das outras equipas no campeonato. Apenas somou 17 pontos em 34 jornadas – só o Penafiel de 2005-06 fez pior com 34 jornadas e vitória a valer três pontos (15) –, resultado de 25 derrotas, cinco empates e apenas quatro triunfos. E, desses quatro triunfos, dois foram frente ao Boavista, na Reboleira e no Bessa. Na altura achei tão curioso que não mais me esqueci.
 
Numa altura em que um homem da casa, Miguel Quaresma, já havia sucedido ao “luvas pretas” João Alves no comando técnico, os amadorenses partiram para a 12.ª jornada no último classificado, com apenas quatro pontos, ao passo que o Boavista de Erwin Sánchez ocupava a um interessante quinto lugar, a dois pontos do vice-líder Sporting. Os axadrezados, que continuavam a ter na equipa os campeões William, Rui Óscar, Martelinho, Duda, Frechaut e Jorge Silva e ainda contavam com Ricardo Silva, Raul Meireles, Ricardo Sousa e Fary, entre outros, tinha uma equipa claramente candidata a um lugar europeu e estavam a ter um bom início de época. Mas, na Reboleira, o Estrela agigantou-se, mostrando uma versão que pouco tinha sido avistada naquela época.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

“Faca de dois legumes” e não só. Recorde as melhores pérolas do Boavistão

Jaime Pacheco levou o Boavista à conquista do título
No período da viragem do século, com o Boavista nos primeiros lugares do campeonato e relativamente pujante na Europa, não faltavam conferências de imprensa e consequentes perguntas e respostas. E com microfones constantemente à frente do carismático Jaime Pacheco, a quantidade de tesourinhos é vasta.
 
Mas o treinador dos axadrezados, que um dia chamou “doente” a José Mourinho, não era o único capaz de cometer gaffes. Instado a comentar o estilo de jogo da equipa em dezembro de 2000, o central Litos disse que “jogar à defesa pode ser uma faca de dois legumes”.
  
Certamente que se queria referir à expressão metafórica faca de dois gumes, que designa algo que sendo capaz de trazer uma consequência benéfica traz também uma desfavorável, mas Jaime Pacheco não perdoou. Dois anos e meio depois, em vésperas de o Boavista defrontar o Hertha de Berlim para a Taça UEFA, o técnico boavisteiro foi questionado sobre se iria haver uma marcação individual à grande estrela da equipa germânica, o médio ofensivo brasileiro Marcelinho Paraíba, e lembrou a frase do seu antigo jogador: “Fazer uma marcação homem a homem ao Marcelinho pode ser uma faca de dois legumes, como agora se diz.”

terça-feira, 1 de agosto de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Boavista na II Liga

Boavista competiu na II Liga em 2008-09 e foi despromovido
Fundado a 1 de agosto de 1903 por elementos da comunidade inglesa radicada no Porto, ligada ao vinho do Porto (Casa Graham"s), o Boavista Futebol Clube começou por se chamar Boavista Footballers e viveu o ponto alto da sua história em 2000-01, quando conquistou o título nacional.
 
Porém, o clube foi perdendo a ligação às raízes dos fundadores. “O ascendente britânico no clube levantou problemas logo em 1905, porque os jogadores portugueses da equipa queriam jogar ao domingo, enquanto os britânicos preferiam, claro, o sábado. E assim, em 1909, os ingleses saíram da direção do clube e este mudou o nome para Boavista Futebol Clube. Entretanto, já o clube jogava em terrenos localizados na zona do Bessa, onde ainda hoje está localizado o seu estádio”, contou João Nuno Coelho ao Diário de Notícias.
 
Os boavisteiros conquistaram a primeira edição do campeonato regional do Porto, em 1913-14, numa altura em que ainda equipavam somente de preto, uma vez que passaram a utilizar a camisola xadrez apenas nos anos 1930, “uma excentricidade que tornaria o clube mais conhecido, mesmo à escala internacional, quando nos anos 1990 conseguiu boas campanhas nas competições europeias” e ganhou a alcunha de “clube das camisolas esquisitas”.
 
