Luisão colocou o Benfica em vantagem na eliminatória |
A minha primeira memória de um
jogo entre Benfica
e Liverpool
é a mesma de qualquer adepto benfiquista
nascido após os primeiros anos da década de 1980 e, sobretudo, a melhor memória
dos benfiquistas
relativamente a duelos com os reds.
Após passar um grupo equilibrado,
com Villarreal,
Lille
e Manchester
United, com
os encarnados a deixarem os red devils
fora da Europa na derradeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões,
o Benfica
então orientado por Ronald Koeman recebeu a notícia de que o campeão europeu Liverpool
seria o adversário nos oitavos de final.
Se as águias
continuavam vivas naquele que era o seu regresso à Champions
após sete anos de ausência, nas competições domésticas as coisas não estavam a
correr de feição, uma vez que tinham sido eliminadas da Taça
de Portugal em casa diante do Vitória
de Guimarães e ocupavam o quarto lugar no campeonato, a oito pontos do
líder FC
Porto, três do vice Sporting,
um do terceiro classificado Sp.
Braga e apenas um ponto de vantagem sobre o quinto Nacional
e o sexto Boavista.
Já o Liverpool
de Rafael Benítez não tinha propriamente grandes estrelas, mas defendia o
estatuto de campeão europeu, tinha acabado de vencer um grupo da Liga
dos Campeões que também tinha o Chelsea
de José
Mourinho (além de Bétis
e Anderlecht)
e seguia nos primeiros lugares da Premier
League, logo atrás do mesmo Chelsea
e do Manchester
United. Steven Gerrard (curiosamente suplente utilizado na primeira-mão) e
Xabi Alonso eram, talvez, as principais individuais do conjunto de Anfield,
secundados por Pepe Reina, Sami Hyypia, Jamie Carragher, Steve Finnan, Luis
García, Fernando Morientes, John Arne Riise, Harry Kewell ou Peter Crouch.