quinta-feira, 22 de março de 2012

Taça da Liga | Gil Vicente 2-2 (4-2 g.p.) Sp. Braga



Esta noite, no Estádio Cidade de Barcelos, o Gil Vicente apurou-se para a final da Taça da Liga, batendo o Sporting de Braga nas grandes penalidades por 4-2, com Júnior Caiçara a bater o “penalty” decisivo, depois de um 2-2 no tempo regulamentar. Nos 90 minutos, Hugo Vieira e Júnior Caiçara marcaram para os gilistas e Lima e Hélder Barbosa para os bracarenses.



Eis a constituição das equipas:

Gil Vicente



Os gilistas estão moralizados, pois segunda-feira bateram o Sporting por 2-0 (vejam análise AQUI) e têm uma oportunidade única para chegar a uma final.
Sandro, Pedro Moreira, Roberto e Daniel formam o lote de lesionados.


Sp. Braga



O Sp. Braga nos últimos anos tem-se intrometido entre os grandes de Portugal, no entanto, até agora ainda não conseguiu ganhar nenhum troféu, e sendo favorito para este encontro e passar à final, tem aqui uma boa oportunidade para se aproximar desse objectivo.
Na fase de grupos, deixaram Nacional, Penafiel e Portimonense pelo caminho.
Leandro Salino, Paulo Vinicius, Baiano, Ewerton, Alan e Ruben Amorim falham o jogo por lesão.


Nos minutos iniciais viu-se uma ligeira superioridade do Gil Vicente, e à passagem do quarto de hora de jogo, Hugo Viana perdeu a bola no seu meio-campo para César Peixoto e este entregou-a a Hugo Vieira que progrediu no terreno, ganhou a luta com os defesas adversários e fez o 1-0. Douglão e Nuno André Coelho ficaram aos papéis.

Imediatamente a seguir, o “45” dos bracarenses tentou redimir-se de livre directo mas Adriano impediu o golo. A partir daqui, os homens de Barcelos encolheram-se na sua zona defensiva e os de Braga foram dominando o jogo.

Aos 25’, Lima recebeu a bola a meio do meio-campo contrário, abriu para Mossoró na esquerda e entrou na grande área onde ao primeiro poste desviou para o fundo das redes o cruzamento do dinâmico médio brasileiro, antecipando-se a Cláudio.

Cumprida meia hora, Mossoró abriu na esquerda em Lima, Halisson não conseguiu interceptar o passe mas ainda foi a tempo de se colocar à frente do remate do ponta-de-lança arsenalista, no entanto a bola sobrou para zona frontal onde Hélder Barbosa atirou para o 1-2.

Dez minutos depois, Júnior Caiçara de livre directo enviou o esférico a passar muito perto da baliza de Quim.

Perto do intervalo, Hugo Viana cruzou pela esquerda para o segundo poste onde Paulo César cabeceou ao lado.

No interregno, Paulo Alves trocou Luís Carlos por Zé Luís, com o recém-entrado jogador a entrar para a frente de ataque, com Hugo Vieira a descair para o flanco direito.

A segunda parte foi equilibrado, com o Gil Vicente a procurar mais o golo porque as circunstâncias o obrigavam, mas sem correr grandes riscos, e o Sp. Braga foi controlando o jogo e explorando sobretudo as transições rápidas.

Aos 73’, num lance de ataque rápido, Mossoró apareceu em boa posição mas não foi egoísta e assistiu Lima que estava melhor colocado, no entanto, Adriano negou por duas ocasiões o tento ao artilheiro dos bracarenses.

O técnico gilista colocou ainda em campo João Vilela e Éder, retirando César Peixoto e André Cunha, com Rodrigo Galo a alternar as posições de lateral e médio-ala direito com Éder, Vilela a jogar mais adiantado do que André Cunha fazia, com Luís Manuel a ser cada vez mais posicional, e no ataque Hugo Vieira cada vez mais perto de Zé Luís.