Embora já contabilizasse mais de uma dezena de participações na I Divisão até então, foi no pós-25 de abril que os axadrezados viveram os seus períodos áureos em termos desportivos. O Boavista viveria até à década de 1970 entre a primeira e a segunda divisão, mas a partir de então, graças ao trabalho do seu novo presidente, Valentim Loureiro, e do treinador José Maria Pedroto, conseguiria tornar-se um dos clubes que mais batiam o pé aos grandes do futebol português, ganhando inclusivamente cinco Taças de Portugal em seis finais. E, mais importante do que isso, o Boavista conseguiu uma proeza improvável quando em 2000-01 alcançou o título nacional.
 
Entretanto, em 2008 o Boavista foi despromovido na secretaria à II Liga, na sequência do caso Apito Dourado, tendo competido no segundo escalão em 2008-09, numa campanha que culminou na descida à II Divisão B.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Boavista na II Liga.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

A minha primeira memória de… um jogo (oficial) entre Paris SG e equipas portuguesas

Parisiense Ronaldinho tenta ultrapassar boavisteiro Rui Óscar
Embora os jogos particulares entre Paris Saint-Germain e equipas portugueses já fosse de certa forma um hábito em pré-épocas ou digressões a meio da temporada, o primeiro encontro oficial entre os parisienses e formações lusas aconteceu no final de 2002, quando o emblema gaulês mediu forças com o Boavista na terceira eliminatória da Taça UEFA. Na altura, o Boavistão estava a dar os últimos sinais de vida, enquanto o PSG continuava a ser um projeto de colosso europeu que tardava em cumprir-se.
 
Do Boavistão campeão restavam Ricardo, Rui Óscar, Erivan, Pedro Santos, Elpídio Silva, Martelinho, Jorge Couto e Erwin Sánchez em final de carreira e o treinador Jaime Pacheco. Já o PSG apresentava como principal estrela Ronaldinho Gaúcho, que meses antes tinha brilhado no Mundial 2002, mas tinha também alguns jogadores internacionais por seleções de topo como o guarda-redes francês Lionel Letizi, o central argentino Mauricio Pochettino, o central/médio defensivo francês Frédéric Déhu e o médio ofensivo brasileiro André Luiz. Havia ainda o central Gabriel Heinze, que ainda não se tinha tornado internacional A pela Argentina, e os portugueses Hugo Leal e Filipe Teixeira enquanto o treinador era a antiga glória gaulesa Luis Fernández.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Os 10 clássicos mais marcantes entre Benfica e Boavista

Benfica e Boavista já se defrontaram quase 130 vezes
Há muito que os jogos entre Benfica e Boavista ganharam o estatuto de clássico de futebol português. Afinal, ambos já se defrontaram em quase 130 ocasiões, incluindo três finais da Taça de Portugal e jogos decisivos para a atribuição do título nacional.
 
Os primeiros confrontos oficiais remontam a 1945-46, quando os axadrezados participaram pela primeira vez na I Divisão, mas foi a partir da década de 1990 que os clássicos entre águias e boavisteiros começaram realmente a fazer faísca.
 
Entre tantos duelos, vale a pena ver aqui a nossa seleção dos dez mais marcantes, por ordem cronológica.

sábado, 1 de agosto de 2020

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Boavista na I Divisão

Dez futebolistas que ficaram na história do Boavista Futebol Clube
Fundado a 1 de agosto de 1903 por elementos da comunidade inglesa radicada no Porto, ligada ao vinho do Porto (Casa Graham"s), o Boavista Futebol Clube começou por se chamar Boavista Footballers e viveu o ponto alto da sua história em 2000-01, quando conquistou o titulo nacional.

Porém, o clube foi perdendo a ligação às raízes dos fundadores. “O ascendente britânico no clube levantou problemas logo em 1905, porque os jogadores portugueses da equipa queriam jogar ao domingo, enquanto os britânicos preferiam, claro, o sábado. E assim, em 1909, os ingleses saíram da direção do clube e este mudou o nome para Boavista Futebol Clube. Entretanto, já o clube jogava em terrenos localizados na zona do Bessa, onde ainda hoje está localizado o seu estádio”, contou João Nuno Coelho ao Diário de Notícias.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

A minha primeira memória de… um jogo entre Boavista e Marítimo

Maritimista Paulo Sérgio e boavisteiro Whelliton em disputa de bola
21 de março de 2001. Uma quarta-feira, ao final da tarde. Meias-finais da Taça de Portugal. Estádio do Bessa em obras.  Transmissão televisiva a cargo da SIC. O Boavista, líder da I Liga com seis pontos de vantagem sobre FC Porto e Sporting quando estavam decorridas 25 das 34 jornadas, era claro favorito na receção ao Marítimo.

Prestes a conquistarem o primeiro título nacional da sua história, os axadrezados, orientados por Jaime Pacheco, sonhavam também com a presença no Jamor depois de terem eliminado Freamunde, Desp. Aves, Penafiel e Moreirense nas rondas anteriores.

sábado, 13 de junho de 2020

A minha primeira memória de... um jogo entre Boavista e Sp. Braga

Bracarense Edmilson e boavisteiro Erivan em luta pela bola
Vivíamos os primeiros meses do século XXI. A 17 de fevereiro de 2001, decorria a 21.ª jornada da I Liga e o Boavista era líder com 45 pontos, mais dois do que o Benfica (mais um jogo), mais seis do que o Sporting e mais sete do que o FC Porto e mais oito do que o Sp. Braga. Os axadrezados de Jaime Pacheco tinham ainda o melhor ataque e a melhor defesa do campeonato e só tinham perdido por uma vez até então, precisamente na receção aos bracarenses de Manuel Cajuda, na quarta ronda da prova.

domingo, 2 de fevereiro de 2020

A minha primeira memória de… um jogo entre V. Guimarães e Boavista

Elpídio Silva entre Cléber e Romeu, com Frechaut atento ao lance
A minha primeira memória de um jogo entre o Vitória de Guimarães e o Boavista remonta ao período do Boavistão mas também de um Vitória que tinha uma equipa com grande qualidade, embora nem sempre isso se traduzisse em boas classificações.

A 12 de outubro de 2001, quando as duas se defrontaram no Estádio D. Afonso Henriques para a 8.ª jornada da I Liga, os axadrezados de Jaime Pacheco envergavam o estatuto de campeão em título e de líder do campeonato, com um plantel em que pontificavam os internacionais portugueses Ricardo, Frechaut e Petit, o maestro boliviano Erwin Sánchez e o pistoleiro Elpídio Silva.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

A minha primeira memória de… um clássico entre Benfica e Boavista

Benfiquista Van Hooijdonk e boavisteiro Litos em duelo aéreo
Não assisti de forma alguma ao primeiro jogo entre Benfica e Boavista de que tenho memória, mas tenho bem presente o resultado e algumas das circunstâncias que rodeavam o encontro. Realizou-se a 23 de setembro de 2000 e, mais do que o desfecho, ficou marcado pela estreia de José Mourinho como treinador principal.

domingo, 10 de novembro de 2019

Jogaram no FC Porto e no Boavista e contam como é a rivalidade do dérbi

Duda e Mário Silva, dois jogadores que passaram pelos dois clubes
Mais de 100 jogos no campeonato, uma final da Taça de Portugal e quatro decisões da Supertaça Cândido de Oliveira. O dérbi da Invicta tem mais de um século de história, ganhou maiores contornos no pós-25 de abril, protagonizou confrontos diretos na luta pelo título durante a viragem do milénio e, depois da travessia do Boavista no deserto das divisões inferiores durante quase uma década, vai voltando novamente a ganhar expressão.

domingo, 5 de maio de 2019

A minha primeira memória de… um jogo entre Vitória FC e Boavista

Bosingwa e Marco Ferreira meses antes de rumarem ao FC Porto
Lembro-me perfeitamente de onde estava, do resultado, da época e da jornada do primeiro jogo entre Vitória de Setúbal e Boavista de que tenho memória. Foi o encontro inaugural da edição 2002/03 da I Liga, que haveria de ser de me má memória para as duas equipas, teve lugar no Estádio do Bonfim.