Na recta final da partida, Leonardo Jardim foi mexendo na dinâmica da equipa, trocando o lado dos extremos, privilegiando o jogo interior dos mesmos para segurar melhor a bola e colocou Djamal em campo, de forma a dar mais força física ao centro do terreno, fazendo sair Hugo Viana.

Perto dos descontos, Hélder Barbosa flectiu da direita para o meio e rematou de longe mas ao lado.

Praticamente na resposta, Júnior Caiçara atirou frosco de longe, mas Quim facilitou e deu um “frango”, levando o jogo para as grandes penalidades.

Nos “penaltys”, foi assim a ordem de acontecimentos:
Lima marcou (0-1);
João Vilela marcou (1-1);
Custódio marcou (1-2);
Cláudio marcou (2-2);
Hélder Barbosa falhou, Adriano defendeu;
Rodrigo Galo marcou (3-2);
Ukra falhou, Adriano defendeu;
Júnior Caiçara marcou, dando a vitória ao Gil Vicente (4-2);

Foi um encontro que começou equilibrado, mas com ligeira superioridade para os barcelenses que abriram o marcador, mas a partir daí até final da primeira parte, só deu Braga, que acabou por virar o resultado.
No segundo tempo, o Gil mostrou mais vontade de marcar, porque as circunstâncias assim o obrigaram, mas os bracarenses foram controlando as operações, mas não conseguiram marcar, até que Quim resolveu deu um “frango”.
Nas grandes penalidades, os homens da casa foram mais fortes, ao vencer por 4-2, com Adriano a defender dois remates da marca dos 11 metros.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Gil Vicente…
Adriano foi herói ao defender dois “penaltys”, Rodrigo Galo teve bastantes dificuldades pois Hugo Viana, Mossoró e Lima ocuparam por variadíssimas vezes o flanco esquerdo, Cláudio esteve sempre mais seguro que Halisson, que escorregou algumas vezes, e Júnior Caiçara, o lateral-esquerdo que tem a curiosidade de ser dextro, empatou o jogo aos 88’ e marcou a grande penalidade decisiva.
Luís Manuel é dos tais médios-defensivos que passam discretos, até mesmo como o próprio André Cunha que se tem posicionado agora numa zona mais recuada do terreno do que na primeira fase da temporada, Richard e Luís Carlos nunca conseguiram agitar muito a partida, sendo que o segundo até foi substituído ao intervalo, e César Peixoto revelou-se essencial sobretudo no último passe, e um exemplo evidente foi a assistência para o golo de Hugo Vieira, que mostrou mais uma vez a sua irrequietação e talento.
Zé Luís trouxe presença na área mas poucas oportunidades teve, João Vilela entrou para apoiar os avançados e Éder deu mais profundidade ao flanco direito.

Quanto aos bracarenses…
Quim esteve ligado negativamente ao resultado, ficando muito mal na fotografia no golo de Júnior Caiçara, e depois, não confirmou o rótulo de especialista a defender “penaltys”.
Miguel Lopes esteve muito nervoso, Douglão e Nuno André Coelho ficaram aos papéis no 1-0 mas de resto as suas actuações foram positivas, e Elderson também não teve uma noite fácil, mostrando também a sua incapacidade para atacar pelo flanco.
Custódio pautou os ritmos e recuperou bolas, Hugo Viana apareceu muitas vezes pelo lado esquerdo para fugir às marcações, Mossoró foi muito dinâmico e esteve nos dois golos, Paulo César apareceu pouco e Hélder Barbosa marcou, mas não terá feito das suas melhores exibições, sendo um dos jogadores que falharam grandes penalidades.
Lima marcou como tem sido habitual, mas na segunda parte falhou várias oportunidades de matar o jogo.
Ukra entrou para tentar segurar a bola em zonas de ataque, Rivera nunca mostrou a mesma capacidade de Mossoró para lançar transições rápidas, e Djamal nem teve tempo de se mostrar.

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