Recordo-me que estava a passar férias na aldeia de que os meus pais são naturais, no Baixo Alentejo, e que, no meio de nada para fazer, ansiava pela noite para ver frente a frente o clube mais representativo do meu distrito e o vice-campeão nacional na noite de 22 de agosto de 2002, uma quinta-feira, devido à participação dos axadrezados na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

A minha primeira memória de… um dérbi entre FC Porto e Boavista

Litos e Domingos em acesa disputa de bola na área axadrezada
A primeira edição do campeonato português que segui de fio a pavio foi a de 2000/01. O Sporting partia como campeão, mas desde a 6.ª jornada que o FC Porto se isolou na liderança e aparentava ser o principal candidato ao título, que seria o sexto em sete anos. O Boavista, por sua vez, não passava de um candidato às competições europeias, chegando a estar a oito pontos da liderança após a 12.ª ronda.

Porém, o mês de dezembro foi de volte-face na I Liga. O FC Porto perdeu em Braga e em Leiria, o Sporting foi derrotado na Luz e empatou em Paços de Ferreira, o Benfica perdeu em Alverca e empatou em casa com o Gil Vicente, enquanto o Boavista aproveitou para bater Alverca, Gil Vicente, Salgueiros e Desp. Aves.

sexta-feira, 8 de março de 2019

A minha primeira memória de… um clássico entre Sporting e Boavista

Martelinho e Rui Jorge em disputa de bola num jogo no Bessa
A minha primeira memória de um jogo entre Sporting e Boavista remonta à época da conquista do título por parte dos axadrezados, 2000/01, mas ainda estávamos longe de prever tal desfecho.

Quando as duas equipas se defrontaram na primeira volta, à 12.ª jornada, os leões eram os principais perseguidores do líder FC Porto, enquanto os boavisteiros apresentavam-se a seis pontos dos vizinhos da Invicta

domingo, 22 de julho de 2018

André Claro. Um reforço para toda a linha ofensiva do Boavista

André Claro assinou contrato pelo Boavista até 2020

À procura de garantir sangue novo para o ataque, até para colmatar as saídas de jogadores ofensivos como Renato Santos, Ricardo Clarke, Kuca, Iván Bulos, Rui Pedro ou Leonardo Ruiz, o Boavista encontrou no mercado a oportunidade de recrutar André Claro ao Estoril, recém-despromovido à II Liga.

Jorge Simão ganha assim um futebolista mais do que familiarizado com o principal patamar do futebol português, no qual já tem cinco épocas de experiência – e não mais um brasileiro de qualidade duvidosa e habituado a jogar apenas a 10 km/h. Depois de duas temporadas intermitentes no Arouca (2013/14 e 2014/15), o futebolista agora de 27 anos viveu no Vitória de Setúbal o melhor período da carreira, no qual apontou 18 golos em 58 jogos - ninguém marcou tanto nos sadinos quanto ele nesses 18 meses, antes de rumar à Amoreira, onde atuou na última época e meia com um registo bem inferior: três golos em 37 partidas.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Iuri está (mais do que) pronto a rugir

Iuri Medeiros soma 72 jogos, 5707 minutos e 18 golos na I Liga
Numa fase em que já se começa a projetar a próxima temporada do Sporting, Iuri Medeiros é um dos homens de quem se fala. A terminar o terceiro empréstimo e após ter participado em quatro pré-épocas da equipa principal, parece ter chegado o momento de o extremo de 22 anos – contratualmente ligado aos leões até 2022 e com cláusula de €60 milhões – se fixar no plantel de Jorge Jesus.

Depois de muito ler e ver, tive finalmente a oportunidade de observar in loco o que o açoriano está a valer durante o jogo entre Vitória e Boavista (0-1), na segunda-feira, no Estádio do Bonfim. A qualidade da partida deixou a desejar, mas o talentosíssimo internacional sub-21 confirmou tudo aquilo que tinha lido e visto, destoando por completo dos outros jogadores em campo.

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